terça-feira, 28 de dezembro de 2021

13:03 - No comments

A revelação de Jesus Cristo em Gênesis 27: #SomosTodosVilões

Uma história estranha, uma história feia, uma história humana. Uma narrativa que se passa no interior da família da promessa, aquela que traria o Messias ao mundo, a dos grandes patriarcas, a que Deus escolheu dentre todas as famílias da terra, a linhagem santa. Mas quando você olha o capítulo 27, você percebe uma família problemática, pecaminosa, dividida, cheia intrigas e muito pecado. Uma história sem heróis, apenas vilões. Em meio a tantas tramoias e maquinações humanas, o silêncio de Deus neste capítulo é ensurdecedor. Não seria essa a sua história também? Isaque, o patriarca que deveria liderar espiritualmente sua família parece cego não apenas fisicamente, mas também espiritualmente. Isaque mesmo sabendo que Deus havia escolhido Jacó para dar sequência na linhagem do Messias (Gênesis 25:23), quis mudar a verdade de Deus e chamou Esaú para abençoá-lo, ignorando assim a vontade do Senhor e agindo segundo a tradição humana (de abençoar o filho mais velho) e segundo suas próprias preferências. Além disso, Isaque comercializou a benção de Deus em benefício próprio, barganhando a bênção que ele recebeu de graça e incondicionalmente. Rebeca, embora quisesse que a benção fosse dada para Jacó, agiu por meio de engano e mentira para favorecer seu filho favorito. Rebeca ouve atrás das portas e faz fofoca. Ela trama contra o próprio marido para favorecer o filho predileto. Um casamento dividido. Para ela, os fins justificam os meios. Jacó, quando toma conhecimento do plano fica com medo das consequências. Sua preocupação não era em fazer o que era certo, era o medo de ser pego. Jacó era astuto e mentiroso, aproveitando o momento de fome do irmão para tentar tirar vantagem em cima dele, ainda usou o nome santo de Deus para enganar seu pai (Gênesis 27:20). Esaú, era um homem profano, mostrava total desprezo pelas coisas de Deus, ao ponto de trocar a benção do Senhor por um prato de comida (Gênesis 25:34). Esaú quer ser abençoado por Deus, mas não faz questão de Deus. Casou-se com mulheres idólatras e ainda planejou assassinar seu irmão. O desfecho da história demonstra que Deus, aparentemente em silêncio, estava também lidando com o pecado de todos os personagens da história ao mesmo tempo. Isaque aprendeu que quem manda é Deus, pois sem querer acabou fazendo a vontade do Senhor. Rebeca jamais veria seu filho favorito novamente, e amargou a dura consequência dos seus atos. Jacó teria de enfrentar a vida sem pai, sem mãe, sem irmão, indo para a casa de Labão onde sofreria na própria pele a dor de ser enganado. Esaú, que queria as bênçãos de Deus desprezando a Deus, recebeu na verdade uma maldição do seu pai (que queria abençoá-lo). O silêncio de Deus nos mostra que os personagens são totalmente responsáveis pelo que fazem, não são marionetes de Deus. E na verdade tudo isso mostra que Deus é tão poderoso, que não precisa da obediência dos homens para cumprir sua palavra. A Bíblia está colocando várias histórias diante de nós, algumas tristes, algumas alegres, algumas santas, outras profanas, algumas demonstrando coragem, outras covardia, umas histórias bonitas, outras bem estranhas e feias… mas um fio dourado está passando e amarrando todas essas histórias. Este fio dourado é a história da redenção que vai sendo costurada e desenvolvida até seu ápice em Jesus Cristo. Lendo Gênesis 27, qualquer pessoa se perguntaria “Como seriam executados os planos de Deus por meio dessa família tão cheia de egoísmo, tanta intriga e mentira?”. O agir de Deus e o crescimento do Seu reino nunca foi por meio de nós, mas apesar de nós. A história da redenção continuava e continua inalterada e progredindo, mesmo diante do fracasso absoluto dos homens daquele e do nosso tempo. O fracasso de todos, incluindo dos crentes, aponta para a necessidade de um herói nessa história com tantos vilões, e certamente o herói não era Isaque, muito menos Jacó, muito menos ainda eu, você, seu pastor, Israel ou a igreja. Essa na verdade é uma história de herói diferente, na Bíblia o herói morre para salvar os vilões. A vinda de Jesus Cristo não poderia ser impedida pela oposição, fracasso ou falta de fé dos homens. Ele é capaz de fazer a Sua vontade prevalecer apesar de tudo. O beijo de Judas, os testemunhos falsos do sinédrio para condenar Jesus, dentre tantos outros exemplos…acabaram por cumprir os planos de Deus mesmo quando a intenção pecaminosa dos indivíduos era atrapalhar. Deus esbanja pleno controle de todas as circunstâncias e de todas as variáveis. Deus é soberano.

sábado, 18 de dezembro de 2021

terça-feira, 14 de dezembro de 2021

09:59 - No comments

A revelação de Jesus Cristo em Gênesis 26: A História Recontada

O capítulo 26 parece uma repetição do capítulo 20, Isaque passa por uma situação muito similar à de seu pai Abraão. A intenção deste texto é simples: demonstrar que Isaque é o legítimo herdeiro da promessa de Abraão, “um pequeno Abraão”. O texto mostra que da mesma forma como Deus havia abençoado Abraão, agora Ele estava fazendo o mesmo com Isaque. Deus tinha falado para Abraão que no seu descendente seriam benditas todas as nações da Terra, e agora Deus reafirma a mesma promessa para Isaque:

"... E em tua semente serão benditas todas as nações da terra, porquanto Abraão obedeceu à minha voz e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis" (Gênesis 26:4-5).

Fica evidente que o Messias seria da linhagem de Isaque. Um descendente de Isaque, mas não o próprio Isaque, que cumpriria tal promessa. Na genealogia de Jesus percebemos que Cristo é descendente de Isaque (Lucas 3:23-34). Naquele tempo as pessoas mudavam-se para o Egito para se proteger de tempos de crise. Porém, Deus ordena que Isaque não descesse para o Egito, mas habitasse na terra que Ele mostraria. A palavra hebraica para “habita” indica um forasteiro ou um residente extrangeiro na terra. Assim como Deus chamou Abraão para ser um peregrino (Gênesis 13), agora ele chama Isaque para peregrinar na terra prometida:

“Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber como herança; e partiu sem saber para onde ia. Pela fé, peregrinou na terra da promessa como em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa. [...] confessando que eram estrangeiros e peregrinos na terra. Porque os que falam desse modo manifestam estar procurando uma pátria. [...] uma pátria superior, isto é, celestial” (Hebreus 11:8-16)

