sexta-feira, 28 de maio de 2021

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A revelação de Jesus Cristo em Gênesis 18: Deus em Carne e Osso

Era a hora mais quente do dia. Abraão, sentado à porta de sua tenda nos arredores dos carvalhos de Manre, avista três homens se aproximando. Um deles é reconhecido. Abraão corre, se curva e presta adoração. Era Deus.

Não, você não leu errado: era o próprio Deus aparecendo, aparentemente em forma humana, para um simples homem. Abraão não apenas o ouviu, mas desta vez também o viu e até lhe serviu comida (qualquer semelhança com o Deus encarnado que viria, andaria e comeria entre nós não é mera coincidência).

Você, entretanto, poderia pensar que estes três homens eram apenas anjos representando Deus, mas repare: a bíblia nos diz que Abraão, ao curvar-se, diz “Meu senhor, se mereço o seu favor, não passe pelo seu servo sem fazer uma parada”. Se eram três, então porque Abraão não disse “meus senhores”? E se os três eram anjos porque os outros dois não repreenderam a adoração indevida de Abraão ao terceiro anjo. A resposta é simples: porque um deles, e apenas um deles, era realmente Senhor.

Um dos argumentos do judaísmo contra a divindade de Cristo é a suposta impossibilidade de Deus encarnar em forma humana. Segundo o rabino Henry Sobel (ex-presidente do Rabinato da Congregação Israelita Paulista) “Na teoria judaica, [...] Deus não pode se materializar em nenhuma forma”. Após lermos Gênesis 18, o que me parece é que tal interpretação não condiz com a Palavra do Eterno. Se é impossível Deus Filho ter encarnado em forma humana, então não seria igualmente impossível Abraão ter recebido uma visita de Deus? Se não era Deus, com quem Abraão estava falando? Porque ele adorou outro que não era o Senhor? Aqui, milhares de anos antes de Jesus nascer, vemos Abraão interagir com Deus como quem interage com outro ser humano. Mais para frente, durante o diálogo entre eles, fica absolutamente claro que Abraão estava diante de Deus.
Deus, então, diz que na primavera seguinte Ele voltaria e eles já teriam um filho. Sara duvida, ri e quando questionada ainda mente. Mas vemos que, apesar da incredulidade e do pecado, Deus não volta atrás e mantém sua promessa, não por quem Abraão e Sara eram, mas por quem Ele é. A promessa de Deus não dependia da obediência e fé dos homens, mas aconteceria porque assim Deus quis que acontecesse.

Depois de comerem, os dois anjos seguem à caminho de Sodoma, porém o Senhor fica e lhe conta a respeito do pecado da cidade, que têm se agravado e multiplicado, e fala da destruição que viria à eles. Abraão, como quem não acreditava que a cidade fosse totalmente má, faz uma pergunta um tanto quanto curiosa: “Destruirás também o justo com o ímpio?” e continua: “Se porventura houver cinquenta justos na cidade, destruirás também, e não pouparás o lugar por causa dos cinquenta justos que estão dentro dela?”. A resposta de Deus é que se houvesse 50 justos na cidade, ele pouparia os ímpios por amor aos justos. Abraão insistentemente questiona caso houvesse 45, 40, 30, 20 e 10 justos.

A resposta de Deus permanece a mesma em todos os casos: por amor do justo, pouparia o ímpio.
Assim como em todo o resto do mundo, sabemos que o Senhor não pôde encontrar 10 justos naquela cidade. Ele não encontrou nem mesmo um. “Não há um justo, nem um sequer”. Por não haver justos na terra, é que o Verbo se fez carne e veio habitar entre nós. Ele pagou nossa dívida para com Deus. O injusto é salvo pelo justo. O mau, pelo bom. O indigno, pelo que é digno. E por causa dEle e por amor à Ele, que é Justo, fomos poupados.




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sábado, 24 de abril de 2021

15:51 - No comments

A revelação de Jesus Cristo em Gênesis 17: A Circuncisão

Ao ler o Antigo Testamento, você perceberá que os rituais nele presentes são simbólicos. Um símbolo por definição, é algo que tem um significado para além dele próprio, é algo que representa e aponta outra coisa maior e mais importante (Uma placa pode indicar uma rua, mas uma rua não aponta para uma placa). Se excluirmos o Novo Testamento, os símbolos do AT pareceriam um fim em si próprios (a placa indicando a própria placa), e aí não fazem sentido. Apenas o novo testamento completa o sentido para tais simbologias.

