segunda-feira, 22 de março de 2021

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A revelação de Jesus Cristo em Gênesis 14: O Nosso Melquizedeque

Na primeira guerra mencionada na Bíblia, Ló é levado prisioneiro por 5 reis que invadem Sodoma. A notícia chega até Abraão, e ele reúne 318 homens da sua casa para perseguir os reis. Mesmo em menor número, Abraão alcança e derrota esses reis, libertando Ló, sua família e o povo. E assim, ele demonstra confiança de que a benção do Senhor estava sobre ele. No retorno da guerra, duas figuras se encontram com Abraão. A primeira delas é o rei de Sodoma (talvez o único rei sobrevivente da invasão). Abraão demonstra não querer vínculo com o rei de Sodoma, e para que ele não dissesse “eu que enriqueci Abraão”, Abraão devolveu os despojos da guerra que eram originalmente dele. A preocupação de Abraão era com a Glória de Deus. Os méritos teriam que ser de Deus, não dos homens. Esse texto mostra claramente que Abraão tinha a chance de conquistar a terra de Canaã militarmente, ele derrotou sozinho 5 reis que devastaram os reis da terra, mas ele não faz isso. Mais uma evidência de que Abraão buscava uma pátria celestial e não uma terrena, e que suas conquistas seriam dadas por Deus e não pela sua espada.

A segunda figura que vem se encontrar com Abraão é muito mais interessante: Melquisedeque. Melquisedeque era rei de Salém, que no tempo dos jebuseus se chamaria Jebus, e por fim Jerusalém. Melquisedeque significa "rei de justiça"; e "rei de Salém" quer dizer "rei de paz". Você conhece um rei e sacerdote na Bíblia, conhecido por esses adjetivos? E ainda por cima, ele trás para Abraão pão e vinho, só os dois maiores símbolos que ao longo da história representaram Jesus. Nada se diz sobre sua origem ou fim, Melquisedeque simplesmente aparece na história, sem pai, sem mãe, sem genealogia, nesse sentido ele tem um sacerdócio sem começo e fim, o que nos aponta para o sacerdócio eterno de Jesus (Lembre-se que a genealogia era importantíssima para legitimar o sacerdócio levítico). Repare também que não é Abraão que abençoa Melquisedeque, mas Melquisedeque que abençoa Abraão. Portanto, Melquisedeque é maior e superior a Abraão. Abraão reconhece aquela figura de autoridade, e dá o dízimo de tudo para Melquisedeque. O Autor da Carta aos Hebreus, mostrando a superioridade do sacerdócio de Jesus, argumenta que se Abraão (que é maior que eles) reconheceu essa superioridade da ordem de Melquisedeque, os filhos de Israel também deveriam reconhecer. O próprio Rei Davi diz que o Messias seria ordenado sacerdote segundo a ordem de Melquizedeque: “O Senhor disse ao meu Senhor: "Senta-te à minha direita até que eu faça dos teus inimigos um estrado para os teus pés". [...] O Senhor jurou e não se arrependerá: "Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque". (Salmos 110:1-4) Até mesmo os rabinos da antiguidade entendiam esse texto como se referindo ao Messias. Davi era o rei de Israel, e como rei não chamaria de “meu Senhor” ninguém senão Deus. E Davi chama o Messias de “meu Senhor”. O Midrash (tradição rabínica, Livro Um, 18, 29) afirma que nesse texto do Salmo 110 o Messias é citado e conduzido para se assentar à mão direita de Deus. O Midrash Rabbah, Genesis LXXXV:9, afirma que a pessoa mencionada no verso 2 refere-se ao Rei Messias. O Midrash Yelamdeinu diz que o Messias vai usar o poder para conquistar as nações do mundo. Este salmo também é aplicado ao Messias pelo rabino Yalkut Shimoni afirmando que o Messias será colocado à mão direita de Deus. O rav. Ovadia ben Yaacov Sforno afirma que este salmo é dedicado ao Rei Messias e que ele é o único à mão direita de Deus. E no Salmo 72:17, vemos que ao Messias foi concedido estar nesta posição desde antes da fundação do mundo. Por isso o Messias judeu não poderia ser da tribo de Levi, porque seu sacerdócio não seria apenas para Israel, mas para o mundo. O sacerdócio levítico representava apenas Israel diante de Deus. Quando o sumo sacerdote da ordem levítica entrava no Santo dos Santos, no dia do Yom Kippur, ele expiava os pecados apenas de Israel. O Messias judeu viria naturalmente de Israel, mas para que nele fossem abençoadas todas as familia da terra, o messias de Israel não poderia estar debaixo da ordem levitica. Por isso Jesus, vem da casa de Davi (a tribo de Judá), assim Ele cumpre a ordem de Abraão, na autoridade da ordem de Melquisedeque (uma ordem mundial, mais ampla). Jesus incorpora em si mesmo a missão de Abraão e Israel, e a cumpre plenamente. Por isso Jesus é a Glória de Israel, pois ele é o judeu que cumpriu a missão de seu povo. Glória para Israel e a luz para todas as nações da terra. Jesus Cristo, o nosso Melquisedeque, o nosso Rei e sacerdote, é digno da nossa homenagem, não apenas dos nossos dízimos ou de um dia na semana, mas de nossas vidas completas. O Rei da Nova Jerusalém, nos receberá em seu reino eterno com pão e vinho nas bodas do Cordeiro. Seu sacerdócio é universal e eterno. Este não é um mediador distante e genérico, mas um mediador que conhece cada uma das suas dores e fraquezas, um mediador que nos conhece pessoalmente. Não um mediador limitado, mas um mediador para todos e acessível em todos os momentos (inclusive agora mesmo, inclusive por você). Não é um mediador que também precisa de perdão, mas um mediador poderoso que tem credibilidade máxima diante de Deus: “É de um sumo sacerdote como este que precisávamos: santo, irrepreensível, sem nunca ter sido manchado pelo pecado, separado dos pecadores; e foi-lhe dado o lugar de maior honra no céu. Ele não precisa, como os outros sacerdotes, de oferecer sacrifícios diários, primeiro pelos seus próprios pecados e depois pelos do povo, como os outros sumo sacerdotes. Mas Jesus sacrificou-se pelos pecados do povo, uma vez por todas, quando se ofereceu a si mesmo em sacrifício na cruz. Os supremos sacerdotes instituídos pelo antigo sistema da lei eram homens imperfeitos, mas aquele que Deus mais tarde nomeou com um juramento solene é o seu Filho, perfeito para sempre.” (Hebreus 7:26-28)


