domingo, 7 de abril de 2024

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A revelação de Jesus Cristo em Gênesis 47: Um José melhor

 

José, mesmo sendo como o próprio Faraó (Gn 44:18), se coloca em posição de súdito, mostrando submissão pelo seu rei. Jesus, semelhantemente, sendo nosso irmão e governante, “sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo” (Filipenses 2:6,7). 

O consentimento do Faraó está de acordo com o desejo de José. Assim também, o Pai atende a todos os pedidos que Jesus faz em relação àqueles que lhe pertencem. O melhor do reino é para sua família.


Jesus insere os seus seguidores no seu reino, da maneira como foi estabelecido pelo seu Pai (Mateus 20.28). Jesus, assim como José aqui, não se envergonha dos irmãos. Aqueles homens indignos e abomináveis (especialmente no Egito), pobres pastores, foram recebidos diante da presença do grande rei do Egito não por méritos próprios, ou por algum valor em si mesmos, mas pelo valor que Faraó atribuía a José. De mesmo modo, o Deus Altíssimo nos recebe em sua presença e no seu reino, não por qualquer valor em nós mesmos, nem por algum mérito nosso, mas pelo valor e méritos de Jesus. 

José obteve de Faraó a concessão de um assentamento na terra de Gósen. Jacó descreve sua própria vida como uma peregrinação. Se ele se considerava um viajante neste mundo, é porque sabia que estava rumo a outro mundo. Tal afirmação nos remete à carta aos Hebreus, que diz que os patriarcas “aguardavam pela pátria excelente, ou seja, a pátria celestial. Por esse motivo, Deus não se constrange de ser conhecido como o Deus deles, mas lhes preparou uma cidade”.


Já não tendo mais nada com o que pagar pela comida, os egípcios pedem que José os compre, e assim José compra todo o povo para Faraó, onde apenas os sacerdotes egípcios não se tornaram servos do rei. Anos depois isso abriria margem para a tirania de um próximo Faraó. 


Enquanto os sacerdotes egípcios tinham muitos privilégios, o que é típico de todos os sistemas religiosos, sendo os únicos egípcios que não precisaram vender suas terras, em Israel aconteceria o contrário: A tribo de Levi (a tribo dos sacerdotes) seria a única tribo que não receberia terras, pois o SENHOR seria a sua herança no meio dos filhos de Israel (Números 18:20). Em Apocalipse, lemos que Jesus “comprou para Deus gente de toda tribo, língua, povo e nação. Tu os constituíste reino e sacerdotes para o nosso Deus, e eles reinarão sobre a terra”. Como é bom ter sido comprado por um rei bondoso e eterno, e que nos trata como seus filhos. Quão alta posição é ter o privilégio de ser um escravo de Jesus.

É muito melhor ser escravo de Jesus do que dono da sua própria vida, nenhuma posição neste mundo é melhor do que esta. E esse é o grande paradoxo: o homem é mais livre quando ele é escravo apenas de Cristo. “Mas, graças a Deus, porque, embora vocês tenham sido escravos do pecado, passaram a obedecer de coração à forma de ensino que lhes foi transmitida. Vocês foram libertados do pecado e tornaram-se escravos da justiça” (Rm 6.17,18).

 

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