segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Alimento fresco por mais tempo


Já pensou em quanta comida vai pro lixo por má conservação? Desenvolvido pela jovem designer indiana Kavita Shukla, o FreshPaper é uma simples folha de papel repleta de especiarias orgânicas, que inibem o crescimento de bactérias e fungos, aumentando de duas a quatro vezes o prazo de validade de frutas e legumes e vegetais.

Aos 17 anos, ela foi premiada com uma patente para o FreshPaper. Hoje, a embalagem está disponível nas lojas de todo o Estados Unidos, incluindo as gigantes Whole Foods e Wegmans, e é utilizada por agricultores e famílias em mais de 35 países.
 

10 mitos sobre como ganhar dinheiro na internet


É possível ganhar dinheiro na web de muitas formas, é verdade. Mas muita gente acaba iludida com algumas histórias e propagandas – pois é, não existe nada de “o Google me paga 500 a hora para trabalhar de casa” como já vimos por aí.

Para desmistificar o assunto, Edney Souza, curador da boo-box, professor e especialista em interwebz, cita 10 mitos sobre como se ganha dinheiro na internet – e os derruba!

1) Blog
“Pronto, criei um blog, vou ganhar dinheiro”. Não é bem assim: você não ganha dinheiro com o seu blog, você pode ganhar dinheiro com conteúdo – se ele for bom. Na última década, o blog era quase o único jeito de publicar seu conteúdo na internet, agora você pode fazer de diferentes formas: um blog, vlog, perfis no twitter, facebook e etc.

2) PPC
Pra quem não conhece, o PPC (Pay Por Click) é o pagamento por cliques em anúncios – como o Hot Words. “Antes de tudo, é preciso entender que as empresas não querem que você consuma publicidade, elas querem que você consuma produtos e serviços”, diz Edney.

3) Pirâmide
Se qualquer negócio disser que você pode ficar rico convidando amigo – FUJA! Se o produto ou serviço for bom seus amigos virão naturalmente. “Qualquer negócio que dê mais foco em trazer pessoas do que entregar soluções tem um cheiro ruim”.

4) Freelancer
Seja qual for a sua área, antes de ser um freelancer você precisa se organizar: ter um portfólio de trabalhos entregues para mostrar, boas referências e muita disciplina. “Além disso, você tem que cobrar preços competitivos com o mercado – portanto, faça uma pesquisa para ver qual seria esse número”.

5) E-commerce
Vender pela internet é uma boa ideia, mas você precisa de muito planejamento. Antes de tudo, você precisa ter um estoque – você não sabe quanto vai vender. “Lembre-se sempre de ter vantagens para as pessoas comprarem o produto na sua loja e não em outra - coisas como qualidade, preço e atendimento são essenciais”.

6) Escritor
Qualquer um pode escrever na internet, mas…Alguém além da sua mãe acha que você escreve bem? “É necessário ter uma auto-crítica para você não acabar se frustrando depois. Além disso, com qual frequência você escreve?”, diz Edney. É um hobby ou você é um profissional e já tem muito material publicado? Pergunte-se tudo isso antes de tentar algo!

7) Social Media
Tem gente que pensa que só por que sabe cuidar dos perfis pessoais na redes sociais vai conseguir lidar com empresas, o que é bem diferentes. “Empresa não precisa de audiência, empresa precisa de lucro”, diz Edney. A estratégia é ganhar visibilidade e engajamento, para que isso se converta em mais clientes e, consequentemente, o lucro \o/

8 ) Afiliados
“Ter parceiros ou afiliados para vender produtos também pode ser uma forma de ganhar dinheiro, mas você deve ter em mente quem é o seu público alvo e quais tipos de produto eles poderiam consumir”. Além disso, é importante saber qual é a margem de lucro e se há a possibilidade de vender aquele produto sem nenhuma parceria – você vendendo diretamente.

9) Banners
Antes de querer ter um banner em seu site, você deve saber: sua audiência é qualificada para que tipo de empresas? Dentro desse mercado específico, você tem um volume significativo? Só assim será possível saber se os banners cabem no seu negócio.

10) Precisa ser digital
“Existe o mito de que para ganhar dinheiro na web você precisa ser digital, e na verdade hoje pedreiros, diaristas, encanadores e outras profissões consideradas não digitais tem espaços para divulgação e contratação de serviços, como por exemplo no site Get Ninjas“, diz Edney.

Fonte: youpix

domingo, 27 de outubro de 2013

Prefeitura de São Caetano quer campus da UFABC

UFABC analisa expansão, com possibilidade de construção de novo campus. Foto: Robson de Almeida/PMSCS
 O prefeito de São Caetano Paulo Pinheiro (PMDB) se reuniu nesta quarta (23), no Palácio da Cerâmica, com integrantes do grupo de trabalho que conduz estudos iniciais para uma futura expansão da Universidade Federal do ABC (UFABC). A Administração declarou interesse em receber um campus da instituição de ensino que oferece cursos superiores gratuitos em diversas áreas e possui turmas em Santo André e São Bernardo. No início do ano, o chefe do Executivo de Mauá se movimentou no mesmo sentido.

"São Caetano tem muito interesse em abrigar um campus da UFABC. Nós temos uma boa estrutura na cidade e disposição para apoiar a possível chegada da universidade", afirmou Pinheiro. O vice-reitor da Universidade e coordenador do grupo de trabalho, Gustavo Martini Dalpian, explicou que a maior dificuldade para se instalar um campus em São Caetano é a questão da área - é preciso um grande espaço para receber a instituição.

