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sexta-feira, 27 de setembro de 2019

segunda-feira, 4 de março de 2019

Conferência Criação Vs Evolução - com o Doutor Marcos Eberlin

Noticia antiga, mas o tema é bem atual.
Em setembro, a igreja Presbiteriana de São Caetano do Sul promoveu uma Conferência sobre Criacionismo, neste ano com a proposta do Design Inteligente. O palestrante que esteve presente no encontro era ninguém menos do que o Dr. Marcos Éberlin:
Um dos maiores cientistas do Brasil e o outro é apenas o Dr. Marcos Eberlin...rsrsrs
O Dr. Marcos Eberlin inclusive descobriu um processo químico que leva o nome dele (quem nunca? rsrs). Sem dúvida um dos maiores nomes, senão o maior, na área de química no Brasil. Além de um notável cientista, Eberlin também é cristão e um dos defensores da Teoria do Design Inteligente. Você pode assistir as duas palestras que ele deu na ocasião:

Parte 1:
Parte 2:




domingo, 11 de junho de 2017

Estudo aponta evidências de que as “fontes do abismo” existem


Uma equipe de pesquisadores de várias instituições do Japão e Alemanha encontrou evidências de que o manto da Terra tem tanta água quanto os oceanos da superfície. Os pesquisadores realizaram testes de laboratório para acabar de vez com o debate entre os que acreditam que há enorme quantidade de água ali e os que defendem que o manto é livre de água. Em um artigo publicado no site Science Advances, o grupo aponta que a parte superficial e a mais profunda do manto são livres de água, mas que seu centro pode conter quantidades massivas do líquido. Essa camada fica a cerca de 500 km de profundidade a partir da superfície do manto. A principal evidência de que essa parte do manto pode conter grandes quantidades de água é que ela é composta pelos minerais wadsleyvite e ringwoodita, conhecidos por segurar bastante água. Os pesquisadores criaram rinwoodita sintética para representar a parte central do manto e bridgemanita (MgSiO3) para representar a parte inferior da camada. Eles então analisaram a viscosidade e adicionaram água à ringwoodita. O resultado observado foi que fazer isso reduz a viscosidade e que as medições bateram com as realizadas no manto de verdade.

Ao ajustar a quantidade de água adicionada ao manto sintético e calcular as mudanças na viscosidade, eles conseguiram estimar a acumulação de água nos minerais do manto. Essa informação foi usada para calcular quanta água está na região central do manto. O artigo diz que essa quantidade é semelhante à dos oceanos da superfície da Terra.

Via: Hypescience

Nota: Eu já sabia, valeu Gênesis 7:11.
#BibliaSpoiler

sábado, 24 de setembro de 2016

NASA volta atrás e diz que não achou água em Marte

Desde que a Nasa começou a enviar sondas para Marte a fim de analisar nosso vizinho vermelho, muitos rumores e especulações sobre as descobertas feitas começaram a surgir. Ainda que não tenhamos visto ninguém garantindo que a Discovery tropeçou em um alienígena, a própria agência levantou a teoria de que o planeta possuía marcações que serviam de indício de uma movimentação sazonal de água em sua superfície. Porém, eis que o próprio órgão veio a público dizer que as coisas não são bem assim. Como toda teoria, a hipótese inicial da agência espacial foi analisada e acabou caindo por terra. Novas análises com base em dados reunidos pela sonda especial Mars Odyssey mostraram que as tais linhas que tanto intrigaram cientistas e que os fizeram acreditar que se tratava de um rastro de água não é nada disso. A ideia acabou sendo derrubada quando o sistema de imagens da sonda revelou que as partes onde as linhas se encontravam tinham a mesma temperatura do restante do planeta, o que não deveria acontecer caso o líquido estivesse presente por ali. Isso quer dizer que Marte é um planeta seco por completo? Não necessariamente, já que a análise levanta a suposição de que essas manchas negras na superfície de Marte podem conter água, ainda que em uma quantidade mínima. O objetivo é imaginar o quanto.

A primeira estimativa é de que ela não tenha mais do que três gramas de água por quilograma de solo, ou seja, o equivalente ao mais seco dos desertos da Terra. Pessimista, é verdade, mas não exclui a existência do líquido. Nova hipótese é que manchas na superfície de Marte sejam sais hidratados pela água no vapor da atmosfera. Tanto que alguns cientistas ainda seguem apostando na hipótese de que as marcas têm mesmo alguma relação com a água.

De acordo com Christopher Edwards, da Universidade do Norte do Arizona, as descobertas recentes são mais do que consistentes para mostrar a presença de sais hidratados em Marte. Segundo o pesquisador, você pode hidratar um sal mesmo sem ter uma quantidade de água capaz de preencher o espaço entre as partículas. Em outras palavras, você pode não ver, mas ela está lá. Isso porque, segundo Edwards, os sais podem ser hidratados pela água vaporizada da atmosfera e não necessariamente por uma fonte subterrânea. Assim, ele diz que as marcações escuras no planeta podem não estar relacionadas a água em estado líquido ou sólido, como se cogitava inicialmente, mas isso não significa que devemos descartar a existência da substância como um todo.

Ele aponta uma nova teoria na qual sugere a presença de cascatas de materiais secos com diferentes propriedades termais que acabam resultando em uma avalanche que gera esses possíveis sais hidratados. Porém, como a gente já aprendeu, nada disso é uma conclusão definitiva, visto que a Nasa ainda luta para entender a geografia do nosso vizinho e quais os segredos que se escondem embaixo de tanta poeira.

Fonte: CanalTech

quinta-feira, 21 de julho de 2016

A última chance em 24 anos de ver Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno a olho nu

Nós já vimos no início deste ano, e veremos agora novamente: Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno ficarão alinhados por alguns dias antes de cada um deles tomar o seu caminho no céu.