Um desses símbolos nos foi dado quando Deus confirmou mais uma vez sua aliança com Abraão, e instituiu a "circuncisão":

“Todos os do sexo masculino entre vocês serão circuncidados na carne. Terão que fazer essa marca, que será o sinal da aliança entre mim e vocês. Da sua geração em diante, todo menino de oito dias de idade entre vocês terá que ser circuncidado, tanto os nascidos em sua casa quanto os que forem comprados de estrangeiros e que não forem descendentes de vocês. Sejam nascidos em sua casa, sejam comprados, terão que ser circuncidados. Minha aliança, marcada no corpo de vocês, será uma aliança perpétua. Qualquer do sexo masculino que for incircunciso, que não tiver sido circuncidado, será eliminado do meio do seu povo; quebrou a minha aliança". (Gênesis 17:10-14)

A circuncisão feita por Abraão não parece ser uma experiência religiosa mística miraculosa na presença de personagens mágicos, mas o símbolo de um pacto. Símbolo de uma aliança com Deus. O que podemos aprender com esse símbolo? Em muitos lugares do Antigo Testamento encontraremos o verdadeiro significado da circuncisão, como sendo um símbolo que aponta para a verdadeira circuncisão: a circuncisão do coração (Levítico 10:16, 30:6; Jeremias 4:4; 9:25,26 ; Ezequiel 44:7,9), conforme disse o próprio Moisés:

"Circuncidai, pois, o prepúcio do vosso coração, e não mais endureçais a vossa cerviz." (Deuteronômio 10:16)

"E o SENHOR teu Deus circuncidará o teu coração, e o coração de tua descendência, para amares ao SENHOR teu Deus com todo o coração, e com toda a tua alma, para que vivas." (Deuteronômio 30:6)

Por inúmeras vezes na Lei e nos profetas, a palavra de Deus chama o povo de Israel (que eram circuncidados na carne) de incircuncisos de coração. Repare que essa circuncisão é feita por Deus e não pelo indivíduo, segundo Deuteronômio 30:6. O que adianta ser circuncidado e ser um adúltero, ou um mentiroso, um idólatra...? Não adiantava o judeu se circuncidar e não praticar toda a Lei, ele seria circunciso de carne, mas não em seu coração. Aquele símbolo externo na carne era falso nele, pois simbolizava algo não verdadeiro. Seria além de tudo, o pecado da hipocrisia. “Porque a circuncisão é, na verdade, proveitosa, se tu guardares a lei; mas, se tu és transgressor da lei, a tua circuncisão se torna em incircuncisão. Se, pois, a incircuncisão guardar os preceitos da lei, porventura a incircuncisão não será reputada como circuncisão? E a incircuncisão que por natureza o é, se cumpre a lei, não te julgará porventura a ti, que pela letra e circuncisão és transgressor da lei? Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne. Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito, não na letra; cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus.” (Romanos 2:25-29) Mas se formos honestos, tanto judeus quanto gentios, por mais que reconheçamos a sabedoria da Torá (Lei de Deus), qual de nós consegue seguir toda a Lei? A sinceridade nos obrigaria a admitir que toda nossa religiosidade (seja ela qual for) e seus rituais tem pouca força contra a imoralidade e os pecados que habitam o nosso coração, o mero ato simbólico de circuncidar o genital não impede um homem de ser pornográfico ou adúltero, por exemplo. Depois de muito tentar, o homem deveria reconhecer sua incapacidade de salvar-se. Há necessidade de uma ação sobrenatural, uma transformação no coração, uma cirurgia que apenas Deus pode fazer (Deuteronômio 30:6). Precisamos de um Salvador para corrigir o desvio na nossa natureza, essa tendência maligna que nos acompanha desde o jardim do Éden:

“Nele também vocês foram circuncidados, não com uma circuncisão feita por mãos humanas, mas com a circuncisão feita por Cristo, que é o despojar do corpo da carne. No batismo, vocês foram sepultados com Cristo e, com ele, foram ressuscitados para a nova vida por meio da fé no grande poder de Deus, que ressuscitou Cristo dos mortos. Vocês estavam mortos por causa de seus pecados e da incircuncisão de sua natureza humana. Então Deus lhes deu vida com Cristo, pois perdoou todos os nossos pecados. Ele cancelou o registro de acusações contra nós, removendo-o e pregando-o na cruz.” (Colossenses 2:11-14).

Portanto, a circuncisão era esse símbolo na carne que apontava para algo muito maior, era uma “sombra do que haveria de vir; a realidade, porém, encontra-se em Cristo” (Colossenses 2:17). Arrependa-se e entregue o seu pecado secreto à faca. Tire a capa da religiosidade, exponha suas vergonhas. E deite-se na mesa do melhor cirurgião cardiovascular. Quando a dor passar, vai experimentar as belezas de uma obediência por amor e gratidão em Jesus Cristo!

