sábado, 23 de julho de 2016

Haddad proíbe Fiesp de expor bandeira do Brasil porque suja a cidade

Quem poderia imaginar que a bandeira do Brasil seria proibida no Brasil?
Segue abaixo uma matéria publicada no site da Revista IstoE:

Integrantes da Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CCPU), ligada à Prefeitura de São Paulo, vetaram a exposição da imagem da bandeira do Brasil na fachada do prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na Avenida Paulista, região central da cidade.

A proibição visa a impedir o uso político ou mesmo eleitoral do símbolo pela instituição, declaradamente favorável ao impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT). A Fiesp considera que a medida representa um tipo de censura e vai recorrer.

Determinado pelo placar de oito votos a três, o veto inclui datas comemorativas, como 7 de Setembro ou 15 de Novembro – feriados que remetem ao sentimento nacionalista. Também nesses casos será preciso pedir autorização ao órgão, que analisa ações que podem ferir as regras da Lei Cidade Limpa.

Do mesmo modo, a CPPU determinou que o painel digital do prédio permaneça desligado no intervalo das mostras artísticas, essas, sim, aprovadas pela comissão.

O engenheiro Lao Napolitano, representante da Associação A Cidade Precisa de Você, diz que os conselheiros tiveram a intenção de evitar conflitos políticos, às vésperas de uma eleição na cidade. “E não é só isso. Optamos também pelo descanso visual. Imagens muito intensas às vezes nos impedem de enxergar a Paulista”, afirma.

Para a arquiteta Letícia de Paula Diez Rey, representante do Instituto Mobilidade Verde, a decisão sobre o processo da Fiesp, assim como os demais casos, apenas seguiu as regras. “A legislação impede a exposição de marcas e produtos, assim como correntes ideológicas. A bandeira do Brasil não é problema, mas, sim, como ela se insere na paisagem urbana”, diz.

Censura

Em nota, a Fiesp informou que considera absurda a censura imposta pela CPPU ao maior símbolo nacional, que é a bandeira. “O Sesi-SP buscará, por todos os meios, fazer valer seu direito de liberdade de expressão e nesse momento estuda as medidas jurídicas adequadas para que possa expor a bandeira brasileira na galeria digital instalada na fachada do prédio”, diz a nota.

Segundo a entidade, “não faz sentido impedir um espaço público e democrático de exibir uma das imagens que mais trazem orgulho aos brasileiros”.

A polêmica em torno das imagens exibidas na fachada do prédio da Paulista teve início em abril, quando o mesmo órgão municipal proibiu a instituição de exibir frases de cunho político-partidário, como “Fora, Dilma”, “Impeachment Já”, e “Não vou pagar o pato” – todas em referência ao governo do PT.

Na época, a comissão considerou que tais mensagens feriam a Lei Cidade Limpa e o prefeito Fernando Haddad (PT) confirmou que a Fiesp poderia ser multada se insistisse em veicular as frases em seu painel.

Nesta quarta-feira, 13, também em nota, a gestão Haddad afirmou que a nova decisão segue as normas definidas pela legislação em vigor. A Prefeitura ressaltou ainda que a CPPU é formada por representantes não apenas do poder público, mas também da sociedade civil.

Multa

Em caso de descumprimento, a entidade será multada em

R$ 10 mil. Ainda poderá ser cobrado um acréscimo, fixado em R$ 1 mil, para cada metro quadrado excedente do tamanho permitido de exposição.

NOTA: Desde o inicio do mandato, Haddad tem usado a máquina pública como instrumento partidário. E foi esse mesmo prefeito que proibiu a realização de eventos de direita na cidade, como por exemplo o show que seria organizado pelo Movimento Brasil Livre. O que esperar de alguém cuja tese de mestrado de economia foi sobre “O caráter sócio-econômico do sistema soviético” (Esse sistema soviético matou mais pessoas que o nazismo)? Não é de estranhar que ele afundou a economia da cidade e teve que pedir dinheiro da União, aumentou os gastos, aumentou os impostos, piorou a mobilidade da cidade... E agora vemos essa ideologia instalada no Brasil. Uma ideologia que luta contra os símbolos nacionais visando substitui-los pelo vermelho da revolução socialista. Não se trata de esquerda contra direita, se trata da ideologia comunista contra a liberdade dos brasileiros.

quinta-feira, 21 de julho de 2016

A última chance em 24 anos de ver Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno a olho nu

Nós já vimos no início deste ano, e veremos agora novamente: Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno ficarão alinhados por alguns dias antes de cada um deles tomar o seu caminho no céu.