A partir desta semana, e durante mais algumas, os cinco planetas poderão vistos a olho nu durante o pôr do sol - no fim de janeiro e início de fevereiro, eles podiam ser avistados apenas ao amanhecer. Isso só será possível, segundo David Dickinson, do site de astronomia Universe Today, porque antes tínhamos todos os planetas à nossa frente. "Agora, os vemos do nosso 'espelho retrovisor' porque Marte, Júpiter e Saturno estão na frente, enquanto Mercúrio e Vênus estão correndo para recuperar o atraso", escreveu Dickinson. Se você estiver em um espaço aberto sem nuvens, a partir desta quarta-feira poderá ver os cinco planetas vizinhos ao sudoeste da Terra.


Brilho e cor
Para identificar os planetas, preste atenção nas sutis diferenças que você verá no céu. Venus é o mais brilhante de todos, e Júpiter é o próximo na luminosidade. Ambos ainda são visíveis quando o sol está prestes a se esconder.
Marte, por sua vez, é avermelhado e Saturno, amarelado. Ambos brilham com intensidade semelhante.
Encontrar Mercúrio é sempre o maior desafio porque é o menor planeta e pode se esconder facilmente.

O truque do polegar
O astrônomo Jason Kendall, professor adjunto da Universidade William Paterson, em Nova Jersey, nos Estados Unidos, publicou em seu canal do YouTube um exercício prático para saber se o que você está vendo é um planeta ou uma estrela.
"Feche um dos olhos. Estique o braço e coloque o seu dedo polegar para cima. Lentamente, passe-o de um lado para o outro do planeta ou estrela que você vê no céu. Se a luz se atenuar quando o polegar passar sobre ele, é um planeta. Mas se ela piscar rapidamente é uma estrela", disse.
O truque funciona melhor com Júpiter e Vênus, afirma o astrônomo, porque eles são mais brilhantes.
De qualquer forma, o que precisa ficar claro caso você decida "ir à caça" é que esses planetas são corpos celestes mais brilhantes vistos daqui da Terra - depois do Sol e da Lua, é claro.
Os cinco planetas não voltarão a se alinhar até 8 de setembro de 2040, quando estarão a 9,3 graus no céu.

Via G1

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Penas de pássaros que viveram com dinossauros eram iguais as das aves atuais

Asas de pássaros que viveram há 99 milhões de anos foram encontradas fossilizadas em bom estado e revelaram que as aves já tinham, antes da extinção dos dinossauros, uma plumagem como a das aves modernas. Elas foram encontradas em Mianmar e o estudo foi publicado na revista Nature Communications. “É raríssimo encontrar aves em âmbar, normalmente se encontram apenas insetos ou pequenos lagartos”, diz Juan Carlos Cisneros, paleontólogo e professor da Universidade Federal do Piauí. Para quem se lembra do primeiro filme Jurassic Park, foi graças a um mosquito encontrado em âmbar que os dinossauros foram trazidos de volta à vida. Por enquanto, ainda nenhuma ave pré-histórica foi clonada, mas, graças à preservação da resina de âmbar, a pesquisa pôde detalhar a estrutura óssea, a plumagem e a pterilose (disposição das penas no corpo da ave). Havia vestígios até de tecidos moles dos animais, que permitem imaginar o desenvolvimento das asas em aves jovens naquele período.

O tamanho pequeno das asas e o desenvolvimento incompleto dos ossos sugere que as duas aves estudadas ainda não eram adultas. Mesmo assim, tinham penas parecidas com os pássaros adultos de hoje, porque, segundo os autores, os pássaros extintos já saíam do ovo com penas que eram funcionais, diferente do que vemos nas espécies atuais.

No entanto, há algumas diferenças importantes. “Tinham dentes e asas com garras e um arranjo de ossos diferente na parte do peito e tornozelos”, disse o paleontólogo canadense Ryan McKellar, do Museu Real de Saskatchewan, ao jornal El País. Fora isso, os pesquisadores afirmam que há 99 milhões de anos já havia surgido a maior parte dos tipos de asas dos pássaros modernos e que tinham até as mesmas cores.

“Saber a cor das penas é muito valioso na descoberta”, diz o paleontólogo salvadorenho radicado no Brasil. Ele conta que na região da Chapada do Araripe, entre Ceará e Pernambuco, há fósseis de aves do período Cretáceo, mas que são fósseis não mumificados, ou seja, são uma impressão deixada na rocha, sem tantos detalhes como os encontrados.

Lida Xing, da Universidade de Geociências da China, McKellar e seus colegas usaram técnicas de raio-X e tomografia computadorizada para estudar os fósseis. Comparando com outros, chegaram à conclusão que são restos de enantiornites, um grupo de aves que conviveram com os dinossauros e foram extintas junto com eles no final do Cretáceo, período que durou mais ou menos de 145,5 milhões a 65,5 milhões de anos atrás [segundo a cronologia evolucionista].

Segundo Cisneros, já é consenso (oi?) que as aves atuais são descendentes diretas dos dinossauros - muitos dos quais tinham penas. As aves encontradas no estudo eram pequenas e menores do que os dinossauros. Anteriormente, o conhecimento sobre as asas e penas dos pássaros do Cretáceo vinha de fósseis bidimensionais (compressões carbonizadas) e de penas individuais preservadas em âmbar. Portanto, a descoberta desses fósseis traz mais informações por serem tridimensionais.

Um grande depósito de âmbar (resina das árvores que se solidificou ao longo do tempo) de meados do período Cretáceo no nordeste de Mianmar é um dos mais prolíficos e mais bem estudados por causa dos fósseis preservados de artrópodes e plantas, mas o trabalho com plumagens só começou agora.

Via UOL


NOTA: Acho muito curioso que mesmo quando as descobertas caminham justamente no sentido oposto ao proposto pelo evolucionismo, existe um esforço até no jogo de palavras para disfarçar e tentar manter essa ideologia, uma vez que a mesma não se sustenta sozinha. O jornalista tenta disfarçar dizendo: “Tinham dentes e asas com garras e um arranjo de ossos diferente na parte do peito e tornozelos". Que legal hein, mas qual a novidade? Aves eram aves e dinossauros eram dinossauros.
O que não se ousou comentar foi: como as aves são descendentes diretas dos dinossauros e já eram evoluídas há 99 milhões de anos, na época dos dinossauros, e com a mesma complexidade que existem as de hoje? Onde esta a evolução?

