A revelação de Jesus Cristo em Gênesis 35: O Deus da Casa de Deus
Jacó tinha um voto a cumprir (Gn 28.20-22). Deus ordena que ele suba para Betel e construa um altar. Seria natural que numa família tão grande, em algum momento os filhos mais velhos iriam querer sair e morar sozinhos, ou habitar no meio de algum dos povos vizinhos ou simplesmente não seguir o pai nas suas peregrinações. Mas os eventos que acontecem em torno dessa família simplesmente deixam todos da família sem qualquer outra opção. Deus estava atuando de modo natural e sobrenatural para formar uma grande nação por meio deles.
Eles precisavam fugir dos cananitas, seria perigoso demais continuar morando em Siquém. Jacó ordena a todos que abandonem os seus ídolos e imagens de escultura, eles precisavam se purificar para se apresentarem diante de Deus. Interessante notar que Jacó faria a mesma rota de seu avô Abraão (Gn 12.8).
Quando Jacó fugia de seu tio Labão, o Anjo do Senhor (que era Jesus, conforme explicado no comentário sobre Gênesis 32) falou a Jacó em sonho (Gn 31.11) e refere-se a si mesmo como o "Deus de Betel" (31.13). Betel significa “Casa de Deus”, e Jacó vai renomear o lugar para El BetEl (que significaria: O Deus da Casa de Deus). Jacó constrói o altar e o Deus Todo-Poderoso reafirma a mudança de nome de Jacó para Israel, confirmando assim que era Ele próprio que lutou com Jacó no vau do Jaboque. Mas é interessante observar que o Deus Todo Poderoso estava pessoalmente diante de Jacó: “A seguir, Deus elevou-se do lugar onde estivera falando com Jacó” (Gn 35:13). Uma vez que ninguém jamais viu a Deus Pai, trata-se de mais uma evidência de que era Jesus que estava falando com Jacó.(Êxodo 33:20, João 1:18, Juízes 6:22). Essa cena também lembra o momento da ascensão de Jesus (Lucas 24:50,51), Jesus também abençoou os discípulos, o Israel de Deus (Gálatas 6:16), e depois disso subiu aos céus.
Deus reafirma a promessa para Jacó: “De você procederão uma nação e uma comunidade de nações” (Gn 35:11). Deus não prometeu apenas uma nação (Israel), mas também uma comunidade de nações. Que comunidade é essa? A fé dos patriarcas se manteve encarcerada dentro do território de Israel até Jesus. Na sua ascensão Jesus ordena que o evangelho seja pregado “até aos confins da terra” (Atos 1:8). E olha só você, milênios depois e do outro lado do mundo, lendo sobre a história de Jacó. Tudo isso somente graças a Jesus Cristo.
Deus promete uma boa terra a esses descendentes. Também não seria possível que estivesse falando da terra de Canaã, pois ainda que essa fosse possuída por Israel, a profecia era de que essa comunidade de nações também descenderia a terra. Repare:
“A terra que dei a Abraão e a Isaque, dou a você; e também aos seus futuros descendentes darei esta terra" (Gênesis 35:12).
Obviamente estas promessas tinham um significado espiritual, Jacó tinha alguma noção disso, ainda que esta não fosse tão clara e definida como temos agora. O céu é a terra prometida para todos filiados em Jesus, que são portanto descendentes de Jacó.
Partiram de Betel e chegando em Efrata, deu à luz Raquel, e ela teve muita dificuldade no parto. Ela já estava morrendo, quando deu ao filho o nome de Benoni (que significa “filho da dor” ou “filho da aflição”). Mas o pai deu-lhe o nome de Benjamim (“Filho da Destra”)”. Assim morreu Raquel, e foi sepultada no caminho de Efrata; que é Belém.
Neste mesmo lugar, milênios depois iria nascer um descendente de Jacó que Isaías chama de “servo sofredor”, “aflito”, “homem de dores”. Diante do que Simão profetiza sobre Jesus para Maria (Lucas 2:35), Maria podia ter-lhe chamado Benoni. “Nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.” (Isaías 53). Mas como Deus, seu Pai, o chamou? Benjamim, o filho da Destra. "O qual, havendo subido ao céu, reina à direita de Deus" (1 Pedro 3:22)Essa história pré-profetiza, aquilo que ficaria explícito apenas com o profeta Miquéias (Mq 5:2) que Benoni: Benjamim, o Senhor Jesus, havia de nascer em Belém.
*Clique aqui para conhecer a revelação de Jesus em outros capítulos da Bíblia
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