“Feriste-me o coração com a Tua palavra e eu te amei.” (Agostinho de Hipona)


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sábado, 10 de abril de 2021

15:53 - No comments

A revelação de Jesus Cristo em Gênesis 16: O Deus que me vê


Sara propõe que Abrão tomasse outra mulher, que geraria filhos nos quais ela poderia adotar. Era um costume da época, e se Abrão tomasse a escrava da sua esposa, os filhos seriam propriedade de Sara. Para além dos problemas éticos e morais (e pecaminosos) daquela cultura, esse pecado foi uma tentativa de “ajudar Deus” no cumprimento da promessa de descendência, uma vez que que Deus parecia demorado em cumprir. Foi uma atitude de profunda incredulidade, eles esqueceram-se do poder absoluto e dignidade Daquele que havia empenhado sua Palavra. E quando a tentativa de dar um “jeitinho” e alcançar a promessa com as próprias mãos começou a gerar muitos problemas, ao invés de reconhecer o seu erro, Sara, seguindo o mesmo padrão de Adão, tenta achar alguém para culpar: “Então Sarai disse a Abrão: “Você é o culpado da vergonha que estou passando! Entreguei minha serva a você, mas, agora que engravidou, ela me trata com desprezo. O Senhor mostrará quem está errado: você ou eu!”. Abrão respondeu: “Hagar é sua serva. Faça com ela o que lhe parecer melhor”. Então Sarai a tratou tão mal que, por fim, Hagar fugiu” (Gênesis 16:5,6). Abrão, Sarai e Hagar aparecem nesse texto como vilões da história. A história só tem um herói: o próprio Deus. O Anjo do Senhor (que para alguns estudiosos pode ser a personificação do próprio Cristo) aparece para Hagar. Hagar reconhece que quem estava ali diante dela era Deus: “Tu és o Deus que me vê [...] Aqui eu vi aquele que me vê!” (Gênesis 16:13). Deus abençoa Hagar e promete abençoar seu filho. Mas é claro que a promessa não se cumpriria por meio de Ismael. Não seria por intervenção humana, mas pela intervenção do próprio Deus. Nunca se alcançou a benção de Deus por meios humanos. Aqui há um símbolo dos dois filhos que Abrão teria, as duas descendências: a primeira descendência representada por Ismael, Deus os abençoaria por serem filhos de Abrão, mas eles não pertencem à promessa. Ismael é o pai daqueles descendentes de Abrão que querem alcançar o reino de Deus pelo próprio esforço, pela sua própria estratégia, pela sua própria capacidade de seguir a Lei de Deus, aqueles que nasceram da vontade humana. E o segundo grupo são aqueles que são filhos pela fé, porque creram no Messias descendente de Abrão. Isaque representa os filhos da promessa, aqueles que nasceram não segundo a vontade humana, mas pela vontade de Deus (estamos aqui falando de Novo Nascimento, uma transformação que somente Deus pode operar), porque Deus os escolheu primeiro.

“Essas duas mulheres ilustram duas alianças. A primeira, Hagar, representa o monte Sinai, onde o povo recebeu a lei que o escravizou. E Hagar, que é o monte Sinai, na Arábia, representa a Jerusalém de agora, pois ela e seus filhos vivem sob a escravidão da lei. A segunda, Sara, representa a Jerusalém celestial. Ela é a mulher livre, e é nossa mãe. Como dizem as Escrituras: “Alegre-se, mulher sem filhos, você que nunca deu à luz! Grite de alegria, você que nunca esteve em trabalho de parto! Pois a abandonada agora tem mais filhos que a mulher que vive com o marido”. E vocês, irmãos, são filhos da promessa, como Isaque. Ismael, o filho nascido da vontade humana, perseguiu Isaque, o filho nascido do poder do Espírito, e o mesmo ocorre agora. Mas o que dizem as Escrituras sobre isso? “Livre-se da escrava e do filho dela, pois o filho da escrava não será herdeiro junto com o filho da mulher livre.” Portanto, irmãos, não somos filhos da escrava; somos filhos da mulher livre.” (Gálatas 4:24-31)


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sexta-feira, 2 de abril de 2021

13:28 - No comments

A revelação de Jesus Cristo em Gênesis 15: Contrato de Sangue


Deus promete que Abrão geraria um filho, mesmo tendo idade avançada. A Bíblia está cheia de histórias de nascimentos impossíveis e improváveis. Deveríamos nos perguntar o porquê de tanta ocorrência deste típico milagre. A resposta é simples: esse milagre aponta para a pessoa central da Bíblia que também teria um nascimento extremamente improvável e milagroso. Como seria profetizado por Isaías, o nascimento do Senhor Jesus haveria de ser milagroso, a virgem daria luz ao Messias.

