sexta-feira, 28 de maio de 2021

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A revelação de Jesus Cristo em Gênesis 18: Deus em Carne e Osso

Era a hora mais quente do dia. Abraão, sentado à porta de sua tenda nos arredores dos carvalhos de Manre, avista três homens se aproximando. Um deles é reconhecido. Abraão corre, se curva e presta adoração. Era Deus.

Não, você não leu errado: era o próprio Deus aparecendo, aparentemente em forma humana, para um simples homem. Abraão não apenas o ouviu, mas desta vez também o viu e até lhe serviu comida (qualquer semelhança com o Deus encarnado que viria, andaria e comeria entre nós não é mera coincidência).

Você, entretanto, poderia pensar que estes três homens eram apenas anjos representando Deus, mas repare: a bíblia nos diz que Abraão, ao curvar-se, diz “Meu senhor, se mereço o seu favor, não passe pelo seu servo sem fazer uma parada”. Se eram três, então porque Abraão não disse “meus senhores”? E se os três eram anjos porque os outros dois não repreenderam a adoração indevida de Abraão ao terceiro anjo. A resposta é simples: porque um deles, e apenas um deles, era realmente Senhor.

Um dos argumentos do judaísmo contra a divindade de Cristo é a suposta impossibilidade de Deus encarnar em forma humana. Segundo o rabino Henry Sobel (ex-presidente do Rabinato da Congregação Israelita Paulista) “Na teoria judaica, [...] Deus não pode se materializar em nenhuma forma”. Após lermos Gênesis 18, o que me parece é que tal interpretação não condiz com a Palavra do Eterno. Se é impossível Deus Filho ter encarnado em forma humana, então não seria igualmente impossível Abraão ter recebido uma visita de Deus? Se não era Deus, com quem Abraão estava falando? Porque ele adorou outro que não era o Senhor? Aqui, milhares de anos antes de Jesus nascer, vemos Abraão interagir com Deus como quem interage com outro ser humano. Mais para frente, durante o diálogo entre eles, fica absolutamente claro que Abraão estava diante de Deus.
Deus, então, diz que na primavera seguinte Ele voltaria e eles já teriam um filho. Sara duvida, ri e quando questionada ainda mente. Mas vemos que, apesar da incredulidade e do pecado, Deus não volta atrás e mantém sua promessa, não por quem Abraão e Sara eram, mas por quem Ele é. A promessa de Deus não dependia da obediência e fé dos homens, mas aconteceria porque assim Deus quis que acontecesse.

Depois de comerem, os dois anjos seguem à caminho de Sodoma, porém o Senhor fica e lhe conta a respeito do pecado da cidade, que têm se agravado e multiplicado, e fala da destruição que viria à eles. Abraão, como quem não acreditava que a cidade fosse totalmente má, faz uma pergunta um tanto quanto curiosa: “Destruirás também o justo com o ímpio?” e continua: “Se porventura houver cinquenta justos na cidade, destruirás também, e não pouparás o lugar por causa dos cinquenta justos que estão dentro dela?”. A resposta de Deus é que se houvesse 50 justos na cidade, ele pouparia os ímpios por amor aos justos. Abraão insistentemente questiona caso houvesse 45, 40, 30, 20 e 10 justos.

A resposta de Deus permanece a mesma em todos os casos: por amor do justo, pouparia o ímpio.
Assim como em todo o resto do mundo, sabemos que o Senhor não pôde encontrar 10 justos naquela cidade. Ele não encontrou nem mesmo um. “Não há um justo, nem um sequer”. Por não haver justos na terra, é que o Verbo se fez carne e veio habitar entre nós. Ele pagou nossa dívida para com Deus. O injusto é salvo pelo justo. O mau, pelo bom. O indigno, pelo que é digno. E por causa dEle e por amor à Ele, que é Justo, fomos poupados.




*Clique aqui para conhecer a revelação de Jesus em outros capítulos da Bíblia


 

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