quinta-feira, 30 de novembro de 2023

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A revelação de Jesus Cristo em Gênesis 42: Todas as famílias da Terra


Neste capítulo, testemunhamos um momento singular em que Israel se tornou por meio de José uma bênção para as famílias da terra. A próxima vez que isso aconteceria de modo tão claro e nítido, seria apenas com o ministério e obra de Jesus. José emerge como um símbolo do Messias, sua trajetória transcende o papel de um mero governante; ele se revela simbolicamente como um redentor, protetor e provedor. José salvou todos que vieram até ele da fome, similarmente todos que vão até Jesus são salvos da justiça eterna. Aqui vemos que a promessa feita a Abraão de que “em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gênesis 13), não necessariamente significa que todos os descendentes de Abraão seriam bênção para todas as famílias da terra, mas de que provavelmente seria um desses descendentes que abençoaria todas as famílias da terra, assim como aconteceu com José. José livrou, protegeu e enriqueceu a semente de Abraão e Isaque, e ao fazer isso ele salva o resto do mundo junto. Isso é importante: Quando Deus usa José para salvar a família de Abraão, o resto do mundo também é salvo. Resolver o problema da família de Abraão, é resolver o problema do mundo. José foi um tipo de redentor, protetor e provedor. Jacó, seu ancestral e pai, não fez isso, tampouco os irmãos de José. Na verdade, Jacó e seus filhos necessitavam tanto quanto os outros povos de alguém para livrá-los, protegê-los e sustentá-los. A profecia e missão de Israel, nunca mais foi cumprida de forma tão clara depois de José, senão por meio de Jesus, quando Deus, novamente, tomou uma pessoa da semente para agir em favor da semente e pelo mundo. Assim como Jesus, José tendo todo o poder, não usou do seu poder em benefício próprio. José também trabalhou para levar seus irmãos ao arrependimento, o que lhe causou dor e sofrimento durante este processo. Muitas vezes Jesus permite coisas estranhas e situações ruins nos aconteçam para que possamos entender as consequências do pecado, certamente Cristo não faz isso por prazer, mas está fazendo para o nosso bem. Mais de 20 anos depois, os irmãos de José ainda lidavam com a culpa constante pelo que fizeram, isso mostra que o tempo não apaga o pecado, isso apenas o verdadeiro arrependimento e a confissão são capazes de fazer. Assim como os irmãos de José receberam o perdão de Deus pela atitude de José, nós também somos perdoados pelo que Cristo fez. Jesus é o Messias prometido, o Filho de Deus encarnado, que veio não apenas para uma nação específica, mas para toda a humanidade. Sua vida, ensinamentos, morte e ressurreição são eventos salvíficos que abrangem todas as pessoas e culturas, abrangem você e sua família. Existe provisão em Cristo; porém, devemos ir á Ele para pedi-la. Os irmãos de José vieram buscar o sustento, e conseguiram o trigo sem pagar por ele. Assim é Cristo, que concede-nos provisões sem dinheiro e sem preço. A provisão de Cristo é de graça e pela Graça.


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domingo, 29 de outubro de 2023

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A revelação de Jesus Cristo em Gênesis 41: A metáfora da Ressurreição

José era da idade de 30 anos quando se apresentou diante de Faraó, a mesma idade que o rei Davi teria ao assumiu o trono de Israel (2 Samuel 5:4), a mesma idade na qual os sacerdotes começavam seu serviço no templo (Números 4:3), e não por acaso a mesma idade que Jesus tinha quando iniciou seu ministério.