Se houvesse sido identificado que as aves antigas eram diferentes das aves atuais os evolucionistas diriam "Vejam! Uma prova evidente do evolucionismo!", mas mesmo quando o oposto acontece eles dizem ser "Vejam! Uma prova evidente do evolucionismo!". Uma teoria que tenta explicar tudo, acaba não explicando nada.

Triste tempo o nosso, em que a busca pela verdade deu lugar as ideologias.

domingo, 22 de maio de 2016

Morcegos ensinando drones a voar


Em um artigo publicado na Scientific Reports, [1] um grupo de pesquisadores da Universidade de Lund, na Suécia, relata o resultado de experimentos realizados com morcegos de orelhas longas em um túnel de vento. Ao contrária do que se imaginava, as grandes orelhas desses animais não representam um obstáculo aerodinâmico durante seu voo, mas acabam auxiliando a sustentação dos morcegos no ar.

“Nós mostramos como o ar atrás do corpo de um morcego de orelha longa acelera-se para baixo, o que significa que o corpo e as orelhas fornecem elevação. Isso distingue os morcegos de orelha longa de outras espécies que têm sido estudadas e indica que as orelhas grandes não criam meramente forte resistência, mas também auxiliam o animal a permanecer elevado,” diz Christoffer Johansson Wertheim. [2]

Além disso, os pesquisadores conseguiram entender melhor a técnica de voo desses morcegos em velocidades baixas:

“Também encontramos um novo mecanismo que os morcegos usam para gerar forças de impulso. Eles o usam em velocidades de voo muito baixas. Essas forças de impulso são produzidas quando as asas estão estendidas para longe do corpo, o que significa que elas se tornam muito boas para manobras (…).O controle de voo a baixas velocidades é bastante desafiador (…). Imaginamos que essa seja uma contribuição importante para os mecanismos de controle em drones no futuro.” [2]

A figura abaixo foi obtida no site da NASA [3] e descreve o problema “simples” das forças agindo em um foguete durante seu voo. Como seria o conjunto de equações que descreveria o voo dos morcegos estudados pelos pesquisadores de Lund? A própria existência de leis físicas fundamentais, arranjadas segundo um delicado ajuste fino que possibilite a existência da matéria e do universo, já é um obstáculo tremendo à concepção materialista do mundo. A combinação dessas leis fundamentais para compor uma obra prima como o voo de um animal (tal qual descrito na pesquisa) chega a ser um golpe de misericórdia.
No livro Evolution: The Grand Experiment, Carl Werner coletou entrevistas com diversos especialistas em evolução de morcegos. A declaração seguinte deixa muito claro o estado das coisas na atualidade:

“Encontramos mais de 650-670 espécimes até agora [apenas nesse local da Alemanha]. Não temos um registro fóssil de morcegos durante o período Cretáceo. Isso significa que dependemos somente de especulação, sobre quando ela começou [a evolução dos morcegos] e o que aconteceu naqueles tempos.” (Dr. Joerg Habersetzer, especialista em evolução de morcegos, Senckenberg Museum of Natural History, Frankfurt, Alemanha). [4]

(Rodrigo Pontes, Origem e Vida)


Referências:

[1] L. C. Johansoon, J. Hakansson, L. Jakobsen, A. Hedenstrom, Ear-body lift and a novel thrust generating mechanism revealed by the complex wake of brown long-eared bats (Plecotus auritus), Scientific Reports, vol 6, p. 24886, 2016.

[2] Lund University, News and Press Releases, WATCH: How studying bats’ flight technique could lead to drone development. <http://www.lunduniversity.lu.se/article/watch-how-studying-bats-flight-technique-could-lead-to-drone-development>, 05/05/2016.

[3] NASA, Flight equations with drag, <https://www.grc.nasa.gov/www/k-12/rocket/flteqs.html>, 05/05/2016.

[4] C. Werner, Evolution: The Grand Experiment Vol. 1, 3rd ed., New Leaf Press, 2014. (Edição para Kindle, localização 1315)

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Flor de “15 milhões de anos” preservada em fóssil era igual às de hoje


Vi uma notícia interessante na BBC. Foi originalmente divulgada na revista especializada Nature Plants, a matéria diz que cientistas da Universidade de Oregon, nos Estados Unidos, descreveram uma nova espécie de planta graças à descoberta de flores fossilizadas dentro de pedaços de âmbar que têm pelo menos 15 milhões de anos.

Até ai, nada demais. Mas o detalhe é que a flor preservada em fóssil é idêntica as encontradas hoje. "15 milhões de anos” atrás ela já dispunha de toda a complexidade que uma atual flor possui, Repetindo: 15 milhões de anos!

Nas palavras do professor George Poinar, um famoso entomologista, "Parecia que essas flores tinham acabado de cair de uma árvore", disse Pionar.

A matéria se encontra disponível no website da BBC:
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/02/160216_flor_fossil_descoberta_fn.shtml

Fica difícil acreditar na evolução desse jeito...

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Descobertos tubos magnéticos ao redor da Terra

Tubos magnéticos
Usando um instrumento construído para observar galáxias a bilhões de anos-luz de distância, astrônomos australianos detectaram estruturas tubulares a umas poucas centenas de quilômetros acima da superfície da Terra.
"Por mais de 60 anos, os cientistas acreditavam que essas estruturas existiam, mas, ao produzir imagens delas pela primeira vez, nós fornecemos evidências visuais que elas estão realmente lá," disse Cleo Loi, da Universidade de Sydney.
As estruturas tubulares são a versão real das linhas tradicionalmente utilizadas para ilustrar o campo magnético terrestre. Na verdade, não são linhas, mas tubos de formatos muito dinâmicos, de várias espessuras, que ficam mudando o tempo todo - de fato, a equipe conseguiu fazer um filme, mostrando todo esse dinamismo ao longo de uma noite.
Os astrônomos fizeram as observações com o radiotelescópio MWA (Murchison Widefield Array), que foi projetado para observar as galáxias do Universo primordial, assim como estrelas e nebulosas dentro de nossa própria galáxia.
Mas usaram essa radiação distante para detectar alterações em nossa própria atmosfera.

