sábado, 2 de maio de 2020

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A revelação de Jesus Cristo em Gênesis 7: A Arca de Noé e o batismo nas águas do Dilúvio


Muita coisa tem sido pesquisada e descoberta ao longo dos anos sobre o dilúvio relatado em Gênesis  7, isso porque relatos parecidos aparecem em outros documentos do mundo antigo, em diversas civilizações existem evidências de um dilúvio de grandes proporções que teria inundado todo o mundo antigo ou boa parte dele, além das recentes descobertas na geologia. Mas o que esses relatos tem a ver com Jesus?

Em Gênesis 6:3, Deus marcou a data do Seu juízo que seria após 120 anos, que foi o tempo que Noé demoraria para construir a arca. Deus então ordena que Noé e sua família entrem na arca, e coloquem todos os animais juntamente na arca.

A salvação e preservação da família de Noé é um protótipo da salvação de Deus para sua igreja (a família de Cristo) no Juízo final.
Assim como Noé recebeu uma missão de Deus associada ao dilúvio, Deus também deu uma missão para a igreja associada ao fim e ao Juízo Final, na data predeterminada que somente Ele conhece:
"E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim." (Mateus 24:14)
Não acredito com isso que o Dia do Juízo esteja de alguma forma subordinado ao trabalho da igreja, mas que o trabalho da igreja seguirá o cronograma que Deus pré-determinou. A mesma coisa com Noé.

Um ponto que também me chama a atenção é na brevidade e iminência dos eventos finais: Noé teve 120 anos para construir a arca, e quando terminou os 120 anos, Deus deu apenas 7 dias para Noé entrar na arca, e todo o juízo durou 40 dias. Sobre essa brevidade comparativa dos dias que antecedem o juízo de Deus, eu me recordo do texto de Daniel capitulo 9 e dos textos de apocalipse  11 e 12 que tratam os "últimos dias" como um período de outros 7 períodos (simbolizado como 1 semana em Daniel 9:27 e 7 anos em Apocalipse 11.2, 12.6-14).

Quanto aos 7 "últimos dias" de Apocalipse/Daniel, não me parece que sejam necessariamente anos ou dias literais, pois não parece ter sido a intenção do autor marcar os tempos (uma vez que somente Deus conhece), mas tratar a brevidade e iminência do Juízo que se aproxima, de forma semelhante ao que Isaías disse: "apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus" (Isaías 61:2). Deus tem dado chances para as pessoas durante um grande período (que Isaías compara com um ano aceitável) de se arrependerem dos seus pecados e se voltarem pra Deus, mas no final desse período de misericórdia haverá de forma breve e imediata a execução do Juízo de Deus (que ele chama de Dia da Vingança). Pois o mesmo Deus que é rico em misericórdia, e tardio em irar-se, também nos demonstra que é plenamente rico em exercer justiça e vingará com excelência toda injustiça que os homens cometerem.

Algumas pessoas tem dificuldade de entender isso, e talvez até julguem o próprio Deus em seus corações como se fossem tão justas e santas que podem pesar Deus em suas balanças de justiça. Até se dizem cristãos, mas criam em suas mentes um Deus que não é o Deus da Escritura, embora elas se chamem de cristãos. Você chamar um ídolo de Jesus não muda o fato de ser apenas um ídolo, e não o Cristo verdadeiro que você adora.
Um dos falsos profetas desse tempo, disse alguns dias atrás que "precisamos de Jesus, não da Bíblia". Ou seja, ele quer liberdade para fabricar um Jesus que seja a imagem e semelhança dele. Não o Jesus verdadeiro revelado na Escritura, mas um "Jesus" produzido pela imaginação fértil dele. Se cada um pode criar sua versão de Jesus, de acordo com seu próprio senso de Justiça e moral, haverá 7 bilhões de Cristos, 1 para cada mente, e todos falsos. As vezes, a idolatria é bem sutil.
Um Deus que é apenas amor, ou apenas vingador são visões deturpadas Dele. O Deus que a Bíblia nos apresenta não é uma Hello Kitty como os libertinos querem fazer parecer, nem um velho impiedoso e rabugento dando ordens como os moralistas tentam fazer parecer. O Deus da Bíblia é infinitamente Santo, infinitamente Justo, odeia absolutamente tanto pecado como quem o comete, mas também é infinitamente misericordioso e amoroso e providenciou um caminho de retorno para Ele. Ele concilia em si mesmo, de modo perfeito, tanto Amor quanto Justiça.