A partir desta semana, e durante mais algumas, os cinco planetas poderão vistos a olho nu durante o pôr do sol - no fim de janeiro e início de fevereiro, eles podiam ser avistados apenas ao amanhecer. Isso só será possível, segundo David Dickinson, do site de astronomia Universe Today, porque antes tínhamos todos os planetas à nossa frente. "Agora, os vemos do nosso 'espelho retrovisor' porque Marte, Júpiter e Saturno estão na frente, enquanto Mercúrio e Vênus estão correndo para recuperar o atraso", escreveu Dickinson. Se você estiver em um espaço aberto sem nuvens, a partir desta quarta-feira poderá ver os cinco planetas vizinhos ao sudoeste da Terra.


Brilho e cor
Para identificar os planetas, preste atenção nas sutis diferenças que você verá no céu. Venus é o mais brilhante de todos, e Júpiter é o próximo na luminosidade. Ambos ainda são visíveis quando o sol está prestes a se esconder.
Marte, por sua vez, é avermelhado e Saturno, amarelado. Ambos brilham com intensidade semelhante.
Encontrar Mercúrio é sempre o maior desafio porque é o menor planeta e pode se esconder facilmente.

O truque do polegar
O astrônomo Jason Kendall, professor adjunto da Universidade William Paterson, em Nova Jersey, nos Estados Unidos, publicou em seu canal do YouTube um exercício prático para saber se o que você está vendo é um planeta ou uma estrela.
"Feche um dos olhos. Estique o braço e coloque o seu dedo polegar para cima. Lentamente, passe-o de um lado para o outro do planeta ou estrela que você vê no céu. Se a luz se atenuar quando o polegar passar sobre ele, é um planeta. Mas se ela piscar rapidamente é uma estrela", disse.
O truque funciona melhor com Júpiter e Vênus, afirma o astrônomo, porque eles são mais brilhantes.
De qualquer forma, o que precisa ficar claro caso você decida "ir à caça" é que esses planetas são corpos celestes mais brilhantes vistos daqui da Terra - depois do Sol e da Lua, é claro.
Os cinco planetas não voltarão a se alinhar até 8 de setembro de 2040, quando estarão a 9,3 graus no céu.

Via G1

sábado, 16 de julho de 2016

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Penas de pássaros que viveram com dinossauros eram iguais as das aves atuais

Asas de pássaros que viveram há 99 milhões de anos foram encontradas fossilizadas em bom estado e revelaram que as aves já tinham, antes da extinção dos dinossauros, uma plumagem como a das aves modernas. Elas foram encontradas em Mianmar e o estudo foi publicado na revista Nature Communications. “É raríssimo encontrar aves em âmbar, normalmente se encontram apenas insetos ou pequenos lagartos”, diz Juan Carlos Cisneros, paleontólogo e professor da Universidade Federal do Piauí. Para quem se lembra do primeiro filme Jurassic Park, foi graças a um mosquito encontrado em âmbar que os dinossauros foram trazidos de volta à vida. Por enquanto, ainda nenhuma ave pré-histórica foi clonada, mas, graças à preservação da resina de âmbar, a pesquisa pôde detalhar a estrutura óssea, a plumagem e a pterilose (disposição das penas no corpo da ave). Havia vestígios até de tecidos moles dos animais, que permitem imaginar o desenvolvimento das asas em aves jovens naquele período.