Deus diz para Abrão “Olhe para o céu e conte as estrelas, se é que pode contá-las" [...] Assim será a sua descendência". Traduzido como descendência é a mesma palavra hebraica usada para semente. É uma alusão ao Cristo descendente de Abraão (Nm 24.7; Is 6.13). 


“E creu ele no Senhor, e foi-lhe imputado isto por justiça”. Abrão não foi salvo por causa da sua vida justa, mas pela misericórdia de Deus, mediante a fé, que ele foi declarado justo. A única obra válida é a obra que Deus realiza em nós por meio da nossa fé nele:


“Disseram-lhe, pois: Que faremos para executarmos as obras de Deus? Jesus respondeu, e disse-lhes: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou”. (João 6.28,29).

Pois Abrão, e os crentes da antiguidade, creram no Messias que viria. Pois todos precisamos dele para sermos salvos, por meio de seu favor e graça. “esta afirmação de ser aceito por meio da fé não foi feita só em benefício de Abraão. Ela também é para nós, os que cremos em Deus que ressuscitou da morte Jesus nosso Senhor; o qual foi entregue à morte por causa das nossas transgressões e ressuscitou para que pudéssemos ser considerados justos aos olhos de Deus” (Romanos 4:22-25). 


Abrão pede ao Senhor um sinal de que a promessa de Deus se cumpriria. Em resposta a este pedido, Deus formaliza com Abraão um pacto, segundo o costume daquela época; onde era preciso que os dois “contratantes” passassem entre os animais esquartejados; aceitando assim serem eles mesmo dilacerados como as vítimas, se infringissem seus compromissos. 


E Abrão não andou sobre este caminho de sangue. Deus fez Abrão cair em profundo sono e apenas Deus percorreu tal via, representado pela fumaça e pelo fogo. Mas esse momento parece meio macabro, Deus se apresenta de modo terrível, o texto antes descrevia uma feliz promessa para Abraão, mas agora fala de um pesadelo e grande escuridão. E na sequência Deus promete que a semente de Abraão vai sofrer muito e ser afligida. Você talvez tenha ficado com aquela cara de "Ué? Foi assim que Deus quis mostrar para Abraão que a maravilhosa promessa ia se cumprir?". Exatamente! Eu te explico: Conforme comentamos um pouco no capítulo 13, a promessa tem tanto um cumprimento na vida de Abraão, como tem aspectos que apontam para história de Israel e da igreja (o novo Israel), mas também colaboram para a revelação do Messias. Sabemos que Deus está querendo provar pra Abraão que a promessa vai se cumprir, e sabemos que os hebreus foram escravos durante 400 anos no Egito. Agora repare com atenção: 


“então, lhe foi dito: Sabe, com certeza, que a tua posteridade será peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por (em hebraico: ת) quatrocentos anos” (Gênesis 15:13)

A letra “Tav” ( ת ) em hebraico moderno, que também pode significar "aliança", “marca” ou “sinal” (lembre que Abraão pediu um sinal da promessa), no tempo de Abraão (cerca de 2000 anos antes de Cristo), era representada pelo símbolo de uma cruz ( ✝ ). E assim como todas as letras em hebraico, ela representa um valor, e o valor da Tav é 400. Abaixo a evolução do Tav do antigo hebraico para o hebraico moderno:

Perceba a beleza e harmonia da palavra de Deus: Após exatos 400 anos, o povo de Israel foi liberto da escravidão do Egito, e de modo semelhante/paralelo fomos libertos do pecado (simbolicamente do Egito) por meio de Cristo. Observe cuidadosamente o verso 13: Cristo é o descendente de Abraão que peregrinou neste mundo, foi reduzido a condição de servo (Filipenses 2:7), e foi afligido na cruz. Agora faz sentido a escuridão que Abraão viu? Uma cena terrível e muito parecida com a escuridão que tomou a terra durante a crucificação de Jesus. O fato de Deus passar sozinho pelo caminho, ou assinar sozinho os termos do pacto, significava que a promessa de Deus a Abrão, a aliança abraâmica, foi feita pelo Senhor e que seu cumprimento era certíssimo, pois dependia somente Dele (Gn 22.15-18). Ou seja, ainda que Abrão e seus descendentes falhassem no pacto com Deus, Deus seria morto como havia sido feito com aqueles animais. Este foi um anúncio perfeito de Jesus Cristo, o Deus encarnado, morrendo na cruz como um animal de sacrifício, por conta dos nossos pecados. Nesse capitulo vemos a natureza unilateral e incondicional da aliança de Deus. Pois Deus é fiel, e mantém sua fidelidade independentemente de nossa fidelidade, pois somos pecadores e incapazes de obter perfeição por nós mesmo, e até o ato de cumprir um simples pacto, necessitamos de Deus em ambos os lados. Este é o pacto da Graça. Desde de sempre foi pela Graça, nunca por obras. Nas palavras do próprio Jesus, Abraão entendeu o recado:

“O vosso pai Abraão alegrou-se ao ver o meu dia. Sabia que eu viria e ficou satisfeito” (João 8:54)

Colaborou: Gislaine Vieira (Bacharel em Tradução)

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segunda-feira, 22 de março de 2021

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A revelação de Jesus Cristo em Gênesis 14: O Nosso Melquizedeque

Na primeira guerra mencionada na Bíblia, Ló é levado prisioneiro por 5 reis que invadem Sodoma. A notícia chega até Abraão, e ele reúne 318 homens da sua casa para perseguir os reis. Mesmo em menor número, Abraão alcança e derrota esses reis, libertando Ló, sua família e o povo. E assim, ele demonstra confiança de que a benção do Senhor estava sobre ele. No retorno da guerra, duas figuras se encontram com Abraão. A primeira delas é o rei de Sodoma (talvez o único rei sobrevivente da invasão). Abraão demonstra não querer vínculo com o rei de Sodoma, e para que ele não dissesse “eu que enriqueci Abraão”, Abraão devolveu os despojos da guerra que eram originalmente dele. A preocupação de Abraão era com a Glória de Deus. Os méritos teriam que ser de Deus, não dos homens. Esse texto mostra claramente que Abraão tinha a chance de conquistar a terra de Canaã militarmente, ele derrotou sozinho 5 reis que devastaram os reis da terra, mas ele não faz isso. Mais uma evidência de que Abraão buscava uma pátria celestial e não uma terrena, e que suas conquistas seriam dadas por Deus e não pela sua espada.

A segunda figura que vem se encontrar com Abraão é muito mais interessante: Melquisedeque. Melquisedeque era rei de Salém, que no tempo dos jebuseus se chamaria Jebus, e por fim Jerusalém. Melquisedeque significa "rei de justiça"; e "rei de Salém" quer dizer "rei de paz". Você conhece um rei e sacerdote na Bíblia, conhecido por esses adjetivos? E ainda por cima, ele trás para Abraão pão e vinho, só os dois maiores símbolos que ao longo da história representaram Jesus. Nada se diz sobre sua origem ou fim, Melquisedeque simplesmente aparece na história, sem pai, sem mãe, sem genealogia, nesse sentido ele tem um sacerdócio sem começo e fim, o que nos aponta para o sacerdócio eterno de Jesus (Lembre-se que a genealogia era importantíssima para legitimar o sacerdócio levítico). Repare também que não é Abraão que abençoa Melquisedeque, mas Melquisedeque que abençoa Abraão. Portanto, Melquisedeque é maior e superior a Abraão. Abraão reconhece aquela figura de autoridade, e dá o dízimo de tudo para Melquisedeque. O Autor da Carta aos Hebreus, mostrando a superioridade do sacerdócio de Jesus, argumenta que se Abraão (que é maior que eles) reconheceu essa superioridade da ordem de Melquisedeque, os filhos de Israel também deveriam reconhecer. O próprio Rei Davi diz que o Messias seria ordenado sacerdote segundo a ordem de Melquizedeque: “O Senhor disse ao meu Senhor: "Senta-te à minha direita até que eu faça dos teus inimigos um estrado para os teus pés". [...] O Senhor jurou e não se arrependerá: "Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque". (Salmos 110:1-4) Até mesmo os rabinos da antiguidade entendiam esse texto como se referindo ao Messias. Davi era o rei de Israel, e como rei não chamaria de “meu Senhor” ninguém senão Deus. E Davi chama o Messias de “meu Senhor”. O Midrash (tradição rabínica, Livro Um, 18, 29) afirma que nesse texto do Salmo 110 o Messias é citado e conduzido para se assentar à mão direita de Deus. O Midrash Rabbah, Genesis LXXXV:9, afirma que a pessoa mencionada no verso 2 refere-se ao Rei Messias. O Midrash Yelamdeinu diz que o Messias vai usar o poder para conquistar as nações do mundo. Este salmo também é aplicado ao Messias pelo rabino Yalkut Shimoni afirmando que o Messias será colocado à mão direita de Deus. O rav. Ovadia ben Yaacov Sforno afirma que este salmo é dedicado ao Rei Messias e que ele é o único à mão direita de Deus. E no Salmo 72:17, vemos que ao Messias foi concedido estar nesta posição desde antes da fundação do mundo. Por isso o Messias judeu não poderia ser da tribo de Levi, porque seu sacerdócio não seria apenas para Israel, mas para o mundo. O sacerdócio levítico representava apenas Israel diante de Deus. Quando o sumo sacerdote da ordem levítica entrava no Santo dos Santos, no dia do Yom Kippur, ele expiava os pecados apenas de Israel. O Messias judeu viria naturalmente de Israel, mas para que nele fossem abençoadas todas as familia da terra, o messias de Israel não poderia estar debaixo da ordem levitica. Por isso Jesus, vem da casa de Davi (a tribo de Judá), assim Ele cumpre a ordem de Abraão, na autoridade da ordem de Melquisedeque (uma ordem mundial, mais ampla). Jesus incorpora em si mesmo a missão de Abraão e Israel, e a cumpre plenamente. Por isso Jesus é a Glória de Israel, pois ele é o judeu que cumpriu a missão de seu povo. Glória para Israel e a luz para todas as nações da terra. Jesus Cristo, o nosso Melquisedeque, o nosso Rei e sacerdote, é digno da nossa homenagem, não apenas dos nossos dízimos ou de um dia na semana, mas de nossas vidas completas. O Rei da Nova Jerusalém, nos receberá em seu reino eterno com pão e vinho nas bodas do Cordeiro. Seu sacerdócio é universal e eterno. Este não é um mediador distante e genérico, mas um mediador que conhece cada uma das suas dores e fraquezas, um mediador que nos conhece pessoalmente. Não um mediador limitado, mas um mediador para todos e acessível em todos os momentos (inclusive agora mesmo, inclusive por você). Não é um mediador que também precisa de perdão, mas um mediador poderoso que tem credibilidade máxima diante de Deus: “É de um sumo sacerdote como este que precisávamos: santo, irrepreensível, sem nunca ter sido manchado pelo pecado, separado dos pecadores; e foi-lhe dado o lugar de maior honra no céu. Ele não precisa, como os outros sacerdotes, de oferecer sacrifícios diários, primeiro pelos seus próprios pecados e depois pelos do povo, como os outros sumo sacerdotes. Mas Jesus sacrificou-se pelos pecados do povo, uma vez por todas, quando se ofereceu a si mesmo em sacrifício na cruz. Os supremos sacerdotes instituídos pelo antigo sistema da lei eram homens imperfeitos, mas aquele que Deus mais tarde nomeou com um juramento solene é o seu Filho, perfeito para sempre.” (Hebreus 7:26-28)