Tenho um amigo ateu que me questionou sobre o dilúvio, pois ele considerava injusto e alegou que Deus era mau por matar as pessoas daquela forma. Dei 3 argumentos para Ele:
Primeiro: Quem somos nós para questionar o Juízo de Deus? Ainda que você não concorde, o que pode fazer a respeito? Mesmo você no auge da sua sabedoria dos seus 20 e poucos anos, seria como um bebê resmungando diante de um Pai Eterno, que tem Todo o Poder e conhece coisa das quais você sequer imagina que existam, e contra quem você não conseguiria fazer nada. Nem mesmo resmungar contra Ele você conseguiria se Ele não permitisse.  
Segundo: Decida-se, Deus é mau por permitir o mau no mundo ou Deus é mau pelo Diluvio? Por qual destes você vai acusá-lo? (Ou seja, se Deus permite o mau no mundo, Ele é acusado de ser mau, mas quando Ele impede o mau é acusado de ser mau também). 
Terceiro: Eu não posso tirar sua vida porque ela não me pertence. Pelo mesmo motivo, se você tentar se matar eu vou tentar impedir, porque você não é dono da sua vida. Caso contrário, suicídio seria um direito. Somente Deus pode dar e tirar a vida porque é Dele. Ele faz e desfaz a hora que quiser, e isso não o torna injusto, porque é propriedade Dele.
A Escritura revela que Noé pregava para aquele homens, mas não deram crédito a sua pregação e não se arrependeram dos seus pecados:
"E não perdoou ao mundo antigo, mas guardou a Noé, a oitava pessoa, o pregoeiro da justiça, ao trazer o dilúvio sobre o mundo dos ímpios" (2 Pedro 2.5)
Assim como nos dias de Noé, o Juízo do Deus infinitamente Santo se aproxima, seja pela nossa morte ou pela volta de Cristo. Nenhum pecado ficará impune nesse Dia.
"Como foi nos dias de Noé, assim também será na vinda do Filho do homem. Pois nos dias anteriores ao dilúvio, o povo vivia comendo e bebendo, casando-se e dando-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca; e eles nada perceberam, até que veio o dilúvio e os levou a todos. Assim acontecerá na vinda do Filho do homem." (Mateus 24:37-39)
Em Gênesis 6, Cristo é representado por Noé. Agora em Gênesis 7, Cristo também é representado pela própria arca. Existe uma arca nos nossos dias, quem estiver dentro dessa arca passará pelo juízo de Deus sem sofrer danos, não experimentarão a morte eterna, e nem serão condenados ao tormento porque Cristo já sofreu e bebeu todo o cálice da ira de Deus no seu lugar, ele passou por toda a tempestade do juízo para nos poupar.
Jesus é a nossa arca. E se Jesus é nossa salvação na maior e mais terrível de todas as tempestades, certamente Ele é também salvação de qualquer outra tempestade que possamos passar na vida.

E conforme Pedro fala em sua carta, para os ímpios o dilúvio foi juízo, mas para os que creram na Palavra de Deus simbolizou a grande salvação de Deus, que por meio da arca, Deus providenciou o salvamento físico de Noé e sua família, e os sustentou durante o diluvio. Tal cena prefigurava as águas do batismo, uma vez que as águas do batismo significam ao mesmo tempo tanto o julgamento sobre o pecado na morte de Cristo quanto a renovação da vida:
"àqueles que, muito tempo atrás, desobedeceram a Deus quando ele esperou pacientemente enquanto Noé construía sua embarcação. Apenas oito pessoas foram salvas por meio da água do dilúvio, e aquela água simboliza o batismo que agora os salva, não pela remoção da sujeira do corpo, mas porque no batismo vocês declaram ter boa consciência diante de Deus. Ela é eficaz por meio da ressurreição de Jesus Cristo. (1 Pedro 3:20,21)
Assim como o próprio Deus selou a arca, fechando sua porta. Um dia as portas da Graça serão fechadas, e depois disso não haverá mais misericórdia ou tempo para arrependimento. O tempo de se arrepender dos seus pecados e crer em Jesus Cristo é agora. Entre nessa arca, porque uma tempestade ainda maior do que a dos tempos de Noé se aproxima, e a arca já foi construída a dois mil anos pelo melhor dos carpinteiros, e essa arca é Ele próprio.
"Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto" (Isaías 55:6)


1 comments:

Sensacional, mais uma vez Deus falou comigo de uma forma diferente!
Se arrependei que é chegada a hora

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