"A UFABC precisa de estruturas robustas, pois nossa intenção é receber um grande número de alunos por ano. Nosso projeto tem o intuito transformador, por isso abrir poucas vagas por ano não teria sentido", destacou o vice-reitor. A UFABC reserva 50% de suas vagas para estudantes egressos de escolas públicas e utiliza como forma de seleção para todos os alunos as notas obtidas no ENEM.

O grupo de trabalho da UFABC vai produzir um relatório sobre a possibilidade da abertura de um novo campus da universidade até o fim deste ano. A equipe técnica, que visitará diversos locais em São Caetano para análise de viabilidade, é formada pelos professores doutores Gustavo Martini Dalpian; Harki Tanaka; Marcelo Augusto Christoffolete; Klaus Werner Capelle (Pró-Reitor de Pesquisa) e Alexandre Hiroaki Kihara. A Assessora Executiva da Vice-Reitoria, Camila Binhardi Natal, também participou da reunião desta quarta-feira, que contou ainda com a presença de representantes da Prefeitura e do Legislativo municipal.

Fonte: Repórter Diário

NOTA: Considerando a atual etapa da construção do campus de Santo André, do campus de São Bernardo do Campo e o inicio das obras no campus de Mauá, a reitoria tem vários motivos para não ir para São Caetano nesse momento. Contudo, existe uma pressão de alguns docentes para a criação de um campus em São Caetano, afinal para a maioria deles é  muito mais cômodo dar aulas em São Caetano do que em Mauá, por exemplo. Vale considerar também que o ABC atualmente é PT, com exceção de São Caetano. E fica muito mais interessante para a universidade do piso vermelho, atender ao pedido do prefeito petista de Mauá do que o pedido do prefeito peemedebista de São Caetano.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Campanha pede redução de impostos sobre remédios

Carga tributária sobre esses produtos no Brasil é de 34%; governo não tem planos de reduzir alíquotas.


Uma campanha lançada neste mês quer pressionar o governo a reduzir os impostos --e, consequentemente, o preço-- de medicamentos no Brasil.
Quem está por trás da iniciativa é a Abrafarma (associação de redes de farmácias e drogarias) e a Interfarma (associação que representa a indústria farmacêutica).
Segundo as entidades, o Brasil é um dos campeões de impostos sobre medicamentos, com uma carga tributária de 34%. A conta foi feita pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação.
O ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) abocanha a maior parte desse percentual. O tributo fica entre 17% e 19% do preço do remédio, dependendo do Estado. Em São Paulo ele é de 18%. Só no Paraná o imposto é mais baixo, de 12%.
Em países como Portugal, Suíça e Holanda, os medicamentos são tributados em, no máximo, 10%, afirmam as associações. A média em outros países é de 6,3%, mas no Reino Unido e Canadá não há impostos sobre remédios.
"Não faz sentido que remédio pague mais impostos que biquíni ou urso de pelúcia", diz Antônio Britto, presidente da Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa).
"A Constituição afirma que a tributação de um produto deve ser feita de acordo com sua essencialidade, mas acho que houve uma inversão das prioridades, já que automóvel tem imposto menor que medicamentos no país", diz Pedro Bernardo, diretor da área de acesso da Interfarma.
Cassio Zocolotti, diretor de consultoria tributária do grupo FBM, afirma que a redução de impostos estaduais e federais teria um impacto direto na diminuição do preço dos remédios para o consumidor final, já que, por força de lei, os valores desses produtos são determinados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos.
"Impostos menores significariam maior acesso da população aos remédios, menos hospitalizações e menor uso de dinheiro público na saúde", diz Britto.
De acordo com Zocolotti, que não está envolvido com a campanha, a redução de impostos poderia aumentar a arrecadação, já que, com remédios mais baratos, o consumo deve crescer.
Foi o que aconteceu no Paraná, que reduziu o ICMS para remédios em 2008: a arrecadação com medicamentos aumentou de R$ 50 milhões antes da mudança para cerca de R$ 170 milhões em 2010.
A campanha está coletando adesões por meio de abaixo-assinados disponíveis em cerca de 6.000 farmácias do país. A iniciativa já conseguiu mais de 2 milhões de assinaturas desde o dia 1º.
O próximo passo, segundo Britto, é entregar o resultado da campanha para senadores e deputados federais em novembro e pressioná-los a reduzir ou até eliminar os impostos de medicamentos.
Outro objetivo é colocar em pauta alguns dos mais de 20 projetos de lei que defendem a redução de impostos dos medicamentos.

OUTRO LADO
Procurado pela reportagem, o Ministério da Fazenda afirmou que não estão previstos novos cortes de impostos sobre produtos, mas não se manifestou sobre a diferença entre a carga tributária dos remédios e a de outros produtos. A Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo disse apenas que "por ora, é contra a redução".

Fonte: Folha

sábado, 19 de outubro de 2013

Jovem pede para ser preso para livrar-se das drogas

Jovem pede por ajuda em delegacia, diz polícia
(Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias)
“Me ajuda, me ajuda, eu não aguento mais. Eu quero ser preso”. Esse apelo foi feito por um jovem de 21 anos aos policiais da delegacia de Brumado, no sul da Bahia, na noite de sexta-feira (18). Segundo Jair Santos, funcionário do setor administrativo da unidade, o rapaz pediu para ser detido com a intenção se livrar do consumo de drogas.
"O rapaz chegou na delegacia e como o delegado estava ocupado, eu fui ver o que era. Aí ele me disse que estava querendo ser preso. Eu perguntei porquê e ele disse que era porque não tem pai, não tem mãe e que estava querendo sair das drogas. Ele estava bem alterado, meio perdido", relata Santos.
Segundo o funcionário, o jovem revelou que trabalhava na zona rural da cidade e gastava todo o dinheiro que ganhava comprando drogas. "Dava pra ver nas mãos dele que ele trabalhava na roça, que é trabalhador. Ele disse que trabalhava lá e vinha para a cidade gastar tudo com todo tipo de drogas".
Após saber do pedido do jovem, Santos entrou em contato com Manoel Gonçalves, que faz parte do grupo de Alcoólicos Anônimos (AA) da cidade. "Quando veio o pedido de ajuda, imediatamente eu compareci. Quando cheguei, o rapaz estrava chorando desesperadamente. Ele ficava dizendo: 'Me ajuda, me ajuda, não aguento mais'", descreve Gonçalves.