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sábado, 20 de março de 2021

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A revelação de Jesus Cristo em Gênesis 13: O Peregrino


Abraão sai do Egito para a terra prometida, o mesmo percurso que centenas de anos mais tarde que Israel faria. A caminhada de Abraão prefigurava Israel, que por sua vez prefigurava o novo Israel, isto é, a igreja de Cristo. Saindo da terra do Egito, um lugar que simbolizaria a escravidão e o sofrimento (e que também não simbolizou coisas boas nem mesmo para Abraão e Sara), marcharam rumo à terra prometida. Assim como aconteceria com seus descendentes, Abraão recebe muitos presentes dos egípcios na sua saída. Essa caminhada pelo deserto é a mesma caminhada que cada crente faz em sua vida pessoal, libertos da escravidão e de todo julgo opressor, abandonamos a antiga vida e passando pelas águas do batismo, onde somos sepultados na morte de Cristo (representado pelo mar vermelho), caminhamos nessa vida rumo ao nosso lar definitivo nos céus, a terra que Deus nos prometeu. Similarmente aos 3 casos, onde encontramos esse interessante paralelismo (Abraão, Israel e a igreja), há uma quarta história com aspectos semelhantes, que foi a infância do próprio Jesus. Similarmente aos outros casos, Jesus (que ainda era bebê) foi levado para o Egito a fim de preservar sua vida, com a morte dos que queriam matá-lo, ele retorna para Israel (Mateus 2:13-23). Durante essa jornada alguns ficam pelo caminho e seguem outro rumo. Foi o caso de Ló. Quando Ló e Abraão se separam, fica claro que Ló é guiado pelo que os olhos veem, enquanto Abraão é guiado pela fé. Deus aparece para Abraão e diz “De onde você está, olhe para o Norte, para o Sul, para o Leste e para o Oeste: Toda a terra que você está vendo darei a você e à sua descendência para sempre.” (Gênesis 13:14,15). Eu já dei um spoiler, e os mais espertos já perceberam que existem algo a mais nessa promessa: No sermão de Estêvão, ele argumenta sobre Abraão que: “Deus não lhe deu nenhuma herança aqui, nem mesmo o espaço de um pé” (Atos 7:5). E de fato, a única terra que Abraão obteve como sua propriedade foi o túmulo que ele comprou, onde foi enterrado com Sara (Gênesis 23:16). Mas a promessa não dizia que essa terra prometida seria dada para Abraão (repare que não diz que Abraão conquistaria ou compraria, mas que Deus lhe daria)? Será que a promessa falhou? Deus promete também dar essa terra “ à sua descendência para sempre”. Poderíamos até dizer que Deus realmente cumpriu plenamente sua promessa dando a terra para a descendência de Abraão (Josué 21:43-45/ 1Reis 4:21/ Neemias 9:8), mas não foi “para sempre”. Cerca de 600 anos antes de Cristo, com a invasão da Assíria, as 10 tribos do Norte foram expulsas e nunca mais voltaram, anos mais tarde Judá e Benjamim também são expulsas. Da pequena parcela que retornou para Judá e Benjamim, são expulsos novamente da terra no ano de 70 dC pelos romanos, e eles ficam quase 2 mil anos longe da terra, retornando apenas em 1946, num território certamente muito menor do que era originalmente. Existem aqui duas possibilidades de interpretação do texto: Podemos seguir a linha tradicionalmente judaica de que essas profecias são literais e se referem aos filhos de Jacó, e portanto eles são os donos da terra. Mas o problema aqui é que assumir essa interpretação é inevitavelmente, frente aos fatos, admitir que a profecia falhou, e a palavra de Deus falhou. Falhou com Abraão (que nunca tomou posse literal da