quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

EUA aprova uso de pílula com câmera para ajudar no diagnóstico de câncer

"A tecnologia, desenvolvida a partir de sistemas de defesa antimísseis,
usa uma câmera portátil para tirar fotografias de alta velocidade durante
a passagem pelo intestino ao longo de oito horas"
Uma pílula com câmera para ajudar no exame de pacientes com suspeita de câncer foi aprovada pela FDA (Food and Drug Administration), dos EUA, e em outros 80 países da Ásia, Europa e América Latina. A “PillCam” foi desenvolvida pela empresa israelense de tecnologia Given Imaging e pode ser usada em pacientes que têm dificuldades para realizar colonoscopia, um exame endoscópico do intestino que é realizado, principalmente, para detecção de pólipos (tumores benignos) que podem sofrer transformação para a malignidade.

A tecnologia, desenvolvida a partir de sistemas de defesa antimísseis, usa uma câmera portátil para tirar fotografias de alta velocidade durante a passagem pelo intestino ao longo de oito horas. As imagens são transmitidas para um dispositivo de gravação usado em torno da cintura do paciente e depois analisadas por um médico.

O sistema já existe desde 2001, mas não havia sido aprovado para substituir o exame tradicional, pois as imagens não eram tão claras. Por isso, o uso da pílula com a microcâmera era indicado apenas para pacientes que têm dificuldade para passar por colonoscopias convencionais. A cada ano, 750 mil pacientes não conseguem se submeter ao exame tradicional por problemas de anatomia ou cirurgias anteriores.
A pílula custa US$ 500, um valor bem mais baixo do que o exame tradicional, que normalmente sai por US$ 4.000. Os médicos também apostam no dispositivo para atrair pessoas que têm medo de sentir dor ou se sentem desconfortáveis com a colonoscopia tradicional.

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