Vale lembrar que se retirarmos a interpretação do Novo Testamento sobre a terra prometida (a pátria celestial), e considerarmos como uma promessa literal (entendimento judaico), seremos obrigados admitir que a profecia de Deus (Gênesis 17:8) falhou para Abraão, Isaque e sua descendência, pois eles foram peregrinos na terra (leia meu comentário sobre Gênesis 23). Ou a Palavra do Deus Eterno falhou ou precisamos admitir que o Novo Testamento está certo. O mesmo Isaque que demonstrou fé em Deus, semelhante ao seu pai Abraão, e confiante não foi para o Egito, também, semelhante ao seu pai, pecou na sequência ao mentir sobre seu relacionamento com sua esposa, por medo de ser morto e não confiando na proteção de Deus. A história está sendo recontada, e será recontada outras vezes. Esta é a história de cada um dos "heróis da fé”, uma história de pessoas comuns com altos e baixos. Homens que tem qualidades tão únicas que simbolicamente apontam para Cristo, e defeitos tão comuns que nos lembram que são apenas símbolos e nada além disso. Assim como Abraão, o texto mostra que Deus abençoou e prosperou grandemente Isaque. A prosperidade de Isaque, porém, gerou muita inveja dos moradores daquele lugar. Eles enterraram os poços do patriarca, e Isaque demonstrou um caráter dócil e pacificador. Mesmo podendo esmagar seu inimigos, Isaque expressou uma qualidade muito preciosa da semente messiânica. O papel pacifico, a atitude submissa, a predisposição para sofrer silenciosamente, em vez de tomar vingança, são algumas das características deste que não é apenas um “pequeno tipo de Abraão”, mas também um “pequeno tipo de Cristo”.

“Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca.” (Isaías 53:7)

O capítulo termina mostrando o contraste desta linhagem santa na qual trará o Messias ao mundo, com a linhagem do profano Esaú que desprezou a aliança do Senhor, e como consequência se casou com cananeias, desligando-se assim definitivamente da família da promessa. Que possamos ter o mesmo espírito conciliador e pacificador de Isaque, não resistindo aos maus, amando nossos inimigos, dando a outra face, fugindo sempre que possível de conflitos, e assim refletir um pouco da beleza do caráter de Jesus Cristo.

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A revelação de Jesus Cristo em Gênesis 25: The Chosen


 Abraão representava aqueles que nasceram de novo (Romanos 4:17,18), pois sexualmente já estava “amortecido”, e Deus para cumprir sua promessa revigorou Abraão e assim nasceu Isaque. Interessante observar que este “novo nascimento” não retrocedeu mais, pois Abraão no fim da vida teve filhos com Quetura.

O início do capítulo também demonstra a exclusividade da promessa. Ao repartir a herança, deu alguns presentes aos demais filhos, mas deixou absolutamente tudo para Isaque, por ser o filho da promessa, da linhagem que traria o Messias. Semelhantemente a Cristo, a quem o Deus Pai "constituiu herdeiro de tudo" (Hebreus 1:2). Abraão mandou os outros filhos para a terra oriental, pois ele sabia que Deus abençoaria eles, e enviando-os para longe evitaria futuras disputas com a descendência de Isaque sobre direitos à Terra Prometida.

Assim como Abraão, até aqui Deus veio separando uma linhagem das demais. Do capítulo 1 de gênesis até aqui, a Bíblia narra a história de uma genealogia escolhida por Deus e que vai terminar no cumprimento da promessa de um descendente de Eva que resolveria o problema do pecado e esmagaria a serpente, e que também seria descendente de Isaque e nele seriam benditas todas as famílias da terra. Mas ao longo da história, estamos vendo que a descendência da mulher (ou descendência do Messias) estão em constante guerra com a descendência da serpente.

“Farei que haja inimizade entre você e a mulher, e entre a sua descendência e o descendente dela. Ele lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar”. (Gênesis 3:15)

 Rebeca concebe mesmo sendo estéril. Este é outro sinal muito constante nas mulheres da linhagem do Messias, e aponta para o próprio nascimento milagroso de Jesus.

Rebeca está grávida de gêmeos, e percebe algo estranho… os bebês lutavam dentro dela. Mesmo sendo gêmeos, a descendência de Eva e a descendência da serpente estavam em guerra dentro do ventre.

Este texto reforça que não se trata de questão de DNA, por ser filho de Abraão ou Isaque, também não depende da nossa vontade ou de qualquer coisa que façamos, a promessa depende exclusivamente da vontade de Deus. Tanto Jacó como Esaú tinham problemas de caráter e personalidade, ambos eram pecadores e mereciam a punição de Deus. Mas a misericórdia de Deus não depende da nossa bondade, da nossa caridade ou boas obras, depende unicamente da fidelidade de Deus com sua promessa. Pode parecer ruim, mas na verdade é exatamente por isso que podemos confiar, se dependesse de mérito humano estaríamos arruinados, mas a promessa certamente vai se cumprir porque está firmada em um alicerce inabalável; Deus.

Eu sei. Pra mim foi bem chocante também... recomendo um chá de camomila ou erva-doce (pra acalmar rsrs) acompanhado de uma boa leitura do livro de Romanos para pensar melhor sobre o assunto: Mas sim, Deus escolheu Jacó ao invés de Esaú quando eles ainda eram bebês e não haviam feito nada de bom ou ruim.

Vou te dar uma mãozinha:

“não são os filhos naturais que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa é que são considerados descendência de Abraão. [...] Todavia, antes que os gêmeos nascessem ou fizessem qualquer coisa boa ou má — a fim de que o propósito de Deus conforme a eleição permanecesse, não por obras, mas por aquele que chama — foi dito a ela: "O mais velho servirá ao mais novo". Como está escrito: "Amei Jacó, mas rejeitei Esaú". E então, que diremos? Acaso Deus é injusto? De maneira nenhuma! Pois ele diz a Moisés: "Terei misericórdia de quem eu quiser ter misericórdia e terei compaixão de quem eu quiser ter compaixão". Portanto, isso não depende do desejo ou do esforço humano, mas da misericórdia de Deus. [...] Portanto, Deus tem misericórdia de quem ele quer, e endurece a quem ele quer. Mas algum de vocês me dirá: "Então, por que Deus ainda nos culpa? Pois, quem resiste à sua vontade? " Mas quem é você, ó homem, para questionar a Deus? "Acaso aquilo que é formado pode dizer ao que o formou: ‘Por que me fizeste assim? ’ " O oleiro não tem direito de fazer do mesmo barro um vaso para fins nobres e outro para uso desonroso? E se Deus, querendo mostrar a sua ira e tornar conhecido o seu poder, suportou com grande paciência os vasos de sua ira, preparados para destruição?” (Romanos 9:8-27)

Simplificando o argumento de Paulo no capítulo 9, é mais ou menos assim:

1 - Deus é seu dono, e Ele tem direito de fazer o que Ele quiser com quem Ele quiser.
2- Deus estaria sendo injusto se Ele te der algo que você não merece, mas como todos pecaram e merecem o inferno, ele seria plenamente justo ao mandar a humanidade inteira pro inferno.
3- Mas se Deus escolhe usar de misericórdia com algumas pessoas, assim como Jacó, e pelo sacrifício substitutivo de Jesus ele decide perdoar essas pessoas, Ele não cometeu nenhuma injustiça com aquelas que mereciam o inferno em dar simplesmente o que eles mereciam, na verdade ele ainda foi tolerante em suportá-los.

