domingo, 29 de outubro de 2023

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A revelação de Jesus Cristo em Gênesis 41: A metáfora da Ressurreição

José era da idade de 30 anos quando se apresentou diante de Faraó, a mesma idade que o rei Davi teria ao assumiu o trono de Israel (2 Samuel 5:4), a mesma idade na qual os sacerdotes começavam seu serviço no templo (Números 4:3), e não por acaso a mesma idade que Jesus tinha quando iniciou seu ministério.

Claro que Jesus é incomparável, mas aqui existem alguns paralelos entre a história de José e a de Jesus que nos revelam que José era um pequeno símbolo profético de uma realidade futura muito maior, por outro lado Jesus é a própria realidade anunciada. Os planos de Deus se tornam conhecidos e executados por meio de José. E de modo mais amplo, os planos de Deus foram plenamente revelados para a humanidade por meio de Jesus, e também executados por ele (Apocalipse 5:5). No capítulo anterior, mencionei como a prisão de José antecipava o que viria a ser a crucificação de Jesus. No entanto, o que ocorre após a crucificação? A ressurreição! A palavra hebraica "bowr" é traduzida como "prisão ou cela" e também como "poço ou cova" e até mesmo "abismo ou sepultura" (Gn 37:22,24,28,29; 40:15; 41:14; Salmo 30:3; Isaías 14:15). José deixaria definitivamente sua situação de humilhação para ser elevado. José foi retirado do poço e foi-lhe concedido uma veste de linho e ouro (Gn 41:42). Jesus aparece para João com uma veste gloriosa e ouro após a sua ressurreição (Apocalipse 1:13-17), já na profecia de Daniel vemos o Messias glorificado aparecendo com roupa de linho e ouro (Dn 10:5-6). A justiça foi feita para José, e ele foi elevado pelo Faraó para ser a segunda pessoa mais poderosa do Reino (Gênesis 41:40-42). Da mesma forma, após a sua ressurreição, a justiça foi plenamente realizada para Jesus, o Justo, que foi exaltado por Deus-Pai sobre todo o universo. Jesus proclamou: "Todo o poder no céu e na terra foi me dado" (Mateus 28:18). “Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas” Efésios 4:9,10. Cristo é tipificado em José como o homem sábio e criterioso que está no comando de todas as coisas do Rei, Ele mesmo seleciona alguns para cuidar do seu rebanho (Efésios 4:11). Interessante notar que a expressão “bispos” (Filipenses 1:1) significa exatamente “supervisores”! v37-41 (e em Salmos 105:16-22 usa-se a mesma palavra de “presbitero”), que foi o conselho de José para o Faraó. João Batista diz que Cristo é aquele que “junta seu trigo no celeiro” (Mateus 3:12), que simboliza a reunião dos justos para a vida eterna e a separação deles dos ímpios para o julgamento. O reinado de José e de Jesus inicia-se com um decreto de dois períodos, um primeiro período de abundância e um segundo período de fome. O reinado de Jesus no mundo inicia-se com um decreto de que haverá também dois períodos, sendo o primeiro em que a palavra de Deus vai ser pregada pelo mundo, e um segundo momento em que a igreja será perseguida e aparentemente derrotada pela apostasia (Apocalipse 11, Mateus 24:14, 2 Tessalonicenses 2:3-4, Apocalipse 13:7). “por tua boca se governará todo o meu povo; Só eu estarei acima de ti em autoridade. [...] Então o faraó tirou do dedo o seu anel com o selo real e o pôs no dedo de José. [...] Também o fez andar na carruagem reservada para quem era o segundo no poder, e, por onde José passava, gritava-se a ordem: "Ajoelhem-se! (Gênesis 41:40). Impossível ler a fala de Faraó e não se lembrar das palavras de Paulo sobre Jesus em 1 Corintios 15: “Pois é necessário que ele reine até que todos os seus inimigos sejam postos debaixo de seus pés. O último inimigo a ser destruído é a morte. Porque ele "tudo sujeitou debaixo de seus pés". Ora, quando se diz que "tudo" lhe foi sujeito, fica claro que isso não inclui o próprio Deus, que tudo submeteu a Cristo”. José usava o anel do rei do Egito, e decretava e julgava na autoridade de Faraó, como sendo o próprio Faraó. Analogamente sobre Cristo, a Escritura diz: "o Pai a ninguém julga, mas confiou todo julgamento ao Filho." (João 5:22). Azenate uma esposa retirada do Egito passa a fazer parte do povo israelita. Assim como a Igreja, tirada do mundo para fazer parte da família de Deus (Efésios 2:12) que é a noiva de Cristo composta de pessoas de todos os povos, tribos, línguas e nações! Neste capítulo, o filho de Jacó prefigura apenas metaforicamente o que seria a ressurreição do Filho de Deus. Todo o sofrimento de José contrastando com uma vida justa e piedosa, e agora sua ascensão ao trono. À luz desses paralelos, somos lembrados da grandiosidade da ressurreição e da soberania de Cristo sobre toda a criação. A ressurreição é a garantia da vitória final sobre a morte e o cumprimento dos planos divinos para a redenção da humanidade. É a esperança tanto para o futuro quanto para o presente, pois Aquele que pode reverter até mesmo a morte, pode reverter qualquer outra situação. “Se o grão de trigo que cai na terra não morrer, permanecerá só; mas se morrer, produzirá muito fruto”. Jo 12.24


*Clique aqui para conhecer a revelação de Jesus em outros capítulos da Bíblia