sábado, 18 de outubro de 2025

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Jesus em Êxodo 6: O braço estendido de YHWH

Imagine que eu lhe diga em uma mensagem “Eu sou Lucas… para que toda cidade de São Paulo saiba que eu sou Lucas.. e todos saberão que eu sou Lucas..”. Imagine que eu repita isso 161 vezes. Isso não teria sentido nenhum. Não só pelo fato de eu não ser alguém realmente importante, mas também porque o meu nome não tem significado. Imagine agora, que um certo macedônico diga em seu discurso “Eu sou Alexandre o Grande… para que todas as ilhas gregas saibam que eu sou Grande.. e todos saberão que eu sou Grande.. Eu sou Grande”. Ainda soa exagerado por ser um simples ser humano, claro, mas faz muito mais sentido porque se trata de um “nome” (Grande) que tem um significado. Assim o nome de Deus (YHWH) deveria ser encarado, o nome de Deus não é uma “chave secreta” que uma vez dita podemos manipular a divindade, assim como os povos gentios faziam. Mas toda vez que clamamos por YHWH, deveríamos lembrar e refletir no significado do nome “EU SOU O QUE SOU”. Assim também acontece com o nome de Jesus, que alguns usam como uma “palavra mágica”, mas o nome de Jesus também tem um significado que é “YHWH Salvador”. O nome não nos foi dado como um amuleto, mas aponta para nós quem Deus É. O nome YHWH e o nome de Jesus servem para nos lembrar, por exemplo, com quem estamos falando quando oramos a Ele. Devemos considerar e refletir nesse nome. Porque tanto na antiga quanto na nova aliança, o nome revelado tem um significado. E mais importante que O Nome é a quem esse Nome se refere. O Nome de Deus/Jesus é uma dica de quem Deus/Jesus é.


Existe uma discussão em torno do verso 3, porque em Gênesis, Deus se revela aos patriarcas pelo nome YHWH. O idioma hebraico permite mais de uma interpretação neste verso. Mathew Henry, por exemplo, afirma que os patriarcas conheciam o nome de YHWH, mas neste caso não o conheciam por aquilo que este nome significa, até porque Deus revelou o significado apenas com Moisés na sarça ardente. Outra possível explicação seria que Moisés recontou a história de Gênesis em um idioma diferente do idioma que Deus falou com os patriarcas, e portanto YHWH em Gênesis teria sido uma tradução de Moisés. Outra possibilidade é defendida pelo doutor Augustus Nicodemus, de que a melhor tradução seria uma pergunta reflexiva “acaso pelo meu nome, YHWH, não me revelei a eles?”. Seja como for, o objetivo do texto é mostrar que Deus agora desejava ser conhecido pelo seu nome, YHWH, o SENHOR, como um Deus que realiza o que promete, e um Deus que aperfeiçoa o que começou, que termina o seu trabalho. Na história da criação, Deus é chamado de YHWH só após os céus e a terra estarem terminados (Gênesis 2.4). Assim como YHWH se revelou de uma nova maneira (mais completa) a Moisés, diferente da revelação anterior aos patriarcas, Jesus também se revela de forma plena e mais completa do que aconteceu em qualquer momento anterior.


Os israelitas estavam tão dominados pela opressão que não deram ouvidos ao mediador do Pacto. Isso também aconteceu com Jesus, o mediador do novo pacto. A opressão do império romano era tão alta que a expectativa de um libertador militar que vencesse as tropas romanas, contribuiu para uma rejeição de Jesus. Assim como Moisés, Jesus enfrenta rejeição e incredulidade por parte dos israelitas, apesar de seus ensinamentos e milagres.
Essas histórias compartilham um tema comum, os mensageiros divinos são rejeitados por aqueles a quem foram enviados para salvar, destacando a ideia de que a libertação e a redenção frequentemente encontram resistência, mesmo entre aqueles que mais se beneficiariam delas. O Evangelismo e o campo missionário muitas vezes parece essa missão impossível, parece impossível libertar as pessoas dos vicios, da imoralidade, das falsas religiões, conceitos errados sobre Deus, dos hábitos errados e pecados de uma vida inteira… parece impossível, e é mesmo. Só pelo braço do Senhor que serão libertos da escravidão do pecado. Quando saímos para evangelizar precisamos ter isso em mente, senão vamos desanimar como Moisés. "Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres" (João 8:36).