O tamanho pequeno das asas e o desenvolvimento incompleto dos ossos sugere que as duas aves estudadas ainda não eram adultas. Mesmo assim, tinham penas parecidas com os pássaros adultos de hoje, porque, segundo os autores, os pássaros extintos já saíam do ovo com penas que eram funcionais, diferente do que vemos nas espécies atuais.

No entanto, há algumas diferenças importantes. “Tinham dentes e asas com garras e um arranjo de ossos diferente na parte do peito e tornozelos”, disse o paleontólogo canadense Ryan McKellar, do Museu Real de Saskatchewan, ao jornal El País. Fora isso, os pesquisadores afirmam que há 99 milhões de anos já havia surgido a maior parte dos tipos de asas dos pássaros modernos e que tinham até as mesmas cores.

“Saber a cor das penas é muito valioso na descoberta”, diz o paleontólogo salvadorenho radicado no Brasil. Ele conta que na região da Chapada do Araripe, entre Ceará e Pernambuco, há fósseis de aves do período Cretáceo, mas que são fósseis não mumificados, ou seja, são uma impressão deixada na rocha, sem tantos detalhes como os encontrados.

Lida Xing, da Universidade de Geociências da China, McKellar e seus colegas usaram técnicas de raio-X e tomografia computadorizada para estudar os fósseis. Comparando com outros, chegaram à conclusão que são restos de enantiornites, um grupo de aves que conviveram com os dinossauros e foram extintas junto com eles no final do Cretáceo, período que durou mais ou menos de 145,5 milhões a 65,5 milhões de anos atrás [segundo a cronologia evolucionista].

Segundo Cisneros, já é consenso (oi?) que as aves atuais são descendentes diretas dos dinossauros - muitos dos quais tinham penas. As aves encontradas no estudo eram pequenas e menores do que os dinossauros. Anteriormente, o conhecimento sobre as asas e penas dos pássaros do Cretáceo vinha de fósseis bidimensionais (compressões carbonizadas) e de penas individuais preservadas em âmbar. Portanto, a descoberta desses fósseis traz mais informações por serem tridimensionais.

Um grande depósito de âmbar (resina das árvores que se solidificou ao longo do tempo) de meados do período Cretáceo no nordeste de Mianmar é um dos mais prolíficos e mais bem estudados por causa dos fósseis preservados de artrópodes e plantas, mas o trabalho com plumagens só começou agora.

Via UOL


NOTA: Acho muito curioso que mesmo quando as descobertas caminham justamente no sentido oposto ao proposto pelo evolucionismo, existe um esforço até no jogo de palavras para disfarçar e tentar manter essa ideologia, uma vez que a mesma não se sustenta sozinha. O jornalista tenta disfarçar dizendo: “Tinham dentes e asas com garras e um arranjo de ossos diferente na parte do peito e tornozelos". Que legal hein, mas qual a novidade? Aves eram aves e dinossauros eram dinossauros.
O que não se ousou comentar foi: como as aves são descendentes diretas dos dinossauros e já eram evoluídas há 99 milhões de anos, na época dos dinossauros, e com a mesma complexidade que existem as de hoje? Onde esta a evolução?

Se houvesse sido identificado que as aves antigas eram diferentes das aves atuais os evolucionistas diriam "Vejam! Uma prova evidente do evolucionismo!", mas mesmo quando o oposto acontece eles dizem ser "Vejam! Uma prova evidente do evolucionismo!". Uma teoria que tenta explicar tudo, acaba não explicando nada.

Triste tempo o nosso, em que a busca pela verdade deu lugar as ideologias.

Pokémon Go faz ação da Nintendo subir 93% em 7 sessões


A ação do grupo japonês Nintendo subiu cerca de 10% nesta sexta-feira na bolsa de Tóquio, encorajada pelo jogo Pokémon Go, que a fez ganhar 93,2% em sete sessões.
O título aumentou no fechamento a 27.780 ienes (+9,80%), pouco mais de uma semana depois do lançamento do Pokémon Go em três países (Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia) e depois na Alemanha.

