sábado, 8 de junho de 2013

Dono que não recolhe cocô do cachorro recebe por correio na Espanha

Tempos de desespero pedem medidas desesperadas. O provérbio inspirou uma iniciativa original no município de Brunete, na Espanha, país duramente afetado pela crise que abala a economia da Europa.

A cidade de cerca de 10 mil habitantes na região de Madri luta de todas as formas para cortar os gastos administrativos e compensar a arrecadação cada vez menor em tempos de recessão.
Várias providências foram tomadas, mas uma delas, planejada pela agência de publicidade McCann a pedido da administração, está causando polêmica na Espanha e ganhou repercussão internacional.
Para economizar gastos com a limpeza na cidade, o prefeito convocou um grupo de 20 voluntários para reprimir os donos de cães que não recolhem a sujeira dos animais nas calçadas.
Os voluntários percorrem as principais ruas da cidadezinha e vigiam anonimamente com câmeras de vídeo os moradores que passeiam com seus cachorros. Quando algum deles deixa de recolher a sujeira, os voluntários se encarregam de fazê-lo. Antes, porém, aproximavam-se simpaticamente e agradam o câo e perguntam seu nome ao dono.




Como os cães estão cadastrados no banco de dados da Prefeitura, pelo nome do animal os voluntários identificavam o endereço. Poucas horas depois, um mensageiro devolve a sujeira ao dono cuidadosamente embalada. Junto vai um aviso de que da próxima vez o proprietário pode receber multa de 30 a 300 euros – ou de R$ 84 a R$ 840.
A campanha incomum durou pouco mais de uma semana e deu tanto resultado que a agência McCann venceu o “Sol de la Plata”, no Festival de publicidade ibero-americana. Em uma semana foram entregues 147 pacotes. O índice de sujeira deixado pelos cães caiu mais de 70% e a cidade ficou com as finanças um pouco melhores e com as ruas bem mais limpas.

Texto: Estadão

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