Claro que Jesus é incomparável, mas aqui existem alguns paralelos entre a história de José e a de Jesus que nos revelam que José era um pequeno símbolo profético de uma realidade futura muito maior, por outro lado Jesus é a própria realidade anunciada. Os planos de Deus se tornam conhecidos e executados por meio de José. E de modo mais amplo, os planos de Deus foram plenamente revelados para a humanidade por meio de Jesus, e também executados por ele (Apocalipse 5:5). No capítulo anterior, mencionei como a prisão de José antecipava o que viria a ser a crucificação de Jesus. No entanto, o que ocorre após a crucificação? A ressurreição! A palavra hebraica "bowr" é traduzida como "prisão ou cela" e também como "poço ou cova" e até mesmo "abismo ou sepultura" (Gn 37:22,24,28,29; 40:15; 41:14; Salmo 30:3; Isaías 14:15). José deixaria definitivamente sua situação de humilhação para ser elevado. José foi retirado do poço e foi-lhe concedido uma veste de linho e ouro (Gn 41:42). Jesus aparece para João com uma veste gloriosa e ouro após a sua ressurreição (Apocalipse 1:13-17), já na profecia de Daniel vemos o Messias glorificado aparecendo com roupa de linho e ouro (Dn 10:5-6). A justiça foi feita para José, e ele foi elevado pelo Faraó para ser a segunda pessoa mais poderosa do Reino (Gênesis 41:40-42). Da mesma forma, após a sua ressurreição, a justiça foi plenamente realizada para Jesus, o Justo, que foi exaltado por Deus-Pai sobre todo o universo. Jesus proclamou: "Todo o poder no céu e na terra foi me dado" (Mateus 28:18). “Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas” Efésios 4:9,10. Cristo é tipificado em José como o homem sábio e criterioso que está no comando de todas as coisas do Rei, Ele mesmo seleciona alguns para cuidar do seu rebanho (Efésios 4:11). Interessante notar que a expressão “bispos” (Filipenses 1:1) significa exatamente “supervisores”! v37-41 (e em Salmos 105:16-22 usa-se a mesma palavra de “presbitero”), que foi o conselho de José para o Faraó. João Batista diz que Cristo é aquele que “junta seu trigo no celeiro” (Mateus 3:12), que simboliza a reunião dos justos para a vida eterna e a separação deles dos ímpios para o julgamento. O reinado de José e de Jesus inicia-se com um decreto de dois períodos, um primeiro período de abundância e um segundo período de fome. O reinado de Jesus no mundo inicia-se com um decreto de que haverá também dois períodos, sendo o primeiro em que a palavra de Deus vai ser pregada pelo mundo, e um segundo momento em que a igreja será perseguida e aparentemente derrotada pela apostasia (Apocalipse 11, Mateus 24:14, 2 Tessalonicenses 2:3-4, Apocalipse 13:7). “por tua boca se governará todo o meu povo; Só eu estarei acima de ti em autoridade. [...] Então o faraó tirou do dedo o seu anel com o selo real e o pôs no dedo de José. [...] Também o fez andar na carruagem reservada para quem era o segundo no poder, e, por onde José passava, gritava-se a ordem: "Ajoelhem-se! (Gênesis 41:40). Impossível ler a fala de Faraó e não se lembrar das palavras de Paulo sobre Jesus em 1 Corintios 15: “Pois é necessário que ele reine até que todos os seus inimigos sejam postos debaixo de seus pés. O último inimigo a ser destruído é a morte. Porque ele "tudo sujeitou debaixo de seus pés". Ora, quando se diz que "tudo" lhe foi sujeito, fica claro que isso não inclui o próprio Deus, que tudo submeteu a Cristo”. José usava o anel do rei do Egito, e decretava e julgava na autoridade de Faraó, como sendo o próprio Faraó. Analogamente sobre Cristo, a Escritura diz: "o Pai a ninguém julga, mas confiou todo julgamento ao Filho." (João 5:22). Azenate uma esposa retirada do Egito passa a fazer parte do povo israelita. Assim como a Igreja, tirada do mundo para fazer parte da família de Deus (Efésios 2:12) que é a noiva de Cristo composta de pessoas de todos os povos, tribos, línguas e nações! Neste capítulo, o filho de Jacó prefigura apenas metaforicamente o que seria a ressurreição do Filho de Deus. Todo o sofrimento de José contrastando com uma vida justa e piedosa, e agora sua ascensão ao trono. À luz desses paralelos, somos lembrados da grandiosidade da ressurreição e da soberania de Cristo sobre toda a criação. A ressurreição é a garantia da vitória final sobre a morte e o cumprimento dos planos divinos para a redenção da humanidade. É a esperança tanto para o futuro quanto para o presente, pois Aquele que pode reverter até mesmo a morte, pode reverter qualquer outra situação. “Se o grão de trigo que cai na terra não morrer, permanecerá só; mas se morrer, produzirá muito fruto”. Jo 12.24


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sábado, 22 de julho de 2023

06:58 - No comments

A revelação de Jesus Cristo em Gênesis 40: Entre cárceres e cruzes

Nos capítulos anteriores vimos que, assim como Jesus, José foi vendido e entregue aos estrangeiros pelo seu próprio povo e na sequência foi preso e condenado com falsas acusações (Gn  39:11-20; 40:15). E agora em Gênesis 40, veremos um protótipo da crucificação de Jesus.

A humilhação de José desenrolou-se em fases graduais e crescentes culminando na sua prisão na masmorra. A humilhação de Jesus também ocorreu de forma crescente e gradual, desde o momento em que abandonou o trono celeste e veio em forma de servo culminando no ponto mais profundo da sua humilhação: o calvário.


O chefe dos copeiros e o chefe dos padeiros cometeram algum crime contra o faraó, e faraó irou-se com os dois oficiais, e mandou prendê-los na casa do capitão da guarda, na prisão em que José estava. José foi preso com esses dois criminosos (Gn 40:2-3). Jesus também foi crucificado com outros dois criminosos: Os outros dois, eram criminosos, e foram levados para ser condenados à morte com Jesus. (Lc 23:32;. Mt 27:38, Mc 15:27, Jo 19:18). A Torá fala que José era inocente, e sobre Jesus o profeta Isaías diz que mesmo sendo inocente, o Messias seria colocado/contado “entre criminosos” (Is 53:12).


Reparem na beleza e sutileza dos símbolos: o copeiro (que serve vinho) e o padeiro (que serve pão). Pão e vinho, os mesmos dois símbolos que profetizaram a crucificação de Cristo na última ceia e que desde então são usados como memorial pela igreja na ceia do Senhor. Perceba que não apenas José, mas também o padeiro e o copeiro são símbolos de Cristo.


