terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Escola Técnica Walter Belian (Antarctica)

"Eu acredito que tudo na vida acontece por afinidade. Lá era assim, a intenção era muito boa, todas as pessoas ligadas ao ensino, à escola, a Fundação, os professores, a diretoria, eles tinham como meta o desenvolvimento da outra pessoa. O ideal da Antarctica era muito elevado, era sempre melhorar a vida do funcionário, melhorar a vida do aluno, melhorar a vida da nação. Então colocaram-se a meta – vamos mudar o mundo!" (Jair de Sousa)


A Escola Técnica Walter Belian surgiu vinculada à Antactica, através da Fundação Antônio e Helena Zerrener, e foi realizada pelo então presidente da Antarctica o Sr. Walter Belian e pela sua irmã D. Herna.
A Fundação Antônio e Helena Zerrener foi a maior acionista da Antarctica, por obra do casal que lhe dá o nome e que criou a fábrica de bebidas (junto com von Bülow). Era, assim, fruto de uma ação benemérita (como se dizia antigamente) que também havia se frutificado em um hospital e ambulatórios, um laboratório farmacêutico, um orfanato e um asilo. Os principais beneficiados de todos esses serviços eram os próprios funcionários da Antarctica ou pessoas a eles ligadas.

Hoje o corrente movimento de responsabilidade social empresarial defende um modelo conceitual diferente para o papel da empresa na sociedade, e talvez classifique o modelo da Fundação como filantropia, algumas vezes referida como um estágio “anterior”. Mas o que importa é que as ações da FAHZ inspiravam-se principalmente no coração, e criaram uma Grande Obra.

A escola foi criada em 1943, naquela época com o nome de 'Escola Pré-Vocacional Presidente Getúlio Vargas', ocupando então um terreno na Avenida Água Branca. Em 1948 passou a ocupar os prédios que existem até hoje na Rua Serra de Paracaina, 132, Cambuci, os quais foram doados à FAHZ pelos acionistas da Antarctica e, nessa ocasião, foi rebatizada como ‘Escola Vocacional Antarctica’. Recebeu ainda os nomes de ‘Escola Industrial Antarctica’ em 1952 (quando seus cursos industriais básicos foram reconhecidos pelo Governo Federal), ‘Escola Técnica Antarctica’ em 1955 (quando os cursos de nível médio foram reconhecidos) e ‘Escola Técnica Walter Belian’ - quando o então presidente da Antarctica faleceu.

Alguns dos seus diretores memoráveis, que dirigiram a escola por vários anos, foram: Nino Vicente Monzilo, Duglas Escobar Bueno, Ubirajara Ramos.
Ao longo de sua história ofereceu cursos industriais de primeiro e segundo graus – estes últimos: Eletrotécnica, Mecânica, Informática Industrial, Química, Secretariado, Administração, Artes Gráficas. O primeiro grau ginasial era dividido em cursos masculino e feminino, assim como a maioria dos cursos técnicos de segundo grau. O curso de Química teve o privilégio, por muitos anos (a partir de 1970) de possibilitar turmas mistas.

Fonte: Antarctica Ontem, Hoje e Sempre – livro comemorativo dos 75 anos da empresa: 1891-1966. Disponível na biblioteca do Centro Cultural São Paulo.

11 comments:

Muito orgulho de tudo,meu marido trabalhou na Antártica 30 anos e minha filha estudou na ETA , era uma excelente escola.

Um dos maiores símbolos no que diz respeito à educação. Minha filha teve o privilégio de estudar conceituadissima escola e eu trabalhar na CAP.MATRIZ por longos anos.

Todos os elogios para essa escola são poucos, os alunos que sairam de lá formados estão colhendo os frutos que plantaram, com suas profissões e sonhos realizados. Parabéns ETWB.

Fiz parte dessa história fui aluno na década de 80 .

Meu Deus! Amo e sempre vou amar. Estudei nessa escola na época da professora Dalila, tia terezinha, dona katia, carla, costureira. Gabriela namorava com o Everton na sala.filha da dina Dalila. Foi melhor ano da minha vida. Saudades

Hoje continua com o curso regular, o que é uma pena....um exemplo de educação.....

Meu pai estudou lá na época do diretor Ubirajara(ubira) e era bem conhecido como PINA de 1966 a 1970.

Vc esqeceu ou omitiu o Diretor Oswaldo Amendola que funcionário durante muitos anos.

Fui aluna da Eta no periodo de 1962 a 1965. Nosso diretor na época era o prof. Oswaldo Amendola. Depois dele é que a diretoria passou ao prof. Ubirajara.

Professora Dalila foi minha professora da 3 serie

O ensino na década de 90 era bom, mesmo com alguns professores com pouca didática. Já o ambiente, era tenso. Um verdadeiro laboratório da sociedade. Essa escola me preparou com "autoridades" despóticas e irracionais, gangues de alunos que roubavam lapiseiras e tênis, mais de 9hs de vida perdidas no dia, racismo e homofobia violentos e eu testemunhei até um "protoestupro" no vestiário da oficina de mecânica. Enfim, saí preparado para a vida.

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