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Climatempo faz reportagem sobre a Crise da água que atinge São Paulo
"Com a falta de água, cessariam as outorgas de irrigação e de indústrias e, talvez, de comércio. Seria um caos completo. Você teria de viver com a compra de água a granel, por caminhão pipa, mas você não tem a garantia da qualidade. É uma situação muito grave. E a gente passa ainda pela rua e vê pessoas lavando carro, lavando calçada. Não sabem da gravidade do problema. É muito grave. Nós nunca passamos uma situação como essa. E por causa do ambiente político desse ano, essa história não está vindo a público. Então, está se negando o problema e o problema já está instalado. Se não ocorrerem chuvas para reabastecer ou encher os reservatórios pelo menos 5 ou 10% a situação vai ficar extremamente grave. E esse cenário nebuloso está cada dia mais próximo."Segundo a meteorologista da Climatempo, Bianca Lobo, o volume médio de chuvas no período entre outubro a março no sistema Cantareira é de cerca de 1.250 milímetros, ajudando-o a recuperar de um ano para o outro cerca de 30% do seu volume. Ou seja, se chover a média dos outros anos, o volume de água que entrará vai ajudar a recuperar o volume morto (cerca de 18%) e vai sobrar apenas 12% acima disso para enfrentar a próxima estação seca. Isto significa que a situação vai continuar muito grave, mesmo se as chuvas seguirem os padrões. Se chover menos, será o caos, de verdade. E é exatamente isto que a Climatempo está prevendo, ou seja, que este ano o volume de chuvas ficará um pouco abaixo do normal. Nem os 30% históricos devem acontecer.
Reportagem da Climatempo:
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