O Copeiro como símbolo de Cristo: ele era um nobre que tinha uma posição ao lado do rei, desceu a prisão, e depois de 3 dias de sofrimento subiria e seria restituído a sua posição de honra. 3 dias tem um importante significado, pois é o sinal de Jonas, isto é, o sinal da ressurreição (Mateus 12:40). O vinho é o símbolo do sangue de Cristo, a matéria prima da nova aliança. Além disso, Jesus é aquele que espreme o lagar da ira de Deus (Ap 14:19, Sl 75:8). Ao interpretar o sonho do copeiro, José parece se afastar por um momento da sua majoritária simbologia messiânica e diz para o copeiro “Lembra-te de mim quando tudo estiver indo bem com você”. Essa frase lembra muito um dos momentos mais marcantes da crucificação, quando um dos criminosos diz para Jesus: “Lembra-te de mim quando vieres no teu reino” (Lucas 23:42).

O Padeiro como símbolo de Cristo: Jesus é também simbolizado pelo pão, “o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, pegou um pão e, tendo dado graças, o partiu e disse: "Isto é o meu corpo, que é dado por vocês” (1 Coríntios 11:23,24). Analogamente, o padeiro foi moido, padeceu e morreu. O padeiro foi pendurado numa árvore/madeiro, o que mais tarde a Torá declararia ser um símbolo de maldição (Dt 21:22,23). Assim Jesus também foi pendurado no madeiro, se fazendo maldição em nosso lugar (Gl 3:13).


José como símbolo de Cristo: Vemos um inocente temente a Deus sendo condenado com dois infratores da lei, um dos criminosos será salvo e outro será condenado.


Eu penso que talvez Deus tenha dividido o simbolismo messiânico entre os vários personagens da Biblia, porque ninguém poderia simbolizar todas as características de Jesus, mesmo um mero simbolismo completo seria uma honra que nenhum ser humano poderia receber, nem mesmo o fazer perfeitamente. E se tudo na Biblia e no universo aponta para Cristo, meu desejo é que sua vida seja parte dessa tapeçaria divina, por meio de nossas vidas imperfeitas Deus certamente fará resplandecer a glória Daquele que foi perfeito em nosso lugar. É Tudo Sobre Ele!


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segunda-feira, 3 de julho de 2023