Magnetosfera e Plasmasfera
Conforme a luz de uma galáxia passa através das camadas na magnetosfera da Terra, o caminho da luz - e, portanto, a posição aparente da galáxia - é alterada por variações na densidade dessas camadas. O efeito é similar a olhar para cima do fundo de uma piscina, vendo as distorções causadas pelas ondas na superfície.
A formação dos dutos magnéticos
está associada com as linhas do campo
magnético da Terra e sua interação com
a radiação solar. [Imagem: CAASTRO]
Mapeando as variações nas posições de múltiplas fontes de rádio ao longo de uma noite, foi possível mapear as distorções e decifrar a forma e as dimensões das estruturas tubulares.
Os dutos observados, imediatamente acima do radiotelescópio MWA, estão entre 500 e 700 km acima da superfície, alinhados com o campo magnético da Terra e seguindo a curvatura esperada conforme ascendem ou mergulham a partir do planeta.
As estruturas tubulares estão na plasmasfera, uma camada logo abaixo da ionosfera. Agora que a técnica de observação foi desenvolvida, outros radiotelescópios poderão mapear os tubos magnéticos em outros pontos da Terra, eventualmente chegando a um mapa planetário completo das estruturas.
"As estruturas são extraordinariamente organizadas, aparecendo como tubos regularmente espaçados alternando subdensidades e sobredensidades, fortemente alinhados com o campo magnético da Terra. Estes resultados representam a primeira evidência visual direta da existência de tais estruturas," escreveram os pesquisadores.

Via Inovação Tecnológica

UFABC é destaque no jornal The Guardian

A Universidade Federal do ABC (UFABC) foi destaque em edição especial sobre a educação brasileira do jornal britânico. O jornal estava fazendo uma série de reportagens do nosso sistema educacional e reconheceu a UFABC pela inovação curricular, resultados em pesquisa, internacionalização e esforços em inclusão social.
Avante UFABC!

A matéria esta disponível no link abaixo:
http://www.theguardian.com/the-report-company/2015/may/18/the-federal-university-of-abc-ufabc

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Reitores da UFABC e USP discutem possibilidades de cooperação

O reitor da Universidade de São Paulo (USP), Marco Antonio Zago, visitou a UFABC na quinta-feira (7/5), atendendo a convite da Reitoria. O reitor Klaus Capelle aproveitou a oportunidade para apresentar os destaques do projeto pedagógico da UFABC e os resultados recém-obtidos em rankings e avaliações externas. Durante o encontro, eles também abordaram possibilidades de interação entre as duas instituições, especialmente na área de relações internacionais e através da agência de inovação com ações visando o empreendedorismo. Para essas duas frentes, em cada instituição foram definidos interlocutores que darão encaminhamento ao desenvolvimento e avanço de projetos colaborativos.

Outro tema da reunião foi a possibilidade de cooperação por meio do compartilhamento de grandes equipamentos de pesquisa. Como a UFABC está montando uma infraestrutura avançada para a instalação de aparelhos de microscopia — a sala com esses dispositivos no futuro Bloco L será uma das mais avançadas do Brasil —, a proposta seria que esse ambiente fosse equipado com esforços conjuntos das duas universidades. O reitor Zago citou um novo sistema computacional em nuvem adquirido recentemente pela USP, sugerindo a possibilidade da UFABC também utilizá-lo para pesquisas que necessitem de computação de alto desempenho.

Via UFABC

terça-feira, 19 de maio de 2015

O que Big Data tem a ver com neurociência e relógios inteligentes?

 
Por André L. Souza
Todo mundo já ouviu falar sobre esse tal de Big Data. É a moda do momento. Várias empresas têm investido muita grana nessa nova tendência. E não são só as empresas que têm feito isso. As grandes instituições de ensino superior pelo mundo afora também estão entrando de cabeça na onda do Big Data, com formação de departamentos e programas de graduação e pós especializados nessa tendência. Mas afinal de contas, o que é isso e por que está todo mundo nessa euforia toda?
Sendo bem simplório, Big Data é um termo amplo que se refere ao uso de quantidades grandes (tipo, muito grande mesmo) de dados para auxiliar no processo de tomada de decisões e predições do futuro (veja aqui algumas definições mais específicas de Big Data). Como isso é feito e o tipo de conhecimento técnico necessário para lidar com Big Data é assunto pra uma outra postagem. Mas por que esse frisson todo com isso?
Na verdade, fazer modelos preditivos — ou seja, montar um forma de “adivinhar” exatamente o que você está procurando quando acessa o Google, por exemplo — com base em uma quantidade absurda de dados é muito bom e tem aplicações práticas formidáveis. Só para ilustrar, pode ser que você não saiba o que quer dizer a palavra “frisson”. Daí você vai ao Google, faz uma busca, encontra um link que diz a definição da palavra. Se várias pessoas fizerem isso, o Google vai armazenar os dados relativos a essas buscas e com isso montar um modelo que prediz (Google falando): “opa, como é muito comum que as pessoas busquem pela definição da palavra frisson e não necessariamente pela canção Frisson na voz de Elba Ramalho, eu vou colocar o link da definição bem no topo da busca”. E esse modelo fica cada vez mais funcional quando se baseia em uma quantidade grande de dados.
Mas isso é o começo dessa história de Big Data. E pra dizer a verdade, o Google e outras empresas de tecnologia já fazem isso desde sempre. Nem é novidade mais. E pra ser mais sincero ainda, em termos técnicos, esse tipo de modelo preditivo nem é tão complexo assim de se construir. A coisa começa a ficar realmente legal — e é por isso que o interesse com isso vem crescendo — quando começamos a explorar a multidisciplinaridade dessa parada toda.
Para ilustrar o que eu quero dizer, eu gosto de citar o modelo de “recomendação de músicas” que o Google lançou em meados de 2013. O sistema se baseia em uma quantidade grande de dados (duuuhhhh, helloooo Big Data!), mas dados de natureza distintas: ele combina dados de natureza acústica (isso mesmo: espectrogramas com características sonoras de várias canções); metadados contendo informações tais como nome do artista, da canção, do álbum, do estilo, etc; meta-metadados contendo informações de tudo que existe na web sobre esse artista, suas canções, seu estilo, etc; e obviamente os dados sociais de busca e preferências das pessoas (tipo: quais outros artistas as pessoas que gostam desse artista também gostam?). Todas essas informações são utilizadas conjuntamente para que a recomendação que esse sistema te faz seja tão boa quanto a recomendação que uma pessoa que te conhece bem faria. Essa implementação não é tão fácil assim, já que envolve dados de natureza distintas e que se comportam de maneira peculiar.
No final das contas, um sistema como um Google Now, Siri ou S-Voice pretende funcionar como um agente pessoal. Um agente pessoal, no sentido clássico da palavra, é alguém (pessoa) que tem um corpo, uma mente e um cérebro que processa informações e toma decisões. Assim, qualquer pessoa que queira construir um sistema inteligente que funcione como um agente pessoal de carne e osso precisa entender minimamente sobre como nosso corpo, mente e cérebro funcionam. E esse, é na minha opinião, o futuro do Big Data: a natureza dos dados que coletamos.
Estamos saindo da era dos dados puramente numéricos e distribucionais para entrar em uma era de dados sensoriais. Só para ilustrar: existe uma empresa em Boston chamada MimoBaby. Essa empresa produz roupinhas de bebê. O diferencial: essas roupinhas contêm sensores que medem, de maneira constante, vários dados biométricos do bebê (o padrão de respiração, temperatura, sons que ele produz, rítmo do batimento cardíaco, etc), e mantém toda essa informação em uma nuvem que se conecta a um aplicativo no seu celular que monitora todos esses dados. Ele te manda alertas sobre qualquer alteração nessas medidas e pode ser diretamente utilizado por médicos e hospitais para um diagnóstico mais rápido e correto sobre a saúde do seu bebê. Os relógios inteligentes que estamos vendo proliferar no mercado de tecnologia são um grande exemplo do potencial que temos em mãos para coletar ainda mais esses dados sensoriais de maneira constante.
O futuro do movimento do Big Data está apenas começando (e aparentemente com força total). E dada a sua natureza intrinsicamente multidisciplinar, o profissional Big Data do futuro deverá ser aquele que, não apenas transite pelas várias esferas do conhecimento sem se sentir incomodado, mas que também seja capaz de se manter informado sobre os principais avanços nessas esferas: desde os avanços na área de tecnologia até os avanços na área de neurociência e psicologia

