quinta-feira, 27 de junho de 2013

Engolir chiclete faz mal?

“Minha filha engole chiclete com frequência e dizem que demora anos para que ele seja digerido e pode até matar. Isso é verdade?” Aline P. A.
Aline, desde pequenos escutamos nossa mãe fazer o maior escândalo quando engolíamos chiclete. A preocupação foi passando de mãe para mãe durante anos e anos e até hoje existem muitas pessoas que tem medo de engolir chiclete porque acha que ele fica por vários anos no organismo. Na verdade tudo isso é um mito.
Engolir chiclete não faz mal. Geralmente a goma passa pelo sistema digestório e sai nas fezes, tendo apenas alguns de seus compostos digeridos, como açúcar, corantes e conservantes. Aquela coisa macia que mastigamos é um látex, como uma borracha e depois que cai no estômago, não se pode fazer nada. Nenhuma das enzimas estomacais é capaz de digeri-lo. Resta apenas mandar a goma para o intestino eliminá-la, intacta, pelas fezes. Um chiclete forma uma goma pequena depois de mastigado, e passa sem grandes dificuldades pelo estômago e intestinos.
Esta história de que o chiclete fica por vários anos no organismo até completa digestão é pura mentira! Afinal, nenhum alimento fica tanto tempo no corpo, a menos que fosse muito grande, a ponto de não poder sair do estômago ou de ficar preso no intestino. O que não é o caso da goma de mascar. É claro que se você mastigar uma grande quantidade de chiclete e formar uma goma grande do tamanho de uma bola de tênis e conseguir engoli-la pode ser que você tenha problemas na trajetória do “chicletão”.
Assim, engolir um ou dois chicletes não tem problema. Mas também não faz nenhum bem, não acrescenta nada ao organismo em termos de nutrientes. Goma que entra, sai e pronto. De qualquer forma, mastigar chiclete não é uma boa ideia, pois a mastigação estimula o organismo a produzir enzimas digestivas, mas como elas não têm o que digerir, ficam lá, perdidas no estômago e podem até machucar as paredes estomacais.


Por que temos linhas nas mãos?


“Meu filho me perguntou ontem porque temos tantas linhas nas mãos. Eu respondi que poderiam ser causadas pelo movimento da mão. Estou certa?” Letícia Carnielli

Letícia, na verdade as linhas da nossa mão não são causadas por causa do movimento. Assim como as impressões digitais, elas são formadas durante o desenvolvimento do embrião. Tanto que os bebês já nascem com essas marcas. Durante o desenvolvimento do embrião, o ectoderma que mais tarde dará origem a pele, recebe “sinais químicos” que contribuem para a formação das linhas e das cristas e determina as impressões digitais e as linhas das mãos. O padrão de linhas e cristas é formado apenas uma vez na derme, esse molde é reproduzido na pele quando ela se forma e se matem por toda vida. Todo este processo não é desencadeado por características genéticas. É por isso que os gêmeos idênticos que possuem genoma igual, mesmo assim apresentam as impressões digitais diferentes.
Alguns pesquisadores não acreditam que essas marcas tenham função biológica. No entanto, essas dobras não são formadas por acaso. Sabe-se que as linhas palma das mãos assim como as digitais nos dedos servem para aumentar o atrito na nossa pele, o que facilita a aderência em objetos. Sem essas marcas, as coisas escorregariam de nossas mãos como um sabonete molhado. Pois, quando pegamos um sabonete a espuma preenche os espaços entre as linhas e digitais da mão fazendo com que nossa mão fique lisa facilitando que qualquer coisa escorregue facilmente. A mesma coisa acontece com o hidratante que deixa a mão escorregadia. As linhas nas mãos também facilitam os movimentos dos dedos. Se tivéssemos as mãos sem nenhuma ruga, a pele esticaria a qualquer estímulo, limitando os movimentos.
Ao contrário do que diz a Quiromancia, para a ciência, não existe nenhuma razão para que as linhas da palma da mão se formem com um padrão que permita a previsão do futuro. Mas existe um padrão das linhas das mãos para os portadores de Síndrome de Down. As pessoas com este problema apresentam uma linha única na horizontal na palma da mão, mas ainda não se sabe porque as pregas palmares nessas pessoas apresentam esse desenho.

terça-feira, 25 de junho de 2013

"Universidade Monstros" supera "Guerra Mundial Z" e lidera bilheterias nos EUA

"Universidade Monstros" , prólogo da animação de enorme sucesso da Pixar "Monstros S/A" (2011), apavorou nas bilheterias, faturando US$ 82 milhões (R$ 184,7 milhões) em vendas de ingressos no fim de semana, facilmente se distanciando do outro novo filme da semana, o thriller apocalíptico de grande orçamento "Guerra Mundial Z", que veio com uma arrecadação impressionante de US$ 66 milhões (US$ 148,7 milhões).
"Universidade Monstros", com as vozes de Billy Crystal e John Goodman como os monstros que foram reprovados no curso de sustos da faculdade, continuou a tradição de filmes de enorme sucesso produzidos pela Pixar, uma unidade da Walt Disney.
"Ele definitivamente superou as nossas expectativas", disse Dave Hollis, vice-presidente executivo de distribuição da Walt Disney Studios. "O primeiro filme foi tão amado e o colocamos em um patamar tão elevado, então estamos em êxtase."

"Guerra Mundial Z", a história de uma pandemia de zumbis estrelada por Brad Pitt, foi a maior bilheteria em fim de semana de estreia da carreira de Pitt, facilmente superando os US$ 50,3 milhões (R$ 113,3 milhões) de "Sr. e Sra. Smith".
A maior bilheteria da semana passada, "O Homem de Aço" , ficou em terceiro lugar, com vendas de ingressos de US$ 41,2 milhões (R$ 92,8 milhões).
"É o fim", a comédia apocalíptica escrita por Seth Rogen e seu amigo de infância Evan Goldberg, arrecadou US$ 13 milhões (R$  29,2 milhões) e levou o quarto lugar nos Estados Unidos e Canadá.
"Truque de Mestre", estrelando Woody Harrelson e Jesse Eisenberg como mágicos que fogem da polícia após assaltos de alto nível, ficou em quinto lugar, com vendas na bilheteria de US$ 7,9 milhões (R$ 17,8 milhões), levando seu total doméstico para pouco menos de US$ 95 milhões (R$ 214 milhões).