05:34 - No comments

A revelação de Jesus Cristo em Gênesis 39: Messias Filho do Zé

No Antigo Testamento há descrições supostamente conflitantes da imagem do Messias. Algumas vezes as profecias falam que o Messias é rejeitado, sofre e morre, e em outros momentos apontam um governante vitorioso, conquistador e triunfante. Essa contradição fez com que o pensamento judaico clássico acreditasse que dois messias apareceriam, o primeiro é sofredor e rejeitado por seu povo, e é chamado de “Messias Filho de José" e o segundo um Rei conquistador, que foi chamado de “Messias Filho de Davi”. Eles não estavam tão distantes da verdade. Mas ao invés de dois Messias, cada um deles vindo uma vez, sabemos agora por meio de Jesus e dos apóstolos, que o Antigo Testamento profetizou um só Messias vindo duas vezes. Jesus decepcionou a muitos, porque ele não era o tipo de Messias que correspondia a uma figura militar. Ele dizia que o reino Dele não era deste mundo, falou de coisas impopulares como arrependimento de pecados, orar pelos seus inimigos, denunciou erros da alta liderança religiosa, não prometeu destruir o império romano... E faz muito sentido que um povo oprimido e violentado pelo império romano, o império mais violento que o mundo já viu, esperasse ardentemente um Messias militar que trouxesse uma vingança armada. Mais tarde com o crescimento do cristianismo, o judaísmo precisou reformular-se para dar respostas ao cristianismo, de modo que hoje a afirmação preponderante nos círculos judaicos é de que o Messias viria apenas para conquistar, governar e reinar, escondendo a existência de um “Messias sofredor”. Mas os antigos sábios de Israel reconheceram, entenderam e ensinaram sobre os sofrimentos e a morte do Messias de Israel, apenas na idade média que textos como Isaías 53 deixaram de ser entendidos como se referindo ao Messias, e em textos como Daniel 9 foi incluída uma maldição para quem calcular o ano do nascimento do Messias... Embora as Escrituras Sagradas nunca disseram que o Messias seria filho de José (do Egito), na verdade apenas diz que seria descendente de Davi (da Tribo de Judá), mas os antigos rabinos entendiam que o sofrimento e a vida de José apontava para o Messias, o servo sofredor. E neste sentido criou-se a idéia do Messias Filho de José. E José é uma figura que aponta de forma muito clara e extremamente detalhada para a vida de Jesus Cristo. Apenas olhando para o capítulo 39 de Gênesis percebemos várias semelhanças: A graça de Deus pode levantar uma pessoa boa e justa do meio das piores situações. Em meio a tanto pecado dos judeus e gentios, José parece uma resposta de Deus para salvar a família da aliança e o restante do mundo da fome. Assim também no pior momento do povo de Israel, durante o pior império, Deus levantou Jesus Cristo para salvar Israel e o mundo todo. José foi servo na casa de Potifar, estava sob domínio estrangeiro (Gn 39:1), e Jesus veio na forma de um servo, sob dominação romana (João 13:12-17, Mateus 20:25-26, Marcos 10:43, Filipenses 2:6-9). José foi feito um supervisor (Gn 39:4). Jesus é o Pastor e supervisor (מַשְׁגִּיחַ) de nossas almas (1 Pe 2:25;. João 3:35, Mateus 28:18). José foi tentado, mas não cometeu pecado (Gênesis 39:7-10). Jesus foi tentado de todas as maneiras mas não cometeu pecado (Hb 2:18, 4:15, 2 Coríntios 5:21;. 1 João 3:5). José foi acusado falsamente (Gen. 39:11-20; 40:15). Jesus foi falsamente acusado pelas autoridades religiosas e jamais cometeu pecado algum (Lucas 23:04, 14-15; João 8:46, e 18:38, 19:04, Hb 7:26;. 1 Pe 2:22;.. 1 Pe 3:18). Potifar condenou José ao cárcere, mas provavelmente acreditava na sua inocência, mas perverteu a justiça pois “sua posição demandava isso”. Jesus foi condenado injustamente pelo procurador romano Pilatos, que acreditava na sua inocência, mas condenou-o à morte pois “sua posição demandava isso”. José não fez nenhuma defesa (Gn 39:19-20). Jesus não fez nenhuma defesa perante as autoridades: “Ele questionou Jesus durante algum tempo, mas ele não respondeu” (Lucas 23:09;. Mt 27:14, Atos 08:32, Isaías 53:7, etc.) Como uma ovelha muda que vai ao matadouro. José sentiu muito seu aprisionamento, pois nos é dito nos Salmos que “o ferro entrou em sua alma” (Salmos 105:18). Ele sentiu que era uma coisa cruel estar sob tal calúnia e sofrer por sua inocência. Jesus também sentiu essa profunda angústia na alma (Mateus 26:38). Deus estava com José em sua humilhação e prosperou a ele (Gn 39:2). Deus estava com Jesus em sua humilhação e prosperou a Ele (Is. 53:10). Jesus Cristo, o Messias, é o judeu que foi espancado, rejeitado, humilhado, morto pelo pior método desenvolvido pelo pior e mais tirânico império que o mundo já viu. Mas isso ainda não era nada. Na cruz Jesus recebeu o castigo da justiça do Deus infinitamente Justo sobre nossos pecados. A punição que cada ser humano receberia eternamente no inferno por cada assassinato, por cada crime, por cada quebra na Lei de Deus, pelos seus pecados diários, recaiu de uma vez sobre Jesus. “Todavia, ao Senhor agradou esmagá-lo, fazendo-o sofrer” (Isaías 53:10). Mas as profecias diziam que a tumba não o seguraria “E tornará a viver; os planos de Deus hão-de prosperar nas suas mãos.[...] Por isso lhe darei as honras de quem é grande e poderoso” (Isaías 53:10-12) O livro de apocalipse mostra um retorno de Jesus muito diferente do que foi a primeira vez: “Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça. Os seus olhos são chama de fogo; na sua cabeça, há muitos diademas; tem um nome escrito que ninguém conhece, senão ele mesmo. E seguiam-no os exércitos que há no céu, montando cavalos brancos, com vestiduras de linho finíssimo, branco e puro. Sai da sua boca uma espada afiada, para com ela ferir as nações; e ele mesmo as regerá com cetro de ferro e, pessoalmente, pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso. Tem no seu manto e na sua coxa um nome inscrito: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES.” Tanto o servo sofredor José como o vitorioso rei Davi eram sombras do que viria, mas a realidade completa é Jesus Cristo. Morreu como cordeiro, ressuscitou como Leão. Vá com ele, siga ele pela lama e na masmorra, e você estará com ele nos palácios da glória.

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sexta-feira, 16 de junho de 2023

07:41 - No comments

A revelação de Jesus Cristo em Gênesis 38: O Messias não tem pedigree

Os rabinos para alertar os judeus dos perigos do excessivo orgulho da sua linhagem judaica, contam uma história (Ruth Rabá (8:1), midrash em Salmos 4:5) que o rei Davi costumava sofrer zombaria de outros judaítas que o chamavam de “pesul mishpaha” (manchado em relação às origens familiares), por causa de sua descendência de Rute (uma moabita). E assim, certa vez os sábios de Israel teriam alegado que Davi não poderia ser rei pois sua avó Rute era uma moabita, e por isso ele não preencheria a pureza sanguínea necessária. Davi teria admitido que realmente era impuro, mas que todos eles de Judá também eram impuros, pois nasceram do incesto de Judá com sua nora Tamar, uma cananita. O Rabbi Abba bar Kahana sobre isso pergunta: “O quê, você acha que tem pedigree?”.

E se a linhagem de Davi não era “pura”, não seria “menos impura” a linhagem do Mashiach ben David (Messias filho de Davi), que necessariamente teria que contar com a cananita Tamar, a prostituta Raabe e a moabita Rute. A dignidade de Jesus provém dEle mesmo, e não de seus antepassados. Em Gênesis 38, a Bíblia conta uma dessas deploráveis histórias sobre os nossos primeiros pais, assim Deus mostra que a salvação se manifestou por graça divina, e não por méritos humanos. Logo, não há motivo para se orgulhar.

