A revelação de Jesus Cristo em Gênesis 16: O Deus que me vê
Sara propõe que Abrão tomasse outra mulher, que geraria filhos nos quais ela poderia adotar. Era um costume da época, e se Abrão tomasse a escrava da sua esposa, os filhos seriam propriedade de Sara. Para além dos problemas éticos e morais (e pecaminosos) daquela cultura, esse pecado foi uma tentativa de “ajudar Deus” no cumprimento da promessa de descendência, uma vez que que Deus parecia demorado em cumprir. Foi uma atitude de profunda incredulidade, eles esqueceram-se do poder absoluto e dignidade Daquele que havia empenhado sua Palavra. E quando a tentativa de dar um “jeitinho” e alcançar a promessa com as próprias mãos começou a gerar muitos problemas, ao invés de reconhecer o seu erro, Sara, seguindo o mesmo padrão de Adão, tenta achar alguém para culpar: “Então Sarai disse a Abrão: “Você é o culpado da vergonha que estou passando! Entreguei minha serva a você, mas, agora que engravidou, ela me trata com desprezo. O Senhor mostrará quem está errado: você ou eu!”. Abrão respondeu: “Hagar é sua serva. Faça com ela o que lhe parecer melhor”. Então Sarai a tratou tão mal que, por fim, Hagar fugiu” (Gênesis 16:5,6). Abrão, Sarai e Hagar aparecem nesse texto como vilões da história. A história só tem um herói: o próprio Deus. O Anjo do Senhor (que para alguns estudiosos pode ser a personificação do próprio Cristo) aparece para Hagar. Hagar reconhece que quem estava ali diante dela era Deus: “Tu és o Deus que me vê [...] Aqui eu vi aquele que me vê!” (Gênesis 16:13). Deus abençoa Hagar e promete abençoar seu filho. Mas é claro que a promessa não se cumpriria por meio de Ismael. Não seria por intervenção humana, mas pela intervenção do próprio Deus. Nunca se alcançou a benção de Deus por meios humanos. Aqui há um símbolo dos dois filhos que Abrão teria, as duas descendências: a primeira descendência representada por Ismael, Deus os abençoaria por serem filhos de Abrão, mas eles não pertencem à promessa. Ismael é o pai daqueles descendentes de Abrão que querem alcançar o reino de Deus pelo próprio esforço, pela sua própria estratégia, pela sua própria capacidade de seguir a Lei de Deus, aqueles que nasceram da vontade humana. E o segundo grupo são aqueles que são filhos pela fé, porque creram no Messias descendente de Abrão. Isaque representa os filhos da promessa, aqueles que nasceram não segundo a vontade humana, mas pela vontade de Deus (estamos aqui falando de Novo Nascimento, uma transformação que somente Deus pode operar), porque Deus os escolheu primeiro.
“Essas duas mulheres ilustram duas alianças. A primeira, Hagar, representa o monte Sinai, onde o povo recebeu a lei que o escravizou. E Hagar, que é o monte Sinai, na Arábia, representa a Jerusalém de agora, pois ela e seus filhos vivem sob a escravidão da lei. A segunda, Sara, representa a Jerusalém celestial. Ela é a mulher livre, e é nossa mãe. Como dizem as Escrituras: “Alegre-se, mulher sem filhos, você que nunca deu à luz! Grite de alegria, você que nunca esteve em trabalho de parto! Pois a abandonada agora tem mais filhos que a mulher que vive com o marido”. E vocês, irmãos, são filhos da promessa, como Isaque. Ismael, o filho nascido da vontade humana, perseguiu Isaque, o filho nascido do poder do Espírito, e o mesmo ocorre agora. Mas o que dizem as Escrituras sobre isso? “Livre-se da escrava e do filho dela, pois o filho da escrava não será herdeiro junto com o filho da mulher livre.” Portanto, irmãos, não somos filhos da escrava; somos filhos da mulher livre.” (Gálatas 4:24-31)
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