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sábado, 20 de março de 2021

11:01 - No comments

A revelação de Jesus Cristo em Gênesis 13: O Peregrino


Abraão sai do Egito para a terra prometida, o mesmo percurso que centenas de anos mais tarde que Israel faria. A caminhada de Abraão prefigurava Israel, que por sua vez prefigurava o novo Israel, isto é, a igreja de Cristo. Saindo da terra do Egito, um lugar que simbolizaria a escravidão e o sofrimento (e que também não simbolizou coisas boas nem mesmo para Abraão e Sara), marcharam rumo à terra prometida. Assim como aconteceria com seus descendentes, Abraão recebe muitos presentes dos egípcios na sua saída. Essa caminhada pelo deserto é a mesma caminhada que cada crente faz em sua vida pessoal, libertos da escravidão e de todo julgo opressor, abandonamos a antiga vida e passando pelas águas do batismo, onde somos sepultados na morte de Cristo (representado pelo mar vermelho), caminhamos nessa vida rumo ao nosso lar definitivo nos céus, a terra que Deus nos prometeu. Similarmente aos 3 casos, onde encontramos esse interessante paralelismo (Abraão, Israel e a igreja), há uma quarta história com aspectos semelhantes, que foi a infância do próprio Jesus. Similarmente aos outros casos, Jesus (que ainda era bebê) foi levado para o Egito a fim de preservar sua vida, com a morte dos que queriam matá-lo, ele retorna para Israel (Mateus 2:13-23). Durante essa jornada alguns ficam pelo caminho e seguem outro rumo. Foi o caso de Ló. Quando Ló e Abraão se separam, fica claro que Ló é guiado pelo que os olhos veem, enquanto Abraão é guiado pela fé. Deus aparece para Abraão e diz “De onde você está, olhe para o Norte, para o Sul, para o Leste e para o Oeste: Toda a terra que você está vendo darei a você e à sua descendência para sempre.” (Gênesis 13:14,15). Eu já dei um spoiler, e os mais espertos já perceberam que existem algo a mais nessa promessa: No sermão de Estêvão, ele argumenta sobre Abraão que: “Deus não lhe deu nenhuma herança aqui, nem mesmo o espaço de um pé” (Atos 7:5). E de fato, a única terra que Abraão obteve como sua propriedade foi o túmulo que ele comprou, onde foi enterrado com Sara (Gênesis 23:16). Mas a promessa não dizia que essa terra prometida seria dada para Abraão (repare que não diz que Abraão conquistaria ou compraria, mas que Deus lhe daria)? Será que a promessa falhou? Deus promete também dar essa terra “ à sua descendência para sempre”. Poderíamos até dizer que Deus realmente cumpriu plenamente sua promessa dando a terra para a descendência de Abraão (Josué 21:43-45/ 1Reis 4:21/ Neemias 9:8), mas não foi “para sempre”. Cerca de 600 anos antes de Cristo, com a invasão da Assíria, as 10 tribos do Norte foram expulsas e nunca mais voltaram, anos mais tarde Judá e Benjamim também são expulsas. Da pequena parcela que retornou para Judá e Benjamim, são expulsos novamente da terra no ano de 70 dC pelos romanos, e eles ficam quase 2 mil anos longe da terra, retornando apenas em 1946, num território certamente muito menor do que era originalmente. Existem aqui duas possibilidades de interpretação do texto: Podemos seguir a linha tradicionalmente judaica de que essas profecias são literais e se referem aos filhos de Jacó, e portanto eles são os donos da terra. Mas o problema aqui é que assumir essa interpretação é inevitavelmente, frente aos fatos, admitir que a profecia falhou, e a palavra de Deus falhou. Falhou com Abraão (que nunca tomou posse literal da terra), e nunca se manteve de modo duradouro com os filhos de Jacó. O que nos leva pra única interpretação possível, que é: em Jesus a profecia foi plenamente cumprida. E isto foi parte da argumentação de Estevão quando este pregava Jesus aos judeus antes de ser apedrejado por eles. A descendência de Abraão é Cristo, e aqueles que foram filiados a Cristo são filhos de Abraão. Essa descendência se espalhou e dominou toda a terra. Onde quer que Abraão tenha visto e percorrido, há um cristão lá. E poeticamente podemos repetir que estes se tornaram “incontáveis como a areia da terra e como as estrelas no céu”. No livro do apocalipse, João recebe uma visão sobre os salvos por Jesus e descreve como uma multidão incontável. Abraão vai peregrinando até Betel, mas Deus não o deixa se estabelecer lá, mas o manda peregrinar por toda a terra. “Vá e percorra a terra em todas as direções, porque eu a dou a você” (Gênesis 13:17). Deus chamou Abraão para ser um peregrino na terra. Portanto a Canaã, nada mais era do que um símbolo da verdadeira “terra prometida”. Diferente de Ló, que escolheu a cidade mais rica apesar do pecado e das abominações daquele lugar, Abraão foi para o outro lado em busca da cidade onde a vontade de Deus é feita, a cidade celestial. Do mesmo modo, cada cristão caminha neste mundo como o pai Abraão caminhou, peregrino, sabendo que um dia Deus nos dará este mundo quando estabelecer aqui seu reino para sempre. Abraão peregrinou em Canaã, porque não era este o destino final: “Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber como herança; e partiu sem saber para onde ia. Pela fé, peregrinou na terra da promessa como em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa. Porque Abraão aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e construtor. Pela fé, também, a própria Sara, apesar de não poder ter filhos e já ser idosa, recebeu poder para ser mãe, pois considerou fiel aquele que lhe havia feito a promessa. Por isso, também de um só homem, praticamente morto, saiu uma posteridade tão numerosa como as estrelas do céu e inumerável como a areia que está na praia do mar. Todos estes morreram na fé. Não obtiveram as promessas, mas viram-nas de longe e se alegraram com elas, confessando que eram estrangeiros e peregrinos na terra. Porque os que falam desse modo manifestam estar procurando uma pátria. E, se, na verdade, se lembrassem daquela de onde saíram, teriam oportunidade de voltar. Mas, agora, desejam uma pátria superior, isto é, celestial” (Hebreus 11:8-16)


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sábado, 13 de março de 2021

15:39 - No comments

A revelação de Jesus Cristo em Gênesis 12: A bênção de Abraão


“Mas somos filhos de Abraão!”, sempre argumentaram os religiosos (Mateus 3:9/João 8:33). Ser descendente de Abraão parece justificar uma certa “benção” e até preferência de Deus em relação a outros povos e pessoas. Mas se justificamos a benção de Deus por meio do pai Abraão, como que Abraão se justifica? Rsrs...Quero dizer...se somos abençoados por sermos filhos de Abraão... E Abraão, ele é filho de quem?
Talvez o capítulo 12 de Gênesis seja um tanto chocante para algumas pessoas religiosas. Encontramos um Abraão bem humano, bem comum e falho. Vemos que a corrupção da raça humana é generalizada, até mesmo a linhagem de Sem e Heber (da qual viria o Messias) chegando até ‘Terá’ ou ‘Terakh’, um idólatra, se corrompeu. No livro de Josué, mostra que Abraão vivia nesse contexto de idolatria até ser resgatado por Deus:


“Então Josué disse a todo o povo: Assim diz o Senhor Deus de Israel: Além do rio habitaram antigamente vossos pais, Terá, pai de Abraão e pai de Naor; e serviram a outros deuses. Eu, porém, tomei a vosso pai Abraão dalém do rio e o fiz andar por toda a terra de Canaã” (Josué 24:2,3)


Deixe-me contextualizar: No capítulo 24 de Josué, Deus está mostrando que Israel não poderia se gabar de nenhum dos seus feitos, nenhum deles poderia se gabar de nada diante de Deus, porque desde seus antepassados toda sorte de bençãos foi devido à uma adoção gratuita de Deus, para que eles não pudessem se gabar de qualquer excelência ou mérito peculiar (“Não foi a espada e o arco que lhes deram a vitória” Josué 24:12). Usar como argumento que os pais de Israel serviram a outros deuses, é o mesmo que dizer que Abraão e Nahor não eram menos idólatras que o resto da humanidade, e portanto os vaidosos não poderiam se vangloriar de seus ancestrais dignos e merecedores das bênçãos de Deus, era fruto da graça de Deus, e não por seu próprio mérito ou justiça.


Deus chama um homem idólatra e manda ele para uma terra desconhecida. No caminho para essa terra prometida, Abraão para fugir da fome desce para a terra do Egito. Sua esposa chamava muita atenção por ser muito bonita, e para não ser morto Abraão mente:


“Quando estava chegando ao Egito, disse a Sarai, sua mulher: "Bem sei que você é bonita. Quando os egípcios a virem, dirão: ‘Esta é a mulher dele’. E me matarão, mas deixarão você viva. Diga que é minha irmã, para que me tratem bem por amor a você e minha vida seja poupada por sua causa".” (Gênesis 12:11-13) 


Embora não fosse exatamente uma mentira porque eles eram meio-irmãos ou mais provavelmente sobrinha de Abraão (e nesse caso irmã seria uma forma da época de chamar sobrinha). De qualquer modo, Abraão errou ao faltar com a verdade sem falar seu real relacionamento com Sara, e por não confiar na proteção de Deus, expôs Sara a uma situação terrível quando ela foi levada ao palácio do Faraó. Mais uma vez a Graça de Deus intervém, apesar do erro de Abraão que pensou mais em sua própria vida do que em sua esposa. Abraão então sai do Egito e segue para Canaã, a terra prometida.


"Abrão creu no SENHOR, e isso lhe foi creditado como justiça." (Gênesis 15:6)

O texto deixa claro, que não foram os méritos de Abraão, nem sua obediência, nem nada do que ele fez que chamou a atenção de Deus. Ele creu na palavra de Deus, e foi considerado justo por isso. Já leu isso em algum lugar?


“Sendo, pois, declarados justos pela fé, temos paz com Deus, devido ao que nosso Senhor Jesus Cristo fez por nós” (Romanos 5:1)


 Deus chamou Abraão para sair de sua pátria e vagar como peregrino numa terra estranha. Deus fez a Abrãao algumas promessas, dentre elas:


 "E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção.E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra".(Gênesis 12:2-3)


Uma destas promessas que Deus fez a Abraão é que um dos seus descendentes abençoaria todas as nações do mundo; Jesus Cristo. Pois Deus estava separando o seu povo por graça, no meio de uma era idólatra e pecaminosa, preservando a linhagem até Cristo, a nossa salvação. 

Abrãao foi abençoado por Deus, sendo um instrumento usado pelo próprio Senhor para que a benção fosse muito além dele mesmo. “Para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo, e para que pela fé nós recebamos a promessa do Espírito” (Gálatas 3:14). 

   Sendo assim as promessas nos alcançam, conforme a escritura diz: “Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua descendência. Não diz: E às descendências, como falando de muitas, mas como de uma só: E à tua descendência, que é Cristo. Mas digo isto: Que tendo sido a aliança anteriormente confirmada por Deus em Cristo, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não a invalida, de forma a abolir a promessa.

Porque, se a herança provém da lei, já não provém da promessa; mas Deus pela promessa a deu gratuitamente a Abraão [....] E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa”. (Gálatas 3)

 E mesmo milhares de anos depois da promessa ter sido feita a Abrãao, se você pertence a Cristo, também é filho de Abrãao e herdeiro da Promessa de Deus, pela fé em Cristo Jesus.