O membro do AA relata que em conversa com o rapaz, ficou sabendo que ele consumia drogas desde a infância. "Disse que desde criança usava drogas porque o pai usava, a mãe usava. A  mãe dele foi morta por causa de drogas. Ele trabalhava, falou que nunca roubou nada de ninguém, mas gastava tudo que tinha com pedras [de crack]", conta.
Diante da situação, o jovem foi convidado para fazer um tratamento em um centro de recuperação mantido pelos Alcoólicos Anônimos e pela igreja local. "Como nós temos um centro de recuperação mantido pela igreja, nós convidamos ele. Ontem [sexta-feira] mesmo ele veio para cá. Foi bem recebido, tomou um banho e agora vou sempre que puder acompanhar ele", promete Gonçalves.
Manoel Gonçalves diz que durante toda a vida teve contato com histórias tristes de usuários de drogas, mas nenhuma que se compare à situação do rapaz que pediu ajuda. "Alcoólatra a gente nunca deixa de ser. É uma doença. Eu precisei ser internado e agora estou há 30 anos contínuos de sobriedade. Já vi muita gente nessa situação. Mas uma pessoa chegar assim e pedir para ser preso, se afastar, foi a primeira vez. É uma atitude difícil e muito rara. Foi ele mesmo que tomou a iniciativa. Geralmente as pessoas negam o problema", afirma Gonçalves.
Jair Santos, da delegacia de Brumado, conta que nem chegou a registrar o caso na delegacia e procurou de imediato conseguir ajudar o rapaz. "Me sinto na obrigação de ajudar de alguma forma. Quando vejo alguma pessoa assim, procuro sempre resolver. Talvez ele tenha feito isso porque não tem pais e outras pessoas nessa situação têm a ajuda dos pais. É uma situação muito difícil, é uma doença", lamenta.
Fonte: G1

NOTA: Uma atitude que merece meu respeito. Feio não é pedir ajuda, feio é continuar no erro. Particularmente, acredito que todos devam ter uma segunda chance. Mas imagino que o poder público não partilhe dessa minha opinião. Aliás, onde está o poder público quando alguém precisa dele? O que nosso governo pode fazer por este jovem e por tantos outros? Absolutamente nada. No máximo vão encaminhá-lo para alguma igreja. Um absurdo não existir um programa nacional para tratamento gratuito e reinserção social dessas pessoas. Não existe sequer um plano de combate às drogas, sequer promovem campanhas significativas de prevenção. O que dirá de tratamento...
Mas, parabenizo a todas as igrejas e instituições cristãs, porque estas sim tem exercido a função que é obrigação do governo, e tem sido as únicas portas que se abrem para os usuários de drogas, tem sido os únicos lugares onde essas pessoas tem encontrado solidariedade e apoio.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Os pequeninos que dominaram o Mundo: Como são fabricados os Processadores

Ilustração 1: Imagem de um processador.

No mundo atual eles estão em todos os lugares, nos computadores, notebooks, tablets, celulares, videogames, e muitos eletrônicos. Todas as ações realizadas pelo seu computador, por exemplo, tem que necessariamente passar pelo processador (ou CPU: do inglês ‘Central Processing Unit’, que em português seria a ‘Unidade Central de Processamento’).

Neste artigo faremos uma breve explanação sobre o funcionamento e fabricação dos processadores. É claro que este é um tema de altíssima complexidade e cada um dos sub-temas e conceitos apresentados se desenrolam em estudos muitos profundos. Por isso, neste artigo apenas os conceitos e temas mais elementares serão abordados aqui.

A priori, para facilitar a compreensão sobre a necessidade dos processadores, podemos fazer uma analogia muito pertinente com o cérebro humano. Todas as ações feitas pelos membros do seu corpo, seja comer, jogar bola, segurar um objeto, ler um texto, não são realizadas “pela vontade própria dos membros do corpo”, mas na verdade os membros do corpo são comandados pelo seu cérebro. O cérebro esta constantemente enviando ordens para os membros do corpo. De maneira similar funciona os processadores, tanto que são chamados de cérebro do computador.

Ilustração 2: Imagem de um Processador
de quatro núcleos. Fonte: Intel
Se você já comprou um processador, provavelmente deve ter se espantado com o tamanho do processador por ser tão pequeno e mesmo assim vir numa caixa grande. Na verdade o que você viu (Ilustração 1), ainda não é o processador, é apenas uma “embalagem protetora”, o processador efetivo é ainda muito menor. Como demonstrado na ‘ilustração 2’:


Como pode ser claramente observado no exemplo da imagem ao lado: O pequeno chip do processador ainda é grande quando comparado com o processador em si. A parte lógica, isto é, onde ocorre o “comando” de todas as ações que ocorrem no computador acontece na área central, ou nas áreas centrais, dependendo do modelo do processador. Nesses núcleos de processamento, existem transistores.