Via Congnando

domingo, 22 de março de 2015

Carta em que Albert Einstein que diz que Deus criou mundo será a leiloada

Uma carta escrita pelo físico Albert Einstein ao colega italiano Giovanni Giorgi, quando lecionava em Roma, será leiloada  nos Estados Unidos. A casa de leilões RR Auction espera receber ao menos US$ 55.000 (cerca de R$ 156.332).
Na carta, escrita em 12 de julho de 1925, Einstein nota que “Deus criou o mundo com muita elegância e inteligência” e, depois de se referir a alguns experimentos, conclui: “Eu não tenho dúvidas sobre a validade da teoria da relatividade”.
Na época, Giorgi era conhecido internacionalmente e na Itália como uma autoridade em eletromagnetismo. A curta mensagem está escrita no verso de um cartão postal assinado por “Suo Einsntein” ou “Do seu Einsntein”, em português.
Einstein tinha uma relação próxima com a Itália, onde esteve com sua família quando tinha entre 15 e 16 anos por muitos meses, e ele falava e escrevia fluentemente no idioma local. A carta pertencia a um colecionador da França, que obteve o manuscrito de um italiano que coleciona artigos científicos.


Via Engenhariaé

sábado, 28 de fevereiro de 2015

Ranking da Turquia coloca a área de Física da UFABC entre as 4 melhores do Brasil

O URAP - Ranking Universitário por Desempenho Acadêmico, em tradução livre para o português – colocou a UFABC no quarto lugar entre as instituições brasileiras na área de Ciências Físicas, em aferição que levou em conta o biênio 2013/2014. Nas áreas de Ciências Matemáticas, Ciências Químicas e Engenharia, a Universidade ocupou, entre as instituições de Ensino Superior do país, a sexta, décima terceira e a décima quinta posições, respectivamente.
Na aferição mundial do ranking, a área de Ciências Físicas foi também a responsável pela melhor posição alcançada pela UFABC – 282º. As demais áreas da UFABC ficaram todas entre as mil primeiras – Ciências Matemáticas (432º), Ciências Químicas (759º) e Engenharia (947º).
Criado em 2009 pela Universidade Técnica do Oriente Médio, localizada em Ancara, na Turquia, o URAP avaliou instituições de Ensino Superior em 23 áreas neste ano. De acordo com carta enviada à UFABC por Nazife Baykal, diretor da Universidade, "o ranking é totalmente baseado em dados objetivos obtidos de fontes confiáveis".
Em anos anteriores, a UFABC já havia obtido boas colocações em rankings como o Webometrics, o RUF (Ranking Universitário Folha), no qual figurou na primeira posição no quesito internacionalização, e o Scimago, em que a UFABC obteve a primeira colocação entre as universidades brasileiras em impacto e excelência das suas pesquisas.
Mais informações sobre o ranking podem ser obtidas no site http://www.urapcenter.org/2014/index.php.

Via: Assessoria de Comunicação e Imprensa UFABC

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Entendendo o Ebola e como ele se propaga

A epidemia de ebola no oeste da África é a pior de que se tem registro na história. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 1.145 pessoas morreram na região por causa da doença, levando autoridades de saúde da Guiné, Libéria e Serra Leoa a correr contra o tempo para tentar controlar o vírus.