Depois que os filhos de Jacó entregaram José, Judá passou a viver no meio dos cananeus. A família da promessa estava sob ameaça, cada vez mais dividida e espalhada, era difícil imaginar como Deus os juntaria novamente. Judá se casa com uma cananéia e tem filhos. Percebemos que Judá começa a aderir aos costumes e práticas religiosas dos cananeus. O filho mais velho de Judá era perverso e por isso Deus o matou. Ele tinha uma esposa que foi entregue para o segundo filho, este foi injusto com ela, e Deus o matou também. Pelos costumes daqueles povos, Judá deveria esperar o filho mais novo crescer e entregá-lo como marido de Tamar. Mas Judá havia se tornado um homem místico e supersticioso, ao invés de entender que apenas Deus pode dar ou tirar a vida, ele começa a pensar que Tamar traria alguma má sorte e o terceiro filho morreria também, e assim não cumpre sua palavra. O que para uma mulher daquele tempo seria terrível e injusto.


Timna era uma cidade de adoração dos cananeus, e havia lá um festival onde a tosquia das ovelhas era feita, eles levavam seus presentes e ofertavam as divindades por meio de prostitutas cultuais, que tinham os rostos cobertos. A esposa de Judá estava morta, e Tamar se passa por uma prostituta cultual, e se coloca no caminho de Judá, ele promete um cabrito (animal frequentemente usado como sacrifício) como pagamento para coabitar com ela. Isso mostra o nível de depravação moral e religiosa de Judá. Quão longe Judá estava da sua casa, da sua família e de Deus. Tamar pede como penhor do pagamento o selo, o bordão e o cajado dele (coisas que identificavam as pessoas). Judá estava literalmente perdendo sua identidade. Meses depois, Tamar aparece grávida e é acusada de adultério. Pela lei dos cananeus ela deveria ser morta, ela se defende: "Estou grávida do homem que é dono destas coisas” (v25). Judá reconhece seus itens e reconhece que foi injusto com ela. “Ela é mais justa do que eu” (v26). Desta gravidez nasceu Perez, do qual descendia Davi e Jesus Cristo.


De forma paralela, desde que o Messias foi entregue na cruz, a casa de Judá foi invadida e obrigada a se espalhar por outros lugares longe de Sião. Novas doutrinas que foram inseridas afastaram os filhos de Judá do antigo ensino da Torá e dos profetas, na idade média foram colocados em segundo plano o entendimento dos antigos sábios de Israel, levando-os para o misticismo, numerologia e superstição, e cada vez mais longe de Jesus. Minha oração é para que os gentios do nosso tempo, assim como Tamar, possam mostrar aos filhos de Judá sua verdadeira identidade. Não existe Israel sem o Messias. E não existe Judá, sem Siló. Chegará o dia em que conhecerão o descendente de Judá que jamais perdeu o seu cajado (Gn 49.10), neste dia os filhos de Judá reconhecerão Tamar como sendo da sua própria família.


“Israel experimentou um endurecimento em parte, até que chegue a plenitude dos gentios”. (Romanos 11:25)

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quinta-feira, 15 de junho de 2023