Banco Mundial pede mais foco no aquecimento global e mudanças climáticas

O mundo deveria parar de discutir se as mudanças climáticas são causadas por humanos e começar a agir para encerrar os perigosos aumentos de temperatura, disse o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, nesta quarta-feira (19).
Kim disse haver de 97 a 98 por cento de consenso entre os cientistas de que o aquecimento global é real e causado pela atividade humana.
"Se você discorda da ciência das mudanças climáticas causadas pelo homem, não está discordando de que há mudanças climáticas antropogênicas. Está em desacordo com a própria ciência", disse Kim no evento Thomson Reuters Newsmaker, em Londres.
"É hora de parar de discutir sobre se (mudança climática) é real ou não", disse ele.
Um estudo realizado no mês passado constatou que 97 por cento dos cerca de 4 mil relatórios científicos que dão uma opinião sobre o tema das mudanças climáticas desde a década de 1990 dizem que o fenômeno é causado principalmente por humanos. Os críticos dizem que o levantamento erroneamente omitiu milhares de documentos.
Governos de todo o mundo concordaram em limitar o aumento da temperatura global em até 2 graus Celsius. As estimativas divergem sobre como altas temperaturas podem subir e em que período de tempo.
O Banco Mundial e outros estimam que o planeta já aqueceu cerca de 0,8 grau centígrado desde a Revolução Industrial, e o teto de 2 graus Celsius é amplamente visto como um limite para mudanças perigosas, como mais inundações, ondas de calor e elevação do nível do mar.
O Banco Mundial quer mais foco sobre a questão. A falta de um acordo internacional é uma "desculpa esfarrapada" para não combater a mudança climática, disse Kim.
As tentativas de fechar um acordo sobre um plano de ação para combater as mudanças climáticas fracassaram em uma conferência da ONU em Copenhague em 2009, principalmente por causa de preocupações sobre o impacto econômico das medidas a serem tomadas.

Universidade Mackenzie cria Centro de Pesquisas para estudos de Grafeno

Com previsão de inauguração para o primeiro semestre de 2014, o Centro de Pesquisas Avançadas em Grafeno, Nanomateriais e Nanotecnologia (MackGrafe), da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, quer dominar as técnicas de obtenção do grafeno, conhecido como a matéria-prima do século 21.
Com apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), primeiro do gênero no Brasil, o Centro vai contar com equipamentos sofisticados distribuídos por uma área de 6.500 metros quadrados. O investimento realizado no local é de 15 milhões de dólares.
O grafeno é um cristal bidimensional de átomos de carbono organizados em uma rede de padrão hexagonal. Numa comparação com uma substância do cotidiano, uma folha grande do material é muito mais fina do que a espessura do plástico filme. O grafeno foi isolado em 2004 por dois pesquisadores russos, Andre Geim e Konstantin Novoselov, da Universidade de Manchester. Pela descoberta, a dupla recebeu o Prêmio Nobel da Física em 2010. Para obter o material, eles realizaram o processo de esfoliação, que utiliza uma fita adesiva e uma placa de grafite.
Segundo o coordenador do MackGrafe, professor Eunézio Antonio Thoroh de Souza, além de processo de esfoliação, o centro brasileiro também irá dominar a técnica do crescimento. No primeiro processo, é preciso buscar o grafite na natureza e realizar a esfoliação mecânica com fita adesiva ou química, com um solvente.
Este processo pode ser utilizado para apenas um tipo de produção de componentes. Em função disso, será utilizada também a técnica de crescimento que consiste em partir de um hidrocarboneto em estado gasoso, que quando aquecido é injetado em um tubo com uma folha de cobre e o grafeno acaba sendo depositado na superfície do metal.
O professor Thoroh esclarece que as propriedades do grafeno são superlativas, o que faz com que ele tenha muitas aplicações. O material é transparente, flexível, esticável, impermeável, hidrofóbico (repele a água), com a maior razão entre área e peso entre as substâncias, força, conduz calor e suporta uma densidade de corrente elétrica muito grande, tendo maior condutividade do que o cobre. O grafeno pode ser aplicado em vários setores da economia: automotiva, aeroespacial, biomédica, comunicação, compostos, eletrônica, energia e sensores.
"O potencial mercado para daqui a dez anos é algo em torno de um trilhão de dólares. Por isto, no MackGrafe teremos todas as técnicas de obtenção. Os outros processos já estão sendo feitos agora só falta o crescimento", explicou.
O coordenador do MackGrafe esclarece ainda que o local é um Centro de Pesquisa, que não vai exportar ou fabricar produtos, mas sim obter o controle da tecnologia para não depender de outros países. Além disso, o centro quer fomentar a criação de projetos de pesquisa por parte de pesquisadores que possam fundar empresas que estejam envolvidas no desenvolvimento de produtos inovadores.
"Justifica você trocar uma tecnologia quando uma faz coisas que a outra não faz. A tecnologia do grafeno vai achar um espaço pensando nessas propriedades superlativas. O desafio para nós cientistas vai ser tornar isso possível para que um designer faça um projeto totalmente diferente, ele não vem para substituir outros componentes, vem para criar um mundo novo, fazer coisas que outros não fazem", afirmou.
A importância do grafeno mundialmente é tão grande que a Comunidade Europeia lançou o Programa Flagship, que destina um bilhão de dólares para a pesquisa do material em vários países. EFE

Bug no Facebook revela e-mails e telefones de 6 milhões de usuários

Uma falha em um software do Facebook compartilhou de forma involuntária os números de telefones e endereços de e-mails de seis milhões de usuários, admitiu a própria empresa nesta sexta-feira.
Nenhuma informação financeira vazou e "não há evidência de que esta falha tenha sido utilizada criminosamente", destacou o Facebook, lamentando o incidente.
Os usuários afetados foram notificados por e-mail e o impacto será, provavelmente, "mínimo", já que o acesso aos dados ocorreu apenas entre usuários que tinham conexões.
"Chegamos à conclusão de que os números de telefone e endereços eletrônicos de 6 milhões de usuários do Facebook foram compartilhados (...), mas não temos qualquer evidência de que este incidente foi explorado criminosamente e não recebemos queixas dos usuários".

Os profissionais mais procurados no Mundo


Se você é formado em Enfermagem, Engenharia mecânica, Engenharia Elétrica ou em Medicina, você é um dos profissionais mais procurados do mundo, de acordo com uma pesquisa da BBC. Esses profissionais estão no topo dos 20 que mais faltam em 30 países. 
Além da demanda por profissionais da saúde e engenharia, há países que têm uma carência de chefs, como a Bélgica, e de radiógrafos, como a Inglaterra. Já no Brasil, faltam engenheiros de diversas áreas, desenvolvedores e programadores de TI (Tecnologia da Informação).
Procura-se Veja abaixo os profissionais qualificados mais procurados em 30 países:

Enfermeiros
Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, China, Hungria, Índia, Irlanda, Nova Zelândia, Noruega, Cingapura, Eslováquia, Eslovênia, Suécia, Suíça, Inglaterra, Estados Unidos

Engenheiros mecânicos
Austrália, Áustria, Brasil, Dinamarca, França, Alemanha, China, Hungria, Índia, Nova Zelândia, Noruega, Cingapura, Eslovênia, África do Sul, Espanha, Suécia, Suíça e Inglaterra.

Médicos
Austrália, Canadá, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, China, Hungria, Índia, Irlanda, , Nova Zelândia, Noruega, Portugal, Cingapura, Eslováquia, Eslovênia, Suécia, Suíça e Inglaterra.

Profissionais de engenharia elétrica
Austrália, Áustria, Brasil, Dinamarca, Alemanha, Hungria, Índia, Irlanda, Nova Zelândia, Noruega, Polônia, Cingapura, Eslováquia, Eslovênia, África do Sul, Suécia, Suíça e Inglaterra.