Transistores

Desde os processadores mais antigos, os transistores já chegaram na casa dos milhares. Atualmente em um processador podem existir bilhões de transistores. Como exemplo tem-se os processadores Bulldozer da AMD, que possuem 1 bilhão de transistores). Outro exemplo, é o microprocessador Cell do Playstation 3 que conta com cerca de 234 milhões de transistores, com uma arquitetura de fabricação de 45 nanômetros, ou seja, a porta de controle de cada transistor tem o equivalente a 45 milionésimos de 1 milímetro. Os atuais transistores são tão pequenos que numa cabeça de alfinete pode ser ocupada por aproximadamente 30 milhões deles.

O formato desses transistores são diferentes dos demais, porque enquanto o transistor comum (Ilustração 3) tem formato quadrado e três “pernas”, os transistores construídos com nanotecnologia não possuem tais características, ficam muito mais parecidos com partículas. São invisíveis ao olho nu, mas se pudéssemos vê-los, teríamos uma imagem semelhante a exibida na ‘ilustração 4’.
Em termos gerais, funciona como um interruptor de energia, que se comporta no estado de binário (apresenta 1 se estiver ligado e apresenta estado 0 quando estiver desligado). Quanto mais rápido ele for nesta operação, alternando entre 0 e 1, mais rápido será o processamento de uma informação.

Ilustração 4: Representação gráfica
de como é o transistor de um processador.
Fonte: Intel

Os atuais modelos de processadores, chegam a cerca de 4GHz, isso equivale a uma capacidade de 4 bilhões de operações. Vale lembrar que para isso, as operações de processamento ocorrem em efeito cascata, isto é, uns transistores controlando outros transistores.
Contudo existe um compromisso com o consumo de energia e a temperatura dissipada, que são limitações técnicas do Silício. Em ambos, a causa é a necessidade de energia que tem o perfil de uma função exponencial crescente com o aumento da freqüência por causa do desperdício crescente de energia. Por essa razão não encontramos processadores com mais de 5GHz a venda no mercado. Esse problema pode ser diminuído com redução do tamanho dos transistores, assim possibilita-se que eles consigam operar em freqüências maiores e consumindo uma quantidade de energia aceitável.


Silício

A areia possui vários tipos de minerais em sua composição, e um deles é o Silício, que é o principal mineral usado na fabricação de eletrônicos.


Ilustração 5: O cilindro de silício;
Fonte: Intel

A principio, o Silício é derretido (a uma temperatura superior ao nível de fusão, cerca de 300º) e filtrado repetidas vezes, até chegar ao grau de pureza necessário para a fabricação dos processadores. O processo de fabricação necessita de um nível de pureza na ordem de 99,9999999% (Ou seja, para cada 1 bilhão de átomos, só 1 pode não ser de silício). Qualquer impureza a mais acarretará no produto final em um chip defeituoso. Este processo é caro e depende de tecnologia de ponta.

Neste momento são produzidos cilindros de Silício, com de 20 a 30 centímetros de diâmetro, e na seqüência são cortados em fatias extremamente finas, essas fatias de silício são chamadas de wafers. Os wafers (fatias) são polidos até que não haja qualquer imperfeição e a superfície fique completamente lisa. Em uma etapa posterior, como será mostrado mais adiante, cada wafer será dividido em vários “quadradinhos”, que posteriormente serão separados e formarão os processadores em si.


Ilustração 6: O cilindro de silício.
Os wafers estão entre os produtos mais caros produzidos pelo homem, devido a tecnologia envolvida em sua produção. Um wafer de 30 centímetros da Intel, por exemplo, custa pouco mais de 20 mil dólares.

A parte superior do wafer é oxidado, com a exposição a gases corrosivos (em especial o oxigênio), transformando-a em dióxido de silício. A fina camada de dióxido de silício será usada como base para a construção do transistor, para que os transistores sejam feitos no próprio processador.

Por cima do dióxido de silício, é criada uma camada de material fotossensível (que reage a luz), uma luz ultravioleta é lançada em  algumas áreas da superfície.


A camada fotossensível exposta a luz ultravioleta vira uma substância gelatinosa, e que assim é removida com facilidade. O wafer passar por mais um banho químico para a remoção do dióxido de silício não protegido pela camada fotossensível. No próximo passo, a camada fotossensível é removida.
O que restou será a base estrutural para criar os transistores. Algumas pessoas relacionam esses procedimentos com a revelação de fotografias, afinal os princípios são semelhantes.

De isolante a condutor
Ilustração 7:  Reticulado de silício,
átomos fazem quatro ligações ,
não deixando nenhum elétron
livre para conduzir a corrente elétrica.
Portanto o cristal de silício é um isolante,
ao invés de um condutor.

O silício (bem como o carbono e o germânio) possui 4 elétrons em sua órbita mais externa. Isso permite que ele forme bons cristais. Esses 4 elétrons formam ligações covalentes perfeitas com quatro átomos vizinhos, criando uma reticulado. Formando assim uma substância metálica prateada.

Os metais possuem uma tendência a serem bons condutores de eletricidade (por possuírem elétrons livres para conduzir a corrente elétrica). Mesmo tenfo aparência metálica, os cristais de silício não são metálicos. Todos os elétrons externos em um cristal de silício estão envolvidos em ligações covalentes perfeitas, de forma que não podem se mover entre os átomos. Um cristal de silício puro é praticamente um isolante, muito pouca eletricidade passa por ele. Contudo é possível alterar o comportamento do silício, mudando seu caráter de isolante, e transformando-o em um condutor através de um procedimento denominado dopagem. Na dopagem, os cristais do silício são misturados a pequenas quantidades de impurezas.
Portanto, agora que os wafers estão quase prontos, é alterada a condutividade do elemento através da dopagem.


Ilustração 8: Átomos dopados são lançados na estrutura do wafer..

Neste ponto os wafers são recortados em um formato de pastilhas. Cada unidade será um processador. Uma vez que os wafers são redondos, o material que sobra é descartado porque não pode virar um processador.

