segunda-feira, 29 de julho de 2013

Inscrições para mestrado em Ciência e Tecnologia da Sustentabilidade na UNIFESP


Dia 31 de julho é o ultimo dia para se inscrever no curso de pós-graduação em ciência e tecnologia da sustentabilidade que esta sendo oferecido pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) esta será a sexta turma PPG-CTS, em nível de mestrado.

O curso segue a tendência mundial de cursos interdisciplinares, tendo como objetivo o estudo formal da sustentabilidade com fundamentação científica e tecnológica para um desenvolvimento sustentável.

O formado será um profissional apto para atuar na academia, indústria, órgãos públicos reguladores e
certificadores e organizações não governamentais.

As inscrições devem ser realizadas conforme as orientações do edital de ingresso, disponível na página do programa na internet.

Mais informações: www.unifesp.br/homediadema/pg/sustenta e (11) 3319-3511.

Rose Camilio - contadora de histórias infantis

Minha tia, Rose Cleide Rodrigues Camilio, é psicopedagoga e contadora de historias infantis, realiza um trabalho muito importante, que ajuda a desenvolver valores e princípios nas crianças em forma de entretenimento e diversão.

E falando em política, eu costumo brincar com ela dizendo que: "Contadores de histórias para crianças são artistas, contadores de histórias para adultos são políticos". Concordam comigo?

Segue abaixo uma das apresentações dela:

UMA BOLSA NADA BLINDADA


Esses dias minha irmã estava assistindo um filme chamado "Os Delírios de Consumo de Becky Bloom", imaginando que seria apenas mais um daqueles filmes com um final óbvio e feliz (e de fato era), decidi assistir mais para acompanha-la do que por outra razão.
Confesso que me surpreendi, e achei muito bom o filme. Apesar de tratar de clichês, ele o faz de maneira muito interessante e bem humorada.

O filme se baseia na série de livros de Sophie Kinsella, a atriz Isla Fisher faz o papel de Rebecca Bloomwood (apelido Becky), uma compradora compulsiva, daquelas que não resiste a uma liquidação, os olhos brilham quando lê "PROMOÇÃO", e pula de alegria quando ouve na TV uma propaganda dizendo "Mas é só amanhã!" (rsrsrs).
 

Suas obsessões de consumo a levaram a acumular grandes dividas, e mesmo assim os desejos de consumo Becky fazem ela continuar a se afundar nas dividas.
O grande sonho da senhorita Bloomwood é um dia trabalhar em sua revista de moda preferida, ironicamente ela consegue trabalho apenas em redação de economia. E dai a historia se desenrola.
Ela passa a frequentar um grupo de autoajuda para consumidores compulsivos (que até lembra a reunião dos tubarões, em Procurando Nemo), e deixa os demais integrantes com ainda mais vontade de usarem os cartões de crédito.


Teve uma cena que eu achei super supimpa... Foi quando o pai de Becky na tentativa de consola-la diz: "Se a economia americana pode ter bilhões em dívidas, você também pode, e vai sobreviver".

E como todo filme do gênero, vai rolar um romance e tal...
Mas o filme vai lhe render umas boas risadas, vale a pena assistir.

Como alguns podem imaginar, o titulo dessa postagem foi uma referência ao livro que foi lançado nesta semana "Bolsa Blindada", e que trás dicas de economia para as mulheres.

Claro que o filme mencionado exagera por conta do humor, mas será que as mulheres realmente gastam mais que os homens? Seria isso devido a entrada da mulher no mercado de trabalho? Ou estaria mais ligado as "responsabilidades tradicionais" da mulher (como fazer compras domésticas)? Qual a sua opinião?

sexta-feira, 26 de julho de 2013

AS TEORIAS DO "PORQUE O SAPO NÃO LAVA O PÉ"

O sapo não lava o pé... Não lava porque não quer...

Essa antiga sentença traz em si um grande problema. Será que o sapo não lava o pé apenas porque não quer? O que diriam grandes pensadores sobre esta desafiadora questão?

Essa é uma espécie de piada cult (e para poucos, é verdade!). Alguns  trechos poderiam ser usados em sala de aula, como atividade. Mas vale mesmo como descontração…


POR QUE O SAPO NÃO LAVA O PÉ?
Explicações de vário estudiosos…

Olavo de Carvalho: O sapo não lava o pé. Não lava porque não quer. Ele mora lá na lagoa, não lava o pé porque não quer e ainda culpa o sistema, quando a culpa é da PREGUIÇA. Este tipo de atitude é que infesta o Brasil e o Mundo, um tipo de atitude oriundo de uma complexa conspiração moscovita contra a livre-iniciativa e os valores humanos da educação e da higiene!
Karl Marx: A lavagem do pé, enquanto atividade vital do anfíbio, encontra-se profundamente alterada no panorama capitalista. O sapo, obviamente um proletário, tendo que vender sua força de trabalho para um sistema de produção baseado na detenção da propriedade privada pelas classes dominantes, gasta em atividade produtiva alienada o tempo que deveria ter para si próprio. Em conseqüência, a miséria domina os campos, e o sapo não tem acesso à própria lagoa, que em tempos imemoriais fazia parte do sistema comum de produção.
Friedrich Engels: isso mesmo.

Michael Foucault: Em primeiro lugar, creio que deveríamos começar a análise do poder a partir de suas extremidades menos visíveis, a partir dos discursos médicos de saúde, por exemplo. Por que deveria o sapo lavar o pé? Se analisarmos os hábitos higiênicos e sanitários da Europa no século XII, veremos que os sapos possuíam uma menor preocupação em relação à higiene do pé – bem como de outras áreas do corpo. Somente com a preocupação burguesa em relação às disciplinas – domesticação do corpo do indivíduo, sem a qual o sistema capitalista jamais seria possível – é que surge a preocupação com a lavagem do pé. Portanto, temos o discurso da lavagem do pé como sinal sintomático da sociedade disciplinar.

Max Weber: A conduta do sapo só poderá ser compreendida em termos de ação social racional orientada por valores. A crescente racionalização e o desencantamento do mundo provocaram, no pensamento ocidental, uma preocupação excessiva na orientação racional com relação a fins. Eis que, portanto, parece absurdo à maior parte das pessoas o sapo não lavar o pé. Entretanto, é fundamental que seja compreendido que, se o sapo não lava o pé, é porque tal atitude encontra-se perfeitamente coerente com seu sistema valorativo – a vida na lagoa.

Friedrich Nietzsche: Um espírito astucioso e camuflado, um gosto anfíbio pela dissimulação – herança de povos mediterrâneos, certamente – uma incisividade de espírito ainda não encontrada nas mais ermas redondezas de quaisquer lagoas do mundo dito civilizado. Um animal que, livrando-se de qualquer metafísica, e que, aprimorando seu instinto de realidade, com a dolcezza audaciosa já perdida pelo europeu moderno, nega o ato supremo, o ato cuja negação configura a mais nítida – e difícil – fronteira entre o Sapo e aquele que está por vir, o Além- do-Sapo: a lavagem do pé.

John Locke: Em primeiro lugar, faz-se mister refutar a tese de Filmer sobre a lavagem dos pés. Se fosse assim, eu próprio seria obrigado a lavar meus pés na lagoa, o que, sustento, não é o caso. Cada súdito contrata com o Soberano para proteger sua propriedade, e entendo contido nesse ideal o conceito de liberdade. Se o sapo não quer lavar o pé, o Soberano não pode obrigá-lo, tampouco recriminá-lo pelo chulé. E ainda afirmo: caso o Soberano queira, incorrendo em erro, obrigá-lo, o sapo possuirá legítimo direito de resistência contra esta reconhecida injustiça e opressão.

Immanuel Kant: O sapo age moralmente, pois, ao deixar de lavar seu pé, nada faz além de agir segundo sua lei moral universal apriorística, que prescreve atitudes consoantes com o que o sujeito cognoscente possa querer que se torne uma ação universal.

Nota de Freud: Kant jamais lavou seus pés.

Sigmund Freud: Um superego exacerbado pode ser a causa da falta de higiene do sapo. Quando analisava o caso de Dora, há vinte anos, pude perceber alguns dos traços deste problema. De fato, em meus numerosos estudos posteriores, pude constatar que a aversão pela limpeza, do mesmo modo que a obsessão por ela, podem constituir-se num desejo de autopunição. A causa disso encontra-se, sem dúvida, na construção do superego a partir das figuras perdidas dos pais, que antes representavam a fonte de todo conteúdo moral do girino.

Carl Jung: O mito do sapo do deserto, presente no imaginário semita, vem a calhar para a compreensão do fenômeno. O inconsciente coletivo do sapo, em outras épocas desenvolvido, guardou em sua composição mais íntima a idéia da seca, da privação, da necessidade. Por isso, mesmo quando colocado frente a uma lagoa, em época de abundância, o sapo não lava o pé.

Soren Kierkegaard: O sapo lavando o pé ou não, o que importa é a existência.

George Hegel: podemos observar na lavagem do pé a manifestação da Dialética. Observando a História, constatamos uma evolução gradativa da ignorância absoluta do sapo – em relação à higiene – para uma preocupação maior em relação a esta. Ao longo da evolução do Espírito da História, vemos os sapos se aproximando cada vez mais das lagoas, cada vez mais comprando esponjas e sabões. O que falta agora é, tão somente, lavar o pé, coisa que, quando concluída, representará o fim da História e o ápice do progresso.

Auguste Comte: O sapo deve lavar o pé, posto que a higiene é imprescindível. A lavagem do pé deve ser submetida a procedimentos científicos universal e atemporalmente válidos. Só assim poder-se-á obter um conhecimento verdadeiro a respeito.

Arthur Schopenhauer: O sapo cujo pé vejo lavar é nada mais que uma representação, um fenômeno, oriundo da ilusão fundamental que é o meu princípio de razão, parte componente do principio individuationis, a que a sabedoria vedanta chamou “véu de Maya”. A Vontade, que o velho e grande filósofo de Königsberg chamou de Coisa-em si, e que Platão localizava no mundo das idéias, essa força cega que está por trás de qualquer fenômeno, jamais poderá ser capturada por nós, seres individuados, através do princípio da razão, conforme já demonstrado por mim em uma série de trabalhos, entre os quais o que considero o maior livro de filosofia já escrito no passado, no presente e no futuro: “O mundo como vontade e representação”.

Aristóteles. O [sapo] lava de acordo com sua natureza! Se imitasse, estaria fazendo arte . Como [a arte] é digna somente do homem, é forçoso reconhecer que o sapo lava segundo sua natureza de sapo, passando da potência ao ato. O sapo que não lava o pé é o ser que não consegue realizar [essa] transição da potência ao ato.

Platão:
Górgias: Por Zeus, Sócrates, os sapos não lavam os seus pés porque não gostam da água!
Sócrates: Pensemos um pouco, ó Górgias. Tu assumiste, quando há pouco dialogava com Filebo, que o sapo é um ser vivo, correto?
Górgias: Sou forçado a admitir que sim.
Sócrates: Pois bem, e se o sapo é um ser vivo, deve forçosamente fazer parte de uma categoria determinada de seres vivos, posto que estes dividem-se em categorias segundo seu modo de vida e sua forma corporal; os cavalos são diferentes das hidras e estas dos falcões, e assim por diante, correto?
Górgias: Sim, tu estás novamente correto.
Sócrates: A característica dos sapos é a de ser habitante da água e da terra, pois é isso que os antigos queriam dizer quando afirmaram que este animal era anfíbio, como, aliás, Homero e Hesíodo já nos atestam. Tu pensas que seria possível um sapo viver somente no deserto, tendo ele necessidade de duas vidas por natureza,ó Górgias?
Górgias: Jamais ouvi qualquer notícia a respeito.
Sócrates: Pois isto se dá porque os sapos vivem nas lagoas, nos lagos e nas poças, vistos que são animais, pertencem e uma categoria, e esta categoria é dada segundo a característica dos sapos serem anfíbios.
Górgias: É verdade.
Sócrates: precisando da lagoa, ó Górgias meu caro, tu achas que seria o sapo insano o suficiente para não gostar de água?
Górgias: não, não, não, mil vezes não, Ó Sócrates!
Sócrates: Então somos forçados a concluir que o sapo não lava o pé por outro motivo, que não a repulsa à água
Górgias: de acordo

Diógenes, o Cínico: Dane-se o sapo, eu só quero tomar meu sol.

Parmênides de Eléia: Como poderia o sapo lavar os pés, ó deuses, se o movimento não existe?

Heráclito de Éfeso: Quando o sapo lava o pé, nem ele nem o pé são mais os mesmos, pois ambos se modificam na lavagem, devido à impermanência das coisas.

Epicuro: O sapo deve alcançar o prazer, que é o Bem supremo, mas sem excessos. Que lave ou não o pé, decida-se de acordo com a circunstância. O vital é que mantenha a serenidade de espírito e fuja da dor.

Estóicos: O sapo deve lavar seu pé de acordo com as estações do ano. No inverno, mantenha-o sujo, que é de acordo com a natureza. No verão, lave-o delicadamente à beira das fontes, mas sem exageros. E que pare de comer tantas moscas, a comida só serve para o sustento do corpo.

Descartes: nada distingo na lavagem do pé senão figura, movimento e extensão. O sapo é nada mais que um autômato, um mecanismo. Deve lavar seus pés para promover a autoconservação, como um relógio precisa de corda.

Nicolau Maquiavel: A lavagem do pé deve ser exigida sem rigor excessivo, o que poderia causar ódio ao Príncipe, mas com força tal que traga a este o respeito e o temor dos súditos. Luís da França, ao imperar na Itália, atraído pela ambição dos venezianos, mal agiu ao exigir que os sapos da Lombardia tivessem os pés cortados e os lagos tomados caso não aquiescessem à sua vontade. Como se vê, pagou integralmente o preço de tal crueldade, pois os sapos esquecem mais facilmente um pai assassinado que um pé cortado e uma lagoa confiscada.

Jacques Rousseau: Os sapos nascem livres, mas em toda parte coaxam agrilhoados; são presos, é certo, pela própria ganância dos seus semelhantes, que impedem uns aos outros de lavarem os pés à beira da lagoa. Somente com a alienação de cada qual de seu ramo ou touceira de capim, e mesmo de sua própria pessoa, poder-se-á firmar um contrato justo, no qual a liberdade do estado de natureza é substituída pela liberdade civil.

Max Horkheimer e Theoror Adorno: A cultura popular diferencia-se da cultura de massas, filha bastarda da indústria cultural. Para a primeira, a lavagem do pé é algo ritual e sazonal, inerente ao grupamento societário; para a segunda, a ação impetuosa da razão instrumental, em sua irracionalidade galopante, transforma em mercadoria e modismo a lavagem do pé, exterminando antigas tradições e obrigando os sapos a um procedimento diário de higienização.

Antonio Gramsci: O sapo, e além dele, todos os sapos, só poderão lavar seus pés a partir do momento em que, devido à ação dos intelectuais orgânicos, uma consciência coletiva principiar a se desenvolver gradativamente na classe batráquia. Consciência de sua importância e função social no modo de produção da vida. Com a guerra de posições – representada pela progressiva formação, através do aparato ideológico da sociedade civil, de consensos favoráveis – serão criadas possibilidades para uma nova hegemonia, dessa vez sob a direção das classes anteriormente subordinadas.

Norberto Bobbio: existem três tipos de teoria sobre o sapo não lavar o pé. O primeiro tipo aceita a não-lavagem do pé como natural, nada existindo a reprovar nesse ato. O segundo tipo acredita que ela seja moral ou axiologicamente errada. A terceira espécie limita-se a descrever o fenômeno, procurando uma certa neutralidade.

Liberal de Orkut (esse indivíduo cada vez mais anônimo): o sapo não lava o pé por ser um indivíduo liberto da opressão estatal. Mas qualquer coisa é só arrumar um emprego público e utilizar o lavado do Leviatã!

terça-feira, 2 de julho de 2013

...E o povo toca para os congressistas e...pra fora!

A organização não-governamental Rio de Paz colocou 594 bolas de plástico em frente ao Congresso Nacional. Esse também é o número de parlamentares: 513 deputados federais e 81 senadores.
Os representantes da ONG pretendem chutar as bolas chutar as bolas às 17h30, "como símbolo da sociedade passando a bola para o Parlamento, a fim de que os congressistas atendam aos anseios do povo".
As bolas também vêm pintadas com cruzes vermelhas, que, segundo a Rio de Paz, representam as mortes no país por falta de segurança e saúde.
Um cartaz apresentado pela ONG contém a seguinte frase: "Exigimos escolas, hospitais, segurança, no padrão FIFA".
A Rio de Paz destaca que a manifestação será pacífica.

Fonte: Agência Senado