03:22 - No comments

A revelação de Jesus Cristo em Gênesis 37: José do Egito

Charles Spurgeon dizia que você pode ler a história de José vinte vezes, e ainda assim não terá percebido todas as representações de Jesus na vida de José. isto não é uma mera coincidência, foram alguns dos inúmeros prenúncios para que o Messias fosse reconhecido quando viesse. Os incrédulos e teólogos liberais precisam explicar como a vida de José descrita milênios antes espelha tão absurdamente a vida de Jesus, envolvendo inúmeras circunstâncias humanamente não-controláveis. A começar por um milagroso nascimento, uma vez que Raquel (a mãe de José) era estéril, e sua gravidez foi fruto da intervenção direta de Deus (Gn 30:2). Maria, mãe de Jesus, também deu à luz por meio de um milagre de Deus. O nascimento de José iria remover a reprovação de Israel, “tirou-me Deus a minha vergonha” (Gn 30:23). O nascimento de Jesus foi glória para o povo de Israel (Lc 2:32), e em lugar da nossa vergonha pelo pecado, Deus por meio de Cristo nos concede dupla honra (Is 61:7). O nome de José (Yosef: יוֹסֵף) significa “Que ele adicione”, para expressar a esperança de Raquel de ter mais filhos (Gn 30:24). O profeta Isaías, 720 anos antes de Jesus nascer disse que o servo sofredor, pelo seu sofrimento dará a Deus “uma multidão de filhos” (Is 53:10). O apóstolo Paulo disse que o propósito de Deus foi para que Jesus fosse "o primogênito entre muitos irmãos" (Rm 8:29). O nascimento de José marcou o fim do exílio de Israel da terra, depois de seu nascimento, Jacó deixa Labão para ir à Terra Prometida (Gn 30:25). O nascimento de Jesus marca o fim do exílio espiritual de Israel, o fim da escravidão do pecado (Lucas 2:29-32). Aos 17 anos, José trabalhava como pastor de ovelhas e é mencionado como o filho amado, e preferido de seu pai Jacó. Assim como Cristo, o "o bom Pastor" (Jo 10:11), e a declaração de Deus a Jesus foi "Este é meu filho Amado" (Mt 3:17) José levava as informações dos seus irmãos para seu pai (v.2), e foi enviado do pai para os seus irmãos (v.13). De modo similar, Jesus faz a comunicação entre os homens e Deus-Pai, sendo o sacerdote que nos representa diante de Deus, e ao mesmo tempo o profeta que comunica a mensagem do Pai para a humanidade. José foi “ungido” por seu pai com uma túnica talar (Gn 37:3) que no mundo antigo era dado aos filhos do rei, com essa atitude Jacó deixava claro quem haveria de governar sobre seus filhos. Similarmente, o Salmo 45:7-8 e Hebreus 1:9 declaram sobre Cristo (que significa “O Ungido”): “Amas a justiça e odeias a iniqüidade; por isso Deus, o teu Deus, escolheu-te dentre os teus companheiros ungindo-te com óleo de alegria. Todas as tuas vestes exalam aroma de mirra, aloés e cássia.” José teve dois sonhos, no primeiro ele vê o seu feixe de trigo se levantar diante de todos, e os feixes de trigo dos seus irmãos se curvam diante dele. Isso me lembra muito o fato de que o trigo é o símbolo do verdadeiro povo de Deus (Mateus 13:24-30, Mateus 13:36-43), e Jesus é a primícia da colheita deste povo, o primeiro a se erguer da terra pelo poder da ressurreição (João 12:24), e diante Dele se curva todo povo de Deus. O segundo sonho é ainda mais interessante porque embora em alguma medida ele se cumpriu na vida de José (Gn 42:6-7), não se pode dizer que houve um cumprimento pleno em José. José viu o sol, a lua e onze estrelas se curvarem diante dele. O problema aqui é que Raquel (a mãe de José) já estava morta e nunca se curvou diante dele, em algum nível a profecia falhou, a menos que propositalmente a profecia se aplique primariamente para outra pessoa, de quem José é apenas um símbolo, e eu entendo que este é o caso aqui. A luz de Apocalipse 12, vemos que esse símbolo do sol, da lua e das estrelas simbolizam a igreja de Deus se curvando diante de Cristo. Mas porque onze estrelas? Porque representam os onze apóstolos que se curvaram diante de Jesus, exceto Judas que o traiu. Os irmãos de José não podiam falar gentilmente com ele (Gn 37:4). Jesus era provocado continuamente por parte das autoridades do seu povo, cumprindo a profecia sobre o Messias em Salmos 109:3: “Eles me cercaram com palavras odiosas, e pelejaram contra mim sem causa.”. Os irmãos de José recusaram seu governo sobre eles (Gn 37:8). Enquanto que Jesus comparou sua rejeição pelos líderes religiosos como uma rejeição ao seu reinado: “Não queremos que este homem reine sobre nós” (Lc 19:14). Os irmãos de José não acreditaram nele (Gn. 37:19-20), e os irmãos de Jesus (seu povo) também não acreditaram nEle (Jo 1:11). Os irmãos de José conspiraram para matá-lo (Gn 37:18), e os sumos sacerdotes e os anciãos de Israel conspiraram juntos para matar Jesus (Mt 27:1). Tiraram a túnica de José e zombaram dele (Gn 37:19,23). Também tiraram a túnica de Jesus e zombaram dele: “E, tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça, e em sua mão direita uma cana; e, ajoelhando diante dele, o escarneciam, dizendo: Salve, Rei dos judeus.E, havendo-o crucificado, repartiram as suas vestes, lançando sortes, para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta: Repartiram entre si as minhas vestes, e sobre a minha túnica lançaram sortes” (Mt 27:29,35,39). José foi lançado em uma cova (Gn 37:24). Jesus foi lançado em uma cova (Zc 9:11; Mt 27:59-60). Os filhos de Jacó insensivelmente comeram uma refeição enquanto ele estava sofrendo na cova (Gn 37:25), similarmente os filhos de Israel comeram a refeição de Páscoa enquanto Jesus estava na cova (Jo 13:1). José foi criado na Terra Prometida (Gn 37:2) e levado ao Egito, para evitar ser morto (Gn. 37:28). E Jesus foi criado na terra prometida (Mt 2:23; 21:11, Jo 1:45) e foi levado ao Egito, para não ser morto por Herodes (Mt 2:13-14). No caso de José, vale observar que vem de Judá a ideia de poupar a vida de José, curiosamente de Judá veio o Cristo para poupar a vida de cada um de nós. José foi vendido por vinte ciclos de prata (Gn 37:28), que era o valor de um homem dos 5 aos 20 anos de idade (Lv 27:5). E por Jesus, de forma semelhante, foi pago 30 moedas de prata: “Eles pagaram a ele (Judas), trinta moedas de prata” (Mt 26:15), que foi o exato valor mencionado na profecia de Zacarias 11. Os filhos de Jacó entregaram José para um povo estrangeiro, ele ainda sofreria muito antes de ser promovido para a glória (Gn 37:28). De semelhante modo, os filhos de Israel entregaram Jesus aos estrangeiros (império romano), e Cristo sofreria muito, cumprindo o papel de servo sofredor, antes de Sua exaltação e triunfo (Jo 13:12-17;. Mt 20:25-26, Mc 10:43). Israel passaria 400 anos fora da terra prometida depois de ter rejeitado José. Israel passaria 2000 anos fora da terra prometida depois de ter rejeitado Jesus. José foi momentaneamente separado de seu pai, e de semelhante modo Jesus foi momentaneamente separado de Deus Pai. Mesmo nos mais profundos abismos, a Bíblia nos lembra que “O SENHOR era com José”. Não importa quão profundo sejam os nossos abismos, dificuldades ou dilemas familiares, o Senhor sempre estará conosco e ouvirá nossa voz quando clamarmos por Ele. Mas naqueles momentos da cruz, Jesus conheceu a completa separação de Deus, como se não bastasse, sofreu também a completa oposição e punição de Deus por ter sido feito pecado em nosso lugar. José foi substituído pelo sangue de um carneiro, mas para Jesus não houve alternativa, ele bebeu aquele cálice sozinho. Os pecados dos filhos de Jacó, os pecados da nação de Israel, e de todas as nações, os meus e os seus pecados foram castigados sobre o Filho de Deus pendurado na cruz. Seria um erro culpar os judeus ou romanos, lembre que antes de tudo, foram os teus pecados que o penduraram na cruz. Corra para Cristo, pecador. Nosso irmão e Senhor é misericordioso para nos perdoar de todo o pecado e nos purificar de toda iniquidade.


