Por André L. Souza Todo mundo já ouviu falar sobre esse tal de Big Data. É a
moda do momento. Várias empresas têm investido muita grana nessa nova
tendência. E não são só as empresas que têm feito isso. As grandes
instituições de ensino superior pelo mundo afora também estão entrando
de cabeça na onda do Big Data, com formação de departamentos e
programas de graduação e pós especializados nessa tendência. Mas afinal
de contas, o que é isso e por que está todo mundo nessa euforia toda?
Sendo bem simplório, Big Data é um termo amplo que se refere
ao uso de quantidades grandes (tipo, muito grande mesmo) de dados para
auxiliar no processo de tomada de decisões e predições do futuro (veja aqui algumas definições mais específicas de Big Data). Como isso é feito e o tipo de conhecimento técnico necessário para lidar com Big Data é assunto pra uma outra postagem. Mas por que esse frisson todo com isso?
Na verdade, fazer modelos preditivos — ou seja, montar um forma de
“adivinhar” exatamente o que você está procurando quando acessa o
Google, por exemplo — com base em uma quantidade absurda de dados é
muito bom e tem aplicações práticas formidáveis. Só para ilustrar, pode
ser que você não saiba o que quer dizer a palavra “frisson”. Daí você
vai ao Google, faz uma busca, encontra um link que diz a definição da
palavra. Se várias pessoas fizerem isso, o Google vai armazenar os dados
relativos a essas buscas e com isso montar um modelo que prediz (Google
falando): “opa, como é muito comum que as pessoas busquem pela definição da palavra frisson e não necessariamente pela cançãoFrisson
na voz de Elba Ramalho, eu vou colocar o link da definição bem no topo
da busca”. E esse modelo fica cada vez mais funcional quando se baseia
em uma quantidade grande de dados.
Mas isso é o começo dessa história de Big Data. E pra dizer a
verdade, o Google e outras empresas de tecnologia já fazem isso desde
sempre. Nem é novidade mais. E pra ser mais sincero ainda, em termos
técnicos, esse tipo de modelo preditivo nem é tão complexo assim de se
construir. A coisa começa a ficar realmente legal — e é por isso que o
interesse com isso vem crescendo — quando começamos a explorar a
multidisciplinaridade dessa parada toda.
Para ilustrar o que eu quero dizer, eu gosto de citar o modelo de
“recomendação de músicas” que o Google lançou em meados de 2013. O
sistema se baseia em uma quantidade grande de dados (duuuhhhh, helloooo Big Data!),
mas dados de natureza distintas: ele combina dados de natureza acústica
(isso mesmo: espectrogramas com características sonoras de várias
canções); metadados contendo informações tais como nome do artista, da
canção, do álbum, do estilo, etc; meta-metadados contendo informações de
tudo que existe na web sobre esse artista, suas canções, seu
estilo, etc; e obviamente os dados sociais de busca e preferências das
pessoas (tipo: quais outros artistas as pessoas que gostam desse artista
também gostam?). Todas essas informações são utilizadas conjuntamente
para que a recomendação que esse sistema te faz seja tão boa quanto a
recomendação que uma pessoa que te conhece bem faria. Essa
implementação não é tão fácil assim, já que envolve dados de natureza
distintas e que se comportam de maneira peculiar.
No final das contas, um sistema como um Google Now, Siri ou S-Voice
pretende funcionar como um agente pessoal. Um agente pessoal, no
sentido clássico da palavra, é alguém (pessoa) que tem um corpo, uma
mente e um cérebro que processa informações e toma decisões. Assim,
qualquer pessoa que queira construir um sistema inteligente que
funcione como um agente pessoal de carne e osso precisa entender
minimamente sobre como nosso corpo, mente e cérebro funcionam. E esse, é
na minha opinião, o futuro do Big Data: a natureza dos dados que coletamos.
Estamos saindo da era dos dados puramente numéricos e distribucionais para entrar em uma era de dados sensoriais. Só para ilustrar: existe uma empresa em Boston chamada MimoBaby.
Essa empresa produz roupinhas de bebê. O diferencial: essas roupinhas
contêm sensores que medem, de maneira constante, vários dados
biométricos do bebê (o padrão de respiração, temperatura, sons que ele
produz, rítmo do batimento cardíaco, etc), e mantém toda essa informação
em uma nuvem que se conecta a um aplicativo no seu celular que monitora
todos esses dados. Ele te manda alertas sobre qualquer alteração nessas
medidas e pode ser diretamente utilizado por médicos e hospitais para
um diagnóstico mais rápido e correto sobre a saúde do seu bebê. Os
relógios inteligentes que estamos vendo proliferar no mercado de
tecnologia são um grande exemplo do potencial que temos em mãos para
coletar ainda mais esses dados sensoriais de maneira constante.