Fora destes países ocorreram milhares de downloads em todo o mundo graças a uma série de truques.
O aplicativo não foi desenvolvido pela companhia japonesa, mas pelo estúdio Nantics, associado à empresa Polémon Company, afiliada à Nintendo.
No entanto, os investidores estimam que a boa acolhida do Pokémon Go dará asas à casa criadora do SuperMario.
Via Revista Exame



NOTA: Um amigo da computação me apresentou esse jogo no intervalo da aula de  Eletromagnetismo na universidade. De cara já falei pra ele que esse jogo iria ser revolucionário, apesar dos gráficos e de algumas gafes. A grande sacada foi a interação com o mundo real, um "RPG da vida real". Possivelmente a Nintendo vai surfar por um bom tempo nessa onda que deu certo e fazer muito dinheiro, se agir rapidamente tanto no lançamento do jogo (como no Japão onde ainda não foi lançado) para garantir a base de usuários e se proteger da concorrência, quanto em trabalhar nas melhorias do jogo. Só posso dizer que foi uma sacada de Mestre, de Mestre Pokémon.

domingo, 3 de julho de 2016

Viva La Vida #Happy


Vídeo novo que eu publiquei hoje no youtube.
Espero que gostem.

"Descobri que não há nada melhor para o homem do que ser feliz e praticar o bem enquanto vive." (Eclesiastes 3:12)

#BeHappy

Quando o Homeschooling vai chegar ao Brasil?

Por Solano Portela

A década de 1990 e a primeira década deste novo século foram caracterizadas por mega tendências (megatrends[2]), ou seja, grandes modificações no curso dos relacionamentos sociais e empresariais. Entretanto, na década 2010-2020 vemos aflorar micro tendências que podem igualmente causar grandes impactos futuros em diversas áreas da sociedade.  Mark J. Penn e Kinney Zolesne, em seu livroMicrotrends, chamam a nossa atenção exatamente para esse viés das “pequenas forças por trás das grandes mudanças de amanhã”.[3]

O livro traz um capítulo inteiro dedicado ao segmento da educação, onde apresenta comentários e dados sobre uma minúscula tendência, nos Estados Unidos, que vem crescendo exponencialmente e já afeta significativamente o modus operandi de instituições de ensino tradicionais e a visão do campo educacional como um todo. Trata-se doHomeschooling, ou a educação escolar ministrada nos lares, onde as crianças recebem no aconchego de suas casas o preparo acadêmico, fora da estrutura formal supervisionada pelo estado. A primeira vista pode-se pensar que essa tendência teria apenas repercussão na educação básica (do maternal ao 3º ano do Ensino Médio), no entanto, os reflexos no Ensino Superior já não podem mais ser ignorados.

Como avaliar essa microtendência e seus impactos no Brasil? Não chegaremos a uma avaliação precisa se acharmos que o tema representa apenas uma peculiaridade ou idiossincrasia norte-americana. É verdade que lá encontramos bolsões significativos de ferrenha resistência às garras do estado voraz, e à sua avidez em não somente exigir impostos sobre impostos, mas também por pontificar em todas as esferas da atividade humana.[4] No entanto, a prática do homeschooling nos Estados Unidos vai muito além de ser mera característica exclusiva de comunidades contestadoras.

Muitos escolhem essa modalidade simplesmente por constatarem a falência do sistema público de educação; a deterioração da disciplina e segurança para suas crianças, nas escolas; e o preço proibitivo das melhores instituições de ensino particulares ou confessionais. Observem também os seguintes dados,[5] que evidenciam a importância dessa prática que começou timidamente na década de 1970, nos Estados Unidos, e que só passou a ser levada a sério a partir de 1999, quando o Ministério da Educação daquele país começou a levantar dados sobre a crescente onda:

  • Em 1999 já haviam 850 mil crianças sendo educadas nos lares. Em quatro anos esse número havia crescido 30%, para 1,1 milhão. Isso significa um acréscimo de 1,7% da população nessa idade escolar para 2,2%.
  • Existem hoje milhares de sites e eventos destinados a disseminar a prática. O mercado de livros, currículos, vídeos e outros materiais relacionados com ohomeschooling, movimenta quase um bilhão de dólares por ano.
  • Apesar das crianças educadas no lar representarem apenas pouco mais de 2% da população escolar compatível, elas se destacam surpreendentemente em competições educativas como, por exemplo, nos populares concursos de soletração, onde constituem 12% dos finalistas. Nos testes de admissão ao ensino superior (SAT), os alunos advindos de educação recebida no lar, tiram notas 15% superior às dos demais.
  • As universidades têm se adaptado à tendência. Em 2000 apenas 52% possuíam critérios formais de avaliação dos candidatos educados no lar. Atualmente, 83% já adotam critérios na expectativa de recebimento destes, e eles são bem-vindos pela expectativa de um excelente desempenho acadêmico.

Da mesma forma, não podemos apenas adotar uma visão simplista e dizer que no Brasil ohomeschooling é proibido e, portanto, não é assunto a ser discutido, pois não há perspectiva de impacto em nosso sistema educacional. Nos Estados Unidos, mesmo tendo começado na década de 1970, até 1981 ela era ilegal na maioria dos estados norte-americanos; agora ela é legalizada em todos eles. Semelhantemente, no Japão ohomeschooling é proibido, mas estima-se que 2 a 3 mil crianças estão sendo educadas dessa forma. Até na China, onde subsiste a proibição formal, a existência da “Shanghai Home-School Association”, deixa vislumbrar que a pratica existe, em extensão considerável. Atualmente, além de nos Estados Unidos, o homeschooling é legalizado na Austrália, Nova Zelândia, Inglaterra e no Canadá.

Presentemente o Brasil já contabiliza alguns poucos casos que têm resultado em processos e contestações judiciais. O Dr. Carlos Roberto Jamil Cury, professor da PUC-MG, em seu ensaio, “Educação Escolar e Educação no Lar: espaços de uma polêmica”[6]apresenta alguns casos de homeschooling no Brasil, que receberam sentenças adversas do nosso judiciário.[7] Dr. Cury concorda com as sentenças e cita parecer do Conselho Nacional de Educação, que expressa a visão prevalecente nos círculos governamentais, de que a única forma de ensino é nas escolas:
Os filhos não são dos pais, como pensam os Autores [do Mandado de Segurança]. São pessoas com direitos e deveres, cujas personalidades se devem forjar desde a adolescência em meio a iguais, no convívio formador da cidadania. Aos pais cabem, sim, as obrigações de manter e educar os filhos consoante a Constituição e as Leis do país, asseguradoras do direito do menor à escola...
Mesmo os cristãos que não são a favor do homeschooling, não podem aceitar essa visão estatal de que "os filhos não são dos pais"!
No lado do homeschooling, alguns casos têm recebido atenção da mídia, como por exemplo:[8]


  • O caso da família Bueno (9 filhos), de Jardim, MS. Durante 13 anos praticaram a educação escolar no lar. Depois de denunciada à Promotoria Pública por familiares, e de julgamentos adversos, mudou-se para o Paraguai.
  • O caso do casal Nunes (3 filhos), de Timóteo, MG. O casal tirou as crianças da escola em 2006. Foram denunciados ao Conselho Tutelar e ao Ministério Público. Para provar que os filhos não estavam “abandonados intelectualmente”, como era alegado, eles foram inscritos no vestibular da Faculdade de Direito de Ipatinga, MG. Passaram em posição excelente, no 7º e 13º lugar, mesmo sem terem completado o ensino médio.
  • O Caso de Júlio Severo, figura controvertida por suas posições políticas e religiosas, que defende homeschooling desde 1991 e foi forçado a mudar-se do Brasil, supostamente por contestações da justiça às suas convicções.[9]
  • O caso da conhecida família Schürmann (3 filhos), que, em 1984 empreendeu uma viagem de 10 anos, navegando pelos mares do globo, aplicando ohomeschooling em seus filhos, durante todo esse tempo.