Para uns Deus dá Graça, para outros dá a Justiça, mas para ninguém Ele dá injustiça.

Se você algum dia ouviu a mensagem do Evangelho, se arrependeu dos seus pecados e creu em Jesus Cristo, isso não aconteceu porque você é melhor, mais inteligente ou sortudo que os outros, nem mesmo porque Deus viu algo em você. Agradeça a Deus por te escolher apesar de quem você é. Foram pelos méritos de Jesus, pelo sacrifício substitutivo que gerou “créditos” suficientes para Deus perdoar a dívida de quem Ele quiser perdoar. Se você recebeu a Jesus, foi porque o Espírito Santo trabalhou em seu coração e te conduziu para isso.

Aos não-crentes meu conselho é: Tema a Deus, pois salvá-lo ou condená-lo no fim das contas é uma decisão Dele. Arrependa-se dos seus pecados, e clame, implore a Jesus para perdoar seus pecados e te salvar. Quem sabe Ele te atende. Talvez Deus escolha usar de misericórdia com você, pode ser que ainda haja esperança pra você. Por isso oramos pela conversão de incrédulos, pois sabemos que Deus pode te incluir na linhagem santa por meio de Jesus.

Eram dois pecadores que mereciam o inferno.

Deus deixou Esaú seguir seu próprio caminho, e a consequência de não ter sido salvo, foi que no fim do capítulo Esaú troca a promessa por um simples prato de comida.

Deus escolheu Jacó, que forçado pelas circunstâncias precisou seguir outro rumo, e em Betel conheceu a pedra que tinha uma escada para Deus (Gênesis 28:16,17), e ao longo da vida seguiu sendo transformado pelo Espírito Santo.

A conclusão é que você e o inferno continuam casados, a menos que Jesus anuncie o divórcio.


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quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

07:29 - No comments

A revelação de Jesus Cristo em Gênesis 24: Casamento à Distância


O Pai prepara uma noiva para o filho. Seria o famoso casamento arranjado? Na verdade, é mais do que isso. Esse texto da Bíblia pode soar estranho para algumas pessoas do nosso tempo, pois Isaque no primeiro encontro com Rebeca já levou ela para dentro e a “tomou por esposa”. Não, eles não cometeram prostituição. E sim, mesmo sem se conhecerem, eles já estavam casados. Vale lembrar que este é um texto narrativo/descritivo, e a Bíblia está descrevendo e ensinando verdades eternas a partir de uma história com elementos culturais temporários, mas não há nenhum indício de que Deus concorda ou discorda do casamento arranjado. Nada foi dito a respeito, pois o texto trata de um tema muito mais relevante. Com Sara morta, surge então um novo casal que dará sequência à linhagem do Messias. A união de Isaque e Rebeca é a sequência narrativa da promessa feita a Abraão. Abraão, já muito velho, enviou seu mensageiro para buscar em Ur dos Caldeus, uma esposa para seu filho. A longa viagem foi conduzida pela providência de Deus. E Deus indicou, por meio de um sinal no poço, qual a moça que Ele havia escolhido para compor a família da aliança. Eliézer, o enviado de Abraão, como um representante legal de Isaque, apresentou o pedido de casamento e os termos do contrato (ele levaria Rebeca para Canaã), diante do aceite da moça e dos seus representante legais, ele pagou o preço do dote e o texto diz que eles comem e bebem. Dentro dos costumes e legalidade da época, Isaque e Rebeca já estavam casados. Mesmo nos nossos dias, vez ou outra ficamos sabendo de casos de noivos que (geralmente por questão de saúde e distância) não puderam estar no próprio casamento e alguém (com uma carta de procuração) assina o contrato no lugar de um dos noivos. O que isso tem haver com Jesus? Absolutamente tudo! Além do fato imediato de Rebeca estar sendo convidada para compor a linhagem do Messias, há também um paralelo entre o casamento de Rebeca e Isaque e o relacionamento de Cristo e sua igreja. De modo paralelo ao pai de Isaque, Deus-Pai envia o seu mensageiro, o Espírito Santo, para buscar a noiva do Seu Filho e tirá-la da terra da idolatria (representada por Ur dos Caldeus), e trazê-la numa longa viagem para a Terra Prometida (Canaã), onde a igreja (a noiva de Cristo) se encontrará com Jesus. Pai e Filho são vivos, tudo que o Pai tem pertence ao Filho (Gênesis 24:36) Eliéser, tipifica o Espírito Santo, pois ele não falou de si mesmo (Gn 24.34-38; Jo 16.13,14), mas ocupou-se em conquistar uma noiva para Isaque. E é por meio deste mensageiro que a noiva foi adornada de presentes (Gn 24.53; 1 Co 12.7-11; Gl 5.22,23). Similarmente, a Igreja de Jesus está sendo adornada dia a dia pelos ricos presentes e dons do Espírito Santo (Sl 45.13; Ap 19.7-9; Is 61.10; Tt 2.10; Ap 21.2). Por fim, este mensageiro leva a noiva ao encontro do noivo (Gn 24.58-60; 1 Ts 4.14-17; 1 Pe 1.8). Assim como a igreja, Rebeca é convencida pelo mensageiro, e decide ir ao encontro do seu noivo, crê que aquele mensageiro veio da parte de Deus, deixa toda sua vida para trás e de bom grado o acompanha na longa jornada. Semelhantemente, mesmo sem tê-lo visto, já estamos unidos a Cristo, já estamos “casados” com Ele, intimamente ligados pela presença marcante do Espírito Santo. Cristo está com sua igreja por meio do Espírito Santo. Na ceia do Senhor, comemos e bebemos do vinho. O dote pelo nosso resgate foi pago na cruz do calvário, ele nos comprou com seu sangue para unir nossa história com a história Dele. Somos dele. Ele é nosso. O Espírito Santo testifica aos escolhidos que Jesus é a Verdade. O Espírito nos convence do pecado, da justiça e do juízo de Deus, da necessidade de redenção, e de ter um compromisso eterno com Jesus Cristo. Assim como Rebeca, não sabemos o caminho para o nosso futuro lar, mas o Espírito Santo te guiará nesta jornada (Gálatas 5:16), te alimentará, te manterá seguro e fortalecido desde o dia da sua conversão até o dia em que você finalmente se encontrar com o amado de sua alma. O Espírito Santo é a nossa garantia da vida eterna:

“E vocês igualmente, depois de terem ouvido a mensagem da verdade, as boas novas da vossa salvação, e tendo crido em Cristo, foram selados com o Espírito Santo, já prometido anteriormente, como garantia dessa filiação em Deus. E a presença desse Espírito em nós é a prova de que Deus nos dará tudo quanto nos promete, e significa que ele nos comprou, como uma aquisição muito sua, para proclamarmos a glória de Deus” (Efésios 1:13)


sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

19:15 - No comments

A revelação de Jesus Cristo em Gênesis 23: Um lugar para cair morto

A primeira vez que li esse texto me perguntei “Porque esse texto está na Bíblia?". O texto narra uma negociação de compra de um terreno para Abraão enterrar a falecida Sara. Por que isso é relevante?