Conectando os Transistores
O cobre será o elemento que conectará os milhões ou bilhões de transistores.

“Embrulhando”
Por fim, os processadores são encapsulados. O encapsulamento varia de processador para processador, mas quase normalmente tem-se uma proteção de metal sobre o die (o centro, onde fica o processador em si) do processador. Essa tampa metálica, tem a função de proteger o processador e dissipar calor.

Por Lucas Camilio

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Abre edital do Ciência sem Fronteiras para bolsas de estudo em 11 países

O Programa Ciência sem Fronteiras abre, a partir de terça-feira, a seleção para estudantes que queiram concorrer a bolsas em cursos na modalidade graduação sanduíche em 11 países. As chamadas estão publicados na edição de hoje Diário Oficial da União. As inscrições vão até 29 de novembro e o edital completo de cada chamada será publicado no www.cienciasemfronteiras.gov.br.

Os países com oferta de vagas são Estados Unidos, Alemanha, França, Itália, Suécia, Noruega, Irlanda, China, Hungria, o Japão e a Áustria.
A graduação sanduíche tem duração de um ano e pode chegar a um ano e meio quando for estendida em função de estágio ou curso de idioma. No caso da graduação, o candidato precisa ter concluído no mínimo 20% e no máximo 90% do currículo previsto para o curso.

O Ciência Sem Fronteiras foi lançado em 2011 com a meta de conceder 101 mil bolsas até 2014. Pode concorrer às bolsas de graduação quem fez o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e teve nota igual ou superior a 600 pontos. É necessário ainda ter domínio da língua inglesa e bom desempenho acadêmico.

A bolsa cobre despesas do estudante no exterior como alojamento, alimentação e gastos com material didático e o governo custeia também as passagens aéreas.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

UFABC abre concurso de professor para estrangeiros ministrarem disciplinas em inglês

Mais uma inovação da UFABC. Desde julho deste ano, candidatos estrangeiros podem prestar o concurso para docentes da Universidade Federal do ABC em língua inglesa. A iniciativa foi aprovada pelo ConsUni (Conselho Universitário) e visa aumentar a internacionalização da universidade, além de buscar profissionais altamente qualificados no exterior.

O Concurso para docentes conta com as seguintes fases: inscrição (sujeita à homologação), prova escrita (de caráter eliminatório e classificatório), prova de análise de currículo (de caráter classificatório), prova de defesa de projeto de pesquisa (de caráter eliminatório e classificatório) e prova de didática (de caráter eliminatório e classificatório).

Bolsas de estudo na Alemanha em Artes, Arquitetura, Design, Música e Cinema

DAAD oferece QUATRO Bolsas para estudar na ALEMANHA.
Os links citados no texto estão listados abaixo:

• 1) Especialização em Música
A bolsa para especialização em Música tem como objetivo aperfeiçoar jovens já formados que desejam realizar uma especialização artística na Alemanha. A bolsa tem duração de 12 meses. Leia o edital completo para mais informações. Inscrições abertas até 15 de outubro.
http://bit.ly/DAAD_Musica

• 2) Especialização em Artes Plásticas, Design e Cinema
Bolsas de aperfeiçoamento para jovens formados em Artes Plásticas, Design ou Cinema e que desejam fazer especialização no exterior. O programa tem duração de 12 meses e conta com uma bolsa-auxílio de 750 euros. Para mais informações, acesse o edital completo. Inscrições abertas até 28 de outubro.
http://bit.ly/DAAD_Artes

• 3) Especialização em Arquitetura
Você é formado em Arquitetura e Urbanismo? Imagine só fazer a sua especialização na Alemanha. São bolsas de aperfeiçoamento com duração de 12 meses para estudar fora do país. Inscrições abertas até 8 de outubro. Clique para conferir o edital completo.
http://bit.ly/DAAD_Arquitetura

• 4) Especialização em Artes Cênicas (Teatro, Direção, Dança e Coreografia)
Com as inscrições abertas até 28 de outubro, o DAAD oferece bolsas de aperfeiçoamento para jovens formados em Artes Cênicas que desejam realizar uma especialização na Alemanha. A bolsa tem duração de 12 meses e os candidatos devem apresentar conhecimentos avançados de alemão. Acesse o edital completo para mais informações.
http://bit.ly/DAAD_ArtesCenicas

Fonte: Universia.

Evolução: Insustentável sem Deus

O documentário a seguir chama-se "Evolution vs God". O titulo talvez seja inapropriado, porque nem todo evolucionista é necessariamente ateu. O próprio Charles Darwin, ao contrário do que muitos se esforçam para negar, sempre foi um cristão. Por isso dei um outro titulo a este post, "Evolução: Insustentável sem Deus". O argumento evolutivo precisaria de Deus para se manter diante de tamanhas improbabilidades.

Ambev inicia obras da Escola Técnica Walter Belian II

A Fundação Zerrenner, uma das controladoras acionistas da Companhia Ambev iniciou no mês de setembro a construção de uma escola de Ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante em Sete Lagoas, onde a Companhia opera uma das maiores fábricas da América Latina. As obras deverão ser concluídas em outubro de 2014, com investimento de mais de R$100 milhões.
 Com previsão para atender inicialmente 300 alunos, podendo chegar a 1.500, a escola será construída em um terreno com aproximadamente 36 mil m², no Bairro São Francisco de Assis, adquirido pela Fundação Zerrenner com recursos próprios. Criada em 1936 pelos fundadores da Companhia Antarctica Paulista, a Fundação Antonio e Helena Zerrenner presta assistência médica, hospitalar e educacional a empregados e dependentes da Ambev no Brasil, atendendo, atualmente, a cerca de 80 mil pessoas.

