sábado, 24 de setembro de 2016

NASA volta atrás e diz que não achou água em Marte

Desde que a Nasa começou a enviar sondas para Marte a fim de analisar nosso vizinho vermelho, muitos rumores e especulações sobre as descobertas feitas começaram a surgir. Ainda que não tenhamos visto ninguém garantindo que a Discovery tropeçou em um alienígena, a própria agência levantou a teoria de que o planeta possuía marcações que serviam de indício de uma movimentação sazonal de água em sua superfície. Porém, eis que o próprio órgão veio a público dizer que as coisas não são bem assim. Como toda teoria, a hipótese inicial da agência espacial foi analisada e acabou caindo por terra. Novas análises com base em dados reunidos pela sonda especial Mars Odyssey mostraram que as tais linhas que tanto intrigaram cientistas e que os fizeram acreditar que se tratava de um rastro de água não é nada disso. A ideia acabou sendo derrubada quando o sistema de imagens da sonda revelou que as partes onde as linhas se encontravam tinham a mesma temperatura do restante do planeta, o que não deveria acontecer caso o líquido estivesse presente por ali. Isso quer dizer que Marte é um planeta seco por completo? Não necessariamente, já que a análise levanta a suposição de que essas manchas negras na superfície de Marte podem conter água, ainda que em uma quantidade mínima. O objetivo é imaginar o quanto.

A primeira estimativa é de que ela não tenha mais do que três gramas de água por quilograma de solo, ou seja, o equivalente ao mais seco dos desertos da Terra. Pessimista, é verdade, mas não exclui a existência do líquido. Nova hipótese é que manchas na superfície de Marte sejam sais hidratados pela água no vapor da atmosfera. Tanto que alguns cientistas ainda seguem apostando na hipótese de que as marcas têm mesmo alguma relação com a água.

De acordo com Christopher Edwards, da Universidade do Norte do Arizona, as descobertas recentes são mais do que consistentes para mostrar a presença de sais hidratados em Marte. Segundo o pesquisador, você pode hidratar um sal mesmo sem ter uma quantidade de água capaz de preencher o espaço entre as partículas. Em outras palavras, você pode não ver, mas ela está lá. Isso porque, segundo Edwards, os sais podem ser hidratados pela água vaporizada da atmosfera e não necessariamente por uma fonte subterrânea. Assim, ele diz que as marcações escuras no planeta podem não estar relacionadas a água em estado líquido ou sólido, como se cogitava inicialmente, mas isso não significa que devemos descartar a existência da substância como um todo.

Ele aponta uma nova teoria na qual sugere a presença de cascatas de materiais secos com diferentes propriedades termais que acabam resultando em uma avalanche que gera esses possíveis sais hidratados. Porém, como a gente já aprendeu, nada disso é uma conclusão definitiva, visto que a Nasa ainda luta para entender a geografia do nosso vizinho e quais os segredos que se escondem embaixo de tanta poeira.

Fonte: CanalTech

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