O que é o ebola?
Ebola é uma doença causada por um vírus cujos sintomas iniciais incluem febre, fraqueza extrema, dores musculares e dor de garganta, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). À medida que a doença avança, o paciente pode sofrer de vômitos, diarreias e – em alguns casos – hemorragia interna e externa.
Humanos contraem a doença por meio do contato com animais - como chimpanzés, morcegos e antílopes - contaminados.
Entre humanos, o vírus pode se espalhar por meio do contato direto com sangue contaminado, fluidos corporais ou órgãos do doente, ou mesmo por meio do contato com ambientes contaminados. Até funerais de vítimas de ebola podem representar risco, se outras pessoas tiverem contato direto com o corpo do defunto.
O período de incubação pode demorar de dois dias a três semanas, e o diagnóstico é difícil. Em humanos, a doença está limitada majoritariamente à África, embora um caso tenha ocorrido nas Filipinas.
Agentes de saúde pública também correm risco caso tratem pacientes sem tomar as precauções adequadas para prevenir a contaminação.
As pessoas permanecem contaminadas enquanto seu sangue e suas secreções contiverem o vírus – em alguns casos, até sete semanas depois da recuperação.

Onde a doença ocorre?
Surtos de ebola têm ocorrido primariamente em vilarejos remotos da África Central e Ocidental, segundo a OMS.
A doença apareceu originalmente na República Democrática do Congo (quando se chamava Zaire), em 1976. Desde então, se espalhou para o leste, afetando países como Uganda e Sudão.
O surto atual tem a particularidade de ter se iniciado na Guiné, que nunca tinha registrado um caso antes, e de estar se espalhando por áreas urbanas.
De Nzerekore, uma área rural no sudeste da Guiné, o vírus chegou à capital, Conakry, e aos países vizinhos Libéria e Serra Leoa.
Um homem que viajou de avião entre a Libéria e Lagos (Nigéria) em julho foi mantido em quarentena ao desembarcar e depois morreu por causa do ebola - o primeiro caso na Nigéria.
Um dos médicos que o trataram foi infectado e oito pessoas com quem ele teve contato agora estão em isolamento.
A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) qualifica o surto de "sem precedentes", pois os casos se distribuem por áreas separadas por centenas de quilômetros na Guiné.
A ONG diz que a tarefa de acompanhar pessoas que tiveram contato com pacientes de ebola é uma "corrida contra o relógio".
Esse modelo molecular mostra partes dos vírus do Ebola que os
cientistas estudam na tentativa de produzir medicamentos que
reduzem a propagação da doença (Foto: Science Photo Library/BBC)
Que medidas estão sendo tomadas contra o ebola?
O Banco Mundial anunciou que destinará US$ 200 milhões em caráter de urgência para ajudar Guiné, Libéria e Serra Leoa a conter a epidemia de ebola.
Centenas de soldados na Libéria e em Serra Leoa foram mobilizados para conter o pânico nas comunidades afetadas e transportar equipes médicas de um vilarejo a outro.
A Libéria já fechou escolas e a maioria das suas fronteiras e colocou em quarentena as comunidades onde o vírus foi encontrado.
Em julho, a morte de um renomado médico liberiano, Samuel Brisbane, ajudou a propagar os esforços de comunicação do governo sobre o vírus.
Em Serra Leoa, o médico que liderava os esforços contra a doença também se converteu em uma de suas vítimas.
As companhias aéreas Asky e Arik Air, que operam no Oeste da África, suspenderam seus voos para Libéria e Serra Leoa. Testes mais rigorosos estão sendo realizados em aeroportos.
No início do surto atual, o Senegal fechou sua fronteira com a Guiné.
Países asiáticos, como China e Vietnã, também estão se mobilizando para evitar a entrada do vírus em seu território, com ações como o monitoramento mais criterioso de passageiros nos aeroportos.

Quais são as precauções a ser tomadas?
Segundo a OMS, evitar o contato com pacientes de ebola e seus fluidos corpóreos. Não tocar nada em ambientes públicos que possa carregar o vírus - por exemplo, toalhas de mão.
Quem estiver cuidando de pacientes de ebola precisa usar equipamento de proteção, como luvas e máscaras, e lavar bem as mãos regularmente.
Populações em áreas rurais estão sendo aconselhadas pela OMS a não consumir carnes cruas de animais selvagens e manter a distância de morcegos, macacos e primatas. Alguns tipos de morcegos são considerados iguarias na Guiné, onde o surto teve início.
Em março, o Ministério da Saúde da Libéria aconselhou as pessoas a evitar sexo; o vírus pode ser transmitido pelo sêmen, mesmo até sete semanas depois da eventual recuperação de um paciente, observa a OMS. As recomendações já eram de evitar apertos de mão e beijos.

Fonte: G1

sábado, 14 de fevereiro de 2015

A água estocada ou industrializada tem prazo de validade

Diante da escassez de água, quem ainda não pensou em ter um grande estoque em casa? Mas antes de sair enchendo baldes e mais baldes, garrafas ou comprar caixa d’água extra é necessário ter alguns cuidados especiais com as alternativas de captação e armazenamento, inclusive com a quantidade adequada. É importante lembrar que se essas ações não forem realizadas de maneira correta podem ser prejudiciais à saúde. Nesta semana a Folha conversou com professor do Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), Pedro Caetano Sanches Mancuso. Ele esclareceu algumas das principais dúvidas da população e deu orientações sobre as maneiras de armazenar a água e como utilizá-la de forma segura.

COMO E QUANTO CAPTAR?

Para o professor, é necessário ter muita atenção com a água estocada, principalmente a proveniente da chuva. “Em cidades metropolitanas, onde a concentração de poluentes no ar costuma ser mais elevada, a água da chuva pode ser utilizada apenas para uso doméstico, como regada de jardins, descarga sanitária e lavagem de roupa, por exemplo. No entanto, se bem filtrada e tratada, pode até se tornar potável e apta a ser consumida”, explica Mancuso.
Ainda de acordo com o professor, é primordial o descarte da primeira leva recolhida. “As chuvas costumam vir com contaminantes industriais, que tornam a água ácida. Antes de ser armazenada, a água costumeiramente passa pelo telhado e corre por alguma calha. Devido à poluição e poeira na cidade esses locais ficam muito sujos. Por isso o primeiro volume da chuva deve ser desprezado e captado apenas alguns minutos depois”.
Mancuso também esclarece que é importante saber calcular a quantidade necessária para enfrentar eventuais dias de racionamento. “A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 110 litros diários por pessoa é o suficiente para realizar todas as necessidades”, explica o professor.