O futuro do movimento do Big Data está apenas começando (e
aparentemente com força total). E dada a sua natureza intrinsicamente
multidisciplinar, o profissional Big Data do futuro deverá ser
aquele que, não apenas transite pelas várias esferas do conhecimento sem
se sentir incomodado, mas que também seja capaz de se manter informado
sobre os principais avanços nessas esferas: desde os avanços na área de
tecnologia até os avanços na área de neurociência e psicologia
Por Gil Giardelli
O big data, conjunto de softwares que fazem análises complexas a partir
de grandes bases eletrônicas de dados, está deixando de ser um assunto
que só interessa a profissionais de tecnologia e se consolidando como um
assunto importante no futuro de todas as carreiras. Claro que quem está
dentro da área sente primeiro o aquecimento.
A procura por gerentes de projeto com experiência em big data mais do
que dobrou (123%) em 2014, segundo a Wanted Analytics, empresa que
analisa sites de emprego no mundo todo. Um impulsionador desse mercado é
o presidente americano, Barack Obama, que criou uma secretaria de
serviços digitais com status de ministério para trabalhar com a
quantidade massiva de dados que o governo produz.
Em um evento de computação, Obama fez uma reverência pessoal ao
profissional de big data escolhido para chefiar a secretaria, DJ Patil,
ex-LinkedIn. “Ajude-nos a construir serviços digitais melhores para o
povo americano, ajude-nos a liberar inovações em áreas como saúde e
mudança climática”, disse Obama em seu pedido a DJ.
O mais empolgante é que o big data tem efeito sobre profissionais de
todos os departamentos. Analistas do banco de investimento UBS usaram
vigilância por satélite de 100 estacionamentos do Walmart e recolheram
dados sobre o número de carros estacionados em cada um, todos os meses.
Do espaço, os analistas fazem previsões de demanda mais precisas sobre
os resultados trimestrais da empresa do que os métodos financeiros
tradicionais. Esse exemplo mostra que a tecnologia muda a vida dos gurus
de investimento e, obviamente, de muitos profissionais do Walmart,
inclusive, talvez, do pessoal responsável pelos estacionamentos.
Do outro lado do Atlântico, a British Airways usa os dados para criar
um serviço de fidelidade de clientes. Um aplicativo permite que a
tripulação chame cada passageiro pelo nome. Se aparece alguém que sofreu
com um voo atrasado, a tecnologia avisa e a tripulação oferece um
agrado no voo de volta. Uma ação que nasce nos laboratórios de
computação, mas passa por marketing e chega às aeromoças.
O big data é a realidade do trabalho e confirma a famosa frase do
estatístico americano William Edwards Deming (1900-1993): “Em Deus nós
confiamos. Os outros tragam dados”.
Nesta
postagem, Craig apresenta seu argumento moral em favor da existência de
Deus. Craig mostra que se existe moralidade objetiva (não dependente do
homem) então Deus é a única base para tal existência.
"Sem Deus, não é possível explicar a existência de valores e deveres morais objetivos" (William Lane Craig)
Por Luciana Otoni
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse nesta
segunda-feira que o contigenciamento de gastos do Orçamento deve ficar
entre 70 bilhões e 80 bilhões de reais e que o governo não descarta a
possibilidade de elevar impostos para cumprir a meta de superávit
primário deste ano.
"Estamos examinando. A gente não sabe qual vai ser o
resultado (das votações das medidas de ajuste fiscal) do Congresso.
Então, estamos aguardado as diferentes opções", disse Levy, respondendo a
questionamento de jornalistas sobre aumento de impostos após participar
de reunião com representantes do governo na vice-presidência da
República.
Perguntado sobre o tamanho do corte de gastos públicos
do Orçamento da União, será de 70 bilhões de reais ou mais próximo de 80
bilhões de reais, o titular da Fazenda disse que a cifra final não está
definida.
"Isso são especulações. Mas a ordem de grandeza vai estar nesta faixa", limitou-se a afirmar.
Segundo Levy, que o bloqueio de gasto público será o
necessário para o governo atingir a meta de superávit primário deste
ano, que é de 66,3 bilhões de reais, acrescentando que o anúncio do
contingenciamento será feito ainda esta semana, conforme o prazo
estipulado em lei.
Na semana passada, a Câmara dos Deputados aprovou uma
emenda à Medida Provisória 664 que permite a flexibilização do Fator
Previdenciário, mecanismo que limita o valor da aposentadoria de pessoas
mais novas, medida que pode gerar aumento de custos.
Após a aprovação da medida pela Câmara, Levy disse, em
mais de uma ocasião, que é preciso avaliar os impactos desta medida para
evitar a necessidade de novos impostos para cobrir os custos.
Mais cedo nesta segunda-feira, uma fonte do governo
disse à Reuters que a equipe econômica do governo avalia que será
preciso aumento de impostos para cumprir a meta de superávit primário e
que o Ministério da Fazenda acertou com a presidente Dilma Rousseff que
haverá aumento de PIS e Cofins.