terra), e nunca se manteve de modo duradouro com os filhos de Jacó. O que nos leva pra única interpretação possível, que é: em Jesus a profecia foi plenamente cumprida. E isto foi parte da argumentação de Estevão quando este pregava Jesus aos judeus antes de ser apedrejado por eles. A descendência de Abraão é Cristo, e aqueles que foram filiados a Cristo são filhos de Abraão. Essa descendência se espalhou e dominou toda a terra. Onde quer que Abraão tenha visto e percorrido, há um cristão lá. E poeticamente podemos repetir que estes se tornaram “incontáveis como a areia da terra e como as estrelas no céu”. No livro do apocalipse, João recebe uma visão sobre os salvos por Jesus e descreve como uma multidão incontável. Abraão vai peregrinando até Betel, mas Deus não o deixa se estabelecer lá, mas o manda peregrinar por toda a terra. “Vá e percorra a terra em todas as direções, porque eu a dou a você” (Gênesis 13:17). Deus chamou Abraão para ser um peregrino na terra. Portanto a Canaã, nada mais era do que um símbolo da verdadeira “terra prometida”. Diferente de Ló, que escolheu a cidade mais rica apesar do pecado e das abominações daquele lugar, Abraão foi para o outro lado em busca da cidade onde a vontade de Deus é feita, a cidade celestial. Do mesmo modo, cada cristão caminha neste mundo como o pai Abraão caminhou, peregrino, sabendo que um dia Deus nos dará este mundo quando estabelecer aqui seu reino para sempre. Abraão peregrinou em Canaã, porque não era este o destino final: “Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber como herança; e partiu sem saber para onde ia. Pela fé, peregrinou na terra da promessa como em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa. Porque Abraão aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e construtor. Pela fé, também, a própria Sara, apesar de não poder ter filhos e já ser idosa, recebeu poder para ser mãe, pois considerou fiel aquele que lhe havia feito a promessa. Por isso, também de um só homem, praticamente morto, saiu uma posteridade tão numerosa como as estrelas do céu e inumerável como a areia que está na praia do mar. Todos estes morreram na fé. Não obtiveram as promessas, mas viram-nas de longe e se alegraram com elas, confessando que eram estrangeiros e peregrinos na terra. Porque os que falam desse modo manifestam estar procurando uma pátria. E, se, na verdade, se lembrassem daquela de onde saíram, teriam oportunidade de voltar. Mas, agora, desejam uma pátria superior, isto é, celestial” (Hebreus 11:8-16)


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sábado, 13 de março de 2021

15:39 - No comments

A revelação de Jesus Cristo em Gênesis 12: A bênção de Abraão


“Mas somos filhos de Abraão!”, sempre argumentaram os religiosos (Mateus 3:9/João 8:33). Ser descendente de Abraão parece justificar uma certa “benção” e até preferência de Deus em relação a outros povos e pessoas. Mas se justificamos a benção de Deus por meio do pai Abraão, como que Abraão se justifica? Rsrs...Quero dizer...se somos abençoados por sermos filhos de Abraão... E Abraão, ele é filho de quem?
Talvez o capítulo 12 de Gênesis seja um tanto chocante para algumas pessoas religiosas. Encontramos um Abraão bem humano, bem comum e falho. Vemos que a corrupção da raça humana é generalizada, até mesmo a linhagem de Sem e Heber (da qual viria o Messias) chegando até ‘Terá’ ou ‘Terakh’, um idólatra, se corrompeu. No livro de Josué, mostra que Abraão vivia nesse contexto de idolatria até ser resgatado por Deus:


“Então Josué disse a todo o povo: Assim diz o Senhor Deus de Israel: Além do rio habitaram antigamente vossos pais, Terá, pai de Abraão e pai de Naor; e serviram a outros deuses. Eu, porém, tomei a vosso pai Abraão dalém do rio e o fiz andar por toda a terra de Canaã” (Josué 24:2,3)


Deixe-me contextualizar: No capítulo 24 de Josué, Deus está mostrando que Israel não poderia se gabar de nenhum dos seus feitos, nenhum deles poderia se gabar de nada diante de Deus, porque desde seus antepassados toda sorte de bençãos foi devido à uma adoção gratuita de Deus, para que eles não pudessem se gabar de qualquer excelência ou mérito peculiar (“Não foi a espada e o arco que lhes deram a vitória” Josué 24:12). Usar como argumento que os pais de Israel serviram a outros deuses, é o mesmo que dizer que Abraão e Nahor não eram menos idólatras que o resto da humanidade, e portanto os vaidosos não poderiam se vangloriar de seus ancestrais dignos e merecedores das bênçãos de Deus, era fruto da graça de Deus, e não por seu próprio mérito ou justiça.


Deus chama um homem idólatra e manda ele para uma terra desconhecida. No caminho para essa terra prometida, Abraão para fugir da fome desce para a terra do Egito. Sua esposa chamava muita atenção por ser muito bonita, e para não ser morto Abraão mente:


“Quando estava chegando ao Egito, disse a Sarai, sua mulher: "Bem sei que você é bonita. Quando os egípcios a virem, dirão: ‘Esta é a mulher dele’. E me matarão, mas deixarão você viva. Diga que é minha irmã, para que me tratem bem por amor a você e minha vida seja poupada por sua causa".” (Gênesis 12:11-13) 


Embora não fosse exatamente uma mentira porque eles eram meio-irmãos ou mais provavelmente sobrinha de Abraão (e nesse caso irmã seria uma forma da época de chamar sobrinha). De qualquer modo, Abraão errou ao faltar com a verdade sem falar seu real relacionamento com Sara, e por não confiar na proteção de Deus, expôs Sara a uma situação terrível quando ela foi levada ao palácio do Faraó. Mais uma vez a Graça de Deus intervém, apesar do erro de Abraão que pensou mais em sua própria vida do que em sua esposa. Abraão então sai do Egito e segue para Canaã, a terra prometida.


"Abrão creu no SENHOR, e isso lhe foi creditado como justiça." (Gênesis 15:6)

O texto deixa claro, que não foram os méritos de Abraão, nem sua obediência, nem nada do que ele fez que chamou a atenção de Deus. Ele creu na palavra de Deus, e foi considerado justo por isso. Já leu isso em algum lugar?


“Sendo, pois, declarados justos pela fé, temos paz com Deus, devido ao que nosso Senhor Jesus Cristo fez por nós” (Romanos 5:1)


 Deus chamou Abraão para sair de sua pátria e vagar como peregrino numa terra estranha. Deus fez a Abrãao algumas promessas, dentre elas:


 "E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção.E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra".(Gênesis 12:2-3)


Uma destas promessas que Deus fez a Abraão é que um dos seus descendentes abençoaria todas as nações do mundo; Jesus Cristo. Pois Deus estava separando o seu povo por graça, no meio de uma era idólatra e pecaminosa, preservando a linhagem até Cristo, a nossa salvação. 

Abrãao foi abençoado por Deus, sendo um instrumento usado pelo próprio Senhor para que a benção fosse muito além dele mesmo. “Para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo, e para que pela fé nós recebamos a promessa do Espírito” (Gálatas 3:14). 

   Sendo assim as promessas nos alcançam, conforme a escritura diz: “Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua descendência. Não diz: E às descendências, como falando de muitas, mas como de uma só: E à tua descendência, que é Cristo. Mas digo isto: Que tendo sido a aliança anteriormente confirmada por Deus em Cristo, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não a invalida, de forma a abolir a promessa.

Porque, se a herança provém da lei, já não provém da promessa; mas Deus pela promessa a deu gratuitamente a Abraão [....] E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa”. (Gálatas 3)

 E mesmo milhares de anos depois da promessa ter sido feita a Abrãao, se você pertence a Cristo, também é filho de Abrãao e herdeiro da Promessa de Deus, pela fé em Cristo Jesus.