Em Sete Lagoas, a escola funcionará gratuitamente tanto para filhos de funcionários da Ambev quanto para candidatos da comunidade local. Toda prática educacional seguirá os moldes da Fundação Zerrenner e será norteada por teorias de inspiradores educacionais como Piaget, Vygotsky, Wallon e Paulo Freire. Os cursos profissionalizantes serão ministrados em parceria com o SENAI-MG com enfoque nas disciplinas de Automação Industrial, Eletroeletrônica Industrial e Química. A Fundação Zerrenner investirá nos equipamentos necessários a esses cursos, que serão cedidos em comodato ao SENAI-MG, juntamente com o imóvel.

Para o gerente da fábrica da Ambev, Fábio Godoi, esta iniciativa é uma forma de incentivar o desenvolvimento social da comunidade, onde há atuação da Companhia, que tem na sua gente o seu maior ativo. “Fomos recebidos com muita hospitalidade em Sete Lagoas e, atualmente, cerca de 90% do nosso quadro de funcionários é da região. Poder viabilizar a construção de uma escola como esta na cidade é um prazer enorme para nós da Ambev e da Fundação. Além disso, esta iniciativa em prol da comunidade faz parte do nosso sonho de ser a melhor empresa de bebidas do mundo em um mundo melhor”, afirma Godoi.
A escola em Sete Lagoas será a segunda do país mantida pela Fundação Zerrenner. A primeira, a Escola Técnica Walter Belian, foi criada em 1943 em São Paulo (SP) e tem o seu ensino como referência nacional. Durante todos os anos de participação no ENEM seus alunos obtiveram média acima das nacionais. A Escola Técnica Walter Belian mantém uma parceria com o SENAI-SP, que utiliza seu know-how para ministrar cursos técnicos nas áreas de análises químicas, artes gráficas e eletrônica.

Fonte: Jornal Sete Dias

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Projeto da Horta Comunitária no Novo Pinheirinho

No dia 28 de setembro, o Memória dos Paladares (um projeto da Pró-Reitoria de Extensão da UFABC),  realizou a segunda visita na Horta Comunitária, localizada na Ocupação do Novo Pinheirinho (Santo André). Estava conosco a bióloga responsável pela Horta, prof. Júlia Furgeri, o sr. Horst Dietrich, Rodrigo Vecchi (discente em biologia) e eu.

Como já havia mencionado no post anterior, os moradores tem sido muito solícitos e mostram empolgação quanto ao projeto da horta. Razão pela qual, todos tem se motivado a fazer o projeto acontecer de maneira mais efetiva.


Coffe Juice-Break
Um dos moradores preparou um delicioso suco de laranja para nós, estava geladinho. E ainda nos ofereceu alguns biscoitos.

Desafios
Alguns dos problemas enfrentados é que o solo do local é muito pobre e o clima muito seco. Outra coisa que prejudicou o plantio foram as fortes chuvas no decorrer da semana, que derrubaram parte da encosta íngreme sobre a horta.

Consta em nosso planejamento fazer uma plantação na encosta também.
Apesar dos pesares, ficamos mais alegres quando encontramos uma minhoca na horta. Isso mostra que a situação do solo começou a mudar.
Mesmo sendo bem recente, já é possível observar o germinar das plantas.

Kowloon: A maior favela vertical da História

Imagine um bairro com mais de trezentos edifícios, todos construídos sem um único arquiteto, com uns 15 andares na média, colados uns nos outros, entupidos de micro apartamentos, com a maior densidade populacional do planeta, onde reinava o crime e a clandestinidade, com péssimas condições de vida.
Isto existiu em Kowloon, bairro de Hong Kong, na China.

Cidade murada de Kowloon, como era conhecida, foi uma área densamente povoada e sem governo. Originalmente uma fortaleza militar chinesa, depois, em 1898 os territórios foram arrendados para o Reino Unido. Sua população aumentou drasticamente após a ocupação de Hong Kong pelo Império do Japão durante a Segunda Guerra Mundial. Chegou a ter algo em torno de 2 milhões de pessoas por quilômetro quadrado, simplesmente impensável. Nos seus últimos tempos possuía 406 mil habitantes que se amontoavam dentro de seu território de 0,3 km². De 1950 até a década de 1970, foi controlada por organizações criminosas chinesas, e tinha altos índices de prostituição, jogos de azar e uso de drogas.
Os prédios que estavam ficando tortos eram amarrados com cabos de aço em seus vizinhos.


Os terraços eram para os poderosos, chamados Íons. Eles podiam desfrutar do pulmão que é um terraço. Mesmo sendo um ar com cheiro de querosene, ainda é melhor que os apartamentos pequenos e sem janelas abaixo dele.

Após a Segunda Guerra Mundial, Kowloon tornou-se extremamente congestionada quando favelas de refugiados da recém-criada República Popular da China deu lugar a conjuntos habitacionais públicos, misturado com residenciais privados, áreas comerciais e industriais.
O desenvolvimento em grande escala de Kowloon começou no início do século XX, com a construção da Kowloon-Canton Railway e da Wharf Kowloon, mas devido a proximidade do Aeroporto Internacional Kai Tak, a construção do edifício foi limitada.
O Aeroporto Internacional Kai Tak serviu Hong Kong de 1925 a 1998 com uma única pista de 3.390 m de extensão (cabeceiras 13/31), um fator limitante para o principal aeroporto de um dos mais importantes polos comerciais do Extremo Oriente, sendo depois substituído pelo Aeroporto Internacional de Chep Lak Kok. Kai Tak foi um dos aeroportos mais famosos do mundo, e muito da sua fama devia-se ao fato de ter uma das pistas mais perigosas da aviação comercial. Possuía aproximação para o pouso fora do comum, devido a região montanhosa, era muito difícil alinhar a aeronave na pista, especialmente para os enormes aviões de carga que frequentavam a pista.
Por ser muito próximo ao aeroporto, algumas construções de Kowloon foram limitadas.