Em Apocalipse um novo Êxodo é descrito. O mundo todo se tornou um grande Egito (ou uma grande Babilônia). O Cordeio abre os selos, e assim desenrola os planos de Deus para o mundo. Qual a consequência imediata? A perseguição dos santos. As testemunhas de Jesus, a sua igreja, tem saído pelo mundo dizendo “Assim diz YHWH: Arrependam-se dos seus pecados e creiam em Jesus e no Evangelho”. Mas não será por nossa força ou persuasão humana, mas pelo Poder do Senhor dos Exércitos.


“Portanto, dize aos filhos de Israel: eu sou o SENHOR, e vos tirarei de debaixo das cargas do Egito, e vos livrarei da sua servidão, e vos resgatarei com braço estendido e com grandes manifestações de julgamento.” (Êxodo 6:6)

Jesus resgatou-nos com seu braço estendido na cruz. A salvação do povo de Deus foi vista por todos quando o braço estendido e a mão forte de YHWH foram pregados no Calvário. Mas o povo da aliança só será totalmente livre da crueldade e de todos os seus efeitos, quando Cristo voltar e julgar o mundo, com pragas, ferindo a Terra e seus moradores com sinais e prodigios. O que lemos em Êxodo é um protótipo, uma amostra da realidade futura, um pequeno Apocalipse.


A genealogia de Moisés e Arão, nos é apresentada para não deixar dúvidas que, o profeta e o sacerdote, ambos eram israelitas, osso dos mesmos ossos e carne da mesma carne, nascidos entre seus próprios irmãos, como Cristo também seria, pois Ele também seria o profeta e o sacerdote do povo de Israel, e cuja árvore genealógica também seria, como esta, cuidadosamente preservada.


Note algo incomum na linhagem de Coate, de quem deriva a linhagem de Moisés e Arão e todos os sacerdotes: Ele era um filho, não primogênito, de Levi  (v. 16). Mais uma vez a benção de Deus não segue os padrões humanos, assim como a nova aliança em Cristo, que supera e se diferencia das antigas tradições, costumes e leis, apontando para uma nova ordem onde todos são convidados e podem receber a graça divina, independentemente de seu status ou nascimento.


Aquele que vai ser o sumo-sacerdote, Arão, casou-se com Eliseba. O interessante é que Eliseba é o mesmo nome da esposa de Zacarias (sacerdote descendente de Arão) no Novo Testamento. Isabel e Zacarias são parentes de Maria. Maria tem o mesmo nome de Miriã, parente de Arão. Eliseba é filha de Aminadabe, um dos chefes dos patriarcas da tribo de Judá (A mesma tribo da sua prima Maria, mãe de Jesus). O Evangelho de Lucas está nos contando de um novo Moisés, que é Cristo, e de um novo Êxodo que está em curso.


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19:19 - No comments

Jesus em Êxodo 5: Sereis Açoitados

É bem comum que quando a polícia ou um determinado governo começa a fazer um bom trabalho no combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas, as facções criminosas percebem que seus negócios estão sendo estrangulados, e reagem fazendo abordagens mais violentas para manter seu controle e resistir à pressão. Não é estranho que neste momento a população reclame. Às vezes precisa piorar por um momento para realmente melhorar.

Foi assim com Moisés e Arão, que foram até Faraó para pedir a libertação de Israel, mas Faraó respondeu com dureza, rejeitando o pedido e aumentando a opressão sobre os hebreus.


"Moisés e Arão foram falar com o faraó e disseram: Assim diz YAHWEH, o Deus de Israel: ‘Deixe o meu povo ir para celebrar-me uma festa no deserto’ ". O faraó respondeu: "Quem é YAHWEH, para que eu lhe obedeça e deixe Israel sair? Não conheço YAHWEH, e não deixarei Israel sair".


Como resposta ao pedido de Moisés, Faraó torna o trabalho dos hebreus ainda mais difícil, exigindo que produzam a mesma quantidade de tijolos sem fornecer palha.


Os israelitas reclamam com Moisés, pois a situação piorou depois de seu pedido a Faraó. Moisés, por sua vez, questiona a Deus sobre a aparente piora da situação.

Apesar da rejeição de Faraó e do sofrimento do povo, Deus tem um plano maior de libertação que passa inclusive pela rejeição e endurecimento dos impios.


Assim como no período de Moisés, nos tempos de Cristo o poder político e o poder religioso estavam ligados. Jesus confronta os líderes religiosos da sua época, especialmente os fariseus e os sacerdotes do templo, que rejeitam sua mensagem e endurecem seus corações contra Ele (Marcos 11:27-33). Os líderes religiosos, ao verem o impacto do ministério de Jesus, intensificam seus planos para prendê-lo e matá-lo (João 11:47-53). Da mesma forma que Faraó endurece seu coração contra Moisés, os fariseus e saduceus endurecem seus corações contra Jesus.


Muitos seguidores de Jesus esperavam uma libertação política imediata de Israel, e quando isso não aconteceu, alguns se frustraram (João 6:66). Até mesmo os discípulos ficaram desanimados com a crucificação de Jesus antes de entenderem sua ressurreição (Lucas 24:21). A crucificação de Jesus também parece uma derrota, mas é justamente o meio pelo qual Deus trará a redenção definitiva. O aumento da opressão no Egito precede a grande libertação do Êxodo, assim como a rejeição e a crucificação de Jesus precedem a vitória da ressurreição e a libertação do pecado.

Assim como Moisés, o mediador do antigo pacto, também participa do sofrimento do povo (Êxodo 5:4), se tornando um como eles. Jesus, o mediador do novo pacto, também participa da perseguição do seu povo, vemos isso quando Paulo perseguia a igreja e Jesus lhe diz “Saulo, Saulo, porque me persegues?” (Atos 9:4-5)


Respondendo a pergunta de Faraó; “Quem é Yahweh?:” Yahweh é Jesus de Nazaré. Ele é Yahweh. É certo que Faraó olhou aquele povo pobre, fraco e escravizado e pensou que poderia medir o poder de Deus baseado no poder do povo. Mas é um engano enorme se tratando de Yahweh. Pois um Deus tão misericordioso como Jesus de Nazaré, escolhe justamente o pobre, o aflito e o nescessitado para ser o seu Deus e eles serem o seu povo.


“Acautelai-vos; pois vos entregarão aos concílios e às sinagogas; sereis açoitados, e sereis postos à prova diante de governadores e reis, por minha causa, para lhes servir de testemunho. Mas importa que primeiro o evangelho seja pregado a todas as nações. Quando, pois, vos levarem para vos entregar, não vos preocupeis de antemão com o que haveis de falar; mas dizei o que vos for dado naquela hora; porque não sois vós os que falais, mas o Espírito Santo. E o irmão entregará à morte o irmão, e o pai ao filho; e os filhos se levantarão contra os pais e os matarão. E sereis odiados de todos por causa do meu nome; mas quem perseverar até o fim, esse será salvo.” (Marcos 13:9-13:)


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18:50 - No comments

Jesus em Êxodo 4: Ide por todo o Egito

Moisés já estava a 40 anos morando em Midiã quando Deus falou com ele da sarça ardente. Deus está enviando Moisés de volta para o Egito para que seja sua testemunha primeiro diante dos israelitas e depois diante dos egípcios (gentios). Ele deveria testemunhar o ocorrido e mediante a isso exigir dos seus ouvintes um posicionamento diante da palavra que Deus lhe entregou naquele monte.

Moisés diz para Deus “eles não vão acreditar em mim, nem ouvirão o que vou dizer”. O Eterno, YHWH, diz para Moisés realizar alguns sinais entre eles para que creiam. Os sinais e milagres seriam uma forma de validar a mensagem de Moisés.

Moisés diz literalmente “Ah, meu Senhor! Envia, rogo-Te, pela mão daquele a quem Tu hás de enviar” (Êxodo 4:13). Repare com atenção: Moisés pede que Deus liberte o povo pela mão de alguém, alguém que ele já sabia que Deus iria enviar, e que obviamente não era o próprio Moisés. Parece uma forte evidência de que Moisés já tinha o conceito de um Messias prometido mesmo antes da Lei ser entregue no monte Sinai, ele sabia que Deus enviaria um outro salvador para o povo de Israel.


1500 anos depois, em um outro monte, Deus aparece de novo, mas não numa sarça ardente, mas numa visão ainda mais gloriosa: o corpo de Jesus ressuscitado. Jesus aparece aos seus discípulos e ao final de 40 dias envia eles por todo o mundo para serem suas testemunhas. Os milagres seriam novamente uma forma de validar a mensagem que eles deveriam entregar para as pessoas, primeiro aos judeus e depois aos gentios: 


 "Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado. Estes sinais acompanharão os que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal nenhum; imporão as mãos sobre os doentes, e estes ficarão curados".


O primeiro sinal seria o cajado de Moisés se transformando em serpente (a serpente era curiosamente o símbolo do poder dos Faraós), e ao pegá-la pela cauda (a parte mais perigosa) ela se transformava em vara. Deus com esse sinal demonstra que tem poder sobre o império de Faraó, e tem poder para livrar seu povo, assim como exige de Moisés confiança com esse ato. Jesus parece usar essa linguagem, para mostrar que tem poder inclusive sobre o império das trevas, ao dizer aos seus discipulos "Eu vos dei autoridade para pisar serpentes e escorpiões, e sobre todo o poder do inimigo; e nada vos fará mal algum." (Lucas 10:19). O profeta Isaías trata o cajado de Moisés como o Braço do Senhor (Is 63:11-14), um símbolo do próprio Cristo (Is 53:1). E aqui está o mistério mais profundo: Deus faz o cajado (que simboliza o Seu próprio braço, o Messias) assumir a forma da serpente, o mesmo símbolo do pecado e da maldição, para depois de ter vencido a serpentes do Egito retomar sua forma de autoridade. Assim também “Aquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Coríntios 5:21). Jesus, o “braço do Senhor”, mesmo sem nunca ter pecado, tomou sobre si os nossos pecados (a serpente) para vencer o próprio poder do pecado.


Outros sinais são dados para Moisés: o sinal da cura da lepra (mostrando que Deus tem poder tanto para curar e como para fazer adoecer) e o sinal da água do Nilo se transformar em sangue (O Nilo era considerado uma fonte de vida e estava associado a várias divindades egípcias. Ao transformar a água em sangue, Deus desafia diretamente a religião e as crenças dos egípcios, mostrando que Ele é superior a qualquer deus que eles adoram). Este milagre também serviu como um sinal preliminar das maravilhas e dos juízos que Deus executaria contra o Egito.


Moisés não se achava preparado para esta missão por não ter habilidade de falar e se comunicar bem. A resposta de Deus para Moisés é muito parecida com a que Jesus diz para os seus discípulos: “não vos preocupeis quanto à maneira que deveis responder, nem tampouco quanto ao que tiverdes de falar. Porquanto, naquele momento, o Espírito Santo vos ministrará tudo o que for necessário dizer” (Lucas 12:11-12). Deus frequentemente escolhe mensageiros sem muitas aptidões para que a sua graça neles possa evidenciar-se ainda mais gloriosa. O sucesso da sua obra independe de qualquer capacidade humana.


Essa grande comissão é atribuída também à Arão. “Melhor é serem dois do que um” (Eclesiastes 4.9). Arão era irmão de Moisés. O afeto natural que tinham um pelo outro, os fortaleceria mutuamente na execução conjunta da sua comissão. Jesus também enviou os seus discípulos de dois em dois, e alguns dos pares eram compostos por irmãos.

Arão sabia falar bem, e Moisés era sábio. Jesus distribui diferentes dons de maneira variada dentro de sua igreja, para que possamos atender a necessidade que temos, uns dos outros, e para que todos possam contribuir com alguma coisa para o bem do corpo. (1 Coríntios 12.21). Na igreja de Cristo, só Cristo é autossuficiente, os demais precisam uns dos outros.

Duas testemunhas vão para o Egito anunciar a palavra do Senhor, para que pelas suas bocas toda palavra seja confirmada. (Mateus 18:15-17), prontas para realizar sinais e prodígios, e ferir a terra do Egito. Tanto o profeta Zacarias (cap 4) como o apóstolo João (Apocalipse 11) retratam o povo de Deus como duas testemunhas, que representam a igreja de Cristo, composta de judeus e gentios.


“Darei autoridade às minhas duas testemunhas para que profetizem [...] São estas as duas oliveiras e os dois candelabros que estão em pé diante do Senhor da terra. Se alguém pretende causar-lhes dano, da boca dessas testemunhas sai fogo e devora os inimigos; sim, se alguém pretender causar-lhes dano, certamente deve morrer. Elas têm autoridade para fechar o céu, para que não chova durante os dias em que profetizarem. Têm autoridade também sobre as águas, para transformá-las em sangue, bem como para ferir a terra com todo tipo de flagelos, tantas vezes quantas quiserem.”  (Apocalipse 11:3-6)


Assim como Moisés e Arão, a igreja de Cristo recebeu um poder extraordinariamente grande. Mas assim como Moisés e Arão, esse poder não vem de nós mesmos, ele é do Senhor, ele é um validador público da mensagem. Os sinais validam a nossa mensagem, portanto os sinais apontam para a Palavra do Senhor. Ou seja, a mensagem do Evangelho que tira as pessoas do Egito espiritual é onde deve estar o nosso foco. Tamanho poder é uma demonstração da autoridade recebida, mas ela é subordinada a Deus. Moisés não poderia usar estes sinais para nenhum outro fim ou com nenhuma outra intenção, senão para aquele propósito que o próprio Senhor estabeleceu. Sem Deus, Moisés e Arão nada podem fazer (João 15:5).


Deus manda um recado para Faraó através de Moisés, dizendo “assim diz o Senhor: Israel é o meu primeiro filho, e eu já lhe disse que deixe o meu filho ir para prestar-me culto. Mas você não quis deixá-lo ir; por isso matarei o seu primeiro filho!".

Da mesma maneira como os homens lidam com o povo de Deus, devem esperar ser tratados. Algumas pessoas estranham o fato de Israel ser chamada de primogênito de Deus, se Jesus também é chamado de primogênito de Deus (Colossenses 1:15/Romanos 8:29/Hebreus 1:6/Apocalipse 1:5). Há pelo menos duas possibilidades para entender esse texto:

1) Pelo relato das Escrituras (Mateus 2:15 ou Isaías 53 por exemplo), podemos perceber que algumas vezes Jesus e Israel se confundem. Precisamos entender que muitas promessas da plenitude de Israel se cumprem em Jesus. Ele é o israelita por excelência. Ele é o retrato, a imagem do que Israel deveria ser. A função de Israel era ser uma luz para as outras nações, o que rarissimas vezes aconteceu. Mas quando Jesus reconcilia o mundo com Deus, pode-se dizer que é Israel reconciliando o mundo com Deus. Quando Jesus espalha o conhecimento da Lei e dos Profetas por todo o mundo gentil, é o Messias judeu fazendo, logo é Israel sendo luz para as nações (por meio do seu representante legitimo; Jesus). 

 
2) Conforme falamos no último capítulo, há base suficiente para entender que era o próprio Jesus que estava falando através da sarça ardente.Sendo assim, inicialmente o ministério de Jesus deu-se apenas para os judeus, depois expandiu-se para os gentios. (Mateus 10:5-6).  Israel é o primeiro povo no qual Jesus começou seu projeto de redenção, sendo assim não seria extranho Jesus chamar Israel de seu primogênito.  


“Eu, o SENHOR, o chamei para demonstrar a minha justiça. Eu o protegerei e sustentarei. Você vai ser o mediador do novo trato que farei com o meu povo e uma luz para guiar os outros povos até mim. (Isaías 42:6)


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