Desenvolvedores e programadores de TI
Austrália, Áustria, Bélgica, Brasil, República Tcheca, Dinamarca, Alemanha, Irlanda, Luxemburgo, Nova Zelândia, Noruega, Polônia, Rússia, Cingapura, Eslováquia, Eslovênia, Suécia e Inglaterra.

Engenheiros e analistas de TI
Austrália, Áustria, Bélgica, Brasil, República Tcheca, Dinamarca, França, Alemanha, Irlanda, Luxemburgo, Nova Zelândia, Noruega, Portugal, Rússia, Cingapura, Eslováquia, Suécia e Inglaterra.

Profissionais de engenharia civil
Austrália, Áustria, Bélgica, Brasil, República Tcheca, Dinamarca, Alemanha, China, Índia, Nova Zelândia, Noruega, Cingapura, Eslováquia, África do Sul, Suécia, Suíça e Inglaterra.

Profissionais de redes e base de dados (TI)
Áustria, Bélgica, Brasil, China, Irlanda, Luxemburgo, Nova Zelândia, Noruega, Polônia, Rússia, Cingapura, Eslováquia e África do Sul.

Contadores
Austrália, Dinamarca, Finlândia, França, Grécia, China, Irlanda, Nova Zelândia, Noruega, Cingapura e Suécia.

Dentistas
Austrália, Canadá, Dinamarca, Finlândia,  Índia, Irlanda, Nova Zelândia, Noruega, Cingapura e Suécia.

Farmacêuticos
Austrália, Canadá, Finlândia, Índia, Irlanda, Nova Zelândia, Noruega, Cingapura, Rússia, Eslovênia e Suécia.

Engenheiros industriais e de produção
Austrália, Bélgica, Irlanda, Nova Zelândia, Noruega, Cingapura, África do Sul, Espanha e Inglaterra.

Engenheiros eletrônicos
Austrália, Brasil, França, Nova Zelândia, Noruega, África do Sul, Suécia e Suíça.

Engenheiros químicos
Austrália, Hungria, Irlanda, Nova Zelândia, Noruega, Cingapura, África do Sul e Inglaterra.

Engenheiros de minas e petróleo
Austrália, Brasil, Nova Zelândia, Noruega, Cingapura, África do Sul e Inglaterra.

Fisioterapeutas
Austrália, Bélgica, Canadá, Finlândia, Nova Zelândia, Cingapura e Estados Unidos.

Psicólogos
Austrália, Canadá, Dinamarca, Finlândia, Nova Zelândia, Noruega e Suécia.

Radiógrafos
Austrália, Finlândia, Irlanda, Nova Zelândia, Noruega, Cingapura e Inglaterra.

Audiólogos e Terapeutas da fala
Austrália, Finlândia, Irlanda, Nova Zelândia e Cingapura.

Chefs
Bélgica, Canadá, Nova Zelândia, Noruega e Inglaterra.

Me leve ao seu Lider!

Como em um filme B de ficção científica, a presidente se oferece para receber os ‘lideres’ dos momvimentos populares e suas reinvindicações.
Para mim, essa frase representa esperança vazia a que se apega uma geração que apesar de usar a internet não entende de verdade o que ela significa e as mudanças que causou e continuará a causar no mundo. A esperança que poderá trazer para a sua zona de conforto uma batalha que ela não sabe, não tem como vencer. Não tem como vencer porque não entende, nem ela nem seus marketeiros, o que é e como acontece a Internet.
Nessas últimas semanas ouvi de tudo: citações de Ulisses Guimarães, Maria Antonieta, gente pedindo para Brizola ressussitar e nos liderar novamente no levante popular. Generais, Hitler, Ganhdi, Che Guevara… todos eles apareceram, como se o que está acontecendo fosse um ‘déjà vu’.
Não é! Não vai acontecer o que aconteceu na revolução francesa, nem na russa, nem na indiana, nem na cubana, nem na de 64, nem em nenhuma outra, por uma razão muito simples: não havia internet! Não haviam smartphones, Não havia comunicação instantânea e irrestrita de texto, audio e vídeo.
O mais curioso talvez seja ver essas pessoas usarem o facebook e o Twitter para mandar suas mensagens, que não poderiam ser mais anacrônicas e não poderiam criar um paradoxo maior: a busca de lideranças através da ferramenta de comunicação mais descentralizada que já existiu.
Quando eu era criança, os Jetson diziam para gente como seria o ano 2000: carros voadores, empregados robôs, pílulas alimentares. Ninguém previu a internet, ninguém conseguiu ainda entender direito do que ela é capaz para formar uma teoria consistente (talvez nunca consigam) e agora que vemos do que ela capaz, talvez possamos começar a entender o seu grande poder e como lidar com ele.
Porque me julgo capaz de falar sobre isso? Porque como ativista da educação a distância, da inclusão digital e científica, lido todos os dias com isso: pessoas que se rescindem do poder. Poder de saber como as coisas funcionavam e que agora não sabem mais, poder de saber o que esperar e agora não saberem mais, poder de saber que existia alguém para fazer as coisas por elas e que agora não existe mais. Poder se saber que se desse merda, tinha como alguém controlar a situação, e agora não existe mais. O professor não consegue se libertar (da ilusão de poder) que o atual sistema de ensino (onde ele supostamente domina o conhecimento, a sala de aula e o aluno) e o político não consegue se libertar do poder (esse não tão ilusório, pelo menos até a próxima eleição) que a estrutura politica atual lhe confere.
Dilma, os sociólogos, os antropólogos, os lideres partidários, os políticos, os sindicalistas, meus amigos… todos querem que exista um líder porque essa parece ser a única maneira que existe para que haja uma negociação. Querem encaixar o problema em uma categoria que eles ‘saibam’ como resolver. O filósofo Abraham Maslow disse “Se sua unica ferramenta é um martelo, você tende a ver todo problema como um prego”. Nossos políticos, incluindo nossa presidenta, e vários dos meus amigos gostariam disso: que nosso problema fosse um prego, para que sua unica ferramenta, o martelo, pudesse resolver. Vou dizer uma coisa: as ferramentas que temos não são suficientes para lidar com o que está acontecendo, e forçar o problema dentro de uma das categorias existentes, não vai ajudar: precisamos de novas ferramentas!
Quem inventou a internet? Quem é o seu líder? Li recentemente que mesmo se quisessem desligar a internet hoje, isso não seria possível. Alguém, em algum lugar, ligaria o plug, outro plug, novamente.
Se Dilma, ou quem quer que seja quer ter uma mínima chance de entender o que está acontecendo para criar uma maneira de lidar com isso, deve começar estudando o que é a Internet e como ela funciona, porque apesar de ser descentralizada, ela é organizada e funciona. São camadas, níveis hierárquicos, sistemas paralelos. Ninguém tem a chave, porque não existe só uma chave. Todo mundo tem uma chave. O poder individual é menor, a responsabilidade individual é maior. Estude um pouco a guerra entre o Napster e a industria fonográfica e termine com uma lição sobre Lawrence Lessig.
É um admirável mundo novo. É um movimento descentralizado e isso não o torna menos poderoso: o torna mais poderoso! Os políticos, e meus amigos adormecidos, estão insistindo em utilizar as mesmas ferramentas de antes: partidos políticos, associações de moradores, sindicatos, igrejas, assembléias, grupos, líderes… tudo isso é válido, é correto, é importante, mas não é suficiente para realizar o potencial de interação entre as pessoas desde que existe a internet.
Nossa presidente parece ir no caminho de lutar para se manter com o nariz para fora d’água nadando contra corrente desse ‘admirável mundo novo’, como fez a industria fonográfica e tantas outras (a academia é outro exemplo). Se pelo menos ela visse que existe uma oportunidade única de lutar para CRIAR esses mecanismos de representação dessa informação e energia descentralizada da internet (que não existem, em nenhum lugar do mundo) e LIDERAR uma nova forma de fazer política de maneira ainda mais democrática, aí sim, ela seria merecedora do meu voto.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Wikipédia aposta em professores para ser mais confiável no Brasil