Em janeiro de 1987, o governo de Hong Kong anunciou planos para demolir a cidade. Depois de um árduo processo de despejo, a demolição começou em março de 1993 e foi concluída em abril de 1994. O Parque da cidade murada de Kowloon foi inaugurado em dezembro de 1995 e ocupa a área da antiga cidade murada. Alguns artefatos históricos do local, incluindo construções yamen e restos de seu portão sul, foram preservados. Foi considerada a maior favela vertical da história.

Todas as imagens aqui apresentadas ( exceto da pista do aeroporto, e da ilustração ), foram feitas pelo fotógrafo canadense Greg Girard, em colaboração com seu colega  Ian Lamboth, que passaram cinco anos de imersão  na cidade, fotografando, conhecendo e investigando o lugar.

Girard passou a maior parte de sua carreira na Ásia. Seu trabalho analisa as transformações físicas e sociais que ocorrem em toda a região.

Ele é representado por Monte Clark Gallery (Vancouver / Toronto) e também trabalha em missão para publicações como a revista National Geographic.

Abaixo estão algumas fotos do brilhante trabalho de Girard:
Cidadela Proibida veio a baixo, dando lugar para o Kowloon Park:



segunda-feira, 7 de outubro de 2013

UFABC mal colocada no Ranking Universitário Folha

A edição 2013 do Ranking Universitário Folha (RUF) coloca a UFABC em 61º lugar entre as 192 Universidades brasileiras, com nota 54,05 em 100. O ranking é baseado em cinco quesitos: Ensino, valendo 32 pontos; Pesquisa, valendo 40 pontos; Mercado, 18 pontos; Inovação, 4 pontos; e Internacionalização, 6 pontos. No quesito Ensino, a UFRGS ficou em primeiro lugar, estando em quarto lugar no cômputo geral. Nos quesitos Pesquisa, Mercado e Inovação, os primeiros lugares couberam à USP, que também ocupa o primeiro lugar no cômputo geral. Finalmente, no quesito Internacionalização, o primeiro lugar coube à UFABC, que é 61ª no cômputo geral.

A UFABC ficou em 79º lugar no quesito Ensino, 21º em Pesquisa, 155º em Inserção no Mercado, 85º em Inovação, e 1º em Internacionalização. Das três Universidades que ficaram em primeiro lugar em algum quesito, a UFABC é a única que se saiu mal em outros quesitos de maior peso, resultando em colocação pouco favorável no cômputo geral. Assim sendo, parece-nos importante focar os quesitos que derrubaram o conceito geral da UFABC, seja para discutir estratégias de correção de rumos se for o caso, seja para questionar a avaliação em si mesma quando cabível.

Nossa posição pouco favorável no quesito Ensino surpreende porque contrasta fortemente com a excelente avaliação obtida pela UFABC no Índice Geral de Cursos (IGC): de todas as IES brasileiras que fizeram o último ENADE, a UFABC é uma das 27 que obtiveram a nota máxima! A discrepância, porém, se explica pelo pouco valor atribuído pelo RUF à avaliação do governo federal: apenas 2 pontos em 32. Outros dois componentes da nota de Ensino com pequeno valor no cômputo geral, nos quais também devemos estar bem, são: o percentual de professores com dedicação integral (4 pontos), onde alcançamos os 100%; e o percentual de professores com doutorado (igualmente 4 pontos dos 32 do quesito), onde também alcançamos os 100%. Conclui-se que nosso mau desempenho em Ensino tem origem no único outro componente, que vale os 22 pontos remanescentes: é a pesquisa do Datafolha com uma amostra de 464 professores universitários cadastrados pelo Inep-MEC que fazem avaliações dos cursos de graduação. Trata-se do único componente subjetivo, baseado numa pesquisa de opinião. Assim sendo, lamentamos que seu peso chegue a quase 70% do peso total do quesito Ensino.

No item Mercado, que vale 18 pontos em 100, a nota se baseia exclusivamente numa pesquisa Datafolha com uma amostra de 1.681 responsáveis pela área de RH das empresas. Aqui, a UFABC é muito prejudicada pela sua pequena presença no mercado de trabalho, decorrente de sua pouca idade (7 anos desde a primeira aula). Mais razoável seria excluir desse item Universidades que ainda não tenham formado dez mil alunos, por exemplo, para que os profissionais de RH adquirissem pelo menos alguma familiaridade com o perfil dos seus formandos, ou, melhor ainda, para que a inserção dos ex-alunos no mercado fosse medida com dados objetivos em volume significativo.

Em resumo, os itens em que a UFABC se saiu bem (Internacionalização e Pesquisa) são aqueles cuja avaliação se baseou em dados objetivos. Nos quesitos Ensino e Mercado, nossa colocação foi muito prejudicada por pesquisas de opinião, indicando que ainda não construímos uma reputação comparável à de instituições tradicionais. Ao basear a avaliação de alguns quesitos em medidas de reputação, porém, o ranking se limita a corroborar as reputações já formadas, gerando um círculo que corre o risco de ser vicioso.

Esta discussão sugere dois encaminhamentos:

a) ao RUF, reduzir o valor relativo de pesquisas de opinião, evitando que elas sejam o fator dominante na avaliação de um quesito;

b) à UFABC, acelerar e intensificar a construção da reputação e imagem. Para este fim, a colaboração da grande imprensa poderia ser de grande serventia.

