segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

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A revelação de Jesus Cristo em Gênesis 44: O Cálice de Prata

 

José faz um último teste com seus irmãos, e esse teste gira em torno de um cálice de prata. José havia sido vendido por prata, e aparentemente está recriando uma situação similar com Benjamin para ver se os irmãos farão o mesmo que fizeram com ele. Mais tarde, a Lei de Deus também exigiria valores de prata como símbolo de resgate ou de preço do pecado (Êxodo 30:15, Números 3:48-51; 18.16). Não é coincidência, que o próprio Jesus foi entregue por Judas em troca de moedas de prata.

Judá reconhece que não há justificativas. “Como nos justificaremos? Achou Deus a iniquidade de teus servos”, provavelmente ele entendeu que Deus estava punindo eles pelo que haviam feito com José. E com humildade, Judá se humilha diante daquele homem que segundo ele “é como o próprio Faraó”. Ao longo da história do povo hebreu, a tribo de Judá teria um papel fundamental na intercessão e reconciliação do povo com Deus, uma vez que o Templo de Jerusalém estava em Judá. Além da importância da tribo na linhagem messiânica, a sua liderança entre as tribos de Israel são prefiguradas na atitude de Judá. O discurso de Judá não poderia ser mais sábio e sensato. Judá, em respeito à justiça da sentença de José, e para mostrar a sua sinceridade em sua súplica, ele se oferece como servo no lugar de Benjamim. Assim a lei e a justiça seriam cumpridas. É natural se supor que Judá tivesse um corpo mais forte e robusto que o de Benjamim, mais adequado para o trabalho pesado. Portanto, se o governante usasse de misericórdia e aceitasse a troca, ele também não sairia perdendo porque estava sendo ofertado um que era superior ao “pecador”. Judá preferia sofrer na pele aquela condenação do que deixar seu irmão e seu pai sofrerem toda aquela situação.

O escritor da carta aos Hebreus ressalta que Cristo é o descende da tribo de Judá (Hebreus 7:14). De maneira similar a Judá, Cristo atuou como intercessor pelos pecadores, assumindo um compromisso firme para com eles, como revelado em Hebreus 7:22. Essa ação demonstra seu profundo engajamento não apenas com Deus Pai, mas também com a humanidade, seus irmãos. Impressiona a transformação de Judá, alguém que antes estava interessado somente em si mesmo e em ganhos pessoais (37:26-27; 38:1-30) e agora age como alguém pronto a se envolver, mesmo que com perda pessoal, pelo bem dos outros (vs. 33-34). Aquele velho Judá egoísta foi embora, dando lugar a uma nova pessoa que até lembra o Filho de Deus.

Portanto, quando você lê sobre Judá vendendo seu irmão, abrindo mão da sua família e das promessas, sendo injusto com sua nora… você está vendo o velho Judá. Quando você lê em Gênesis 44, e vê um homem corajoso, cheio de sabedoria, eloquência e um amor sacrificial profundo pelo pai e pela família...você está vendo um novo Judá, transformado a imagem de Cristo.

"Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim." (Gálatas 2:20) 

*Clique aqui para conhecer a revelação de Jesus em outros capítulos da Bíblia

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