Abraão aparece humilde diante dos hititas e deseja que lhe vendam um terreno para que seja o túmulo de Sara. A história se passa em Hebrom, e o texto faz questão de nos lembrar que Hebrom fica em em Canaã. Ou seja, Abraão está comprando um pequeno pedaço de terra no lugar onde Deus prometeu dar para ele, Sara e para sua descendência: A posse da terra prometida aparece relacionada ao momento da morte.


Deus havia prometido “Dar-te-ei e à tua descendência a terra das tuas peregrinações, toda a terra de Canaã, em possessão perpétua, e serei o seu Deus.” (Gênesis 17:8).

Um texto paralelo é encontrado em Apocalipse, onde os salvos por Cristo tomam posse da herança eterna, a terra prometida, a Canaã celestial:

“E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus.” (Apocalipse 21:3)

Mais de 60 anos depois da promessa, Abraão ainda não tinha uma terra sua. Literalmente, Abraão ainda "não tinha nem onde cair morto”. Ninguém poderia dizer que a profecia se cumpriu na vida de Abraão e de Sara, pelo menos não nessa vida. E por isso a posse da terra era meramente simbólica e apareceu ligada a um momento de morte.

Num primeiro momento pode-se pensar que Efrom e os hititas estavam sendo extremamente generosos com Abraão, mas um olhar mais atento sugere que era uma mera negociação. É possível que Efrom de maneira muito educada, sabendo que Abraão era um homem muito rico, viu a chance de tirar-lhe muito dinheiro. Ele inclui junto da venda da caverna o campo próximo a ela, e quando perguntado sobre o valor da caverna, ele citou, supostamente como curiosidade, o montante de 400 siclos de prata. Não temos como comparar o valor daquela prata no dinhei­ro de hoje, mas comparando com os 17 siclos de prata que Jeremias pagou pela herdade em Anatote (Jr 32.9), o preço parece muito alto.
Abraão pagou e adquiriu legalmente o campo com a caverna de Macpela e sepultou nela Sara.


Mesmo diante da morte, Abraão continuava crendo que Deus era poderoso para cumprir a promessa de que ele, Sara e seus descendentes possuiriam aquela terra. A morte não teria a palavra final, o Dono da vida os ressuscitaria dos mortos. E a compra deste terreno, foi uma forma de Abraão ancorar sua descendência na Terra Prometida.

A compra do terreno foi pública, Abraão fez questão que houvesse muitas testemunhas (Gênesis 23:18). Semelhantemente Jesus pagou o preço pela nossa redenção na cruz, publicamente diante de muitas testemunhas.


Abraão pagou um preço altíssimo por um pedacinho da terra. Na cruz, Cristo pagou um alto preço em troca de gente não muito valiosa.


Abraão é reconhecido pelos hititas como Príncipe de Deus, mas se coloca de modo muito humilde diante dos hititas. Semelhantemente, mesmo sendo Filho de Deus, Cristo se colocou na posição mais baixa e humilde na sociedade.


Abraão pede um pedacinho que fica na extremidade da terra de Efrom, mas para o Cristo que descende de Abraão Deus disse: “pede-me, e eu te darei as nações por herança e as extremidades da terra por tua possessão” (Salmos 2:8)


A compra do capítulo 23 foi simbólica, pois a terra que Deus prometeu para Abraão e a sua descendência é muito cara, e com nenhum recurso humano se pode comprar.


“Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça” (2 Pedro 3:13)



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domingo, 4 de julho de 2021

19:14 - No comments

A revelação de Jesus Cristo em Gênesis 22: A Entrega do Filho

 Não é sobre a história de Abraão, nem sobre Isaque… Repare:

“Então disse Deus: “Tome seu filho, seu único filho, Isaque, a quem você ama, e vá para a região de Moriá. Sacrifique-o ali como holocausto num dos montes que lhe indicarei”. (Gênesis 22:2)

Isaque, mesmo não sendo o único filho de Abraão, é chamado como tal. Embora o texto não se aplique plenamente a Isaque, se aplicaria perfeitamente a Jesus, o único filho de Deus. Este é um dos momentos deste texto em que as coisas ditas parecem extrapolar os próprios personagens e contexto, indicando que não se referem apenas àquele acontecimento, mas que apontam para uma realidade maior e mais importante. O próprio pedido de Deus soaria estranho se não apontasse para uma realidade profundamente mais importante. Deus lhe guiava ao monte, a viagem durou três dias. Frequentemente 3 dias, refletem um momento decisivo em histórias bíblicas (31:22; 34:25; Êx. 19:11; Jz. 20:30; Est. 5:1; Mat. 16:21; Mc. 9:31; Lc. 9:22, etc.) Abraão disse aos seus dois servos que os acompanhavam na viagem, que esperassem com o jumento, enquanto eles iriam adorar e depois retornariam. De modo similar, antes da crucificação Jesus disse aos que o seguiam “Para onde eu vou, vocês não podem ir” (João 13,21-33). Abraão sabia que Deus era fiel, e cumpriria o que havia dito sobre Isaque, e tinha poder de trazer o seu filho da morte.

“Pela fé ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado; sim, aquele que recebera as promessas ofereceu o seu unigênito. Sendo-lhe dito: Em Isaque será chamada a tua descendência, considerou que Deus era poderoso para até dentre os mortos o ressuscitar; de onde também figuradamente o recebeu de volta” (Hebreus 11:17-19).  

 

Similarmente, os cristãos também creem no poder da ressurreição. Pois foi isto o que aconteceu com Jesus. Pois o Deus que o sacrificou o trouxe a vida novamente. Como Jesus na via dolorosa, o filho de Abraão levava em seus ombros a madeira que seria usada em seu sacrifício (v.6). Isaque observa e pergunta que tudo parece pronto, exceto o mais importante, "mas o cordeiro onde está para o holocausto?” Abraão responde “Deus mesmo há de prover o cordeiro para o holocausto, meu filho” (v.7-8). Abraão, provavelmente sem entender a profundidade do que dizia, afirmou profeticamente que Deus providenciaria um Cordeiro, portanto o Cordeiro viria da parte de Deus. Abraão seguiu as instruções dadas pelo Senhor, pôs seu filho sobre o altar pronto a oferecê-lo. Como Jesus, Isaque também se entregou no altar em obediência ao seu pai. Quando Abraão levanta a faca para realizar o sacrifício é interrompido pelo anjo do Senhor, Deus não permite Abraão fazer aquilo. Deus já havia aprovado a obediência de Abraão. Ufa, tudo terminou bem. Mas não foi esse o final na história de Jesus, Jesus não foi poupado. Cristo foi oferecido por seu Pai, “Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós” (Romanos 8:32). Nos momentos da crucificação, Jesus foi esmagado pela espada do Deus Justo (Is 53:5), toda a ira e condenação de Deus derramada sobre um inocente. Ele aceitou sofrer em favor de muitos, escolheu amar até o fim a sua igreja, seu povo, sua herança eterna. Deus poupou Abraão de passar pelo sacrifício que era meramente simbólico, mas não poupou Jesus do sacrifício efetivo.