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quinta-feira, 4 de maio de 2023

21:25 - No comments

A revelação de Jesus Cristo em Gênesis 36: O Niilista Pré-Moderno


Gênesis vem desenvolvendo a história de Jacó até aqui, mas neste capítulo abre-se um parênteses para relatar a descendência de Esaú. Alguns paralelos são feitos indiretamente entre ambos. Jacó teve seu nome mudado para Israel (que falamos no comentário de Gênesis 32, tem haver com a missão do Messias de justificar e retificar, fazendo a ponte entre Deus e os homens), enquanto Esaú tem seu nome mudado para Edom (que significa “vermelho”, uma lembrança de quando Esaú trocou a benção de Deus por um prato de guisado vermelho (Gn 25:34). “Esta é a história da família de Esaú, que é Edom” (Gênesis 36:1). Tanto Jacó quanto Esaú têm 12 filhos.

Esaú não se importava com as verdades eternas de Deus. O seu “deus” era o próprio ventre. Esaú queria as bênçãos decorrentes da aliança, mas não tinha interesse no Deus da Aliança. Era um homem imediatista, entregue aos prazeres da carne, sem preocupação pelas promessas e pela glória futura, escravo dos seus olhos, ansioso por riquezas, escolheu suas mulheres sem considerar a vontade de Deus, estava disposto a tudo por poder e posses.


No verso 6, a profecia de Isaque se cumpriu sobre Esaú/Edom pela primeira vez (haverá outras): “Então Isaque, seu pai, disse: Sua habitação será longe dos lugares férteis da terra, longe do orvalho que cai do alto. Você viverá da sua espada e servirá o seu irmão; quando, porém, você se libertar, sacudirá do seu pescoço o jugo dele” Gênesis 27:39-40.


Esaú conhecia as profecias sobre a terra prometida, ele sabia que a descendência espiritual de Abraão herdaria aquela terra. Ele também sabia que não bastava ser descendente “fisicamente” de Abraão, haja vista que seu tio Ismael não pertencia à linhagem da promessa. Ao abandonar a terra prometida, Esaú está se desvinculando por completo do povo da aliança, e ao mesmo tempo reconhecendo implicitamente Jacó como o sucessor legítimo de seu pai Isaque. Esaú certamente sabia que se permanecesse seria servo de Jacó. Ele muda-se para Seir, longe das terras férteis de Canaã. Assim, os Edomitas, descendentes de Esaú, se desenvolveram como conquistadores militares que cresceram por meio da violência, saqueando outros povos. Cumprindo a profecia de Isaque.


Analisando a descendência de Esaú, percebe-se um afastamento progressivo de Deus. O nome de um dos filhos de Esaú é Reuel que significa amigo de Deus, se referindo ao Deus de Abraão e Isaque. Olhando os nomes subsequentes, percebemos um esquecimento do Deus da aliança e aparecimento de nomes em homenagem aos ídolos pagãos, como Baal-Hanã em homenagem a Baal. Ao ponto dos Edomitas se tornarem completos inimigos do povo de Deus.


Edom se tornou um povo forte e poderoso, militarmente temível. Na contramão da descendência de Jacó, pastores de ovelhas, que estavam prestes a se tornar escravos. Assim também aconteceu com a linhagem de Caim quando comparado com a linhagem de Sete, os filhos da promessa novamente parecem estar em desvantagem. Imagine os hebreus lendo sobre o poderio dos reis de Edom, enquanto eles foram feitos escravos no Egito; certamente foi necessário fé no caráter de Deus e na sua aliança.


A descendência da serpente (G.3.15) parecia prosperar, e a abençoada linhagem messiânica parecia não tão abençoada assim. A linhagem da serpente sempre agiu para combater e aniquilar a linhagem do Messias: 500 anos depois no caminho da terra prometida, os edomitas impedem Israel de passar para Canaã (Números 20). Saul precisou lutar contra os edomitas, Davi subjugou eles, tornando Edom uma nação vassala, mas eles novamente “sacudiram do pescoço o jugo deles”. Malaquias tem profecias contra Edom, boa parte do livro de Obadias são maldições contra Edom. Quando os filhos de Jacó foram atacados pela babilônia, os edomitas fecharam as estradas e entregaram os filhos de seu irmão para o cativeiro. Mas a maior tentativa de aniquilar a semente messiânica ainda estava por vir, e foi dada pelo rei Herodes (filho de um idumeu, da terra de Edom), quando era rei da Judéia, ele soube que o Rei dos Reis prometido nas escrituras judaicas havia nascido, e mandou matar todas as crianças abaixo de 2 anos em Belém.

Israel permaneceu, mas Edom já não existe mais. E aquela singela, pobre e humilde linhagem do Messias cresceu e se espalhou alcançando, pelo evangelho, todas as nações da terra, contra todas as probabilidades e conquistando, inclusive, o coração de muitos descendentes de Esaú.

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20:07 - No comments

A revelação de Jesus Cristo em Gênesis 35: O Deus da Casa de Deus

Jacó tinha um voto a cumprir (Gn 28.20-22). Deus ordena que ele suba para Betel e construa um altar. Seria natural que numa família tão grande, em algum momento os filhos mais velhos iriam querer sair e morar sozinhos, ou habitar no meio de algum dos povos vizinhos ou simplesmente não seguir o pai nas suas peregrinações. Mas os eventos que acontecem em torno dessa família simplesmente deixam todos da família sem qualquer outra opção. Deus estava atuando de modo natural e sobrenatural para formar uma grande nação por meio deles.

Eles precisavam fugir dos cananitas, seria perigoso demais continuar morando em Siquém. Jacó ordena a todos que abandonem os seus ídolos e imagens de escultura, eles precisavam se purificar para se apresentarem diante de Deus. Interessante notar que Jacó faria a mesma rota de seu avô Abraão (Gn 12.8).

Quando Jacó fugia de seu tio Labão, o Anjo do Senhor (que era Jesus, conforme explicado no comentário sobre Gênesis 32) falou a Jacó em sonho (Gn 31.11) e refere-se a si mesmo como o "Deus de Betel" (31.13). Betel significa “Casa de Deus”, e Jacó vai renomear o lugar para El BetEl (que significaria: O Deus da Casa de Deus). Jacó constrói o altar e o Deus Todo-Poderoso reafirma a mudança de nome de Jacó para Israel, confirmando assim que era Ele próprio que lutou com Jacó no vau do Jaboque. Mas é interessante observar que o Deus Todo Poderoso estava pessoalmente diante de Jacó: “A seguir, Deus elevou-se do lugar onde estivera falando com Jacó” (Gn 35:13). Uma vez que ninguém jamais viu a Deus Pai, trata-se de mais uma evidência de que era Jesus que estava falando com Jacó.(Êxodo 33:20, João 1:18, Juízes 6:22). Essa cena também lembra o momento da ascensão de Jesus (Lucas 24:50,51), Jesus também abençoou os discípulos, o Israel de Deus (Gálatas 6:16), e depois disso subiu aos céus.

Deus reafirma a promessa para Jacó: “De você procederão uma nação e uma comunidade de nações” (Gn 35:11). Deus não prometeu apenas uma nação (Israel), mas também uma comunidade de nações. Que comunidade é essa? A fé dos patriarcas se manteve encarcerada dentro do território de Israel até Jesus. Na sua ascensão Jesus ordena que o evangelho seja pregado “até aos confins da terra” (Atos 1:8). E olha só você, milênios depois e do outro lado do mundo, lendo sobre a história de Jacó. Tudo isso somente graças a Jesus Cristo.


Deus promete uma boa terra a esses descendentes. Também não seria possível que estivesse falando da terra de Canaã, pois ainda que essa fosse possuída por Israel, a profecia era de que essa comunidade de nações também descenderia a terra. Repare:

“A terra que dei a Abraão e a Isaque, dou a você; e também aos seus futuros descendentes darei esta terra" (Gênesis 35:12).

Obviamente estas promessas tinham um significado espiritual, Jacó tinha alguma noção disso, ainda que esta não fosse tão clara e definida como temos agora. O céu é a terra prometida para todos filiados em Jesus, que são portanto descendentes de Jacó.

Partiram de Betel e chegando em Efrata, deu à luz Raquel, e ela teve muita dificuldade no parto. Ela já estava morrendo, quando deu ao filho o nome de Benoni (que significa “filho da dor” ou “filho da aflição”). Mas o pai deu-lhe o nome de Benjamim (“Filho da Destra”)”. Assim morreu Raquel, e foi sepultada no caminho de Efrata; que é Belém.

Neste mesmo lugar, milênios depois iria nascer um descendente de Jacó que Isaías chama de “servo sofredor”, “aflito”, “homem de dores”. Diante do que Simão profetiza sobre Jesus para Maria (Lucas 2:35), Maria podia ter-lhe chamado Benoni. “Nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.” (Isaías 53). Mas como Deus, seu Pai, o chamou? Benjamim, o filho da Destra. "O qual, havendo subido ao céu, reina à direita de Deus" (1 Pedro 3:22)

Essa história pré-profetiza, aquilo que ficaria explícito apenas com o profeta Miquéias (Mq 5:2) que Benoni: Benjamim, o Senhor Jesus, havia de nascer em Belém.


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