Por Helio Waldman (Reitor)
Fonte: UFABC.edu.br


NOTA: Muita gente achou estranho a posição da UFABC no Ranking da Folha. Mas o que eu achei curioso, foi a universidade ser avaliada por cursos que ela não possui.
Dos 7 cursos avaliados da UFABC, 3 simplismente não existem na mesma. Ok, Engenharia de Produção eu até perdoo, porque tem uma grade similar a da Engenharia de Gestão. Com mais esforço eu poderia até perdoar por Engenharia Elétrica, enquadrando como Engenharia de Informação. Mas Administração de Empresas? Essa ai foi uma "viagem federal".
Como se avalia coisas que não existem? Foi bem quântica essa avaliação.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Artigo fictício é aceito para publicação em mais de 150 revistas científicas

Imagine só o seguinte experimento: Você escreve um trabalho científico falso, baseado em dados falsos, obtidos de experimentos sem validade científica, assinado com nomes falsos de pesquisadores que não existem, associados a universidades que também não existem, e envia esse trabalho para centenas de revistas científicas do tipo “open access” (que disponibilizam seu conteúdo gratuitamente na internet) para publicação. O que você acha que aconteceria?
Pois bem, um biólogo-jornalista norte-americano chamado John Bohannon fez exatamente isso e os resultados, publicados hoje pela revista Science, são aterradores (para aqueles que se preocupam com a credibilidade da ciência): ele escreveu um trabalho falso sobre as propriedades anticancerígenas de uma molécula supostamente extraída de um líquen e enviou esse trabalho para 304 revistas científicas de acesso aberto ao redor do mundo. Não só o trabalho era totalmente fabricado e obviamente incorreto, mas o nome do autor principal (Ocorrafoo Cobange) e da sua instituição (Wassee Institute of Medicine) eram fictícios. Apesar disso (pasmem!),  mais da metade das revistas procuradas (157) aceitou o trabalho para publicação. Um escândalo.
O que isso quer dizer? Quer dizer que tem muita revista “científica” por aí que não é “científica” coisíssima nenhuma. E que o fato de um estudo ter sido publicado não significa que ele esteja correto (pior, não significa nem mesmo que ele seja verdadeiro para começo de conversa). A ciência, assim como qualquer outra atividade humana, infelizmente não está isenta de falcatruas.
E o que isso não quer dizer? Não quer dizer que o sistema de open access seja intrinsecamente falho ou inválido. Certamente há revistas de acesso livre de ótima qualidade, como as do grupo PLoS, assim como há revistas pagas de baixa qualidade que publicam qualquer porcaria. Nenhum sistema é perfeito. Até mesmo a Science publica umas lorotas de vez em quando, assim como a Nature e outras revistas de alto impacto, que empregam os critérios mais rígidos de seleção e revisão. Além disso, o fato de uma revista ser gratuita não significa que ela não tenha revisão por pares (peer review) e outros filtros de qualidade. Assim, o que deve ser questionado não é a forma de disponibilizar a informação, mas a forma como ela é selecionada e apurada — em outras palavras, a qualidade e a confiabilidade da informação, não o seu preço.
O relato de Bohannon acaba de ser publicado no site da Science, dentro de um pacote de artigos intitulado Comunicação na Ciência: Pressões e Predadores.
Nessa mesma temática, a revista Nature publicou recentemente também uma reportagem sobre o escândalo envolvendo quatro revistas científicas brasileiras que foram flagradas praticando citações cruzadas — ou “empilhamento de citações”, em inglês –, esquema pelo qual uma revista cita a outra propositadamente diversas vezes, como forma de aumentar seu fator de impacto (e, consequentemente, o prestígio dos pesquisadores que nelas publicam). As revistas são ClinicsRevista da Associação Médica BrasileiraJornal Brasileiro de Pneumologia Acta Ortopédica Brasileira.
O esquema foi descoberto pela empresa Thomson Reuters, maior referência internacional na produção de estatísticas de publicação e citações científicas. Como punição, as quatro revistas tiveram seu fator de impacto suspenso por um ano. A reportagem pode ser lida neste link: http://www.nature.com/news/brazilian-citation-scheme-outed-1.13604

Fonte: Estadão

NOTA: Essa matéria nos faz pensar na seriedade da atividade exercida pelo jornalista científico. Uma noticia falsa pode ter muitas consequências negativas.
A ciência atende a vários interesses, começando pelo interesse mercadológico da mídia. E a lógica da mídia é publicar, e publicar muito conteúdo, deixando muitas vezes a qualidade e veracidade desse conteúdo em segundo plano.
Contudo, a lógica do mercado, quase que impõe isso ao jornal/revista, que para ser competitivo impõe isso ao jornalista. Todos sabemos que é impossível que um jornalista, durante a revisão do artigo, reproduzir os experimentos (por falta de tempo, falta de equipamento, e por muitas vezes falta de conhecimento na área). Então, longe de mim a missão de dizer quem são os certos e errados, mas que sirva de reflexão, para ao menos olharmos a divulgação científica de forma menos ingênua.

Caçambas de Arte em Caçambas de Lixo

As caçambas integram o cenário das grandes cidades, São Paulo nem se fala...
Por ser tão comuns, nos acostumamos com elas, e quase sempre passam despercebidas aos olhos.
Oliver Bishop-Young quis brincar com a ideia e fazer algo diferente com um objeto que associamos ao lixo.
O projeto de Young, Skip Conversions, tem como objetivo chamar a atenção das pessoas para o desperdício e a possibilidade de reaproveitar os materiais
.
“As caçambas são arquivos fascinantes da nossa sociedade consumista. Elas capturam o momento no qual o desejo vira repulsa, quando objetos privados se tornam públicos” (Oliver Bishop-Young)

 Veja as fotos: