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Por que empreendedores ainda subestimam o plano de negócios?
Respondido por Eduardo Vilas Boas, especialista em plano de negócios
Elaborar um plano de negócios se tornou muito mais corriqueiro para os empreendedores a partir da década de 90. A ferramenta ficou conhecida e foi difundida, além de sua importância reconhecida por investidores e empreendedores. A existência de grande quantidade de livros sobre o tema e o destaque recebido pela mídia fizeram com que mais pessoas o conhecessem e utilizassem.
No entanto, hoje em dia, seu uso ainda é subestimado por diversos empreendedores, que acreditam não precisar de um plano de negócios ou até mesmo que ele pode ser prejudicial.
Até meados dos anos 2000, a importância do plano de negócios era incontestável. É claro que muitos empreendedores não o faziam, mas poucos discutiam que ele era uma ferramenta importante.
Esse conceito é fruto da consciência dos empreendedores, seguindo o que era sugerido por especialistas, que consideravam o plano imprescindível para determinadas tarefas (conseguir investimentos públicos ou privados, ser aceito por incubadoras de empresas, entre outras) ou mesmo pela tendência a imitar outras empresas bem sucedidas (casos de sucesso relatados pela mídia de empresas que fizeram planos de negócios).
Mais recentemente, surgiu uma onda de especialistas que diminuíram a importância do plano de negócios baseados em teorias como a do effectuation (de que o empreendedor deve priorizar a realização de ações ao invés de ter um planejamento prévio e maior cautela) e do lean startup (que sugere que o empreendedor deve desenvolver o negócio junto com seu cliente baseado em pequenos passos e tentativa e erro e não em um planejamento prévio de longo prazo).
Embora nenhuma dessas teorias efetivamente sugira a não elaboração de um plano de negócios, elas são mal interpretadas muitas vezes e acabam se tornando uma ótima desculpa para quem já não via a importância do plano.
De uma certa forma, o plano de negócios já teve a sua importância comprovada. As desculpas para não fazê-lo existem aos montes e tornam-se mais ou menos presente dependendo da época e das teorias vigentes.
Todo empreendedor, hoje em dia, sabe da importância e consegue buscar informações ou auxílios para elaborar um plano. Não fazê-lo é uma opção. Grande parte das vezes, a mais arriscada.
Via Exame
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