Durante uma palestra no final da tarde de ontem na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS),  a coordenadora da Wikimedia Fundation no Brasil, Oona Castro, perguntou para uma plateia formada por professores e alunos da instituição quem ali usava a Wikipédia como fonte de conhecimento. Ela não esboçou surpresa ao ver que todos os presentes ergueram as mãos para demonstrar que a enciclopédia digital faz parte do cotidiano de quem utiliza a internet. O desafio agora é levar essa cultura para a sala de aula.

A jornalista que deixou a direção do site colaborativo Overmundo no ano passado para se dedicar ao projeto de ampliar a rede de voluntários da Wikipédia no Brasil acredita que o professor, e seus alunos, são a peça chave para garantir que a enciclopédia seja uma fonte de informação mais confiável. E ela não busca, pelo menos neste primeiro momento, parcerias institucionais com reitorias de universidades e governos. 

"Institucionalmente ainda existe uma grande resistência ao nosso trabalho, é uma ideia difícil de ser comprada pelos reitores e pelo Ministério da Educação, por exemplo", disse em entrevista ao Terra antes do evento, em Porto Alegre. Mesmo assim, o trabalho colaborativo com professores vem crescendo. Há dois anos, apenas alguns projetos isolados eram desenvolvidos por docentes de universidades públicas. Hoje, 13 das maiores instituições de ensino do País - como USP, Unesp, UFRJ e Unirio - adotam atividades acadêmicas relacionadas à enciclopédia.

Na UFRGS são dois projetos desenvolvidos por professores que dão aulas para os cursos de engenharia. Rafael Pezzi e Fabio Azevedo começaram a incluir a Wikipédia em sala de aula no segundo semestre do ano passado. Num primeiro momento, os alunos ficaram reticentes e apenas 10% participaram das atividades, que não eram obrigatórias. Mas este ano, Pezzi já comemora a adesão de quase a totalidade dos estudantes. "Quem participou ano passado foi passando adiante a ideia de que era legal. Este ano, dos 40 alunos da disciplina de física, 35 participam do projeto", comemora Rafael Pezzi.

Tanto nas aulas de física de Pezzi, quanto nas de matemática de Azevedo, o desafio para os estudantes é editar verbetes disponíveis na enciclopédia, tentando melhorar os conteúdos. "Cada aluno precisa editar três verbetes, de assuntos relacionados à disciplina. Quem conseguir, ganha um bônus na nota final do semestre", explica o professor.

Segundo Fabio Azevedo, que já edita artigos da Wikipédia desde 2007, levar a enciclopédia até a sala de aula estimula os alunos a aprender. "Os trabalhos tradicionais são efêmeros. O aluno escreve, o professor lê e eles desaparecem. A única motivação do trabalho é ganhar pontos a mais na nota. Já um verbete na Wikipédia é algo útil, que vai ser lido pelos colegas, que vai servir para outras pessoas. Existe uma motivação diferente além da nota", afirma, ao considerar que o desempenho dos estudantes melhorou com a atividade.

Ele ainda diz que a utilização da Wikipédia em sala de aula não precisa ficar restrita à universidade. "Muitos professores do ensino fundamental e do médio me perguntam como poderiam usar a enciclopédia. Eles dizem que os seus alunos não têm um texto bom para a publicação, mas eu sempre falo que não é somente a edição dos verbetes que faz parte do trabalho do educador. Mostrar ao aluno como utilizar a Wikipédia de forma crítica também é importante", afirma. 

Segundo ele, um dos maiores problemas enfrentados pelos docentes hoje é o "copia e cola" de textos da internet. Para resolver isso, o professor precisa saber usar a internet e ensinar seus alunos a pesquisar na rede. "Acredito que seja papel do professor mostrar aos alunos como lidar com essa informação. Não pode dizer 'esqueçam a Wikipédia', porque os alunos vão usar ela, então precisa ensinar a ter espírito crítico. Verificar se a informação se confirma em outras fontes, mostrar que não dá para confiar cegamente em tudo que está ali, mas que esse conteúdo serve sim como uma fonte de informação". 

Como exemplos de atividades, ele sugere organizar gincanas cobrando conteúdos que podem ser consultados na rede. "O aluno vai precisar pesquisar e se certificar que o que aparece na Wikipédia é mesmo verdadeiro. Assim ele aprende a usar a ferramenta e ainda assimila o conteúdo", completa.


Não somos 100% confiáveis
Apesar de acreditar que por meio da ação dos professores a Wikipédia vai ganhar mais credibilidade, Oona Castro não vislumbra tornar a ferramenta uma fonte 100% confiável. "Queremos estimular um uso crítico da ferramenta. A Wikipédia não pode servir para um simples 'copia e cola', mas como uma fonte de referência para aprofundar o conhecimento", analisa. Segundo ela, a enciclopédia é um meio de se alcançar o conhecimento, pode ser o primeiro, mas não o único, nem o último. "Isso não vale somente para nós, qualquer fonte, seja um livro, um jornal, não deve servir como uma verdade absoluta".

A Wikipédia existe desde 2001, mas dois anos depois foi criada a Wikimedia Foundation, uma instituição que nasceu nos Estados Unidos com a missão de organizar o trabalho dos voluntários e captar doações em todo o mundo para expandir o volume de conteúdo produzido e disponibilizado gratuitamente na rede. Segundo Oona, no Brasil a enciclopédia já é o décimo site mais acessado na rede, e a meta é crescer ainda mais.
Ela explica que o foco hoje é investir em quatro mercados: Brasil, Índia, Oriente Médio e norte da África. Quando Oona foi contratada, no começo do ano passado, a ideia era gerenciar um escritório da fundação no País, mas a proposta foi logo abandonada porque, segundo a jornalista, percebeu-se que seria muito mais produtivo usar todo o recurso necessário para montar essa estrutura em parcerias com instituições educacionais. Assim, ela conta que no segundo semestre deste ano deve ser anunciada a parceria com uma grande entidade focada em educação para tentar dissiminar a enciclopédia nas comunidades brasileiras.

"Nós queremos que o movimento local assuma o protagonismo das ações", afirma. Ela diz ainda que a Wikimedia vai disponibilizar recursos, tanto para universidades quanto escolas, que queiram desenvolver projetos na área. "Nossa meta é criar uma rede de professores e alunos que vão contribuir para tornar a enciclopédia cada vez melhor", completa. Informações adicionais sobre como os educadores podem participar do projeto estão disponível na página da Wikipédia na Universidade. 


Mitos e verdades sobre a Wikipédia
- Não há editores e revisores contratados, todos são voluntários;
- Qualquer um pode editar os conteúdos, basta criar uma conta na ferramenta. Mas os conteúdos são verificados pela rede de volunários da Wikipédia;
- No Brasil, embora alguns artigos tenham sido traduzidos do inglês, boa parte do conteúdo já é produção própria de voluntários brasileiros;
- Nem todas as informações são confiáveis. Voluntários monitoram e vigiam páginas para retirar informações que não são seguras, mas é preciso ter visão crítica sobre o que está disponibilizado na ferramenta.
- A Wikipédia pode ser usada como fonte em trabalhos, mas é preciso cuidados. Oona Castro lembra que é uma excelente ferramenta para começar uma pesquisa, mas não para se aprofundar num assunto. Além disso, as informações devem ser checadas nas referências indicadas em cada artigo disponível na página.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

terça-feira, 18 de junho de 2013

Super-heróis da Marvel participam dos protestos no Brasil

Em um mundo paralelo, criado pela Marvel, uma guerra civil fez super-heróis lutarem pelos seus ideais e envolverem-se em protestos. Inspirado por esse quadrinho, artistas digitais criaram um Tumblr que coloca os personagens nos manifestos ao redor do Brasil.
Utilizando uma série de fotografias de Ig Aronovich, os responsáveis pelo Tumblr “Poder e Responsabilidade” inserem Hulk, Capitão América e Batman nas ruas de São Paulo. O nome inclusive, remete à famosa frase de Tio Ben, do Homem-Aranha: “Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades.”
 




 
  

 





Protestos tomam conta das ruas do Brasil e do mundo


A onda de protestos que toma conta das ruas de várias cidades do Brasil e do mundo vai continuar nos próximos dias. Pelas redes sociais, ao menos 400 municípios confirmaram participação, alguns com objetivo de contestar problemas específicos e outros por solidariedade ao movimento.
Em São Paulo, o sexto protesto está marcado para as 17h desta terça-feira (18), na praça da Sé, região central da cidade. Até as 8h, mais de 106 mil pessoas já tinham confirmado presença pelo Facebook. No Rio de Janeiro, uma nova manifestação está marcada para as 16h, na praça Zé Garoto, em São Gonçalo, na região metropolitana. Outros dois protestos já estão marcados para quarta-feira (19) e quinta-feira (20), em Niterói e na capital do Estado.
Na capital mineira, um grupo irá se reunir nesta terça-feira para organizar a passeata marcada para a próxima quinta-feira, no centro de Belo Horizonte. O horário ainda não foi confirmado. Até as 8h30, mais de 25 mil pessoas confirmaram presença no ato.
Protestos nas capitais brasileiras ganha repercussão internacional
Porto Alegre (RS) já tem mais duas manifestações marcadas. Uma delas está prevista para a próxima segunda-feira (24), a partir das 19h, na frente da prefeitura. Quase 16 mil pessoas disseram que vão participar até as 9h desta terça-feira. Outro protesto deve acontecer no dia 7 de julho, no Anfiteatro Pôr do Sol, às 15h.
Em Curitiba (PR), quase 44 mil pessoas confirmaram presença na manifestação que vai acontecer na próxima sexta-feira (21), na praça Rui Barbosa, a partir das 18h.
Fora do País, tem cerca de 60 protestos marcados. Nesta terça-feira, estão marcados atos em Barcelona, na Espanha, e em Buenos Aires, na Argentina, com quase 3.000 confirmações. Também está previsto um ato em Munique, na Alemanha. Nova York, nos Estados Unidos, vai protestar no sábado, e Tóquio, no Japão, marcou uma manifestação para o próximo domingo.

"Mal-estar coletivo"
Com alto número de participantes — apenas em São Paulo e no Rio de Janeiro a manifestação desta segunda-feira (17) reuniu mais de 200 mil pessoas —, algumas cidades tiveram registro de confusões e confrontos entre os manifestantes e a PM. Os atos também aconteceram em capitais como Curitiba, Brasília, Belo Horizonte, Maceió, Vitória e Salvador, reunindo milhares de pessoas. Com o crescente descontentamento da população, o protesto, que começou por conta do aumento da tarifa do transporte público, tomou dimensões maiores e incontáveis grupos passaram a protestar contra a ação truculenta da PM, dinheiro gasto com a Copa das Confederações e a corrupção no País.

A sequência de manifestações — convocadas principalmente pelas redes sociais — foi agravada após a confusão no último protesto em São Paulo, na quinta-feira (13), que terminou com manifestantes e jornalistas feridos, além de mais de 240 detidos. O grande número de ações populares levou a presidente Dilma Rousseff a se pronunciar sobre o assunto. Segundo a ministra da Secretaria de Comunicação, Helena Chagas, a presidente considera que as manifestações pacíficas são próprias da democracia e é próprio dos jovens se manifestarem. A presidente esteve com o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, que admitiu estar preocupado com a onda de manifestações, mas garantiu que o governo busca o diálogo.
A quinta manifestação contra o aumento da tarifa do transporte público em São Paulo, realizada nesta segunda-feira (17), foi praticamente toda ela pacífica, em uma comunhão de gritos e anseios de mais de 100 mil pessoas em diversos pontos da capital paulista. Contudo, a perfeição não foi alcançada em uma das frentes, a qual expôs o 'lado negro' do movimento. Manifestantes tentaram invadir o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado de São Paulo. A polícia reagiu com bombas de gás lacrimogêneo. Pichações foram registradas e ônibus foram depredados.
No Rio de Janeiro, participantes do protesto entraram em confronto com a Polícia Militar por volta das 19h50. A multidão tentou invadir a Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), e a PM reagiu lançando bombas de efeito moral. O Batalhão de Choque foi acionado e marchou na região. Milhares de manifestantes foram às ruas da capital fluminense protestar. As reivindicações foram além da revisão do aumento da passagem de ônibus, para R$ 2,95. Os manifestantes pediram educação e saúde de qualidade, além de protestar contra a corrupção e os gastos com Copa e Olimpíada.

No Distrito Federal, manifestantes subiram no prédio do Congresso. Segundo a assessoria da Câmara, os manifestantes quebraram a porta de vidro da sala da vice-presidência da Casa. Ninguém ficou ferido, mas houve ameaças de invasão. Os manifestantes cantaram o Hino Nacional. Por volta das 19h, eram 6.000 manifestantes que pediam investimentos no transporte público, na área de saúde e educação. Eles também são contra a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) número 37, que retira o poder de investigação criminal dos Ministérios Públicos Estaduais e Federal, modificando a Constituição Brasileira.
Em Belo Horizonte (MG), manifestantes entraram em confrontos com a PM. Durante um deles, um rapaz que participava do movimento caiu de uma altura de aproximadamente sete metros do viaduto José Alencar, na região da Pampulha. Pelo menos outras duas pessoas ficaram feridas durante os confrontos. Cerca de 30 mil pessoas participaram da manifestação, segundo estimativa da PM, e de 50 mil, de acordo com os organizadores da passeata.
Em Maceió (AL), cerca de 2.000 manifestantes participaram de uma passeata em protesto contra o reajuste do preço da passagem de coletivos na capital. O tom pacífico do ato foi quebrado por um motorista que furou um bloqueio e atirou em um manifestante na avenida Fernandes Lima.

Fonte: R7

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Philips Wallita "fabrica" frutas novas: Abacaxuva, Bananarango e Kiwigerina


A ação publicitária foi primovida em uma feira livre na capital de São Paulo, onde os clientes foram surpreendidos quando experimentavam as frutas e percebiam que estas estavam com gosto, cor e aroma de outras frutas.

As misturas entre as frutas foram feitas pela chef Clélia Ribeiro (especialista em culinária molecular). Dessas misturas, surgiram a “abacaxuva”, a “bananarango” e a “kiwigerina”.
Além de experimentar as frutas “exóticas”, o público recebeu impressos sobre o novo modelo de liquidificador da Wallita, o Avance, além de dicas de receitas que podem ser feito com o eletrodoméstico.
Veja o vídeo da ação:

Unicamp fará isonomia salarial com a USP

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) iniciará o processo de isonomia salarial com a Universidade de São Paulo (USP). Em dois anos, a Unicamp quer equiparar os pisos salariais dos 7.700 funcionários de carreira, que estão com uma defasagem de até 56%, em alguns casos, desde 2011.
O processo de aumento dos salários começará em julho, com a elevação de até 15% dos pisos para todas as categorias. Nessa primeira etapa, serão beneficiados 4.200 servidores. Atualmente, os pisos salariais da Unicamp são de 1.393,14 reais para funcionários de módulo fundamental, 2.058,32 reais para os de módulo médio e 3.881,35 reais para os de módulo superior. Na USP, esses pisos são, respectivamente, de 1.768,29 reais, 3.212,36 reais e 6.040,48 reais.
Com essa primeira etapa de aumentos, os pisos da Unicamp vão para 1.699,73 reais (fundamental), 2.511,20 reais (médio) e 4.735,32 reais (superior). "Nesse primeiro momento, o impacto para a Unicamp será muito baixo. Foi apresentado um gasto de 11 milhões de reais a mais de julho a dezembro por conta dessa fase", afirmou o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU), Diego Machado de Assis.
No segundo semestre, a Unicamp concederá mais um aumento de 5% para todos os servidores e a promoção de 20% deles, dentro de um processo de avaliação de desempenho que ocorrerá em outubro, dando direito a mais um reajuste de mais 5% para os beneficiados. O processo visa evitar o achatamento dos pisos dos funcionários mais antigos. Essa segunda etapa implicará um aumento de gastos de 2 milhões de reais ao mês.
A proposta de isonomia entregue pelo reitor da Unicamp, José Tadeu Jorge, ao STU na terça-feira prevê que em 2014 serão efetivamente equiparados os pisos salariais da universidade com os da USP para os cargos fundamental e médio. Em 2015, serão igualados os pisos dos cargos de nível superior, totalizando um aumento de gastos de 50 milhões de reais.
Em nota, a reitoria afirmou que a proposta "busca de forma responsável restabelecer a igualdade entre os pisos salariais" no período de dois anos, "preservando o necessário equilíbrio orçamentário e financeiro".
Ao assumir o cargo em abril, o reitor definiu o tema da isonomia como prioritário. "Há um descontentamento e uma certa injustiça, porque são duas universidades irmãs, sob o mesmo sistema. O mais grave, institucionalmente, é que estamos perdendo funcionários para a USP", afirmou o reitor na ocasião.
 
(Estadão Conteúdo)

Cientistas criam lentes de contato que substituem o Google Glass


O Google Glass é um óculos inteligente, capaz de se conectar à internet e mostrar ao usuário imagens que não existem no mundo real. Além de funcionar como um dispositivo de realidade aumentada, ele pode gravar e fotografar tudo à sua frente. A tecnologia deve chegar ao mercado em 2014. Pesquisadores sul-coreanos, no entanto, já começaram a desenvolver um dispositivo que pode deixar os óculos desenvolvidos pelo Google obsoletos, pois coloca todas as suas funcionalidades em um dispositivo muito mais discreto: uma lente de contato.
Os cientistas construíram um eletrodo fino, transparente e flexível, feito a partir de grafeno e nanofios de prata, e o modelaram na forma de uma lente. Em seu interior, colocaram uma pequena luz LED e testaram a tecnologia em um coelho. Durante as cinco horas que duraram o experimento, nenhum efeito colateral foi detectado. Segundo os pesquisadores, isso demonstra que o uso de lentes de contato que tiram fotos e gravam o ambiente está deixando de ser ficção científica. A pesquisa foi publicada na revista Nano Letters.
Os eletrodos transparentes não são uma novidade, e têm sido usados em muitos utensílios, como aparelhos de TV de tela plana, células solares e luzes LED. O material do qual é feita a maior parte desses eletrodos — o óxido de índio-estanho —, no entanto, é frágil e quebra muito facilmente, não podendo ser flexionado.
O time de pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Ulsam, na Coreia do Sul, desenvolveu um material híbrido, feito a partir de grafeno e de nanofios de prata, que foi capaz de produzir eletrodos flexíveis, transparentes e elásticos, com alta performance elétrica e ótica. Mesmo quando dobrado, o material apresenta pouca variação em sua condutibilidade elétrica.
Em seguida, eles demonstraram que um pequeno LED cabia em lentes de contato feitas com o material. Para testar a segurança da nova tecnologia, as lentes foram aplicadas nos olhos de um coelho vivo durante cinco horas. Ao final do experimento, o animal não apresentava nenhum comportamento anormal, como olhos irritados ou sangramentos.
A estrutura híbrida criada pelos pesquisadores ainda está em seus primeiros passos de desenvolvimento, mas já apresenta uma grande variedade de aplicações. Além do seu uso em lentes de contato inteligentes, os cientistas dizem que ela pode ser usada para criar novas telas flexíveis e células solares.

Fonte: Veja

Genes humanos não serão patenteados

A Suprema Corte dos EUA decidiu ontem que genes humanos não podem ser patenteados, o que pode afetar empresas de biotecnologia e baratear testes que se baseiam na procura de certas mutações no país e até no Brasil.

A decisão dos magistrados reverte três décadas de concessões de patentes pelo governo americano. No Brasil, não é permitido patentear seres vivos ou parte deles, o que inclui os genes.
O caso em discussão na Suprema Corte diz respeito ao registro de propriedade intelectual da empresa Myriad Genetics sobre os genes BRCA 1 e 2, cujas mutações indicam um risco maior de câncer de mama e ovário.

O teste que procura essas mutações ganhou maior notoriedade recentemente, depois que a atriz Angelina Jolie, 37, revelou, em junho, ter se submetido a uma cirurgia de retirada das mamas após descobrir ter as mutações que aumentam o risco de desenvolver um tumor.
O exame é recomendado principalmente para as mulheres que têm câncer antes dos 45 anos. É possível também rastrear a mutação em outros membros da família para decidir sobre medidas preventivas, que incluem o uso de remédios , o acompanhamento com exames de imagem e até retirada preventiva de mamas e ovários.

O preço do exame é uma barreira ao seu acesso. Nos EUA, o custo fica em torno de US$ 3.000; no Brasil, ainda que não haja o impedimento da patente, o preço também é alto, chegando a R$ 8.000.
Com a decisão, espera-se uma queda nesses valores. "O reflexo vai ser imediato aqui. As empresas se guiam pelo preço cobrado no exterior", afirma Maria Isabel Achatz, diretora de oncogenética do A.C. Camargo Cancer Center, em São Paulo.
Para David Schlesinger, geneticista e fundador do laboratório Mendelics, a identificação de genes únicos, como no teste BRCA 1 e 2, já está ficando obsoleta.
"Em vez de procurar genes específicos, agora se sabe que é mais vantajoso fazer um exoma [sequenciamento da parte do genoma que codifica proteínas] e ter um panorama geral do paciente."

BRECHA
Segundo a decisão, uma parte do DNA que ocorre naturalmente é um produto da natureza e não pode ser patenteado só por ter sido isolada pela empresa.
No entanto, o tribunal deu à Myriad uma vitória parcial, dizendo que o DNA complementar sintetizado em laboratório pode ser patenteado.
O chamado cDNA não acontece naturalmente. Grosso modo, é uma espécie de DNA que exclui as informações que não codificam proteína usada como parte do processo de desenvolvimento de alguns testes genéticos.
Os grupos que pedem o fim das patentes argumentam que a sequência dos nucleotídeos do cDNA segue a ordem imposta pela natureza e, por isso, não devem ser alvo de registros.
Para Fernando Soares, do Departamento de Patologia do A.C. Camargo Cancer Center, manter a patente do cDNA só deve ter impacto em questões de pesquisa e em análise de larga escala.
Envolvido no projeto do genoma do câncer, em 2002, o médico comemorou a decisão. "O genoma é um patrimônio da humanidade."

Fonte: Folha

segunda-feira, 10 de junho de 2013

20:06 - 1 comment

Japonês faz design 3D nas xícaras de café

O que para muitos é a salvação durante o dia, um vício ou apenas uma bebida, para o japonês Kazuki Yamamoto é uma tela em branco cheia de possibilidades. O barista faz estas incríveis figuras (em 3D ou 2D) em xícaras de café, usando a espuma do latte. Confira!




sábado, 8 de junho de 2013

Você tem certeza que quer ser cientista no Brasil?

Por Suzana Herculano-Houzel
Vamos fazer as devidas ressalvas primeiro, antes que a polícia de plantão venha me dizer que estou fazendo um desserviço à ciência brasileira. É claro que gostaria de ver mais jovens se tornarem cientistas, e quero contribuir para isso. Mas decidi que faz parte do meu trabalho de divulgação científica tornar público e notório como é se tornar cientista no Brasil.

Meus objetivos aqui são promover a conscientização das pessoas sobre a realidade da carreira de um cientista e, quem sabe, gerar com isso um certo espanto e revolta; e contribuir para que a escolha dos jovens por uma carreira em pesquisa seja consciente, apesar de tudo o que vem a seguir. Mas, sobretudo, o que eu gostaria é de gerar indignação suficiente para fazer a carreira de cientista (1) passar a existir de fato, e (2) ser valorizada.

Feitas as ressalvas, vamos então à minha campanha de anti-propaganda sobre a ciência no Brasil!

Você que é jovem e está considerando se tornar pesquisador: você sabia que…

- durante a faculdade, seus estágios de iniciação científica serão remunerados em apenas 400 reais – isso mesmo, menos do que um salário mínimo? Este é o valor atual definido pelo CNPq. E isso é SE você conseguir bolsa de iniciação científica, porque a Faperj, por exemplo, atualmente limita a sua concessão a UMA bolsa por pesquisador, e o CNPq-PIBIC a duas bolsas. Em um laboratório de tamanho médio, isso já não será suficiente para garantir bolsas a todos os estagiários – o que significa que é vexaminosamente comum termos estagiários trabalhando de graça;

- quando terminar a faculdade, a não ser que consiga emprego na indústria ou em empresas privadas, para fazer pesquisa você precisará concorrer a bolsas de R$ 1.350 para fazer mestrado? Enquanto isso, seus colegas formados em administração, engenharia, advocacia já estarão entrando para o mercado de trabalho, ganhando salários iniciais (com todos os direitos trabalhistas) de 3 a 7 mil reais reais ou mais. Ah, eu mencionei que, embora se espere que você trabalhe 40 horas por semana em dedicação exclusiva durante o mestrado, você não terá qualquer direito trabalhista? Isto porque o seu trabalho ainda não é considerado, ahn, trabalho…

- …é mais fácil conseguir bolsa do Ciência Sem Fronteiras para fazer GRADUAÇÃO no estrangeiro do que conseguir uma bolsa de pós-graduação no país? É isso mesmo: exportamos nossos alunos de graduação, mas não temos bolsas suficientes para mantê-los na pós-graduação no país.

- quando você terminar o mestrado, a não ser que consiga emprego como pesquisador em empresas privadas (que são pouquíssimos), você terá necessariamente que fazer um doutorado? A razão é que o cargo de “pesquisador” em nosso país é quase inexistente; somente institutos de pesquisa como o INCA ou a Fiocruz oferecem emprego (através de concurso público) para pesquisadores (e muitas vezes exigem doutorado). Todas as demais possibilidades de emprego para um pesquisador são como “professor universitário” – e este cargo, também somente acessível por concurso público, é hoje essencialmente restrito a quem já tem título de Doutor.

- então, com 3 anos de formado, você terá que concorrer a bolsas de R$ 2.000 mensais para fazer doutorado? Isso, vou repetir: seus colegas já estarão no mercado de trabalho, ganhando salários reais, tendo seu trabalho chamado de “trabalho”, com direito a férias e 13o salário – e, com sorte, você terá assinado um papel aceitando receber DOIS mil reais por mês pelos próximos 4 anos. E fique muito contente de ter uma bolsa: como dizem nossos detratores, você deveria ficar “muito feliz de estar sendo pago para estudar”. Exceto que você não estará “estudando”; você estará trabalhando, gerando conhecimento, e contribuindo para as universidades publicarem os artigos científicos que lhes servem como base de avaliação no cenário mundial.

- que, durante todos esses anos de pós-graduação, para receber uma bolsa você NÃO poderá ter qualquer outra fonte de renda? Sim, você pode ter outro emprego e fazer pós-graduação sem receber bolsa – mas é pouco provável que consiga terminar a pós-graduação assim. Para receber uma bolsa, você será obrigado a assinar uma declaração humilhante de que não tem qualquer outra fonte de renda. Bom, mais ou menos; a Capes há um ano decidiu aceitar acúmulo de bolsa com “emprego de verdade” SE for na mesma área da sua pós-graduação. Adivinha qual é a chance de você ter esse “emprego de verdade”? Pois é.

- agora, com o diploma de Doutor em mãos, você terá ganhado o direito de competir por vagas para… Professor. Isso mesmo: não de “pesquisador”, mas de “professor”. Isso porque as universidades públicas, onde a boa ciência é feita no país, somente contratam “professores”. Ou seja: com MUITA sorte, você será contratado, no mínimo SETE anos após a graduação, para fazer algo que você NUNCA fez: dar aulas. Seu salário inicial líquido (seu primeiro salário de verdade!) será algo em torno de 5 mil reais – mas não se engane, seu “vencimento básico”, aquele que o governo usará para talvez um dia pagar sua aposentadoria, será de não muito mais do que 2 mil reais…

- é mais provável, no entanto, que você NÃO consiga emprego imediatamente, uma vez doutor, e tenha que ingressar no limbo dos pós-doutorandos? Um “pós-doutor” é exatamente isso que o nome indica: alguém que já é doutor, mas ainda não tem emprego. É um limbo criado pelo sistema para manter interessados os cada vez mais numerosos recém-doutores que não encontram emprego nem como pesquisadores, nem como professores. Pela mesma tabela do CNPq, um recém-doutor recebe uma bolsa de R$ 3.700 mensais, livres de impostos. Ou seja: lembra daquele salário inicial dos seus colegas recém-formados? Um aspirante a cientista finalmente conquista o direito a um valor semelhante… SETE anos após a graduação. Ah, claro: ainda sem qualquer direito trabalhista, pois você “não trabalha”. Permita-me fazer as contas para você: a esta altura, você esta perto de completar 30 anos de idade, e oficialmente… “nunca trabalhou”;

- A esta altura, você já será para todos os fins práticos um Cientista – mas ainda não terá direito de pedir auxílio às agências de fomento para fazer pesquisa? Para gerenciar um auxílio-pesquisa é preciso ter vínculo empregatício com uma instituição de pesquisa – e isso, tirando os pouquíssimos cargos de Pesquisador de fato na Fiocruz, INCA, IMPA etc, você só consegue se virar… professor universitário;

- SE você conseguir ser aprovado em concurso para professor universitário E for fazer pesquisa de fato, você não inicialmente ganhará NEM UM CENTAVO A MAIS por isso? Você terá a mesma carga horária de aulas a cumprir, aulas por preparar e atualizar todos os semestres, mas o trabalho de pesquisa, com o qual você tanto sonhou, é… por sua conta. Se você resolver não fazer pesquisa e apenas der aulas, como você foi oficialmente contratado para fazer, está tudo bem. Talvez seus colegas torçam o nariz para você, porque esqueceram que também o emprego deles é apenas como professores, e não pesquisadores, mas você estará rigorosamente correto se só fizer seu trabalho de professor.

- Apesar disso tudo, sua progressão na carreira universitária será dependente do seu trabalho de pesquisa? Você leu corretamente: você foi contratado como PROFESSOR, mas sua avaliação funcional será feita de acordo com as suas atividades como PESQUISADOR…

- SE você tiver produtividade suficiente, em alguns anos você poderá concorrer a uma bolsa de Pesquisador do CNPq, que complementa seu salário em R$ 1.000 por mês. E isso é todo o incentivo financeiro que você receberá para fazer pesquisa.

Já desistiu? Pelo bem da ciência brasileira, espero que… sim. Esta é minha campanha de anti-propaganda em prol da melhoria da ciência no meu querido país: torço para que você tenha ficado indignado a ponto de considerar fazer outra coisa da sua vida. Precisamos de uma crise, e um desinteresse súbito da parte de nossos jovens seria muito, muito, muito eloquente.

Mas sei que a gente escolhe ser cientista assim mesmo, apesar de tudo isso. Quando eu entrei para a Biologia, em 1989, a situação era ainda pior. A ciência no país persiste graças a esses jovens idealistas, que querem contribuir para o progresso da nação apesar de serem mal-tratados e desvalorizados, e que topam embarcar em uma “carreira” que não lhes dará condições financeiras para terem uma vida independente antes dos TRINTA anos de idade – e olhe lá…


Fonte: A Neurocientista de Plantão

Professora Dra. Camila Caldeira Nunes Dias fala sobre o poder do PCC no jornal da Gazeta

Tese de doutorado do programa de pós-graduação em sociologia da Usp resulta em livro que mostra, com detalhes, a expansão e consolidação do chamado PCC, Primeiro Comando da Capital, no sistema prisional paulista. A entrevistada é a autora deste trabalho, a socióloga Dra.Camila Caldeira Nunes Dias, ela é minha professora de Estrutura e Dinâmica Social na Universidade Federal do Abc:

Dono que não recolhe cocô do cachorro recebe por correio na Espanha

Tempos de desespero pedem medidas desesperadas. O provérbio inspirou uma iniciativa original no município de Brunete, na Espanha, país duramente afetado pela crise que abala a economia da Europa.

A cidade de cerca de 10 mil habitantes na região de Madri luta de todas as formas para cortar os gastos administrativos e compensar a arrecadação cada vez menor em tempos de recessão.
Várias providências foram tomadas, mas uma delas, planejada pela agência de publicidade McCann a pedido da administração, está causando polêmica na Espanha e ganhou repercussão internacional.
Para economizar gastos com a limpeza na cidade, o prefeito convocou um grupo de 20 voluntários para reprimir os donos de cães que não recolhem a sujeira dos animais nas calçadas.
Os voluntários percorrem as principais ruas da cidadezinha e vigiam anonimamente com câmeras de vídeo os moradores que passeiam com seus cachorros. Quando algum deles deixa de recolher a sujeira, os voluntários se encarregam de fazê-lo. Antes, porém, aproximavam-se simpaticamente e agradam o câo e perguntam seu nome ao dono.




Como os cães estão cadastrados no banco de dados da Prefeitura, pelo nome do animal os voluntários identificavam o endereço. Poucas horas depois, um mensageiro devolve a sujeira ao dono cuidadosamente embalada. Junto vai um aviso de que da próxima vez o proprietário pode receber multa de 30 a 300 euros – ou de R$ 84 a R$ 840.
A campanha incomum durou pouco mais de uma semana e deu tanto resultado que a agência McCann venceu o “Sol de la Plata”, no Festival de publicidade ibero-americana. Em uma semana foram entregues 147 pacotes. O índice de sujeira deixado pelos cães caiu mais de 70% e a cidade ficou com as finanças um pouco melhores e com as ruas bem mais limpas.

Texto: Estadão