“Então Abraão levantou os olhos e viu um carneiro preso pelos chifres num arbusto. Pegou o carneiro e o ofereceu como holocausto em lugar do filho” (Gn 22:13)

 

Um carneiro foi providenciado por Deus para ser o substituto de Isaque. Aqui vemos o conceito de um sacrifício substituto. Pense no alívio de Abraão vendo que Deus providenciou aquele carneiro para morrer no lugar de Isaque. Esse é o sentimento daqueles que desesperados se percebiam condenados por seus pecados, mas levantaram seus olhos e viram o nazareno com uma coroa de espinhos (os arbustos em sua cabeça), morto em nosso lugar. Mas lembram-se do que Abraão disse antes? “Deus proverá o cordeiro” (v.8). Mas entre os arbustos apareceu um carneiro. Cordeiro e carneiro são o mesmo animal, sendo que a diferença é que o cordeiro é mais novo (quando ainda não teve o ato sexual), e carneiro quando já teve o ato sexual. A figura do cordeiro na Bíblia é simbolicamente usada para expressar pureza e santidade. Quando a Bíblia enfatiza o fato de ser um carneiro, torna desarmônico com a fala anterior de Abraão, fica evidente que aquele ainda não era o cordeiro de Deus. Deus ainda iria providenciar o Cordeiro, o sacrifício perfeito ainda estava por vir. Abraão deu o nome daquele lugar “O Senhor proverá”v.14, já como um outro sinal a Cristo, pois muito em breve isso de fato aconteceria. E Deus reafirma a promessa que no descendente de Abraão seriam “benditas todas as nações da Terra” (v.18), e promete uma descendência numerosa e abençoada pela terra. Mais tarde Deus provê a salvação para incontáveis multidões, a igreja espalhada por todos os cantos da terra, por Jesus, o descendente de Abraão. Jesus abriu um único e verdadeiro caminho através da sua morte, e seus frutos são numerosos, para glória de Deus Pai.

“Então Jesus se dirigiu a eles, dizendo: — É chegada a hora de ser glorificado o Filho do Homem. Em verdade, em verdade lhes digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto.” (João 12:23,24)



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sábado, 5 de junho de 2021

22:01 - No comments

A revelação de Jesus Cristo em Gênesis 21: O Filho Prometido



Finalmente veio ao mundo a criança tão esperada, a semente que Deus havia prometido há muito tempo atrás, houve quem desacreditou e até deu risada, mas houve também aqueles que creram na promessa. Embora fosse um nascimento impossível aos olhos humanos, mesmo assim o menino nasceu no momento certo, conforme o Senhor havia prometido. Aquela simples criança, seria uma benção de Deus neste mundo. Não, eu não estou falando do nascimento de Isaque, mas de Jesus. Até aqui Abraão era um símbolo bem evidente do Messias, mas será seu filho Isaque que dará continuidade na linhagem messiânica, e simboliza a esperança do Salvador.

O nascimento de Jesus e o nascimento de Isaque têm muita coisa em comum, ambos revelam um Deus que é fiel e cumpre suas promessas independente da situação. O Deus que fez uma mulher com mais de 90 anos (Gn 17.17) dar a luz e possuir seios cheios de leite é o mesmo Deus que faria uma virgem dar à luz. E no tempo predeterminado por Deus o milagre de Abraão e Sara aconteceu, o mesmo aconteceu a Jesus Cristo, que nasceu “na plenitude dos tempos” (Gálatas 4:4).


Ismael foi “nascido da carne” (Gn 16), pois foi gerado quando Abraão ainda não era velho o suficiente para ser incapaz de ter filhos, ou na linguagem bíblica, foi antes de ter sido “amortecido”. Ismael foi gerado primeiro, pois o “homem natural” vem antes do “espiritual” (1 Co 15:46). Por outro lado, Isaque nasce justamente quando Abraão e Sara já estavam “amortecidos”, quando já não tinham em si mesmos a chance de gerar vida. Apenas o poder de Deus seria capaz de concretizar sua concepção e nascimento, e assim Isaque representa não apenas Cristo, mas também todos os “nascidos do Espírito”. Abraão representa a fé e Sara representa a graça (Gl 4:24-26), de modo que Isaque simbolicamente nasceu “pela graça [...] mediante a fé” (Ef 2:8, 9). 


O termo “amortecido” aqui tem o mesmo sentido de “mortificado”, ou ainda “trazido à morte”. Em todo o Novo Testamento há uma ênfase na necessidade de “morrer para esta vida”, e nascer de novo para Deus. A Bíblia nos mostra que essa mortificação é o resultado de uma obra do Espírito Santo na vida do salvo. Trata-se de algo não humano, não natural, não manipulável, muitas vezes nem completamente compreendido pelo próprio indivíduo, uma obra que ninguém na igreja ou fora dela tem o menor controle e somente o próprio Deus, por meio do seu Espírito, tem poder de realizar. Por isso cabe a cada crente, utilizar-se desse poder do Espírito Santo para fazer morrer sua antiga natureza pecaminosa.

 “se pelo Espírito fizerdes morrer os atos do corpo, vivereis.” (Romanos 8:12)

Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos” (2 Coríntios 4:10)

“se o grão de trigo não cair na terra e não morrer, continuará ele só. Mas se morrer, dará muito fruto. Aquele que ama a sua vida, a perderá; ao passo que aquele que odeia a sua vida neste mundo, a conservará para a vida eterna” (João 12:24,25)


Se algum dia você se arrependeu dos seu pecados e creu em Jesus Cristo, e se desde então o arrependimento e a fé em Jesus continuaram presentes e crescendo em você, isso certamente foi resultado de  uma obra do Espírito Santo em seu coração (Jo 3:1-8), uma transformação tão profunda que somente Deus pode fazer (Jo 1:11-13).


Deus ordenou que Ismael saísse do ambiente familiar de Abraão, pois não faria parte da linhagem da promessa (a linhagem do Messias), Ismael ao ser deserdado e mandado embora, deixa Isaque como sendo o único filho de Abraão. Mas fica evidente no texto que Ismael não estava fora dos planos de Deus, absolutamente nada está. Quando Ismael clamou ao Senhor, Deus o ouviu imediatamente. E só então os olhos de Agar foram abertos, e ela viu que havia uma fonte de água bem próxima. Isso nos mostra que existe graça para todo aquele que clamar pelo Senhor, neste momento terão seus olhos abertos pelo Espírito Santo e poderão ver que a fonte de água da vida está mais próxima do que se imagina.

“Jesus levantou-se e disse em alta voz: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva”. Ele estava se referindo ao Espírito, que mais tarde receberiam os que nele cressem” (João 7:37-39)


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sábado, 29 de maio de 2021

21:52 - No comments

A revelação de Jesus Cristo em Gênesis 20: The Middle Office


Abraão segue sua longa viagem indo habitar na cidade conhecida como Gerar. Abimeleque, que era rei, se interessa por Sara (v.2), assim como já havia ocorrido em sua jornada quando passou pelo Egito, relatado em Gn 12, Abraão mente a respeito de Sara, não dizendo ser ela sua esposa. O combinado de ocultar o vínculo matrimonial foi uma tentativa de se auto proteger (Gn 12;12-13). Mesmo Abraão sendo um dos patriarcas, portador da promessa, também pecou e teve falhas. Não há a tentativa de explicar a mentira de Abraão ou racionalizá-la. Ao contrário, a Bíblia lida com seus grandes personagens mostrando sua realidade: eles erram, mentem, pecam. Deixando claro a necessidade de redenção a toda humanidade.

Todavia a graça de Deus e sua promessa não deixou de ser atuante em nenhum momento. Deus aparece a Abimeleque em seus sonhos e promete puni-lo caso não devolvesse a mulher de Abraão. Isto ocorre antes que acontecesse qualquer ato com Sara. No texto não temos uma precisão quanto ao tempo de estadia de Sara com Abimeleque. Mas podemos deduzir através do último verso (v.18), que provavelmente foram por algumas semanas ou meses. Pois um dos castigos, foi de que todas as mulheres da casa de Abimeleque se tornassem estéreis. E para notar uma gravidez ou não, levaria um certo período de tempo.

Vemos o imenso cuidado de Deus sobre Sara, num possível período de muitos dias, sem que nenhum mal ocorresse com ela enquanto estava entregue a Abimeleque. Pois o próprio Deus, não permitiu que tal coisa ocorresse. Deus diz que ao devolver Sara, Abraão sendo profeta iria interceder a favor de Abimeleque para que não morresse, e nem os seus (Gn 20.7).

Deus chama Abraão de profeta, a primeira vez onde o termo “profeta” [navi’ — נָבִיא] aparece na bíblia. E diz que ele deveria interceder, o verbo “interceder/orar” [palal — פּלל] também aparece na Bíblia pela primeira vez em Gênesis 20. Este verbo — que dá origem à palavra “oração” [tefilah — תפלה]. 

Foi feito o aviso da parte de Deus para Abimeleque, de redenção a tudo o que lhe sobreveio. Através da intercessão do profeta Abraão, lhe propôs uma saída. Abimeleque não perderia sua vida, e nem os seus. As mulheres seriam curadas. Tudo porque,  Abraão estabelecido como profeta pediria em favor de Abimeleque. E assim foi feito. Deus escolheu agir desta maneira, fazendo uso da intercessão para salvar. Sim, você entendeu certo: Deus diz para Abraão orar a Deus para que Deus perdoasse Abimeleque. Porque Deus não perdoou Abimeleque direto? Deus estava mostrando que seu relacionamento com pecadores precisaria de um mediador.

Abraão era um símbolo daquele que seria o  maior profeta de todos. Pois Jesus não era apenas um simples porta-voz de Deus para comunicar Sua vontade, não era somente um profeta que comunicava a Palavra de Deus, Ele é a própria Palavra. A própria boca de Deus.

Abraão apontava para Cristo. Jesus é o profeta perfeito, o intercessor não de um povoado, mas de todo aquele que crer. Não apenas intercedeu para salvar o homem de uma punição física, momentânea e terrena, mas se colocou diante do homem e da eternidade. 

Por meio de Jesus, somos limpos de nós mesmos e, então, podemos provar o doce gosto do perdão, descansando na boa nova do evangelho. Pois apenas pela intercessão de Cristo, a paz com Deus é possível ao homem.


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sexta-feira, 28 de maio de 2021

17:17 - No comments

A revelação de Jesus Cristo em Gênesis 19: Sodoma e Gomorra

A destruição de Sodoma e Gomorra se perpetuou na história não apenas por meio do relato bíblico, como também por relato de autores e estudiosos independentes da antiguidade.

O historiador e geógrafo grego Estrabo (63 a.C.), que embora atribua como um fenômeno da natureza e erupções vulcânicas e não fruto de uma punição Divina, foi um dos que descreveu algo bem próximo do relato bíblico:

“A região de Sodoma e Gomorra tem sido muito trabalhada pelo fogo, o que disso há muitas provas: rochedos queimados, numerosas crateras, uma terra de cinzas, rios que espalham de longe um odor infecto, e aqui e ali, habitações em ruínas. Tudo isto faz crer que outrora havia treze cidades e que Sodoma era a metrópole; mas que, por tremores de terra, erupções de fogo subterrâneo e as águas betuminosas e sulfurosas incendiadas, o fogo invadiu a terra e os rochedos guardam a marca do cataclismo. Entre estas cidades, umas foram tragadas, as outras abandonadas pelos habitantes que puderam salvar-se”.


O historiador e senador romano, Tácito, também comenta a destruição de Sodoma: 

“Não longe do mar Morto estendiam-se planícies que foram outrora muito férteis e onde se erguiam grandes cidades. Contudo, diz-se que estas foram destruídas pelo raio... Quanto a mim, admito perfeitamente que algumas cidades célebres tenham sido devoradas pelo fogo do céu”.


O famoso historiador Flávio Josefo (37-103 d.C.) menciona a catástrofe, e reconhece a região do mar morto como sendo parte da geografia de Sodoma:


“Sua água é salgada, imprópria para os peixes; é tão leve que as coisas, mesmo as mais pesadas, não vão ao fundo. [...] As terras de Sodoma, vizinhas deste lago e que outrora eram abundantes não somente em toda espécie de frutos, mas também muito célebres por suas riquezas e pela beleza e suas cidades, agora só conserva a imagem espantosa daquele incêndio que a detestável impiedade de seus habitantes atraiu sobre ela [...] Ali vemos ainda alguns restos das cinco cidades abomináveis e suas cinzas malditas. [...] pode-se ainda constatá-lo com os próprios olhos. (JOSEFO, 1990, p. 629)


No capítulo que descreve a destruição de Sodoma e Gomorra, tenho a sensação de velocidade na narrativa. Parece que o escritor bíblico narra com velocidade os fatos, citando apenas os eventos mais importantes, sem dar muitos detalhes. Extremamente direto. Expressões temporais como “anoitecer”, “nascer do sol”... e muita coisa acontecer em menos de 24 horas, contribuem para essa sensação de brevidade. A falta de alguns detalhes mais aprofundados, pode causar algumas estranhezas.


Sodoma ficava na região do Mar Morto, o lugar mais profundo da terra. Simbolicamente era o lugar mais longe do céu que alguém poderia estar na Terra. Os pecados de Sodoma se acumularam diante de Deus, então dois anjos descem para a cidade em busca de Ló, o único justo de toda a região. Mesmo sem saber de nada, Ló parece ser bem hospitaleiro, e insiste para aqueles homens dormirem em sua casa. Muitos homens (jovens e velhos) daquela cidade quiseram abusar sexualmente dos anjos. Ló tenta impedir e repreende o ato deles:

“Ló [...] lhes disse: "Não, meus amigos! Não façam essa perversidade! Eles, porém, disseram: Sai daí. Disseram mais: Como estrangeiro este indivíduo veio aqui habitar, e quereria ser juiz em tudo? Agora te faremos mais mal a ti do que a eles. E arremessaram-se sobre o homem, sobre Ló, e aproximaram-se para arrombar a porta. Aqueles homens [...] feriram de cegueira os homens que estavam à porta da casa, desde o menor até ao maior.” (Gênesis 19:6-11)


Ló sofria pelo comportamento devasso daquela cidade. Ele não se conformou com o jeito dos sodomitas viverem. Os sodomitas se irritam com o discurso de Ló, porque Ló reprovava seus pecados. Mas vamos combinar que Ló também não era perfeito, ele escolheu livremente ir morar nos jardins de Sodoma (apesar dos pecados daquele lugar. Foi sem consultar ao Senhor, e sendo guiado pelos olhos e não pela fé), chegou a oferecer as filhas para aqueles homens deixarem os anjos em paz (respondeu ao pecado, pecando também), Ló não leva tão a sério e demora para abandonar a cidade, mais tarde Ló vai ficar embriagado…  só podemos chegar a uma conclusão: Ló era pecador. Como pode o apóstolo Pedro dizer “Ló, homem justo” (2 Pedro 2.7)? Repare no texto:


“Quando Deus arrasou as cidades da planície, lembrou-se de Abraão e tirou Ló do meio da catástrofe que destruiu as cidades onde Ló vivia.” (Gênesis 19.29)


Ló foi declarado justo por Deus, e por isso não foi condenado com Sodoma, por um ato de misericórdia e graça. Uma graça que foi aplicada por ser ele da família de Abraão, e assim ele pode receber os benefícios da promessa. Ló era justo por causa do Evangelho, conforme Paulo diz todas as pessoas de fé em Jesus (o descendente de Abraão) também são da família de Abraão (Gálatas 3.9) e herdeiros da promessa. Ló creu no Deus de Abraão e isso foi-lhe imputado por justiça (Gn 15.6).


Quando eu olho esse trecho da Bíblia:

Eu encontro um Deus absolutamente severo e irado que destrói várias cidades com fogo e enxofre como castigo pelos pecados.
Vejo também um Deus que não destruiu o justo com os ímpios, mas enviou seus anjos para resgatá-lo.


Vejo um Deus terrível e indignado que cegou os perversos daquela cidade.
Vejo também um Deus que não permitiu que aqueles homens fizessem maldade a Ló e sua família.


Vejo um Deus apressado em matar os ímpios.
Vejo também um Deus que foi paciente com o atraso da família de Ló.


Vejo um Deus tão justo que não deu mais uma nova chance para aquelas pessoas.
Vejo também um Deus que usou o pedido de Ló para não destruir Zoar.


Vejo um Deus que aniquilou a mulher de Ló quando saudosa da cidade ela se volta para Sodoma.
Vejo também um Deus justo buscando razões e legalidade para justificar pecadores quando tolerou as duas filhas de Ló, e ainda estendeu graciosamente o convite de salvação aos genros das filhas de Ló (Gn 19:12).


Vejo um Deus tão rigoroso que deixou Sodoma em ruínas, até os dias de hoje inabitada e ainda fedendo enxofre, como um monumento para que os homens o temam.

Vejo um Deus tão misericordioso que assim nos alerta sobre o futuro julgamento da Terra e nos convida ao arrependimento.


Vejo um Deus justo punindo cada um por seu próprio pecado.
Vejo também um Deus que faz que a justiça de um único homem justifique muitos.


Vejo um Deus tão Justo e Severo ao ponto de condenar eternamente pecadores ao inferno,
Vejo também um Deus tão amoroso ao ponto de sofrer essa condenação em nosso lugar.


Vejo um Deus que é pura Justiça
Vejo também um Deus que é puro Amor.


Vejo Jesus!


O antigo problema filosófico e lógico de como seria (e se seria) possível que Deus fosse totalmente justo e totalmente misericordioso, e de como um Deus justo poderia perdoar pecadores sem deixar de ser justo foi matematicamente demonstrado na cruz do calvário.


“Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus” (Romanos 11:22)


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15:59 - No comments

A revelação de Jesus Cristo em Gênesis 18: Deus em Carne e Osso

Era a hora mais quente do dia. Abraão, sentado à porta de sua tenda nos arredores dos carvalhos de Manre, avista três homens se aproximando. Um deles é reconhecido. Abraão corre, se curva e presta adoração. Era Deus.

Não, você não leu errado: era o próprio Deus aparecendo, aparentemente em forma humana, para um simples homem. Abraão não apenas o ouviu, mas desta vez também o viu e até lhe serviu comida (qualquer semelhança com o Deus encarnado que viria, andaria e comeria entre nós não é mera coincidência).

Você, entretanto, poderia pensar que estes três homens eram apenas anjos representando Deus, mas repare: a bíblia nos diz que Abraão, ao curvar-se, diz “Meu senhor, se mereço o seu favor, não passe pelo seu servo sem fazer uma parada”. Se eram três, então porque Abraão não disse “meus senhores”? E se os três eram anjos porque os outros dois não repreenderam a adoração indevida de Abraão ao terceiro anjo. A resposta é simples: porque um deles, e apenas um deles, era realmente Senhor.

Um dos argumentos do judaísmo contra a divindade de Cristo é a suposta impossibilidade de Deus encarnar em forma humana. Segundo o rabino Henry Sobel (ex-presidente do Rabinato da Congregação Israelita Paulista) “Na teoria judaica, [...] Deus não pode se materializar em nenhuma forma”. Após lermos Gênesis 18, o que me parece é que tal interpretação não condiz com a Palavra do Eterno. Se é impossível Deus Filho ter encarnado em forma humana, então não seria igualmente impossível Abraão ter recebido uma visita de Deus? Se não era Deus, com quem Abraão estava falando? Porque ele adorou outro que não era o Senhor? Aqui, milhares de anos antes de Jesus nascer, vemos Abraão interagir com Deus como quem interage com outro ser humano. Mais para frente, durante o diálogo entre eles, fica absolutamente claro que Abraão estava diante de Deus.
Deus, então, diz que na primavera seguinte Ele voltaria e eles já teriam um filho. Sara duvida, ri e quando questionada ainda mente. Mas vemos que, apesar da incredulidade e do pecado, Deus não volta atrás e mantém sua promessa, não por quem Abraão e Sara eram, mas por quem Ele é. A promessa de Deus não dependia da obediência e fé dos homens, mas aconteceria porque assim Deus quis que acontecesse.

Depois de comerem, os dois anjos seguem à caminho de Sodoma, porém o Senhor fica e lhe conta a respeito do pecado da cidade, que têm se agravado e multiplicado, e fala da destruição que viria à eles. Abraão, como quem não acreditava que a cidade fosse totalmente má, faz uma pergunta um tanto quanto curiosa: “Destruirás também o justo com o ímpio?” e continua: “Se porventura houver cinquenta justos na cidade, destruirás também, e não pouparás o lugar por causa dos cinquenta justos que estão dentro dela?”. A resposta de Deus é que se houvesse 50 justos na cidade, ele pouparia os ímpios por amor aos justos. Abraão insistentemente questiona caso houvesse 45, 40, 30, 20 e 10 justos.

A resposta de Deus permanece a mesma em todos os casos: por amor do justo, pouparia o ímpio.
Assim como em todo o resto do mundo, sabemos que o Senhor não pôde encontrar 10 justos naquela cidade. Ele não encontrou nem mesmo um. “Não há um justo, nem um sequer”. Por não haver justos na terra, é que o Verbo se fez carne e veio habitar entre nós. Ele pagou nossa dívida para com Deus. O injusto é salvo pelo justo. O mau, pelo bom. O indigno, pelo que é digno. E por causa dEle e por amor à Ele, que é Justo, fomos poupados.




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sábado, 24 de abril de 2021

15:51 - No comments

A revelação de Jesus Cristo em Gênesis 17: A Circuncisão

Ao ler o Antigo Testamento, você perceberá que os rituais nele presentes são simbólicos. Um símbolo por definição, é algo que tem um significado para além dele próprio, é algo que representa e aponta outra coisa maior e mais importante (Uma placa pode indicar uma rua, mas uma rua não aponta para uma placa). Se excluirmos o Novo Testamento, os símbolos do AT pareceriam um fim em si próprios (a placa indicando a própria placa), e aí não fazem sentido. Apenas o novo testamento completa o sentido para tais simbologias.

Um desses símbolos nos foi dado quando Deus confirmou mais uma vez sua aliança com Abraão, e instituiu a "circuncisão":

“Todos os do sexo masculino entre vocês serão circuncidados na carne. Terão que fazer essa marca, que será o sinal da aliança entre mim e vocês. Da sua geração em diante, todo menino de oito dias de idade entre vocês terá que ser circuncidado, tanto os nascidos em sua casa quanto os que forem comprados de estrangeiros e que não forem descendentes de vocês. Sejam nascidos em sua casa, sejam comprados, terão que ser circuncidados. Minha aliança, marcada no corpo de vocês, será uma aliança perpétua. Qualquer do sexo masculino que for incircunciso, que não tiver sido circuncidado, será eliminado do meio do seu povo; quebrou a minha aliança". (Gênesis 17:10-14)

A circuncisão feita por Abraão não parece ser uma experiência religiosa mística miraculosa na presença de personagens mágicos, mas o símbolo de um pacto. Símbolo de uma aliança com Deus. O que podemos aprender com esse símbolo? Em muitos lugares do Antigo Testamento encontraremos o verdadeiro significado da circuncisão, como sendo um símbolo que aponta para a verdadeira circuncisão: a circuncisão do coração (Levítico 10:16, 30:6; Jeremias 4:4; 9:25,26 ; Ezequiel 44:7,9), conforme disse o próprio Moisés:

"Circuncidai, pois, o prepúcio do vosso coração, e não mais endureçais a vossa cerviz." (Deuteronômio 10:16)

"E o SENHOR teu Deus circuncidará o teu coração, e o coração de tua descendência, para amares ao SENHOR teu Deus com todo o coração, e com toda a tua alma, para que vivas." (Deuteronômio 30:6)

Por inúmeras vezes na Lei e nos profetas, a palavra de Deus chama o povo de Israel (que eram circuncidados na carne) de incircuncisos de coração. Repare que essa circuncisão é feita por Deus e não pelo indivíduo, segundo Deuteronômio 30:6. O que adianta ser circuncidado e ser um adúltero, ou um mentiroso, um idólatra...? Não adiantava o judeu se circuncidar e não praticar toda a Lei, ele seria circunciso de carne, mas não em seu coração. Aquele símbolo externo na carne era falso nele, pois simbolizava algo não verdadeiro. Seria além de tudo, o pecado da hipocrisia. “Porque a circuncisão é, na verdade, proveitosa, se tu guardares a lei; mas, se tu és transgressor da lei, a tua circuncisão se torna em incircuncisão. Se, pois, a incircuncisão guardar os preceitos da lei, porventura a incircuncisão não será reputada como circuncisão? E a incircuncisão que por natureza o é, se cumpre a lei, não te julgará porventura a ti, que pela letra e circuncisão és transgressor da lei? Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne. Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito, não na letra; cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus.” (Romanos 2:25-29) Mas se formos honestos, tanto judeus quanto gentios, por mais que reconheçamos a sabedoria da Torá (Lei de Deus), qual de nós consegue seguir toda a Lei? A sinceridade nos obrigaria a admitir que toda nossa religiosidade (seja ela qual for) e seus rituais tem pouca força contra a imoralidade e os pecados que habitam o nosso coração, o mero ato simbólico de circuncidar o genital não impede um homem de ser pornográfico ou adúltero, por exemplo. Depois de muito tentar, o homem deveria reconhecer sua incapacidade de salvar-se. Há necessidade de uma ação sobrenatural, uma transformação no coração, uma cirurgia que apenas Deus pode fazer (Deuteronômio 30:6). Precisamos de um Salvador para corrigir o desvio na nossa natureza, essa tendência maligna que nos acompanha desde o jardim do Éden:

“Nele também vocês foram circuncidados, não com uma circuncisão feita por mãos humanas, mas com a circuncisão feita por Cristo, que é o despojar do corpo da carne. No batismo, vocês foram sepultados com Cristo e, com ele, foram ressuscitados para a nova vida por meio da fé no grande poder de Deus, que ressuscitou Cristo dos mortos. Vocês estavam mortos por causa de seus pecados e da incircuncisão de sua natureza humana. Então Deus lhes deu vida com Cristo, pois perdoou todos os nossos pecados. Ele cancelou o registro de acusações contra nós, removendo-o e pregando-o na cruz.” (Colossenses 2:11-14).

Portanto, a circuncisão era esse símbolo na carne que apontava para algo muito maior, era uma “sombra do que haveria de vir; a realidade, porém, encontra-se em Cristo” (Colossenses 2:17). Arrependa-se e entregue o seu pecado secreto à faca. Tire a capa da religiosidade, exponha suas vergonhas. E deite-se na mesa do melhor cirurgião cardiovascular. Quando a dor passar, vai experimentar as belezas de uma obediência por amor e gratidão em Jesus Cristo!

“Feriste-me o coração com a Tua palavra e eu te amei.” (Agostinho de Hipona)


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