Em 1994 o deputado João Teixeira, do PL, apresentou o projeto lei 4657/1994 procurando regulamentar a educação escolar no lar. No entanto ele foi arquivado no ano seguinte. Em 2008, os deputados federais Henrique Afonso, ex- PT, e Miguel Martini, do PHS, apresentaram o projeto de lei 3518/2008, propondo, novamente, a regulamentação dohomeschooling no Brasil, do 1º ao 9º ano.

É possível, que mesmo com a visão monolítica de nossa legislação sobre a educação escolar no lar, talvez estejamos testemunhando mudanças e até a formação de jurisprudência que pode impactar o status quo da educacional tradicional.

Será que, com a globalização os casos de homeschooling não poderão se multiplicar no Brasil? Existirão outras decisões judiciais, ou novas leis, que venham legitimar e encorajar a prática? Em uma era de ênfase à Educação a Distância, como barrar iniciativas de “estudo independente” que apresente melhores desempenhos e avaliações do que a educação clássica tradicional?[10] Obviamente ninguém tem respostas precisas a essas indagações, mas ignorar essa microtendência educacional não nos parece o melhor caminho. Assim, nossas Instituições de Ensino Superior deveriam monitorar a tendência e iniciar estudos sobre os impactos (sociais, financeiros, estruturais, acadêmicos e organizacionais) resultantes de uma abertura do homeschooling no Brasil. Deveriam até considerar a possibilidade de que esta modalidade venha a adentrar o Ensino Superior. Possivelmente essa é uma rica linha de pesquisa que poderia estar presente em diversos programas de pós graduação, de forma bastante interdisciplinar, com teses e estudos objetivos e sem paixões ideológicas que substanciarão muitas decisões e definições.

É possível que pesquisas objetivas e sem radicalismos estatais, procurando aferir o lamentável estado do ensino básico, principalmente em sua esfera pública, que leva os pais a procurarem alternativas mais adequadas aos seus filhos, possam contribuir para o sistema educacional como um todo, preparando-nos melhor para o futuro.

_____________________
[1] O autor ocupou a Diretoria de Planejamento e Finanças do Mackenzie (Universidade e Colégios Presbiterianos) e é, atualmente, o Diretor Educacional da Instituição, da qual, de 2005 a 2008, foi também Superintendente de Educação Básica. É escritor, professor e conferencista.
[2] Como exemplo citamos as mega tendências apresentadas nos livros de John Naisbitt e Patrícia Aburdene: Megatrends (1982) e Megatrends 2000 (1990), todas elas confirmadas por uma aferição histórica do que motivou as grandes mudanças sociais e empresariais dessas décadas.
[3] Subtítulo do livro Microtrends (NY: Twelve Hatchette Book Group, 2007), 454 pp.
[4] Nossa convicção, sem endossar extremismos norte-americanos, é a de que o estado(independente de sua nacionalidade) realmente tem a tendência de extrapolar a sua esfera específica de atuação, que é: garantir a segurança pública e assegurar, a todos os cidadãos, oportunidades iguais de igualmente desenvolverem as suas desigualdades.
[5] Trazidos por Mark Penn, em seu livro.
[6] Texto completo disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-73302006000300003&script=sci_arttext , acessado em 24.05.2010.
[7] Por exemplo, o Mandado de segurança n. 7.407 – DF (2001/0022843-7), impetrado por família interessada cuja segurança foi denegada pelo judiciário, confirmando parecer anterior do Conselho Nacional de Educação.
[8] Um bom relato desses está disponível em:http://ozielfalves.blogspot.com/2008/10/escola-em-casa-crianas-longe-dos-bancos.html , acessado em 24.05.2010
[9] Para mais informações sobre suas posições, vide este blog, mantido pelo Severo:http://escolaemcasa.blogspot.com/, acessado em 24.05.2010
[10] Em 02.05.2015 foi postado artigo com o título: “O Homeschooling é liberado no Brasil”, em http://www.portaltl.com/?p=563 (acessado em 05.02.2016), mas o título é um pouco exagerado e não existiam novidade em trâmites jurídicos relacionados com a prática, até aquela data.


FONTE: O Tempora, O Mores