ARMAZENAMENTO IDEAL
De acordo com o especialista, a forma de estocagem também requer atenção para que a água não seja contaminada. “O ideal é que a água captada seja utilizada na sequência, em poucos dias. Quanto menos tempo armazenada melhor, a não ser que a pessoa saiba manusear produtos químicos que permitam a conservação, como o cloro, por exemplo. Deve ser guardada em lugar que a proteja do sol porque a exposição à luz pode acabar propiciando o surgimento de algas, se tornando imprópria devido aos microorganismos existentes em sua composição. É importante também que o recipiente seja muito bem vedado para evitar qualquer tipo de contaminação através de insetos e o próprio ar”, explicou o professor.

TRANSFORMAR EM POTÁVEL
Embora a recomendação é para que a água captada da chuva seja utilizada apenas para fins domésticos, se bem tratada e em caso de emergência, pode se tornar potável. “O processo de purificação pode ser realizado em casa. Quanto mais limpa for a captação, melhor. Assim que armazenada, a água pode ser colocada em filtros convencionais de cozinha, onde a vela, se bem mantida, remove partículas. Após esse processo o ideal é que a água seja fervida por pelo menos cinco minutos para acabar com as bactérias. Depois disso estará pronta para o consumo”.




TEMPO DE VALIDADE
O professor ressalta que é importante a população saber que a água armazenada ou industrializada tem prazo de validade. “É preciso observar as datas de fabricação e vencimento nos rótulos. Sobre os galões de 20 litros, por exemplo, é muito importante questionar e conhecer a procedência da água. Além disso, a validade varia de 60 a 90 dias, com o vasilhame lacrado. Depois de aberto a recomendação é consumir em duas semanas”, explica o professor.
Sobre a água engarrafada, se a embalagem for de vidro a validade é de 24 meses e se for plástico, 12 meses após a data de fabricação.

Fonte: FolhaVP

Cientistas acham cópia mais antiga do Evangelho em múmia

Papiro encontrado em múmia foi considerado
o mais antigo trecho do Evangelho até hoje
Um grupo de cientistas encontrou a cópia mais antiga do Evangelho em um papel papiro reutilizado para construir a máscara de uma múmia egípcia, revelou Craig Evans, doutor em Estudos Bíblicos e um dos responsáveis pela descoberta.
Trata-se de um fragmento do Evangelho de São Marcos, localizado há três anos e que, agora, especialistas da Universidade Evangelista de Acadia, no Canadá, consideram como o primeiro manuscrito do Novo Testamento da Bíblia de que se tem conhecimento.
Os cientistas acham que a origem do papiro remonta o primeiro século de nossa era, entre o ano 80 e 90 d.C., o que representa uma grande novidade. Até então, as cópias mais antigas datavam do século II depois de Cristo.
Os especialistas acreditam que alguém escreveu o fragmento de texto no papiro e, depois, outras pessoas reciclaram o material, muito caro na época, para elaborar a máscara funerária.
As máscaras de papel eram utilizadas pelas pessoas pobres do Egito, não tendo relação com as feitas em ouro e joias para cobrir os rostos dos grandes faraós, explicou Evans.
Acredita-se que São Marcos escreveu seu evangelho em Roma, acompanhado de São Pedro. Mas como a cópia viajou da atual capital italiana ao Egito? O caminho não é assim tão longo, garante o pesquisador.
"No Império Romano, o correio tinha a mesma velocidade de hoje em dia. Uma carta escrita em Roma pode ser lida no Egito semanas depois. Marcos escreveu seu evangelho no final dos anos 60 d.C, portanto, era possível encontrar uma cópia no Egito 20 anos depois", defende.
Para determinar a data dos papiros, os cientistas usaram uma técnica que permite descolar o papel das máscaras sem danificar a tinta. Dessa forma, os textos podem ser lidos com a mesma clareza.
Esse evangelho é uma das centenas de documentos que estão sendo analisados pela equipe de Evans, composta por mais de 30 especialistas.
"Estamos recuperando antigos documentos do primeiro, do segundo e do terceiro século depois de Cristo. Não só documentos bíblicos, mas também textos gregos clássicos ou cartas pessoais", explicou Evans, que revelou que alguns deles pertencem do poeta grego Homero, autor de grandes obras clássicas como "Ilíada" e "Odisseia".



No caso do fragmento do evangelho de São Marcos, foram analisadas também o design do projeto e as decorações da máscara, assim como o estilo da escrita e a datação do material, através do uso do isótopo carbono-14.
No final do ano, as descobertas serão divulgadas em uma revista especializada. Só então o público conhecerá qual o trecho do evangelho de São Marcos escondido nos papiros da máscara egípcia.

Fonte: Terra


Vacina contra doença Chagas é testada com sucesso em camundongos


Por Karina Toledo
Uma vacina brasileira capaz de estimular o sistema imunológico a combater o Trypanosoma cruzi – parasita causador da doença de Chagas – foi testada com sucesso de forma terapêutica em experimentos com camundongos.
De acordo com os resultados publicados na revista PLoS Pathogens, no fim de janeiro, o imunizante aumentou de zero para 80% a sobrevivência de animais infectados e ainda diminuiu a carga parasitária e reduziu sintomas como arritmias cardíacas.
Os estudos para o desenvolvimento da vacina vêm sendo coordenados há 20 anos por Maurício Martins Rodrigues, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com apoio da FAPESP em diversos projetos de pesquisa.
O novo estudo é resultado de uma parceria com diversas instituições, por meio do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Vacinas, envolvendo o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), o Centro de Pesquisa René Rachou (CPqRR/Fiocruz), a Universidade Federal Fluminense (UFF), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a Unifesp e a Universidade de Massachusetts Medical School, nos Estados Unidos.
“Mais de 10 milhões de indivíduos na América Latina convivem com a doença de Chagas já na fase crônica e o tratamento convencional muitas vezes não funciona. A vacinação terapêutica levaria à redução dos sintomas, queda da mortalidade e melhora da qualidade de vida dos doentes”, disse Rodrigues.
Entre as principais complicações crônicas da doença de Chagas estão o alargamento dos ventrículos do coração (condição que afeta cerca de 30% dos pacientes e costuma levar à insuficiência cardíaca) e a dilatação do esôfago ou o alargamento do cólon (que acomete até 10% dos infectados e pode levar à perda dos movimentos peristálticos e à dificuldade de funcionamento dos esfíncteres).
Embora medicamentos como o benzonidazol tenham eficácia razoável contra o parasita na fase aguda da infecção, eles apenas conseguem retardar o progresso da enfermidade quando esta evolui para a fase crônica, o que acontece em 30% dos casos.
Na ausência de um tratamento específico, os médicos recorrem a medicamentos usados para combater outras doenças do coração ou do sistema digestivo, capazes apenas de atenuar os sintomas.
A vacina desenvolvida na Unifesp também poderá ser usada para promover uma imunidade profilática contra o T. cruzi, mas, na avaliação de Rodrigues, o impacto para a saúde pública seria maior se ela fosse usada de forma terapêutica.
“Para usá-la profilaticamente seria preciso imunizar milhares de pessoas, e os países que ainda possuem altas taxas de transmissão do parasita, como a Bolívia, a Venezuela e o Peru, não têm recursos para esse tipo de campanha”, disse.
O Brasil possui a logística necessária para a imunização em massa. A transmissão do T. cruzi no país, entretanto, foi praticamente eliminada, ocorrendo apenas em casos isolados e geralmente por ingestão de alimentos contaminados pelas fezes do barbeiro.
“Mas ainda há por aqui muitos pacientes sofrendo com as complicações da fase crônica. Tratar apenas as pessoas já infectadas é economicamente mais viável e factível no médio e longo prazo”, disse Rodrigues.
O mecanismo de ação do imunizante promove a indução de linfócitos T do tipo CD8 contra dois antígenos do parasita: uma proteína (rAdASP2) da superfície do amastigoto (parasita em seu estágio intracelular) e a enzima trans-sialidase, presente na forma tripomastigota (fase extracelular, que circula no sangue). Desta forma, a resposta imune é gerada para as duas formas infectantes do parasita, cobrindo todo o seu ciclo de vida dentro do organismo humano.
“Usamos vírus recombinantes com essas duas proteínas importantes para induzir a imunidade contra o parasita. Uma vez injetados no organismo, os vírus não são capazes de se reproduzir, mas entram nas células e produzem as proteínas dentro delas”, explicou Rodrigues.

Redução da patologia
No experimento descrito na PLoS Pathogens, camundongos infectados pelo T. cruzi foram imunizados, acompanhados durante 250 dias e, ao final, comparados com outros dois grupos de animais: um não infectado (controle) e outro infectado e não imunizado.
Enquanto no grupo infectado e não imunizado todos os animais morreram após o término do experimento, no grupo vacinado houve uma sobrevivência de 80% – índice equivalente ao do grupo controle.
“Com 250 dias de vida os animais já estavam idosos, algo equivalente a 60 anos humanos. Ou seja, os ratos vacinados passaram a vida toda doentes e sobreviveram tanto quanto os animais não infectados”, comentou Rodrigues.
A vacinação também foi capaz de reduzir em cinco vezes a carga parasitária. A porcentagem de animais que sofriam de arritmia cardíaca no grupo imunizado caiu de 100% para 33%, de acordo com o pesquisador.
“Houve uma melhora considerável na função cardiológica de maneira geral. Esse dado, aliado à queda na carga parasitária, mostra que houve melhora na qualidade de vida dos animais”, avaliou Rodrigues.
Embora a vacina tenha apresentado resultados promissores neste experimento e em anteriores nas quais ela foi testada profilaticamente, ainda é necessário desenvolver uma formulação segura para o uso em humanos antes de avançar para a fase de estudos clínicos.
Até o momento, nenhuma vacina contra a doença de Chagas, uma das doenças tropicais consideradas negligenciadas, foi testada em humanos e um dos principais obstáculos é a falta de financiamento e de interesse dos laboratórios farmacêuticos.
“Ainda que a doença não tenha um índice de mortalidade grande, representa um enorme custo econômico para os países pobres, pois os infectados muitas vezes ficam impossibilitados de trabalhar”, comentou Rodrigues.
Estima-se que a enfermidade cause mundialmente a perda de 750 mil anos de vida produtiva e de US$ 1,2 bilhão anualmente.

Malária vivax
Em outro projeto financiado pela FAPESP, Rodrigues coordena estudos para o desenvolvimento de uma vacina profilática contra a malária causada pelo Plasmodium vivax, que responde por aproximadamente 80% dos casos da doença no Brasil.
Os estudos ainda estão em fase pré-clínica e o grupo da Unifesp trabalha atualmente no desenvolvimento de uma formulação que possa ser testada em humanos.
Nos próximos meses deve ser licenciada a primeira vacina contra malária causada pelo Plasmódio falciparum, desenvolvida pelo laboratório farmacêutico GlaxoSmithKline (GSK).
A doença causada pelo P. falciparum é predominante na África e é considerada mais grave – matando cerca de 660 mil pessoas por ano, muitas delas crianças. As mortes pelo P. vivax são estimadas entre 10 mil e 20 mil por ano no mundo. A doença, porém, costuma causar recaídas que aumentam seu impacto econômico e mantêm altas as taxas de transmissão.

Fonte: Agência FAPESP

Cursos de pós-graduação da UFABC recebem inscrições

A UFABC abriu inscrições para cursos de mestrado, doutorado e pós-doutorado nas áreas de Biossistemas, Biotecnociência, Energia, Engenharia da Informação, Engenharia Mecânica e Física, que totalizam cerca de 130 vagas. Os interessados devem se inscrever pela internet entre os meses de fevereiro e março em períodos específicos para cada área.

A exigência de projetos previamente aprovados varia de acordo com as normas de cada programa. As disciplinas são ministradas em regime quadrimestral.

O processo seletivo e os cursos são gratuitos. Outras informações sobre os programas, editais e processos seletivos estão disponíveis no site  propg.ufabc.edu.br/processos-seletivos.